Dissertações em Geologia e Geoquímica (Mestrado) - PPGG/IG
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.ufpa.br/handle/2011/2604
O Mestrado Acadêmico pertence ao Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica (PPGG) do Instituto de Geociências (IG) da Universidade Federal do Pará (UFPA).
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Navegando Dissertações em Geologia e Geoquímica (Mestrado) - PPGG/IG por Orientadores "ASP NETO, Nils Edvin"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Análise integrada da morfologia e sedimentologia do baixo curso do rio Xingu(Universidade Federal do Pará, 2019-01-28) SILVA, Ariane Maria Marques da; ASP NETO, Nils Edvin; http://lattes.cnpq.br/7113886150130994O rio Xingu é um importante afluente do rio Amazonas contribuindo com 5% de sua vazão líquida, embora não contribua significativamente com sedimentos. O baixo rio Xingu é definido como uma ria, em função do afogamento de seu vale como resultado da Última Grande Transgressão marinha. Em função de uma influência substancial de maré, com alturas de maré de mais de 1 m na confluência, este setor fluvial corresponde ainda a um tidal river. O presente estudo visa analisar a morfologia e sedimentologia de fundo do baixo rio Xingu, estabelecendo correlação com os dados hidrodinâmicos, visando o entendimento dos processos de preenchimento sedimentar da ria, ainda em andamento. A área amostrada vai desde a confluência com o Amazonas (proximidades da cidade de Porto de Mós) até o estreitamento do lago de ria a montante, nas proximidades da cidade de Vitória do Xingu. Foram efetuados levantamentos sedimentológicos durante períodos de alta (fev/2016) e baixa (nov/2016) descarga de sedimentos. Para o período de alta descarga foram coletadas 109 amostras de sedimentos de fundo. Durante o período de baixa descarga, a amostragem foi repetida em 11 destas estações. No período de máxima descarga liquida do rio Amazonas (jun/2018), foram também monitorados os níveis d’água em diversos pontos ao longo do rio Xingu, assim como ocorreu nos períodos de coleta anteriores. Os dados morfológicos referem-se aos levantamentos batimétricos realizados pela Marinha do Brasil (CLSAOR/DHN). Os resultados demonstram forte correlação da sedimentologia com a morfologia, revelando um preenchimento do lago de ria tanto a partir do próprio rio Xingu, formando um proeminente delta de cabeceira, como a partir do rio Amazonas, onde as variações de maré têm transportado sedimentos a montante no rio Xingu. Por outro lado, grandes áreas de seção transversal na parte central da ria demonstram que volumes relativamente pequenos de sedimento alcançam aquela área, com dinâmica reduzida e sedimentação lamosa. Transversalmente, as areias estão mais associadas às margens e sua erosão por ação de ondas. Longitudinalmente, as areias são substancialmente mais frequentes na região de delta de cabeceira, e na região da confluência com o Amazonas, onde as áreas de seção transversal são notadamente menores. Os resultados sugerem ainda que a sedimentação nas proximidades da confluência com o rio Amazonas tem se reduzido ao longo do tempo, onde a combinação de variação da área da seção transversal com a vazão do próprio rio Xingu reduz o fluxo a montante a partir do rio Amazonas.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Influência do rio amazonas nos sedimentos de fundo do rio Xingu: evidências mineralógicas e geoquímicas(Universidade Federal do Pará, 2018-12-27) SOUZA, Thiago Pereiras de; SILVA, José Francisco Berrêdo Reis da; http://lattes.cnpq.br/1338038101910673; ASP NETO, Nils Edvin; http://lattes.cnpq.br/7113886150130994O rio Xingu configura-se como um importante afluente do rio Amazonas em termos de descarga de água, destacando-se principalmente pela sua morfologia ímpar e dinâmica sedimentar diversificada. Estudos hidrodinâmicos registram o efeito da maré no baixo rio Amazonas e sua propagação em tributários como o rio Xingu e Tapajós, ambos classificados como tidal rivers. Esses estudos sustentam a hipótese de que o rio Amazonas é um agente regulador no transporte e deposição de sedimentos nesses ambientes, atuando ainda como fonte de sedimentos. Diante disso, este trabalho propôs determinar a possível área de influência do rio Amazonas no baixo rio Xingu através de análises granulométricas, mineralógicas e geoquímicas. Os pontos de coleta de sedimentos de fundo obedeceram a uma extensa malha amostral que abrangeu 109 pontos de coleta transversais e longitudinais de canais principais e secundários do rio Xingu. A determinação granulométrica foi realizada com um analisador de partículas a laser. As análises mineralógicas consistiram em dados de difração de raios-X (amostra total e fração argila) e descrição petrográfica de minerais pesados. As análises químicas totais foram realizadas em amostra total para quantificação dos elementos maiores, traços e terras raras, por espectrometria de massa com plasma indutivamente acoplado (ICP-MS). Os resultados demonstraram que os sedimentos do rio Amazonas e Xingu possuem teores variáveis de areia, silte e argila e extrema variabilidade textural. A heterogeneidade da composição textural é atribuída essencialmente às condições hidrodinâmicas de deposição dos sedimentos. A análise mineralógica constatou a presença de trends composicionais relacionados aos argilominerais e minerais pesados, com a associação entre caulinita e minerais ultraestáveis para amostras à montante do rio Xingu e altos teores de esmectita e minerais instáveis para amostras da região de confluência entre rio Xingu e Amazonas, característica similar às amostras do rio Amazonas. Mais além, as análises sugerem que as margens do lago de ria do Xingu atuam como uma terceira possível fonte de sedimentos. Apesar da diversidade de composições texturais, os sedimentos dos dois rios não apresentaram variações significativas de elementos maiores, traços e terras raras ao longo das estações de amostragem, porém os índices de alteração química (CIA) indicaram condições diferenciadas de intemperismo na área fonte dos sedimentos do rio Amazonas e Xingu. O tratamento estatístico dos elementos maiores, traços e terras raras por PCoA e PERMANOVA, confirmou a diferenciação de dois grandes grupos de amostras do rio Amazonas, com relativa similaridade as amostras da região de confluência com o rio Xingu e amostras à montante do rio Xingu, corroborando padrões já indicados pela distribuição granulométrica e mineralógica. De acordo com as análises realizadas, ficou evidente a influência do rio Amazonas na composição dos sedimentos de fundo do rio Xingu em toda a área de confluência com o rio Amazonas.
