Programa de Pós-Graduação em Geografia - PPGEO/IFCH
URI Permanente desta comunidadehttps://repositorio.ufpa.br/handle/2011/2345
O Programa de Pós-Graduação em Geografia (PPGEO) do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Universidade Federal do Pará (UFPA). Sendo referência na Pós-Graduação em Geografia na Amazônia, o Programa tem por meta configurar-se no Centro de Excelência em Geografia da Amazônia, com ênfase na análise dos agentes, processos, e conflitos nas diferentes escalas. Este é o objetivo científico e institucional estratégico do curso de mestrado, por meio do qual se amplia inserção social e regional na Panamazônia permitindo-nos estreitar intercâmbios na pesquisa e formação de pesquisadores em temas amazônicos com outros centros afins para este estudo na região.
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Navegando Programa de Pós-Graduação em Geografia - PPGEO/IFCH por Orientadores "BORDALO, Carlos Alexandre Leão"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Análise geoambiental da bacia hidrográfica do rio Apeú, nordeste paraense: subsídios ao planejamento ambiental(Universidade Federal do Pará, 2017-03-16) VALE, Jones Remo Barbosa; BORDALO, Carlos Alexandre Leão; http://lattes.cnpq.br/1253955182585852A bacia hidrográfica do rio Apeú está localizada na região do nordeste paraense, mais precisamente na mesorregião metropolitana de Belém-PA, abrange os municípios de Castanhal, Santa Izabel do Pará e Inhangapí. A bacia do rio Apeú se apresenta como área importante para observação dos processos de transformação da paisagem, pois esta unidade, nos últimos trinta anos, passou por significativas transformações, impostas pela dinâmica de uso da terra. Esta bacia apresenta características rurais e urbanas, nesta área se observa problemas socioambientais decorrentes da ausência ou deficiência dos serviços públicos. Os principais fatores que contribuem para a degradação da bacia são: a impermeabilização do solo, resultante da expansão urbana; a falta de controle das erosões; retirada da cobertura vegetal para fins de uso da terra; a contaminação e o assoreamento dos corpos hídrico. Diante deste contexto, esta dissertação tem como objetivo fornecer subsídios ao planejamento ambiental desta bacia hidrográfica. A metodologia adotada nesta pesquisa foi desenvolvida por Rodriguez (1994) e Rodriguez et al. (1995), adaptada ao planejamento ambiental por Leal (1995), esta metodologia contem as seguintes etapas: Inventário, Diagnóstico e Propostas. A pesquisa foi baseada em dados e informações sobre o meio físico, a dinâmica do uso da terra e cobertura vegetal, legislação ambiental e informações socioeconômicas. Os resultados obtidos demonstram que a paisagem da bacia hidrográfica do rio Apeú tem passado por um processo progressivo de transformação, por conta das interferências antrópicas, resultando em diferentes problemas socioambientais desacompanhados de políticas eficazes de planejamento ambiental e ordenamento territorial. As propostas apresentadas visam subsidiar o planejamento ambiental da bacia que deve ser uma iniciativa conjunta e orgânica dos três municípios que a abrangem.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Análise geoecológica como subsídio ao planejamento ambiental da sub-bacia hidrográfica do igarapé ambé, Altamira-PA(Universidade Federal do Pará, 2021-08-27) LOBATO, Alexandre Augusto Cardoso; PAULA, Éder Mileno Silva De; http://lattes.cnpq.br/8647718165947306; https://orcid.org/0000-0002-6895-2126; BORDALO, Carlos Alexandre Leão; http://lattes.cnpq.br/1253955182585852Apesar do Bioma Amazônico ter um valor incalculável para equilíbrio e manutenção da vida no planeta, nos últimos anos tem sofrido pela construção de controversas obras de infraestrutura, em especial a abertura de rodovias e construção de usina hidrelétricas, como a Rodovia BR-230 (Transamazônica) e a Usina Hidrelétrica de Belo Monte, tal como aconteceu na bacia hidrográfica do Rio Xingu e que acarretou, e ainda pode acarretar, muitas modificações em diversas escalas espaciais, principalmente na local. Para tanto, é de suma importância entender o funcionamento dessas paisagens suas tendências de modificações oriundas das atividades humanas, fornecendo assim subsídios para se planejar usos ambientalmente sustentáveis. Adotando o conceito de bacias hidrográficas como unidades físico-territoriais para mensuração de impactos socioambientais, e a geoecologia das paisagens como metodologia de análise ambiental sistêmica, nesta pesquisa objetiva-se estudar o funcionamento e as modificações provocadas pela abertura da Rodovia Transamazônica e pela construção do Complexo Hidrelétrico de Belo Monte na Sub-Bacia Hidrográfica do Igarapé Ambé (SBHA), cuja extensão territorial é cortada pela referida rodovia e se localiza dentro da Área de Influência Direta (AID) e da Área Diretamente Afetada (ADA) do Complexo Hidrelétrico de Belo Monte, e que drenam a área urbana da cidade de Altamira no Estado do Pará. As análises evidenciaram que 45% das paisagens da SBHA estão com processos morfogenéticos atuantes e 29% estão com vulnerabilidade ambiental moderada e em um frágil estágio de equilíbrio ecodinâmico, o que evidencia a importância de se pensar alternativas de usos para essas paisagens.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Dinâmica do uso do solo e a vegetação em unidades de proteção integral: o Parque Estadual Utinga, no estado do Pará-Brasil(Universidade Federal do Pará, 2017-05-11) ROJAS, Juan Pablo Heredia; BORDALO, Carlos Alexandre Leão; http://lattes.cnpq.br/1253955182585852De acordo com a legislação brasileira prevista no Sistema Nacional de Unidades de Conservação “SNUC” (Lei N° 9.985, 2000) as Unidades de Conservação são Espaços Territoriais Protegidos pelo poder público. Elas podem ser divididas em Unidades de Conservação de Proteção Integral e de Uso Sustentável. No Estado do Pará, a regulamentação da criação e adequação das Unidades de Conservação ao SNUC, ocorreu a partir da criação do Sistema Estadual de Unidades de Conservação “SEUC” (Lei N° 5.887, 1995). Em relação às Unidades de Conservação de Proteção Integral, na categoria de Parques Estaduais, já foram criados quatro parques para o Pará: O Parque Estadual do Utinga, Parque Estadual Serra dos Martírios/Andorinhas, Parque Estadual de Monte Alegre e o Parque Estadual Charapucu. Mas neste artigo apresentaremos os resultados dos estudos desenvolvidos no Parque Estadual Utinga (PEUT) que foi criado em 1993 tendo atualmente 1393.87 há (IMAZON, 2013). Situando-se na Região Metropolitana de Belém – PA sendo o principal fornecedor d’agua para a cidade, onde a problemática da pesquisa teve como foco as ações antrópicas que acontecem no entorno e particularmente dentro do parque. Podendo modificar o uso do solo e da vegetação no transcurso desde a criação do parque até 2015, Tendo como o objetivo: Avaliar a transformação do Uso do Solo e a Vegetação no Parque Estadual Utinga entre os períodos de 1993-2004-2015, com a finalidade de subsidiar com informação que contribuía para o planejamento e gestão na conservação dos ecossistemas e florestas de preservação em Unidades de Conservação de Proteção Integral do Brasil. Utilizou-se as imagens Landat 5 e 8 classificando-as nas classes: Agua, Edificação, Vegetação Aquática, Floresta, Vegetação Perturbada e Agropecuária. Logo se aplicou o “Protocolo para la Evaluación de Uso del Suelo y Vegetación en Áreas Naturales Protegidas Federales de México” (CONAP, 2007) usando as três ultimas classes mencionadas para fazer a sobreposição entre os anos pesquisados para assim identificar as transformações de desmatamento, perturbação, recuperação e revegetação. Deste modo determinou-se que respectivamente para o 1993-2004-2015 no Parque Estadual Utinga a classe de Floresta cobria 55.61 %, 59.61 % e 65.06 %, a classe Perturbada abrangeu 13.85 %, 7.82 %, 7.37 % e a classe Agropecuária compreendeu 2.65 %, 1.83 % e 0.43 %. Enquanto para os períodos 1993-2004 e 2004-2015 se calcularam que respectivamente as áreas com revegetação abrangeram 0.7 % e 1.44 %, com recuperação 5.65 % e 2.10 %, com perturbação 0,58 % e 0.96 % e o desmatamento se manteve com 0.04 % para ambos anos. Assim como taxas de transformações para a classe Florestada de 9.74 % para o período 1993-2004 e 9.92% para o período 2004-2015, mostrando um incremento constante da Vegetação Florestal.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Distribuição e qualidade dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário na área insular do município de Belém - PA: Ilha de Caratateua(Universidade Federal do Pará, 2012-08-31) FERREIRA, Carlos Augusto da Cruz; BORDALO, Carlos Alexandre Leão; http://lattes.cnpq.br/1253955182585852Este trabalho tem por objetivo discutir e analisar as condições da prestação dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário na ilha de Caratateua, área insular do município de Belém, Estado do Pará, Brasil. Apresenta como objeto de estudos a avaliação da distribuição e a qualidade dos referidos serviços na ilha. A área de estudos corresponde a dois bairros da ilha de Caratateua: Brasília e São João de Outeiro. Os bairros são limítrofes, localizam-se na porção oeste da ilha e fazem parte de sua área urbana. Seus limites foram definidos pela Prefeitura Municipal de Belém. A ilha de Caratateua é uma das mais importantes ilhas que compõem o Distrito Administrativo de Outeiro – DAOUT e passou a ser mais intensamente ocupada após a construção da ponte Enéias Martins Pinheiro em 1986, que facilitou o acesso, sobretudo da população carente na busca de espaços, sobretudo para habitação. A ilha também apresenta uma intensa dinâmica populacional aos finais de semana e férias escolares, períodos em que o fluxo de pessoas aumenta consideravelmente, principalmente nas praias. O recorte temporal da pesquisa tem o ano de 1986 como marco inicial de referência. A dinâmica na organização do espaço da ilha, em termos gerais, não foi acompanhada por políticas públicas compatíveis com o processo de dinamismo e incremento populacional apresentado pela mesma a partir de então. Como consequência, os bairros Brasília e São João de Outeiro apresentam um déficit em termos de infraestruturas e equipamentos de uso coletivo urbano, incluindo os serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário adequados nas residências. A pesquisa foi realizada com base em revisão de literatura sobre a temática dos recursos hídricos nas escalas mundial, nacional e regional, bem como sobre a trajetória das políticas sanitárias no Brasil e em escala metropolitana. As análises decorrentes das pesquisas de campo, com dados coletados a partir da aplicação de questionários aos chefes de famílias, entrevistas gravadas e reuniões nas associações de bairro, demonstram a insatisfação dos moradores em relação ao atendimento dos serviços de saneamento em questão, especialmente porque estes necessitam buscar formas alternativas para suprir suas necessidades diárias. A busca dessas alternativas faz surgir formas de união entre os moradores e têm levado ao esclarecimento dos seus direitos enquanto cidadãos e do poder que possuem para reivindicá-los perante o poder público local.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Estudo da migração internacional na Amazônia brasileira a partir da análise dos dados de espacialidade e seletividade dos censos de 2000 e 2010(Universidade Federal do Pará, 2012) LIRA, Jonatha Rodrigo de Oliveira; BORDALO, Carlos Alexandre Leão; http://lattes.cnpq.br/1253955182585852A migração internacional tornou-se um tema de grande importância no cenário mundial tanto para os países de destino quanto para os países de origem. Na Amazônia ainda existe certa falta de interesse com a questão. No entanto, já existem alguns trabalhos específicos de cada país amazônico sobre o assunto. Porém as informações tratam estudos de caso sem levar em consideração a análise de toda a região. Isto se dá entre outros motivos pela falta de um banco de dados sobre migrações para a Amazônia. Entretanto os censos demográficos tornam-se importantes instrumentos de análise. Com base nos censos demográficos brasileiros de 2000 e 2010 que se busca questionar a dinâmica migratória recente para a Amazônia brasileira a fim de dar prosseguimento a uma série de discussões sobre as mudanças de origem, a distribuição espacial e o perfil desse novo migrante. Em um primeiro momento cria-se uma breve revisão teórica sobre a migração internacional, posteriormente discute-se a história da migração internacional na Amazônia brasileira e logo após analisam-se os dados dos dois últimos censos demográficos brasileiros sobre a migração internacional Num segundo momento analisa-se a distribuição espacial da migração de brasileiros retornados a Amazônia brasileira com intuito de fazer uma comparação entre os municípios que evidenciam essa dinâmica tanto para estrangeiros quanto para brasileiros. Essa espacialização retrata o processo histórico de ocupação e urbanização da Amazônia e também a porosidade da fronteira. Assim como o perfil migratório dá indícios de ser resultante do crescimento econômico da exploração de recursos naturais na Amazônia. Contudo, diante da complexidade do tema migração, é necessário integrar conhecimentos para a análise do processo migratório que ultrapassem os limites dos paradigmas clássicos.Tese Acesso aberto (Open Access) A geografia dos serviços de abastecimento públicos e privados de água relacionados às metas de universalização dos objetivos do desenvolvimento sustentável da Amazônia brasileira (2008-2023)(Universidade Federal do Pará, 2024-08-28) GUEDES, Michel Pacheco; BORDALO, Carlos Alexandre Leão; http://lattes.cnpq.br/1253955182585852Essa tese busca analisar os serviços de abastecimento de água com o aporte da ciência geográfica e na teoria do espaço geográfico e baseado no método hipotético dedutivo como método de abordagem, com levantamento bibliográfico, documental como método de procedimento quantitativo e qualitativo atribuído a base de dados secundárias estabelecidos nos parâmetros de pesquisa, o período entre 2008 e 2023, o processo de atuação de empresas públicas e privadas que prestam estes serviços nos Estados do Pará e Amazonas, proceder uma análise comparativa entre essas modalidades de serviços a partir dos parâmetros presentes na base de dados do Sistema Nacional de Saneamento Básico (SNIS) e do Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB), identificar se há eficiência na gestão e gerenciamento nos atendimentos da população urbana e rural e se as metas contratuais são capazes de atingir os objetivos do desenvolvimento sustentável (ODS), para 2030. Como base teórica foram utilizadas as reflexões dos documentos internacionais da ONU, por meio do “Relatório Mundial sobre o Desenvolvimento da Água das Nações Unidas (WWDR)”, atrelado a uma leitura referente aos conceitos de justiça ambiental, crise hídrica e justiça hídrica. Ainda, foram considerados um debate acerca das ações da Globalização e do Neoliberalismo e como estes fenômenos conjuntamente com as legislações e normatizações locais influenciam na instalação das agências reguladoras de água como parte integrante de um processo de privatização das empresas públicas de abastecimento de água nos municípios de Belém (PA), Manaus (AM), Barcarena (PA) e Parauapebas (PA) e como se dá esse processo no espaço geográfico de uma fração da Amazônia Brasileira.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Ordenamento territorial em unidades de conservação: o uso da técnica do laço na reserva extrativista Marinha de São João da Ponta (PA)(Universidade Federal do Pará, 2024-01-31) PINHO, Danilo do Rosario; BORDALO, Carlos Alexandre Leão; http://lattes.cnpq.br/1253955182585852Esta pesquisa buscou investigar uma relevante inovação sociotécnica local, conhecida como a técnica do Laço. As inovações sociotécnicas partem da premissa de que uma organização ou unidade de trabalho constitui uma combinação de elementos sociais e técnicos, interagindo de maneira aberta com seu ambiente. Tendo como objetivo geral explorar o diálogo intercultural entre o conhecimento cultural transmitido pelas comunidades de São João da Ponta, município situado na Região Geográfica Imediata de Castanhal (PA), e o conhecimento científico normativo promulgado pelo Estado, por meio de seu órgão gestor, o ICMBIO. A pesquisa se estruturou a partir de referências bibliográficas para aprofundar o entendimento sobre o estado da arte nas discussões acerca de inovações sociotécnicas, Reservas Extrativistas e saberes culturais. Posteriormente, uma pesquisa documental para registrar a história local. Em diálogo com a Ecologia de Saberes, adotamos técnicas de cartografia social, utilizando a metodologia de mapeamento participativo, permitindo a construção de mapas a partir do conhecimento local, promovendo a troca de saberes entre conhecimento científico e saberes locais. A metodologia da Cartografia Participativa foi escolhida por reconhecer que as diversas formas como as sociedades representam seus ambientes estão intrinsecamente ligadas à cartografia. Como resultados, sugere-se que a gestão socioambiental na RESEX-MAR de São João da Ponta promova o diálogo entre as instituições envolvidas, intensifique ações de conscientização ambiental para sensibilizar a comunidade, fortaleça a fiscalização por parte da população e estabeleça canais de comunicação mais eficazes entre a sociedade e as entidades envolvidas. Essas ações visam o desenvolvimento local, emancipação social e a proteção do meio ambiente e de seus recursos.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Subsídios ao planejamento ambiental da Bacia Hidrográfica do rio Benfica, RMB – PA/Brasil(Universidade Federal do Pará, 2013) PAUNGARTTEN, Sâmela Patrícia Lima; BORDALO, Carlos Alexandre Leão; http://lattes.cnpq.br/1253955182585852A bacia hidrográfica do rio Benfica, localizada na Região Metropolitana de Belém-PA, se apresenta como área importante para observação dos processos de alteração da paisagem, pois esta unidade, nos últimos trinta anos, passou por significativas transformações, impostas pela dinâmica de uso e cobertura da terra. Inicialmente, apresentava uma dinâmica rural e hoje vem se consolidando como uma área urbana que se agrava pelo surgimento de problemas associados ao desenvolvimento e crescimento das cidades: saneamento, habitação e uso dos recursos hídricos. Diante deste contexto, esta Dissertação tem o objetivo de subsidiar o planejamento e gerenciamento ambiental desta bacia hidrográfica. Em termos de metodologia, buscou-se a elaboração do Inventário, Diagnóstico Ambiental, Prognóstico e Propostas. De forma específica, foi executada a análise das informações referentes ao meio físico, histórico de ocupação dos municípios que abrangem a bacia hidrográfica do rio Benfica, condições socioeconômicas e de saneamento básico da população residente na bacia, dinâmica do uso e cobertura da terra entre os anos de 1984, 1993, 1999 e 2009, principais problemas ambientais e políticas ambientais vigentes. Os principais resultados obtidos demonstram que a bacia hidrográfica do rio Benfica passa por uma expressiva expansão urbana nos últimos trinta anos, com diferentes problemas ambientais, desacompanhada de políticas eficazes de ordenamento territorial. Esta dinâmica perfaz sobre uma unidade física caracterizada, sobretudo, por baixas amplitudes e declividades altimétricas, com processos sedimentológicos em detrimento dos erosicionais. A integração dos dados físicos da bacia permite que esta seja compartimentada em dois setores (A e B), caracterizados respectivamente por apresentar maiores problemas ambientais desencadeados pela consolidação da área urbana; e outro por ter os maiores índices de crescimento urbano nos últimos dez anos, apesar de ainda ser considerada a área rural da bacia.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Território e gestão da pesca em coletividades locais no Nordeste paraense: estudo de caso no município de Marapanim-PA(Universidade Federal do Pará, 2011-10-29) ABREU, Walber Lopes de; BORDALO, Carlos Alexandre Leão; http://lattes.cnpq.br/1253955182585852A pesquisa intitulada Território e Gestão da Pesca em Coletividades Locais no Nordeste Paraense: Estudo de Caso no Município de Marapanim-PA, resulta de uma leitura geográfica a cerca da problemática que envolve a dimensão territorial da pesca artesanal no nordeste paraense, em particular, das coletividades locais de pescadores/pescadoras artesanais de Vila de Guarajubal e de Vista Alegre, em Marapanim, sob a ótica da política de ordenamento territorial da pesca e aquicultura no Brasil proposta enquanto uma política de estado. Esta, por sua vez, conduzida pelo Ministério da pesca e Aquicultura (MPA), propõe a criação de novos “Territórios de Pesca”, os quais resultaram de decisões tomadas de forma alheia aos anseios do conjunto de pescadores/pescadoras artesanais que existem espalhados no Brasil afora, em particular, no Nordeste Paraense. O conceito de território ganha relevância nesse sentido, pois sua dimensão espacial não se resume ao entendimento da pesca como uma atividade econômica, mas sim ao conjunto das relações produzidas pelos sujeitos em diferentes lugares onde se pratica a artesania de pesca. A dinâmica produzida por essas relações permitiu-nos compreender a importância do território e a gestão da pesca como resultado das práticas espaciais coletivas demarcadas sobre o meio terrestre e aquático e que constituem, portanto, a territorialidade de pescadores/pescadoras artesanais em Marapanim. A interação junto às coletividades locais por meio de conversas, entrevistas abertas e semi-estruturadas, reuniões junto aos pescadores, aplicação de questionários, além da observação participante sobre os diferentes lugares e paisagens foi de suma importância na compreensão do objeto investigado. Os resultados desta pesquisa revelam que as coletividades locais sobrevivem da pesca artesanal com dificuldades estruturais que lhes impedem de exercer sua profissão com maior segurança, estando muitas delas sujeitas a uma territorialização precária. Por vivenciarem realidades distintas, que em muitos aspectos apresentam semelhanças, são marcadas por dinâmicas sociais e econômicas que as impede de exercer o direito a territorializar-se. Apesar disso, são sujeitos políticos capazes de projetar ações coletivas e construir arranjos coletivos próprios destinados a organizar seus projetos de vida comunitária com base nos valores de tradição familiar, de parentesco, vizinhança e sociabilidade.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Vulnerabilidade e percepção de risco na planície tecnogênica em Abaetetuba-Pa: subsídios ao planejamento urbano e a gestão ambiental(Universidade Federal do Pará, 2017-01-31) RIBEIRO, Érika Renata Farias; SOLER, Pedro Aníbal Beatón; http://lattes.cnpq.br/1168205500524159; BORDALO, Carlos Alexandre Leão; http://lattes.cnpq.br/1253955182585852A cidade de Abaetetuba, localizada no Nordeste do estado do Pará, teve seu crescimento às margens do rio Maratauíra onde se estabeleceram os bairros: Centro, São João, São José e Algodoal. Porém, uma significativa área desses bairros encontra-se a uma planície de inundação fluvial que ao longo dos anos foi descaracterizada, resultando na formação de uma planície tecnogênica, marcada por eventos de inundação e colapso, os quais ocasionam prejuízos à população. Nesse sentido, analisou-se a vulnerabilidade da população que vive nesses bairros, tendo como ênfase a percepção de risco enquanto capacidade de resposta no aspecto intangível. Este elemento foi priorizado porque se constatou que mesmo após o desastre, ocorrido em 2014 no bairro São João, a população permanece no local, fazendo-se necessário analisar o motivo da ocupação desses espaços. O procedimento metodológico para identificar a ameaça à inundação baseou-se na proposta de Silva Junior (2010) com base em entrevistas, Modelo Digital de Elevação, Trabalho de campo e análise participativa. Em relação ao colapso no solo teve-se como base o relatório da Companhia de Pesquisa Recursos Minerais que identificou o risco de enchente e movimento de massa no bairro São João. Para metodologia de vulnerabilidade adaptou-se a proposta de Szlafsztein (2015) sendo realizada a construção de um índice de Vulnerabilidade às Ameaças Ambientais na Amazônia pela Percepção, onde se analisou a vulnerabilidade social e a capacidade de resposta a partir da percepção das pessoas frente às ameaças destacadas, resultando no mapa de vulnerabilidade com ênfase na percepção. Nos resultados alcançados o bairro Centro apresentou Moderada vulnerabilidade a partir do Índice de Unidade de resposta pela Percepção. O que contribuiu para este resultado foi o fato de a população considerar que não existem riscos no local, devido à boa infraestrutura da área. A justificativa de permanência no local acontece devido à importância desta parte da cidade para a o desenvolvimento de atividades comerciais. Os demais bairros apresentaram baixa vulnerabilidade em reação a este índice, apresentando percepção diante das ameaças que se fazem presentes, porém observou-se que a população permanece nesses locais. Isso ocorre por conta de relações de identidade estabelecidas no espaço seja por questões familiares, de vizinhança ou pelo significado da paisagem representada pelo rio, como acontece nos bairros Algodoal e São João. Portanto trata-se de uma exposição voluntária ao risco. No São José isso acontece por aspectos econômicos devido à proximidade com o centro comercial, simbolizado pelo “beiradão”. Portanto, nesse caso considera-se que o risco é aceito, em virtude das particularidades dos sujeitos envolvidos. A partir desses resultados, pôde-se fazer uma discussão sobre o planejamento e gestão ambiental na cidade de Abaetetuba propondo um ordenamento territorial que considere a criação de Zonas Especiais de Interesse Social; Áreas de Preservação Permanente; novas formas de usos para locais em risco e ações de intervenções para redução de perdas diante de possíveis desastres. Considera-se que os resultados alcançados são importantes para subsidiar a gestão ambiental e planejamento urbano sustentável e participativo na cidade de Abaetetuba.
