Programa de Pós-Graduação em Neurociências e Biologia Celular - PPGNBC/ICB
URI Permanente desta comunidadehttps://repositorio.ufpa.br/handle/2011/2374
O Programa de Pós-Graduação em Neurociências e Biologia Celular (PPGNBC) é parte integrante do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da Universidade Federal do Pará (UFPA), sendo constituído por: Mestrado e Doutorado em Neurociências e Biologia Celular, com área de concentração em Neurociências ou Biologia Celular.
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Navegando Programa de Pós-Graduação em Neurociências e Biologia Celular - PPGNBC/ICB por Orientadores "DINIZ, Domingos Luiz Wanderley Picanço"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Avaliação do efeito protetor da prolactina em linfócitos expostos a ação do metilmercúrio(Universidade Federal do Pará, 2012-05-23) JESUS, Maria Izabel de; DINIZ, Domingos Luiz Wanderley Picanço; http://lattes.cnpq.br/9601463988942971O mercúrio pode ser encontrado em diversas formas, sendo a orgânica como metilmercúrio (MeHg), considerada a mais tóxica. Facilmente absorvido por via oral, se acumula na cadeia trófica e se amplifica em carnívoros aquáticos, principalmente em peixes, daí o risco maior para as populações que deles se alimentam preferencialmente, como os ribeirinhos Amazônidas. O efeito neurotóxico dessa forma de mercúrio tem sido amplamente demonstrado através de estudos epidemiológicos e experimentais. Alguns desses estudos também mostraram que hormônios e substâncias antioxidantes podem agir protegendo o organismo contra a ação deletéria do mercúrio. A prolactina é um destes hormônios que apresenta ação protetora, mas age também como citocina pró-inflamatória. Desde que o MeHg pode também agir como uma substância imunotóxica, procuramos neste trabalho estudar a ação citoprotetora da PRL em cultivos contínuos de linhagem B95-A de linfócitos de primata afim de avaliar sua fragilidade ao MeHg e sua reatividade a ação da PRL. Com o objetivo de avaliar a integridade funcional dos linfócitos expostos ao MeHg utilizou-se teste de reação colorimétrica para 3-(4,5-dimetiltiazol-2-yl)-2,5-difenil tetrazólio bromide (MTT), o qual detecta atividade metabólica mitocondrial. Para avaliar a resposta imune do linfócito, medidas da concentração do fator de necrose tumoral alfa (TNF α) no sobrenadante do cultivo, foram realizadas por ELISA. É uma citocina pró-inflamatória liberada em resposta a agressão celular de diferentes causas, incluindo estresse oxidativo, um dos efeitos agudos mais evidentes do MeHg, além disso, esta citocina também poder responder a regulação prolactinérgica em linfócitos humanos. Após 18 horas de exposição do cultivo a crescentes concentrações do metal (0,1; 1, 5, 10 e 50 μM) verificou-se significativa diminuição do tipo dose-dependente da viabilidade celular a partir de 1 μM (35%) e progressivamente até 50 μM (80%), quando poucas células íntegras foram encontradas nos cultivos. Um efeito bifásico em forma de “sino” ocorreu na liberação de TNF α, onde concentrações mais baixas de MeHg inibiram (0,1 e 1 μM), a intermediária estimulou (5 μM) e as duas maiores (10 e 50 μM) voltaram a inibir. A prolactina também diminuiu a viabilidade celular, em cerca de 30%, somente na dose mais elevada (10 nM). Por outro lado, na dose de 1 nM a PRL preveniu a diminuição de 40% da viabilidade celular resultante a exposição ao MeHg a 5 μM. Esta dose de 1 nM de PRL foi a única a estimular a liberação de TNF α, mas curiosamente, reverteu a liberação desta citocina quando associada a 5 μM de MeHg, concentração que igualmente estimulou a secreção de TNF α. Os resultados confirmaram a toxidade do MeHg para linfócitos de primatas (linhagem B95-A) e sua reversão por uma possível ação protetora da PRL. Um efeito bifásico na secreção de TNF α resultou da exposição ao MeHg, sugerindo a presença de diferentes mecanismos citotóxicos resultantes a ação mercurial. Por outro lado, a PRL foi pouco efetiva em estimular a secreção daquela citocina, invertendo esta resposta quando associada ao MeHg. No entanto, estes resultados são preliminares e carecem de um estudo mais acurado para sua completa elucidação.Tese Acesso aberto (Open Access) Caracterização do mecanismo de ação antiinflamatória do flavonóide BAS1 isolado da planta Brosimum acutifolium(Universidade Federal do Pará, 2011-08-02) MORAES, Waldiney Pires; SILVA, Anderson Manoel Herculano Oliveira da; DINIZ, Domingos Luiz Wanderley Picanço; http://lattes.cnpq.br/9601463988942971Inflamação é a resposta do organismo a injúria e perigo. Apesar de a inflamação ser um mecanismo de defesa do organismo, a intensidade e/ou a persistência desta resposta pode ser maléfica para o indivíduo. Neste contexto, os produtos naturais, são importantes fontes de moléculas biologicamente ativas, e é considerado, um recurso promissor para a descoberta de novos fármacos. Baseado em estudos etnofarmacológicos, foi isolado da planta Brosimum acutifolium, popularmente conhecida como “Mururé da Terra-Firme” o flavonóide BAS1 (4’-hidroxi,7,8-(2’’,2”-dimetil-pirano)-flavana), ainda não descrito na literatura anteriormente. Diante disso, o presente trabalho caracterizou o mecanismo de ação antiinflamatória do flavonóide BAS1, em macrófagos murinos estimulados. Macrófagos foram ativados com LPS e IFN-γ. A viabilidade celular foi avaliada pelo ensaio do MTT, os níveis dos mediadores inflamatórios foram determinados por ELISA (TNF-α, PGE2, IL-10), através da reação de Griess (NO) e a expressão de proteínas por Western blot. Nossos resultados demonstraram que BAS1 apresentou efeito citotóxico apenas para altas concentrações (100 μM), inibiu a produção de NO (95%), inibiu a expressão de NOS-2, reduziu a produção de TNF-α (39%) e PGE2(57%), mas não alterou a produção de IL-10 em macrófagos ativados. Dessa forma, uma importante contribuição deste estudo, foi evidenciar o efeito farmacológico do flavonóide BAS1, bem como, fundamentar o uso da planta Brosimum acutifolium, como antiinflamatória em nossa região. Somado a isso, a produção de extrato desta planta poderia fornecer um antiinflamatório eficaz e com menor custo para a população local. O presente trabalho, também pode contribuir para a determinação de nova classe de agente antiinflamatório, baseado em flavonóides naturais, como BAS1.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Efeitos da estimulação multissensorial e cognitiva sobre o declínio cognitivo senil agravado pelo ambiente empobrecido das instituições de longa permanência(Universidade Federal do Pará, 2012-08-27) OLIVEIRA, Thaís Cristina Galdino de; DINIZ, Cristovam Wanderley Picanço; http://lattes.cnpq.br/2014918752636286; DINIZ, Domingos Luiz Wanderley Picanço; http://lattes.cnpq.br/9601463988942971O objetivo do presente trabalho foi investigar possíveis impactos da estimulação cognitiva e multissensorial sobre o desempenho de idosos institucionalizados e não institucionalizados no Mini Exame do Estado Mental (MEEM) e em testes de linguagem. Os participantes foram divididos em dois grupos pareados por anos de escolaridade e idade: 1) institucionalizados (n=25, 76,0 ± 6,9 anos de idade), que habitam em instituições de longa permanência e 2) não institucionalizados (n=17, 74,2 ± 4,0 anos de idade), que habitam na comunidade com suas famílias. O MEEM foi aplicado para selecionar voluntários cognitivamente saudáveis, os quais foram então submetidos à estimulação e avaliações neuropsicológicas e de linguagem. Compuseram as avaliações o MEEM e testes específicos de linguagem, incluindo nomeação de Boston, fluência verbal semântica (FVS) e fonológica (FVF), Bateria Montreal de Avaliação da Comunicação (MAC) e o Teste de Narrativa “Roubo de Biscoitos”. A intervenção multissensorial e cognitiva foi realizada em grupos de 10 voluntários submetidos a uma série de sessões de estimulação duas vezes por semana, durante seis meses, num total de 48 sessões. As sessões foram baseadas em exercícios de linguagem e memória com estímulos visuais, olfativos e auditivos, bem como atividades lúdicas, incluindo música, canto e dança. Ambos os grupos foram avaliados no início (antes das intervenções), no meio (após 24 sessões) e no final (após 48 sessões) da intervenção. Em comparação com o grupo não institucionalizado (comunidade), o grupo institucionalizado apresentou desempenhos inferiores em todas as tarefas em todas as janelas de tempo. Cada paciente foi comparado a si mesmo utilizando um índice de contraste (C) que foi concebido para expressar o desempenho de todos os testes em escala única (0 -1) de desempenho cognitivo. O índice de contraste foi estimado da seguinte forma: (C = (D – A) / (D + A), onde D representa o desempenho após a estimulação e A antes da estimulação). Todos os pacientes melhoraram seus desempenhos após a intervenção e o impacto foi significativamente maior no grupo institucionalizado. Sugerimos que o ambiente pobre de estimulos somato-motores e cognitivos, onde as pessoas vivem institucionalizadas está contribuindo para os menores índices cognitivos observados na primeira avaliação e pelo maior impacto do programa de estimulação neste grupo. Em comparação com o teste neuropsicológico clássico MEEM, os testes de linguagem parecem ser significativamente mais sensíveis para detectar alterações precoces no estado cognitivo. Tomados em conjunto, os resultados podem ter implicações para as políticas de saúde pública para a população idosa.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Efeitos protetores da prolactina em cultivo glial de córtex de ratos expostos ao metilmercúrio(Universidade Federal do Pará, 2008-04-04) SANTOS, Andréa Cristina Monteiro dos; DINIZ, Domingos Luiz Wanderley Picanço; http://lattes.cnpq.br/9601463988942971O metilmercúrio (MeHg) é um composto comprovadamente neurotóxico cujos mecanismos degenerativos ainda não estão bem esclarecidos. No sistema nervoso central o MeHg é seqüestrado do interstício preferencialmente por astrócitos diminuindo a carga de exposição neuronal. Estudos in vitro demonstraram que a prolactina (PRL) possui efeitos mitogênicos sobre astrócitos, além de regular a expressão de citocinas pró-inflamatórias. Este estudo teve por objetivo investigar efeitos protetores da prolactina sobre distúrbios provocados por MeHg na viabilidade, morfologia, expressão de GFAP (glial fibrillary acidic protein), mitogênese e liberação de interleucina-1β (IL-1 β) em cultivo glial de córtex cerebral de ratos neonatos focalizando as células astrogliais. A exposição a diferentes concentrações de MeHg (0,1, 1, 5 e 10 μM) a diferentes intervalos de tempo (2, 4, 6, 18 e 24 h) ocorreu em cultivos com 10% de soro fetal bovino (SFB). Os resultados obtidos demonstraram diminuição progressiva de 20% e 62% da viabilidade celular após exposição às concentrações de 5 e 10 μM MeHg no tempo de 24 h, respectivamente, pelo método do 3-4,5-dimetiltiazol-2-yl)-2,5-difenil tetrazólio bromide (MTT) e distúrbios na expressão e distribuição de GFAP. Diferentes concentrações de prolactina (0.1, 1 e 10 nM) foram adicionadas em meio sem soro fetal bovino (FBS) para avaliar sua ação proliferativa isoladamente. Esta ação foi confirmada com indução de mitogênese em cerca de 4.5x em 18 h de observação na maior concentração (10 nM PRL). Nestas condições (sem SFB) foram analisados os efeitos da associação de 1 nM PRL + 5μM MeHg em teste de viabilidade, expressão de GFAP, morfologia celular, índice mitótico e liberação de IL-1β com o objetivo de estudar possíveis efeitos citoprotetores deste hormônio. A PRL atenuou os distúrbios provocados pelo MeHg, aumentando a viabilidade em 33%, a expressão de GFAP, proliferação celular (4x) e atenuando os distúrbios morfológicos, incluindo picnose nuclear e lise. Adicionalmente, a PRL induziu amplificação da liberação de IL1β quando associada ao MeHg. Estes achados confirmam a hipótese de que a PRL possa atuar como um agente citoprotetor em cultura primária de glia e particulamente em astrócitos, ação esta aditiva aos seus efeitos mitogênicos.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Envelhecimento, linguagem e memória visuo-espacial: um estudo comparativo exploratório do desempenho humano em testes neuropsicológicos selecionados(Universidade Federal do Pará, 2012-12-06) SOARES, Fernanda Cabral; DINIZ, Cristovam Wanderley Picanço; http://lattes.cnpq.br/2014918752636286; DINIZ, Domingos Luiz Wanderley Picanço; http://lattes.cnpq.br/9601463988942971O reconhecimento dos limites entre o envelhecimento normal e o patológico é essencial para a adoção de políticas de saúde baseadas em evidências para o grupo etário acima de 65 anos. Este estudo é parte de um esforço sistemático que o grupo de pesquisa do Laboratório de Investigações em Neurodegeneração e Infecção da Universidade Federal do Pará tem feito para fornecer informações translacionais sobre a neurobiologia do envelhecimento normal e alterada. A meta principal em longo prazo é permitir políticas públicas para o envelhecimento saudável na Região Amazônica. No presente trabalho investigamos os efeitos do envelhecimento sobre os desempenhos em testes neuropsicológicos selecionados para avaliar aprendizagem, memória e alterações de linguagem. 29 adultos jovens (29,9 ± 1,06 anos) e 31 idosos (74,1 ± 1,15 anos) saudáveis foram submetidos aos testes e os resultados de seus desempenhos foram comparados por testes paramétricos e estatística multivariada. Uma anamnese e uma variedade de testes cognitivos, incluindo Mini Exame do Estado Mental, tarefas visuo-espaciais de aprendizagem e de memória da bateria de testes neuropsicológicos automatizados - CANTAB e testes de linguagem incluindo fluência verbal semântica e fonológica, teste de nomeação de Boston reduzido, performance narrativa utilizando a figura “o roubo dos biscoitos” e alguns testes da Bateria Montreal de Comunicação - MAC. O programa BioEstat versão 5.0 e o pacote estatístico SPSS foram utilizados para a análise. O teste paramétrico t de Student ou o não paramétrico de Mann-Whitney foram aplicados para detectar diferenças significativas (fixadas em valores de p <0,05). Os grupos foram pareados por escolaridade e incluiu homens e mulheres. A análise das subcategorias que compõem o MEEM mostrou diferença significativa apenas na recuperação da memória de evocação de lista de palavras, em que o grupo de idosos apresentou pior desempenho em comparação com o grupo de jovens. Foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre os desempenhos de idosos e jovens adultos nos seguintes testes de linguagem: 1) Nomeação de Boston, 2) Testes de Narrativa, 3) Metáforas; 4) Prosódia Emocional e Linguística. Em comparação com os adultos jovens, indivíduos idosos apresentaram pior desempenho em 10 medidas diferentes nos testes de memória visuo-espacial e de aprendizagem do CANTAB. Distâncias Euclidianas e análise discriminante obtidas a partir do CANTAB e dos testes de linguagem demonstraram que os primeiros distinguem os grupos com maior resolução. Os efeitos do envelhecimento sobre o desempenho nos testes neuropsicológicos selecionados revelam que a Bateria CANTAB, empregada para testar a memória visuo-espacial, é mais sensível e discrimina melhor a formação de subgrupos tanto no grupo de adultos jovens quanto no grupo de idosos. Por essa razão sugerimos que a aplicação em larga escala de testes selecionados da bateria CANTAB, tanto em estudos transversais como em longitudinais, vai aumentar nossa capacidade de resolução na distinção dos limites entre o envelhecimento normal e o patológico.Tese Acesso aberto (Open Access) Estudo sobre o crescimento do tambaqui (Colossoma macropomom) submetido à dieta suplementada com camu camu (Myrciaria dubia) em água corrente e aquecida(Universidade Federal do Pará, 2018-09) CANTO, Miguel Angelo de Oliveira; SALGADO, Claudio Guedes; http://lattes.cnpq.br/9601463988942971; DINIZ, Domingos Luiz Wanderley Picanço; http://lattes.cnpq.br/9601463988942971Este estudo investigou o crescimento do tambaqui (Colossoma macropomum) (Cm), um teleósteo caracídeo endêmico da região amazônica, em laboratório. Peixes juvenis foram submetidos à simulação das condições naturais de alimentação, clima e água corrente, correspondentes aos períodos de cheia e seca do ciclo hidrológico Amazônico. Na cheia sua alimentação é predominante de frutos e sementes, o ambiente é ameno (28±2°C) e a correnteza é maior (0,2 a 0,3 m/s). Na seca, a alimentação é à base de proteína animal, não há correnteza e a média da temperatura se eleva (34±2°C). Por conseguinte, o alvo deste estudo foi investigar os efeitos da Myrciaria dubia (Md) no crescimento do Cm nas simulações de seca ou cheia, no que tange a temperatura amena (28º C) ou aquecida (34ºC), água parada ou corrente (0,2 ou 0,3m/s), e dieta com maior (45%) ou menor (32%) teor de proteína bruta (PB). Para tal, juvenis de Cm foram aclimatados (70 ou 126 dias) em tanques de (310 ou 1000 litros) de acordo com o protocolo experimental. Protocolo I: dieta com oferta diária fracionada (3x/dia) e suplementada com Md; proteína bruta a (45 ou 32%); água corrente (0,2 m/s) ou parada a 28 ou 34ºC; análise do conteúdo muscular de IGF-1 e lipídeos totais. protocolo II: oferta única ou fracionada (3x/dia); água parado ou corrente (0,3 m/s), intercalada, (12 horas) ou contínua; quantificação da massa de gordura cavitária. Os resultados estão apresentados em média mais ou menos erro padrão da média e comparada por ANOVA mais pós-teste Bonferrone. Teste de correlação para peso, comprimento ou gordura cavitária versus água corrente; nas condições de oferta única ou fracionada foi realizada para verificar inter-relações entre os fenômenos estudados. Uma potencialização da expansão da massa corporal mais não do comprimento ocorreu pela dieta Suplementada com Md na condição água parada e aquecida. Em contraste similar potencialização ocorreu para água corrente e aquecida na dieta 45% PB. Por sua vez menor performance de crescimento (peso e comprimento) foi observada no grupo submetido a dieta 32% PB. A água corrente igualmente potencializou o acumulo de gordura cavitária e muscular de lipídeos totais, sugerindo que o esforço natatório demanda acumulo de energia potencial possivelmente relacionado à preservação do anabolismo proteico, desde que não foi alterado o conteúdo de proteínas no tecido muscular. Por outro lado a oferta única diária de alimento não foi suficiente para manter a performance de crescimento resultante ao nado sustentado (água corrente). Já na oferta fracionada o grupo submetido a água corrente continua apresentou a melhor performance, sugerindo que o nado sustentado em água corrente pode ser um fator determinante para o crescimento do Cm se lhe for ofertada dieta com alto teor proteico, ao considerarmos o ambiente aquecido como o mais favorável. Finalmente, o conteúdo aumentado de IGF-1 no musculo confirma participação deste fator de crescimento como via final de regulação humoral da hipertrofia muscular. Hipertrofia esta resultante ao aumento do esforço natatório, e, surpreendentemente, em resposta a dieta suplementada por Md.Tese Acesso aberto (Open Access) Modulação dos sistemas GABAérgico e glutamatérgico na secreção hipotalâmica de ocitocina sob condições hiperosmóticas(Universidade Federal do Pará, 2014-04-07) GRISÓLIA, Alan Barroso Araújo; SILVA, Anderson Manoel Herculano Oliveira da; http://lattes.cnpq.br/8407177208423247; DINIZ, Domingos Luiz Wanderley Picanço; http://lattes.cnpq.br/9601463988942971Em mamíferos, a osmolalidade do fluído extracelular é o parâmetro mais importante na manutenção do balanco hidroeletrolitica. Deste modo, variações de osmolalidade são detectadas por células hipotalâmicas especializadas, iniciando assim uma sinalização neuroquímica, com envolvimento dos sistemas glutamátergicos e GABAérgico, a qual pode desencadear a secreção da ocitocina. Entretanto, o modo como a relação dos aminoácidos GABA e glutamato pode modular a liberação de ocitocina durante a hiperosmolalidade ainda é pouco compreendida. Neste contexto, o objetivo do presente estudo foi caracterizar o efeito do meio hipertônico sobre os níveis extracelulares de GABA e glutamato e sua relação com a liberação de ocitocina em preparações de hipotálamo in vitro. Para tal, Ratos Wistar Machos (270-300g) foram mantidos em condições padrões de laboratório. E após decapitação o cérebro foi retirado rapidamente, os fragmentos hipotalâmicos foram imediatamente dissecados em Krebs Ringer Bicarbonato Glicose gelado (KRBG) e colocados no sistema de perinfusão com solução de KRBG isotônica (280 mOsm/Kg H₂O) fluxo de 0.5-1.0 ml/min, foram feitas as coletas a cada minuto durante 15 min. O estímulo hipertônico (340 mOsm/Kg H₂O) ocorreu por 3 minutos. As dosagens de glutamato, GABA e ocitocina foram efetuadas por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (HPLC). As dosagens de glutamato mostraram um aumento da liberação somente após a diminuição da concentração de GABA. Este padrão de liberação temporal motivou-nos a adicionar GABA (3 μM) durante o estímulo osmótico, resultando no bloqueio da liberação de glutamato anteriormente observada. Além disso, os resultados mostraram que a liberação de ocitocina estimulada por solução de NaCl hipertônica pode depender também de uma diminuição da liberação de GABA. O presente estudo sugere que a liberação de ocitocina estimulada por hipertonicidade depende de alteração da relação GABA/glutamato.Tese Acesso aberto (Open Access) Modulação nitrérgica na regulação ocitocinérgica da secreção do peptídeo natriurético atrial em cardiomiócitos(Universidade Federal do Pará, 2013-12-18) CONDE, Valney Mara Gomes; DINIZ, Domingos Luiz Wanderley Picanço; http://lattes.cnpq.br/9601463988942971Historicamente conhecida por suas ações sobre o sistema reprodutor, hoje se sabe que a ocitocina (OT) também pode contribuir para a regulação da homeostase cardiovascular e hidroeletrolítica. A OT é produzida nos núcleos supra-óptico e paraventricular do hipotálamo e liberada para o plasma a partir de terminais neurais da pituitária posterior, no entanto, muitos estudos identificaram locais extra-cerebrais de produção OT, incluindo o coração e o endotélio vascular. A ativação de seus receptores em células endoteliais, bem como em sistemas hipotalâmicos/hipofisários e cardíaco, pode resultar na produção de óxido nítrico (NO). O presente trabalho teve como objetivo verificar o papel do NO na regulação da secreção de peptídeo natriurético atrial (ANP) estimulada por OT em cultura primária de cardiomiócitos de embriões de camundongos. Para tal, corações de embriões de camundongos Balb C, com 19 a 21 dias de vida intra-uterina, foram isolados e cultivados para os ensaios com OT e demais substâncias interferentes na síntese de NO e GMPc seu segundo mensageiro. A adição de concentrações crescentes de OT (0.1, 1, 10 e 100 μM) induziu aumento proporcional na secreção de ANP e nitrato para o meio, confirmando a ação estimuladora da OT em cardiomiócitos. O bloqueio da liberação de ANP estimulada por OT (10 μM) foi observada após adição de Ornitina Vasotocina (CVI-OVT) (100 μM), um antagonista específico de OT. Este antagonista inibiu a secreção basal de ANP, quando adicionado individualmente, sugerindo que a OT pode atuar via mecanismo autócrino, tônico estimulatório sobre a secreção de ANP. Amplificação da secreção de ANP estimulada por OT (10 μM) foi observada após sua associação com L-NAME, um inibidor da sintase de óxido nítrico (NOS) (600 μM), e ODQ (100 μM), um inibidor da guanilato ciclase solúvel, sugerindo a ocorrência de feedback negativo nitrérgico na liberação de ANP estimulada por OT no cardiomiócito. Os resultados obtidos mostraram modulação nitrérgica inibidora sobre a secreção de ANP estimulada por OT.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Níveis de mercúrio, prolactina e interleucina 10 em mulheres em idade reprodutiva e puérperas dos municípios de Itaituba e Ananindeua, Pará(Universidade Federal do Pará, 2012-05-02) JESUS, Iracina Maura de; DINIZ, Domingos Luiz Wanderley Picanço; http://lattes.cnpq.br/9601463988942971Ao mercúrio tem sido atribuída a capacidade de interferir nos sistemas orgânicos imunológico e hormonal, além dos sistemas nervoso e renal frequentemente atingidos por esse agente tóxico. Mulheres em idade fértil ou grávidas constituem um grupo vulnerável a esses efeitos, em relação a si mesmas e seus conceptos. Foi avaliada a exposição ao mercúrio (Hg) e os níveis de prolactina (PRL) e interleucina-10 (IL-10) em 144 mulheres (no pós-parto e cerca de um ano depois) de Itaituba, área sob impacto ambiental do mercúrio e em mulheres de municípios da área metropolitana de Belém, sobretudo Ananindeua, área sem impacto conhecido do mercúrio (156 puérperas e 156 não puérperas). As análises de mercúrio total (Hg-t) em sangue foram feitas por Espectrometria de Absorção Atômica por Vapor Frio. As análises séricas de PRL foram feitas por Ensaio Imunoenzimático com detecção final em fluorescência e as determinações de IL-10 foram realizadas por Ensaio Imunoenzimático de Fase Sólida. Dados demográficos e epidemiológicos foram obtidos através de questionário semi-estruturado. As puérperas de Itaituba apresentaram média de Hg-t, PRL e IL-10 de 13,93 μg/l, 276,20 ng/ml e 39,54 pg/ml, respectivamente. Nas puérperas de Ananindeua as respectivas médias foram 3,67 μg/l, 337,70 ng/ml e 4,90 pg/ml. As mulheres não puérperas de Itaituba apresentaram média de Hg-t de 12,68 μg/l, média de PRL de 30,75 ng/ml e média de IL-10 de 14,20 pg/ml. As médias de Hg-t, PRL e IL-10 das mulheres de Ananindeua foram 2,73 μg/l, 17,07 ng/ml e 1,49 pg/ml, respectivamente. Os níveis de Hg-t, PRL e IL-10 foram maiores em Itaituba (p<0,0001), exceto em relação à PRL das puérperas, maior em Ananindeua. Os níveis semelhantes de Hg-t nas duas avaliações das mulheres de Itaituba (p=0,7056) e a correlação moderada sugerem continuidade da exposição (r=0,4736, p<0,0001). A principal variável preditora dos níveis de mercúrio foi o consumo de peixe nos modelos de regressão múltipla linear e logística. A paridade e os níveis de IL-10 apresentaram associação positiva com a PRL nas puérperas de Itaituba e o peso do recém-nascido e a IL-10, associação positiva com a PRL em puérperas de Ananindeua. A IL-10 apresentou associação negativa com a PRL nas mulheres não puérperas de Itaituba (p=0,0270) e positiva nas mulheres de Ananindeua (p=0,0266). Os níveis de Hg-t estavam associados negativamente com a PRL nas puérperas (p=0,0460) e positivamente com o trabalho em garimpo (p=0,0173) (este também importante para as não puérperas) em Itaituba, segundo os modelos logísticos. A IL-10 esteve associada positivamente à morbidade recente nas puérperas de Itaituba (p=0,0210), negativamente ao consumo de bebida alcoólica (p=0,0178) e positivamente ao trabalho em garimpo nas mulheres não puérperas (p=0,0199). A exposição crônica ao Hg das mulheres de Itaituba, a diferença nos níveis dos fatores imunoendócrinos avaliados em relação às mulheres não expostas e a associação com variáveis epidemiológicas relevantes, sugerem a possibilidade de impactos da exposição no perfil imunoendócrino das mulheres de Itaituba, chamando atenção para a importância da vigilância da saúde dessa população e o possível uso de bioindicadores como a PRL em sua avaliação.
