Programa de Pós-Graduação em Enfermagem - PPGENF/ICS
URI Permanente desta comunidadehttps://repositorio.ufpa.br/handle/2011/4814
O Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (PPGENF) do Instituto de Ciências da Saúde (ICS) da Universidade Federal do Pará (UFPA). O Programa tem por objetivo formar Enfermeiros Pesquisadores com uma visão global do cuidado de enfermagem numa compreensão da realidade amazônica para as práticas de atenção à saúde nos serviços e no ensino com base em fundamentações teóricas e metodológicas críticas para o cuidado humano, contribuindo, assim, para a reorganização dos Serviços de Saúde, repercutindo no âmbito político, econômico e social da região amazônica.
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Navegando Programa de Pós-Graduação em Enfermagem - PPGENF/ICS por Orientadores "LIMA, Vera Lúcia de Azevedo"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Análise espacial e espaço-temporal dos casos de feminicídio ocorridos no estado do Pará entre 2016 e 2021(Universidade Federal do Pará, 2023-10-27) SILVA, Ana Karoline Souza da; BOTELHO, Eliã Pinheiro; http://lattes.cnpq.br/6276864906384922; https://orcid.org/0000-0002-9682-6530; LIMA, Vera Lúcia de Azevedo; http://lattes.cnpq.br/5247917929280755; https://orcid.org/0000-0003-0094-4530INTRODUÇÃO: O feminicídio é um problema de saúde pública a nível mundial com o Brasil ocupando a 5ª posição entres os países que mais matam. Para o combate ao feminicídio é entender sua associação com os determinantes sociais de saúde, sendo a análise espacial fundamental ferramenta para isso. OBJETIVO: Analisar o cenário espacial e espaço-temporal da taxa de feminicídio e sua relação com os determinantes sociais de saúde no Estado do Pará entre 2016 e 2021. MÉTODOS: Estudo ecológico em que se empregou dados secundários provenientes do Sistema Integrado de Segurança Pública (SISP-WEB). As taxas brutas de feminicídio municipais foram analisadas através da distribuição e autocorrelação espacial (estatística Gi), análise de risco espaço-temporal, e de regressão espacial geograficamente ponderada (GWR). RESULTADOS: No período do estudo foram notificados 339 casos de feminicídios no Pará. A distribuição espacial da taxa de feminicídio, durante o período estudo, apresentou uma expansão territorial, sendo os municípios das regiões Metropolitana de Belém, Nordeste, Sudeste e Sudoeste paraense os mais impactados. Entre 2016 e 2018 houve um agrupamento alta-alta taxa de feminicídio (hotspot) formado por municípios do sudeste e sudoeste paraense, enquanto que entre 2019 e 2021 houve um hotspot no Sudeste e outro no Nordeste. A análise espaço temporal revelou somente uma zona de risco (RR=2,11; p<0,000) no período de 2018 a 2020 e composta por municípios da região Metropolitana de Belém, Nordeste Paraense, Baixo Amazonas, Sudeste e Sudoeste. A GWR mostrou que a variabilidade da taxa de feminicídio foi associada com os DSS “taxa de homicídios de jovens por 100.000 habitantes”, “taxa de cobertura de atenção primária” e “taxa de aprovação total no ensino médio”. CONCLUSÃO: Para o combate ao feminicídio fazse necessário promover maior equidade social, discutir igualdade entre gênero nas escolas, e trazer maior responsabilidade/qualificação dos profissionais de saúde da rede de Atenção Primária à Saúde para a identificação precoce de sinais de violência doméstica e denúncia aos canais legais competentes.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Caracterização dos homicídios de crianças paraenses(Universidade Federal do Pará, 2020-02-19) SILVA, Adria Vanessa da; LIMA, Vera Lúcia de Azevedo; http://lattes.cnpq.br/5247917929280755; https://orcid.org/0000-0003-0094-4530INTRODUÇÃO: O homicídio configura-se como uma expressão da violência interpessoal, é a partir dele que podemos captar a gravidade da situação de violência perpetrada à criança do estado do Pará. Representa o extremo da violência em uma sociedade e conjectura grave desordem econômica, social, política e religiosa. Um fenômeno complexo, multifatorial, heterogêneo e com impacto não somente sobre a qualidade, como sobre a expectativa de vida das populações. As características desses óbitos podem variar conforme a idade da vítima, sexo, cor ou raça e outros fatores. OBJETIVO: Caracterizar os homicídios de crianças no estado do Pará. METODOLOGIA: Estudo descritivo, retrospectivo com abordagem quantitativa fundamentado na Epidemiologia. O estudo foi realizado a partir dos dados de homicídios de crianças no estado do Pará, cadastrado na Secretária Adjunta de Inteligência e Análise Criminal, vinculada à Secretária de Segurança Pública do Pará, abrangendo o período de janeiro de 2014 a dezembro de 2018. Foram identificadas 77 ocorrências resultantes em homicídio. Para a coleta de dados foi utilizada a técnica de análise descritiva com intuito de evidenciar a caracterização das vitimas e autores. RESULTADO: O perfil das crianças vitimadas e dos agressores constatou-se que, a faixa etária das crianças é de 0 a 11 anos incompleta prevalecendo o sexo masculino e dos agressores a maior porcentagem na faixa etária de 18 a 24, maior percentual praticado por padrastos, os quais praticavam o ato contra o menor na própria residência. O sentimento de ódio/ vingança, seguido do ciúme e ambição foram às causas presumíveis que levaram o agressor a cometer o ato, sendo o meio empregado para consumação do fato a arma de fogo. Os dez municípios no estado do Pará com maior prevalência de homicídios com criança neste período foi Belém, seguido de Ananindeua, Itaituba, Altamira, Monte Alegre, Marabá, Salvaterra, Breu Branco, Xinguara e Marapanim. Reconhecer a intensidade da vitimização de crianças por homicídio e sua distribuição nos municípios do nosso estado proporciona contribuições para que o Estado incentive as políticas públicas no sentido da efetivação da proteção e manutenção da vida de menores em situação de violência no âmbito familiar.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Cartilha “Aprendendo melhor a cuidar de si” para o autocuidado do cuidador de adoecidos pelo câncer(Universidade Federal do Pará, 2022-06-04) VALE, Jamil Michel Miranda do; SANTANA, Mary Elizabeth de; http://lattes.cnpq.br/6616236152960399; https://orcid.org/0000-0002-3629-8932; LIMA, Vera Lúcia de Azevedo; http://lattes.cnpq.br/5247917929280755; https://orcid.org/0000-0003-0094-4530O objetivo deste estudo foi aplicar a Cartilha “Aprendendo melhor a cuidar de si” aos familiares cuidadores de adoecidos pelo câncer em cuidados paliativos oncológicos, bem como investigar a sobrecarga familiares cuidadores e analisar a correlação entre a Cartilha “Aprendendo melhor a cuidar de si” com a sobrecarga destes familiares cuidadores. Trata-se de um estudo descritivo de abordagem quantitativa, realizado na Clínica de Cuidados Paliativos Oncológicos do Hospital Ophir Loyola, com 147 cuidadores familiares, segundo semestre de 2020. Para a coleta utilizou-se dois instrumentos: (a). Formulario de caracterização dos cuidadores e apreciação da cartilha; (b). Questionário da Escala de Sobrecarga de Zarit – Burden Interview. Os dados coletados foram tabulados, interpretados, processados e analisados por meio da estatística descritiva e inferencial em planilhas do software Microsoft Excel® 2019, a fim de consolidar as informações referentes aos dados levantados. O banco de dados construído foi organizado e analisado no software Statistical Package for the Social Sciences versão 24.0 em ambiente Windows 10, com os resultados apresentados em tabelas e discutidos com baseado na literatura cientifica. Como resultados obtiveram-se nos dados sociodemograficos que os cuidadores são filhos (67 – 45,6%), sexo feminino (86 – 58,5%), residindo fora de Belém ou região metropolitana (85, 57.8%), possuem o Ensino Médio Completo (63 – 42,9%), são casados (74 – 50,3%), em sua maioria são do lar (57 – 38,8%) e autônomos (45 – 30,6%), Católico (71 – 48,3%) e não possuem renda (81 – 55,1%). A idade média dos cuidadores é 40 anos. Ser cuidador foi uma decisão da familia (65 – 44,2%), exercendo o cuidado em tempo integral (89 – 60,5%), dentro de um período de 1 a 5 anos (69 – 46,94%), e dividem o cuidado com alguém (89 – 60,5%) geralmente o irmão(a) (58 – 39,5%). A tecnologia educativa, a Cartilha ‘Aprendendo melhor a cuidar se si’, obteve 91% de aceitabilidade. Em relação a sobrecarga geral dos cuidadores, a maioria apresentou sobrecarga Moderada a Severa (104 – 70,7%) e não houve provas suficientes para concluir que alguma das variáveis sexo, faixa etária, problemas de saúde ou tempo de cuidado tenham alguma relação estatisticamente relevante com escore de Zarit (p > 0,05). Como conclusão Cartilha ‘Aprendendo melhor a cuidar se si’, obteve 91% de aceitabilidade por parte dos familiares cuidadores, os quais apresentaram sobrecarga Moderada a Severa; Por meio das análises, demonstrou-se que a aceitação da cartilha possui correlação fraca e inversa com a sobrecarga, isto é, quanto maior a aceitação da cartilha, menor será a sobrecarga apresentada pelo cuidador familiar (hipótese alternativa – H1) e a sobrecarga não sofreu influência estatisticamente significativa das variáveis sexo, faixa etária, problemas de saúde ou tempo de cuidado, neste público especifico (hipótese nula – H0). Dos escores obtidos na pergunta “possui problema de saúde”, dor na costa e uso de bebida alcoólica não apresentaram diferenças estatisticamente significativas. Embora os demais problemas e hábitos que se apresentaram estatisticamente significativos. A Cartilha, enquanto tecnologia educacional, fortalece e subsidia a prática assistencial de enfermagem legitimando a continuidade do caminhar voltado para as novas perspectivas futuras de cuidado.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Discurso dos(as) enfermeiros(as) da atenção básica sobre saúde sexual e reprodutiva das mulheres lésbicas(Universidade Federal do Pará, 2019) FARIAS, Gesiany Miranda; LIMA, Maria Lúcia Chaves; http://lattes.cnpq.br/2883065146680171; https://orcid.org/0000-0003-3062-2399; LIMA, Vera Lúcia de Azevedo; http://lattes.cnpq.br/5247917929280755; https://orcid.org/0000-0003-0094-4530Dentre as áreas de prioridade da Atenção Básica em Saúde (ABS), está a atenção em saúde sexual e reprodutiva, que deve ser oferecida à população com ética e humanização, sendo direitos humanos que estão inseridos nas políticas públicas de saúde. No que se refere às mulheres, relata que elas podem exercer a sua sexualidade sem repressão e violência. Porém, inúmeras pessoas têm seus direitos violados em virtude da sua orientação sexual. Citamse aqui as lésbicas que, muitas vezes, têm seus direitos sexuais e reprodutivos infringidos dentro dos serviços de saúde. Dentre os profissionais que atuam nesses serviços, citase o(a) enfermeiro (a), que tem um papel importante no cuidado e, desse modo, deve buscar a melhoria de suas práticas para proporcionar uma melhor assistência às lésbicas, dentro de suas demandas e especificidades. Dessa forma, essa pesquisa teve o objetivo de caracterizar os discursos de enfermeiros(as) que atuam em Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Belém sobre saúde sexual e reprodutiva das lésbicas. A metodologia utilizada foi exploratória com abordagem qualitativa, realizada no município de Belém em uma UBS de cada um dos 07 distritos administrativos desta capital. Os participantes foram enfermeiros(as) que atuavam nesses setores de saúde e que prestavam assistência nos programas do Ministério da Saúde que envolvam a saúde das mulheres. Foram consultadas um total de 23 enfermeiros (as) para a realização da pesquisa. No entanto, 10 não estavam de acordo com os critérios de inclusão, resultando em 13 enfermeiros(as) entrevistados(as). A pesquisa foi realizada por meio de um questionário sociodemográfico, seguido de um roteiro de entrevista semiestruturado. A análise de conteúdo foi de acordo com a estrutura proposta por Bardin, perpassando pelas etapas da préanálise, exploração do material, tratamento dos resultados, inferência e interpretação. Os resultados e discussões desta pesquisa foram divididos em quatro categorias, a primeira sobre os estereótipos envolvendo a lesbianidade, a segunda relatando a necessidade de formação e capacitação desses profissionais, a terceira mencionando a saúde sexual na atenção básica e a quarta citando o direito reprodutivo das lésbicas. Por meio dessa pesquisa podese caracterizar o discurso desses profissionais, sendo fundamental para propor estratégias para a diminuição ou erradicação de algumas fragilidades encontradas como a heteronormatividade na assistência em saúde, a falta de capacitação, o estereótipo que acometem as lésbicas e a questão da assistência em saúde sexual e reprodutiva. Todas essas temáticas foram analisadas com embasamentos teóricos, por meio de discussões envolvendo autores que discutem lesbianidade, saúde das lésbicas, assim como publicações do Ministério da Saúde por meio de suas diretrizes e conceitos.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Homens autores de violência contra a mulher: a versão da mídia impressa paraense e as contribuições para a enfermagem(Universidade Federal do Pará, 2013-11-14) CHAVES, Alessandra Carla Santos de Vasconcelos; LIMA, Vera Lúcia de Azevedo; http://lattes.cnpq.br/5247917929280755; https://orcid.org/0000-0003-0094-4530Neste estudo realizou-se a análise do perfil dos homens autores de violência cometida contra a mulher a partir de notícias sobre violência identificadas no jornal O Liberal, do Estado do Pará, sugerindo possíveis estratégias de enfermagem para o enfretamento do problema. Trata-se de um estudo do tipo exploratório de natureza quantitativa e qualitativa utilizando-se o método estatístico e análise de conteúdo de Bardin (2011). Foi desenvolvido na Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves (CENTUR), onde se observou 2.190 exemplares do jornal O Liberal, destes analisou-se 211 notícias sobre violência conjugal no Estado do Pará, das quais, 85 foram publicadas no período de 01 de Janeiro de 2004 a 31 de Julho de 2006 (antes da Lei Maria da Penha), e 126 foram publicadas de 01 de Agosto de 2006 a 31 de Dezembro de 2008 (Após a criação da Lei Maria da Penha). Na abordagem quantitativa, verificou-se que os homens que cometem violência contra a mulher são seus companheiros com 25,88% (antes da Lei Maria da Penha) e 48,41% (depois da Lei Maria da Penha); têm idade entre 23 e 33 anos com 27,06% (antes da Lei Maria da Penha) e 23,81% (depois da Lei Maria da Penha); exercem atividades informais ou de nível pouco especializado, como agricultor 2,35% (antes da Lei Maria da Penha) e pedreiro com 6,35% (após a Lei Maria da Penha). Apresentam antecedentes criminais por agressão física (3,53%) correspondente aos anos anteriores à criação da Lei Maria da Penha e tráfico de drogas com um percentual de 3,97%, referente aos anos que sucedem a Lei Maria da Penha. As discussões com taxas de 24,71% (antes da Lei Maria da Penha) e 27,78% (após a Lei Maria da Penha) representam o principal fator para agressão e/ou morte da mulher. A violência física é a mais significativa com percentuais de 89,4% (antes da criação da lei Maria da Penha) e 77,78% (após a criação da Lei). Na abordagem qualitativa foram identificadas cinco categorias temáticas: A violência contra a mulher como um fenômeno complexo; A construção da identidade do homem autor da violência cometida contra a mulher; Principais fatores que levam os homens a cometerem violência contra as parceiras; Aplicabilidade da Lei nº 11.340/2006 segundo o jornal O Liberal; Formas de referenciar os autores da violência. Por conseguinte, a prevenção da violência contra a mulher não depende exclusivamente do seu empoderamento, mas deve incluir transformações por parte do autor da violência. Dessa forma, o enfermeiro tem papel fundamental no cuidado a este homem, pois ao conjugar esforços com outros profissionais encontra suporte para atuar no processo de educação em saúde junto aos autores de violência e suas famílias.
