Programa de Pós-Graduação em Neurociências e Biologia Celular - PPGNBC/ICB
URI Permanente desta comunidadehttps://repositorio.ufpa.br/handle/2011/2374
O Programa de Pós-Graduação em Neurociências e Biologia Celular (PPGNBC) é parte integrante do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da Universidade Federal do Pará (UFPA), sendo constituído por: Mestrado e Doutorado em Neurociências e Biologia Celular, com área de concentração em Neurociências ou Biologia Celular.
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Navegando Programa de Pós-Graduação em Neurociências e Biologia Celular - PPGNBC/ICB por Orientadores "LEAL, Walace Gomes"
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Tese Acesso aberto (Open Access) Análise comparativa dos padrões neurodegenerativos da substância cinzenta em diferentes áreas corticais de ratos adultos submetidos à lesão isquêmica focal(Universidade Federal do Pará, 2012-09-27) SANTOS, Enio Maurício Nery dos; LEAL, Walace Gomes; http://lattes.cnpq.br/2085871005197072O acidente vascular encefálico (AVE) pode ocorrer em qual região do Sistema Nervoso Central (SNC), sendo o córtex cerebral é uma das regiões mais frequentemente afetadas por essa desordem neural aguda, embora inexistam investigações que tenham comparado o padrão lesivo em diferentes regiões corticais após isquemia focal de mesma intensidade. O objetivo desta investigação foi avaliar o padrão degenerativo de diferentes áreas corticais após lesão isquêmica focal. Para isso, induziu-se isquemia focal por microinjeções estereotáxicas de endotelina-1 (ET-1) nos córtices somestésico, motor e de associação de ratos adultos (N=45). Nos animais controle injetou-se o mesmo volume de solução salina estéril (N=27). Os animais foram perfundidos 1, 3, e 7 dias após o evento isquêmico. O encéfalo foi removido, pós-fixado, crioprotegido e seccionado em criostato. A histopatologia geral foi avaliada em secções de 50 coradas pela violeta de cresila. Secções de 20μm foram submetidas à imunoistoquímica para marcação de astrócitos (anti-GFAP), micróglia/macrófagos ativados (anti-ED1) e microglia em geral (anti-Iba1). Avaliou-se os padrões lesivos qualitativamente (por inspeção em microscópio óptico) e quantitativamente (pela contagem do número de células nos lados ipsi e contralateral à lesão), pela estatística descritiva e comparações intra e intergrupos com análise de variância com correção a posteriori de Tukey. Os animais isquêmicos apresentaram conspícua perda tecidual, ativação microglial e astrocitose entre 3 e 7 dias após a indução isquêmica, o que não foi observado nos animais controle. A perda tecidual e a ativação de células gliais foram mais intensas no córtex somestésico, depois no córtex motor, com intensidade reduzida na área de associação, o que foi confirmado por análise quantitativa. Os resultados sugerem que uma lesão isquêmica de mesma intensidade induz um padrão diferencial de perda tecidual e neuroinflamação, dependendo da área cortical, e que as áreas sensoriais primárias e motoras são mais susceptíveis ao processo isquêmico do que áreas de associação.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Análise in vitro do potencial antitumoral do conjugado LDE/Paclitaxel comparado à formulação do comercial Taxol sobre linhagem celular C6 de glioblastoma de rato(Universidade Federal do Pará, 2022-09) ANJOS, Ana Carolina Brito dos Anjos; FRANCO, Edna Cristina Santos; http://lattes.cnpq.br/5939607544965550; https://orcid.org/0000-0003-2909-949X; LEAL, Walace Gomes; http://lattes.cnpq.br/2085871005197072O glioblastoma, também conhecido astrocitoma de grau IV, é um dos tipos mais comuns e agressivos de tumores do sistema nervoso central. Dentre as características desse tipo de tumor destacam-se: infiltração de células tumorais isoladas no tecido cerebral normal, proliferação celular, angiogênese e necrose intensa. Atualmente a abordagem terapêutica principal consiste na ressecção cirúrgica seguida de radioterapia e quimioterapia. No entanto, na maioria das vezes o tumor não é bem delimitado, se espalhando pela região cerebral, o que dificulta sua ressecção total. Além disso, a retirada de tecido dessa região pode deixar diversas sequelas. Como consequência, os pacientes apresentam altas taxas de recidivas e baixas taxas de sobrevida. Outra problemática no tratamento desse tipo tumoral deve-se ao revestimento da barreira hematoencefálica que restringe a entrada de moléculas e substâncias, incluindo fármacos. Deste modo, o presente projeto se propõe a analisar os efeitos antineoplásicos da associação de uma nanopartícula chamada de LDE de estrutura semelhante à lipoproteína de baixa densidade (LDL) que atuará como carreadora do fármaco paclitaxel (PTX), comercialmente conhecido como Taxol®, um quimioterápico cuja ação antiproliferativa celular tem sido comprovada no tratamento de outros tipos de cânceres, tais como câncer de mama e câncer refratário de ovário. Utilizamos para tal, a linhagem celular C6 de glioblastoma de rato para as análises in vitro dos efeitos dos referidos tratamentos sobre os aspectos de viabilidade, citotoxicidade e morte celular por apoptose, utilizando o kit ApoTox-GloTM Triplex Assay (Promega Corporation), o qual desempenha as três análises citadas previamente, de maneira sequencial. Para avaliação do crescimento e do efeito do fármaco sobre os grupos de tratamento com PTX e LDE/PTX, cerca de 1x106 células foram cultivadas em microplacas de 96 poços, nas concentrações de 0,01; 0,1; 1 e 10 μM nos tempos de 24h, 48h e 72h. O controle experimental foi feito com células não expostas aos compostos, contendo apenas meio de cultivo DMEM. Os resultados obtidos após os tratamentos com PTX e LDE/PTX foram expressos como média ± desvio padrão e analisados por ANOVA de uma via (citotoxicidade) e de duas vias (viabilidade e apoptose), seguido pelo teste pos hoc de Tukey. As diferenças foram consideradas significativas quando p ˂ 0,05.Tese Acesso aberto (Open Access) Ativação microglial, lesão da substância branca e expressão de Nogo-A em ratos submetidos à isquemia estriatal(Universidade Federal do Pará, 2012-05-10) LIMA, Rafael Rodrigues; LEAL, Walace Gomes; http://lattes.cnpq.br/2085871005197072O objetivo desta investigação foi avaliar o padrão degenerativo de diversos tratos de substância branca após lesão isquêmica estriatal, correlacionando o processo degenerativo com os padrões de ativação microglial e expressão de Nogo-A. Para isso, foi induzida isquemia focal com injeção estereotáxica de endotelina no estriado de ratos adultos, e nos animais controle apenas injetou-se solução salina estéril. Os animais foram perfundidos 3, 7, 14 e 30 dias após isquemia. O cérebro removido, pós-fixado, crioprotegido, cortado em criostato e os cortes obtidos submetidos à investigação imunoistoquímica com os seguintes anticorpos: Anti-GFAP (1:2000,Dako), Anti-Tau-1 (1:500,Chemicon), Anti-MBP (1:100,Chemicon International), Anti-Nogo A (1:100,Invitrogen), Anti-Iba1 (1:1000, WAKO), Anti-ED1 (1:500, Serotec) e Anti-MHC-II (1:100 Abcam), além da visualização do padrão lesivo com violeta de cresila. As lâminas marcadas pelos diferentes métodos foram avaliadas qualitativamente e algumas também quantitativamente (Anti-Nogo A, Anti-ED1, Anti-MHC-II e Anti-Tau-1), com contagens realizadas no estriado e no corpo caloso. Os dados foram tabulados, submetidos à análise estatística pelo teste de Tukey (p<0,05) e capturadas micrografias dos achados mais representativos. As lâminas coradas com violeta de cresila revelaram um aumento da densidade celular pela infiltração de células inflamatórias à área isquêmica, com aumento expressivo ao 7º dia. Nas lâminas imunomarcadas para GFAP foi encontrado aumento progressivo da população de astrócitos, assim como um aumento do volume celular em 7 e 14 dias. Oligondendrócitos patológicos marcados com Tau-1 tiveram pico de marcação ao 3º dia no estriado e ao 7º dia no corpo caloso, e a perda de compactação de mielina identificada pelo MBP foi melhor observada ao 14º dia, nos diferentes tratos. A ativação microglial identificada pelas diferentes imunomarcações apresentou seu pico ao 7º dia, tanto em estriado como em corpo caloso, porém no corpo caloso com um número muito menor quando comparado com o estriado. A morfologia microglial sofreu variações, sendo encontrado o fenótipo ramificado nos animais controles, assim como nos tempos precoces e tardios pós isquemia e o padrão amebóide/fagocítico ao 7º dia, coincidente com o maior número de células ativadas. A contagem de células Nogo-A + teve seu pico observado ao 3º dia no estriado, não sendo observadas no corpo caloso diferenças de expressão de Nogo-A entre 3 a 14 dias, apenas uma diminuição quando comparado a 30 dias. Sendo assim, microinjeções de ET-1 no estriado induziram conspícua perda tecidual, concomitante com ativação microglial progressiva, astrocitose, perda da imunoreatividade para proteína básica de mielina e lesão de oligodendrócitos em diversos tempos de sobrevida após isquemia focal. Estes eventos acometem alguns tratos de SB, como o corpo caloso. O estabelecimento da evolução temporal destes eventos neuropatológico é a base para estudos futuros, nos quais se deverá manipular a resposta inflamatória com intuito de minimizar estas alterações teciduais.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Ativação microglial, perda neuronal e astrocitose em um modelo experimental de epilepsia do lobo temporal(Universidade Federal do Pará, 2011-05-12) FERREIRA, Elane de Nazaré Magno; LEAL, Walace Gomes; http://lattes.cnpq.br/2085871005197072A epilepsia é uma condições neurológicas crônicas graves mais prevalentes no mundo inteiro. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que em cada 100.000 habitantes, 45 a 50 apresentam a doença em países desenvolvidos, subindo para 122 a 190, nos países em desenvolvimento, como o Brasil. Não há fatores de risco em relação a sexo, raça ou idade, mas acredita-se que algumas mutações gênicas estejam relacionadas com o aumento do risco de se apresentar a doença. A fisiopatologia da epilepsia envolve fatores complexos, como perda de inibição e aumento da excitabilidade neuronal em diversas regiões encefálicas, principalmente o hipocampo. Defeitos de canais iônicos e transportadores e receptores para neurotransmissores podem contribuir para a patogênese da doença. A resposta inflamatória possui um papel importante na fisiopatologia da epilepsia. Evidências recentes sugerem um papel fundamental da ativação microglial para a exacerbação das crises convulsivas. Nesta dissertação, descrevemos os padrões gerais de ativação microglial, astrocitária e perda neuronal nas regiões CA1, CA3 e hilo do giro denteado do hipocampo e nos córtices motor, peririnal, entorrinal lateral e complexo amigdaloide na primeira semana após Status Epilépticus (SE) induzido por injeção de pilocarpina. Inibiu-se a ativação microglial com minociclina. Realizou-se imunohistoquímica para a marcação de neurônios (anti-NeuN), micróglia em geral (anti-Iba1), micróglia/macrófagos ativados (anti-ED1), astrócitos (anti-GFAP). Quantificou-se o número de neurônios e micróglia ativada em regiões hipocampais. Houve intensa ativação microglial e astrocitária nas diversas regiões motoras e límbicas estudadas, principalmente entre 3 e 7 dias após a indução de SE. O tratamento com a minociclina diminui significativamente ativação microglial no hipocampo nos tempos acima citados (p<0,05), mas não influenciou a astrocitose. A inflamação foi considerável nas regiões extrahipocampais, onde teve o ápice nos tempos de sobrevida precoces. Não houve perda de neurônios hipocampais na primeira semana após SE, apesar de alterações neuronais esporádicas terem sido observadas. Estes resultados sugerem que a resposta inflamatória é um evento generalizado e precoce, afetando diversas áreas motoras e límbicas, após SE induzido injeções de pilocarpina, mesmo na ausência de perda célular evidente. Os padrões de ativação microglial e astrocitária podem ser usados como marcadores do comprometimento tecidual progressivo em modelos experimentais de epilepsia.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Atividade antiinflamatória e neuroprotetora da Edaravona no córtex sensóriomotor primário de ratos adultos submetidos à isquemia focal experimental(Universidade Federal do Pará, 2014-02-12) ARAÚJO, Sanderson Corrêa; BORGES, Rosivaldo dos Santos; http://lattes.cnpq.br/4783661132100859; LEAL, Walace Gomes; http://lattes.cnpq.br/2085871005197072O acidente vascular encefálico (AVENC) é uma desordem neural iniciada a partir da redução ou interrupção do fluxo sanguíneo, tornando inadequada a demanda energética para a região, promovendo assim um dano tecidual. O AVENC é classificado em hemorrágico ou isquêmico. O AVENC isquêmico tem maior prevalência e pode ocorrer por trombose ou embolismo. A patologia isquêmica tem múltiplos eventos interrelacionados como excitotoxicidade, despolarização periinfarto, estresse oxidativo e nitrosativo, inflamação e apoptose. Um elemento de fundamental importância na patologia isquêmica é a célula microglial, cuja atividade está intimamente ligada à progressão do ambiente lesivo. Uma alternativa terapêutica no tratamento do AVENC é um pirazolona denominada Edaravona. O presente trabalho avaliou a o efeito neuroprotetor da Edaravona na dose de 3mg/kg no córtex sensóriomotor primário após lesão isquêmica focal. A indução isquêmica foi induzida através da administração de 40pM do peptídeo vasoconstritor endotelina 1 diretamente sobre o córtex sensóriomotor primário. Foram avaliados animais tratados com Edaravona (N=10) e animais tratados com Água Destilada (N=10) nos tempos de sobrevida 1 e 7 dias após o evento isquêmico. O tratamento com edaravona evidenciou através da análise histopatológica com violeta de cresila uma redução de 49% e 66% na área de infarto nos animais nos tempo de sobrevida 1 e 7 dias respectivamente. Os estudos imunohistoquímicos para micróglia/macrófagos ativos (ED1+) demostraram uma redução na presença de células ED1+ em 35% e 41% para os tempos de sobrevida 1 e 7 dias respectivamente. A redução na presença de neutrófilos (MBS-1+) foi significativa apenas nos animais com tempo de sobrevida de 24h onde se observou a redução em 56% na presença dessas células. A análise estatística foi feita por análise de variância com correção a posteriori de Tukey com p <0,05.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Avaliação neuropatológica da lesão estriatal em ratos machos e fêmeas da linhagem lister hooded induzida experimentalmente por microinjeções de endotelina-1(Universidade Federal do Pará, 2012-05-30) SANTOS, Ijair Rogerio Costa dos; LEAL, Walace Gomes; http://lattes.cnpq.br/2085871005197072A resposta inflamatória pode exacerbar o processo lesivo após desordens neurais agudas. O dimorfismo sexual gerado pelas diferentes presenças hormonais existentes entre macho e fêmea têm demonstrado habilidades neuroprotetoras endógenas opostas, apresentando uma melhor preservação da integridade do tecido nervoso na fêmea, putativamente, devido à presença dos hormônios ginógenos. Não existem investigações comparando como essa diferença pode afetar a resposta inflamatória durante o AVE. No presente estudo, investigaram-se as diferenças nos processos inflamatórios agudos do dimorfismo sexual de ratos adultos, de ambos os sexos, submetidos à lesão isquêmica aguda induzida por Endotelina (ET1) no corpo estriado. Seis grupos experimentais foram delineados: Animais machos de 24 horas de sobrevida (n= 8); machos de 72 horas de sobrevida de (n=8); machos de 7 dias de sobrevida (n=8); e fêmeas de 24 horas de sobrevida (n= 8); fêmeas de 72 horas de sobrevida de(n=8); fêmeas de 7 dias de sobrevida. A análise histopatológica geral foi realizada em secções coradas pela violeta de cresila. Macrófagos, astrócitos e neurônios foram identificados por imuno-histoquímica com anticorpos específicos para estas células inflamatórias (ED1, anti-GFAP e Anti-NeuN, respectivamente). Realizou-se contagem de micróglia/macrófagos ativados e corpos neuronais nos grupos experimentais mencionados. Não se notou diferença quantitativa entre os diferentes sexos, contudo houve uma aparente queda na quantidade de macrófagos/micróglia em 3 dias, tanto para os machos quanto para as fêmeas, apresentando alguma diferença na ativação astrocitária mais forte em machos. Os resultados sugerem que as diferenças sexuais na linhagem Lister Hooded, não são suficientes para causar diferenças significativas na preservação do tecido nervoso e em alguns aspectos da resposta inflamatória após a indução de isquemia cerebral por meio de ET1.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Efeitos anti-inflamatórios e neuroprotetores do extrato de cipó-pucá (Cissus verticilata) após lesão aguda da medula espinhal de ratos adultos(Universidade Federal do Pará, 2019-02-15) LIMA, Kelly Correa; FRANCO, Edna Cristina Santos; http://lattes.cnpq.br/5939607544965550; LEAL, Walace Gomes; http://lattes.cnpq.br/2085871005197072A lesão aguda da medula espinhal (LAME) é uma grave condição patológica que acomete vários indivíduos em diversas regiões do mundo e que pode causar sequelas físicas e/ou psicológicas. O tratamento disponível é ineficaz, o que demanda o desenvolvimento de novas abordagens terapêuticas. O desenvolvimento de agentes neuroprotetores é de fundamental importância para a preservação tecidual após LAME. Na Amazônia, há uma diversidade de plantas medicinais cujos potenciais efeitos anti-inflamatórios e neuroprotetores não foram investigados. Embora o cipó-pucá (Cissus verticillata) seja popularmente empregado para o tratamento de sequelas de acidente vascular encefálico, seus efeitos foram pouco investigados. Neste estudo, investigou-se os efeitos anti-inflamatórios e neuroprotetores do extrato supercrítico de cipó-pucá em um modelo experimental de LAME em ratos adultos. O extrato de folhas de cipó-pucá foi obtido através de extração com fluido supercrítico. Os animais foram submetidos a cirurgia de secção da medula espinhal (ME) a nível torácico (T8), tratados com o extrato de cipó-pucá (50 mg/Kg) logo após a lesão, perfundidos 24 horas pós-lesão e a medula espinhal removida e preservada em soluções com concentrações crescentes de sacarose. A análise histopatológica para visualização do padrão de lesão foi feita por coloração de hematoxilina-eosina (HE). A análise imunohistoquímica para visualização de neurônios, microglia, astrócitos e neutrófilos foi realizada utilizando anticorpos contra NeuN, CD68, caspase-3 e MBS-1, respectivamente. A análise quantitativa demostrou preservação neuronal, redução do número de células apoptóticas, microglia ativada e infiltrado inflamatório (neutrófilos) nos animais tratados quando comparados ao grupo controle sugerindo um efeito neuroprotetor e anti-inflamatório do extrato supercrítico de cipó-pucá em modelo de LAME.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Efeitos anti-inflamatórios e neuroprotetores do extrato de cipó-pucá (Cissus verticillata) após isquemia focal induzida por microinjeções de endotelina-1 (ET-1) no córtex motor de ratos adultos(Universidade Federal do Pará, 2018-12-19) COSTA, Jonabeto Vasconcelos; LEAL, Walace Gomes; http://lattes.cnpq.br/2085871005197072A resposta inflamatória pode exacerbar o processo lesivo após desordens neurais agudas como no acidente vascular encefálico. Alternativas de se obter uma diminuição na resposta inflamatória no acidente celular encefálico vem sendo amplamente estudada com o uso de compostos fitoterápicos, nesta hipótese o cipó pucá (Cissus verticillata), uma planta medicinal amazônica popularmente utilizada como anti-inflamatório e anti-hipoglicêmico vem sendo utilizada pela medicina popular no tratamento de doenças agudas inflamatórias. Entretanto, não existem investigações sobre os possíveis efeitos anti-inflamatórios e neuroprotetores do extrato da planta em modelos experimentais de desordens neurais agudas. Neste estudo, investigou-se os efeitos anti-inflamatórios e neuroprotetores do extrato da planta por extração supercrítica em ratos adultos submetidos a lesão aguda induzida por endotelina-1 (ET-1) no córtex motor. Dois grupos experimentais foram delineados: O primeiro com animais do grupo controle com um tempo de sobrevida de vinte e quatro horas e de sete dias (Grupo N= 3 para cada tempo de sobrevida), submetidos a isquemia focal com ET-1, porém injetados apenas solução salina e tween 5% via intraperitoneal (i.p), e o segundo grupo de animais tratados com doses de 100 mg/Kg (i.p) de extrato da planta logo após a cirurgia com os mesmos tempos de sobrevida (Grupo N=5 para cada tempo de sobrevida). Em seguida perfundidos vinte quatro horas e sete dias após a indução da lesão isquêmica. A análise histopatológica geral foi realizada em secções coradas pela violeta de cresila e hematoxilina. Neutrófilos e macrófagos foram identificados por imunoistoquímica com anticorpos específicos (anti-MBS1 e IBA-1, respectivamente), astrócitos marcados com anticorpo anti-GFAP. Realizou-se contagem microglia/macrófagos ativados e corpos neuronais nos grupos experimentais mencionados e avaliou-se a atividade de astrócitos após a lesão. O tratamento com o extrato de Cissus verticillata induziu efeitos anti-inflamatórios e neuroprotetores nos animais tratados, bem como a diminuição da cavitação tecidual, ativação de astrócitos no centro da lesão e diminuição de infiltrado de células inflamatórias polimorfonucleares e/ou microglia/macrófago.Tese Acesso aberto (Open Access) Efeitos anti-inflamatórios e neuroprotetores do extrato de gergelim (Sesamum indicum L.) em um modelo experimental de lesão aguda da medula espinhal de ratos(Universidade Federal do Pará, 2016-06-10) PENHA, Nelson Elias Abrahão da; LIMA, Rafael Rodrigues; http://lattes.cnpq.br/3512648574555468; LEAL, Walace Gomes; http://lattes.cnpq.br/2085871005197072A medula espinhal é o componente do sistema nervoso central (SNC) com funções cruciais para o estabelecimento da locomoção, habilidades motoras, somestesia e controle autonômico. Lesões medulares estão entre as condições patológicas mais graves e mais debilitantes à saúde humana, com grande incidência em todas as regiões do mundo. A reprodução dos diferentes tipos de lesão da medula espinhal (ME) em animais de experimentação e o entendimento de sua fisiopatologia, bem como a busca de tratamentos que minimizem os danos neurológicos e estimulem a recuperação morfofuncional do indivíduo afetado são temas de grande relevância científica e clínica. Neste estudo, investigamos os possíveis efeitos neuroprotetores e/ou anti-inflamatórios do extrato supercrítico de gergelim (Sesamun indicum L.) em tempos agudos após lesão experimental da medula espinhal (ME) de ratos adultos. Ratos machos adultos foram submetidos à hemissecção da ME em uma mesa estabilizadora em nível de T8. Os grupos controle e sham (falso operado) foram tratados com tween a 5% (veículo) e o grupo tratado recebeu injeções intraperitoneais de extrato de gergelim (150 mg/kg divido em duas doses diárias) em tempos agudos e sub-agudos de sobrevida após a lesão (1, 3 e 7 dias). Foram obtidas secções de 20 μm da ME com auxílio do um criostato. Estas seções foram coradas com azul de metileno, hematoxilina-eosina (HE), tricrômico de gomori, violeta de cresila e imunomarcadas por anticorpos específicos para a identificação de neutrófilos (anti-MBS-1) e micróglia (anti-ED1). Avaliou-se a força muscular por registro eletromiográfico realizados nos animais controle e tratados com gergelim, 1 e 7 dias após o trauma da ME. Os animais controle apresentaram cavitação progressiva da ME concomitante com recrutamento de neutrófilos e ativação microglial/macrofágica. O tratamento com extrato de gergelim induziu preservação tecidual e diminuição considerável do recrutamento de neutrófilos nos tempos de 1 e 3 dias após a indução da lesão experimental, o que foi confirmado por análise quantitativa (p<0.05). O tratamento com gergelim também diminuiu a ativação microglial/macrofágica no tempo de 7 dias após a lesão (P<0.05). Os registros eletromiográficos revelaram que o tratamento com gergelim induziu cerca de 50% de recuperação da força muscular em relação aos animais controle. Os resultados sugerem que o extrato de sementes de gergelim preto é anti-inflamatório, neuroprotetor e induz recuperação da força muscular em ratos adultos submetidos à trauma experimental da medula espinhal. Estudos futuros devem confirmar que fitoterápicos à base de gergelim podem ser usados como possíveis agentes neuroprotetores para tratamento da lesão da medula espinhal humana.Tese Acesso aberto (Open Access) Efeitos anti-inflamatórios e neuroprotetores do extrato de gergelim preto (Sesamum indicum L.) em um modelo experimental de isquemia estrial(Universidade Federal do Pará, 2024-03) SANTOS, Ijair Rogério Costa dos; LEAL, Walace Gomes; http://lattes.cnpq.br/2085871005197072Acidente Vascular Encefálico (AVE) é uma neuropatologia caracterizada como o surgimento súbito global ou focal de déficits da função neurológica de duração superior a 24 horas ou que leve a morte, cuja única causa reside na origem vascular. Estudos sobre a incidência, comprometimento físico e mortalidade enquadram o AVE como a segunda causa de morte no mundo e a principal complicação orgânica que leva às disfunções físico-neurológicas, frequentemente, graves e permanentes. A indução do AVE em animais de experimentação e o entendimento de sua fisiopatologia, bem como a busca de tratamentos que minimizem os danos neurológicos e estimulem a recuperação morfofuncional do indivíduo afetado são temas de grande relevância científica e clínica. Neste estudo, investigamos os possíveis efeitos neuroprotetores e/ou anti-inflamatórios do extrato supercrítico de gergelim preto (Sesamun indicum L.) após lesão isquêmica focal por microinjeções de 80 pmol de endotelina-1 no estriado de ratos adultos, usando as coordenadasestereotáxicas: 1,2 mm, anterior-posterior; 2,5 mm, médio-lateral; 4,0 mm, dorsoventral. Após a indução do AVE, os grupos controles foram tratados com tween a 5% e os tratados receberam 150 mg/kg de gergelim, ambos, por via intraperitoneal, em duas doses diárias de 75 mg/kg. A neuropatologia foi obtida em secções encefálicas com 50 e 20 μm de espessuras e coradas com violeta de cresila, para identificar a área de lesão, e/ou imunomarcadas por anticorpos específicos à identificação de neurônios (anti-NeuN), astrócitos (anti-GFAP) e micróglia (anti-ED1). Secções de 5 μm de espessura de rim e fígado corados por métodos histológicos e histoquímicos não mostraram alterações morfológicas nas células que compõem esses órgãos essenciais, sugerindo baixa toxicidade do extrato. Todas as secções coradas e/ou imunomarcadas foram visualizadas em microscópio óptico e seuscampos mais ilustrativos, em todos os tempos de sobrevida e grupos experimentais,foram capturados digitalmente e editados em computador. A quantificação das célulasNeuN+(neurônios), micróglia/macrófagos (ED1+) e astrócitos (GFAP+) na área de lesão, três secções por lâmina, todo campo ao redor de lesão por secção, com auxílio de uma gradícula de área 0,0625 mm2 na ocular possibilitou o teste t-Student à análise estatística entre os grupos e o uso do programa Microsoft Excel à plotagem dos gráficos. Por fim, uma caracterização da citotoxicidade in vitro, bem como a verificação do índice de acidez do extrato revelou baixa acidez e mínima agressividade em células sanguíneas, que ratifica o uso do extrato supercrítico em estudos que visem otratamento de doenças agudas e crônicas no SNC.Tese Acesso aberto (Open Access) Efeitos do transplante autólogo de células monocelulares da medula óssea após lesão incompleta da medula espinhal de ratos adultos(Universidade Federal do Pará, 2017-03-30) SOUZA, Celice Cordeiro de; HAMOY, Moisés; http://lattes.cnpq.br/4523340329253911; LEAL, Walace Gomes; http://lattes.cnpq.br/2085871005197072A lesão da medula espinhal (LME) causa perda permanente da função neurológica abaixo do nível de lesão, gerando consequências físicas sociais e psicológicas nos pacientes. A fisiopatologia da LME envolve processos complexos, como hemorragia, excitotoxicidade e inflamação, geradas principalmente pelas células microgliais. Apesar do avançado conhecimento sobre os mecanismos patológicos, ainda não existem estratégias terapêuticas eficazes e aprovadas para o tratamento das lesões e suas consequências sem que tenham efeitos adversos graves. A terapia celular pode representar uma boa estratégia terapêutica por demonstrar bons resultados na modulação do ambiente inflamatório da lesão e por prováveis mecanismos de diferenciação. No presente estudo, investigamos a ação das células mononucleares da medula óssea (CMMO) em lesões incompletas (hemissecção à direita da medula espinhal, segmento T8-T9) após 42 dias de lesão (lesão crônica). As células eram do próprio animal lesionado (transplante autólogo) e o transplante foi intramedular, ou seja, as células eram inseridas próximas ao local da lesão. No presente estudo, investigaram-se os efeitos funcionais do transplante por meio da escala BBB (Basso, Beatie e Bresnahan), que permite graduar a função motora das patas posteriores dos animais. Investigou-se também os efeitos antiinflamatórios das CMMO. Foram utilizadas técnicas histológicas e imunohistoquímicas usando a coloração de Violeta de Cresila e os anticorpos anti-ED-1 (marcador de micróglia/macrófagos ativados) e anti-GFAP (marcador de astrócitos fibrilares). Foram realizadas análises qualitativas e quantitativas. Para análise quantitativa, o número de astrócitos e macrófagos/micróglia ativados por campo foram contados usando microscópio binocular com gradícula de contagem (0,0625mm2) em objetiva de 40x. As médias das contagens e os desvios-padrão obtidos foram plotados em coordenadas cartesianas. A contagem se deu da seguinte forma: no lado direito da medula espinhal (lado com lesão) e três campos por região medular (funículo ventral - FV, funículo dorsal - FD, funículo lateral - FL, corno dorsal - CD, corno ventral - CV e substância cinzenta intermediária-SCI), totalizando 18 campos de contagem por secção. O tratamento com CMMO não foi eficaz para melhorar a função motora dos animais lesionados quando comparamos os animais tratados e não tratados (médias e desvios-padrão dos grupos: falso operado, n=4, 21±0; controle, n=4, 13,57±3,88; tratado, n=5, 15,07±3,46). Na análise qualitativa por meio da coloração de Violeta de Cresila, os animais tratados apresentaram melhor preservação tecidual quando comparados com os animais não tratados. Na análise quantitativa da ativação microglial, observamos que o tratamento com as CMMO reduziu a ativação dessas células inflamatórias (controle: 19,52±7,79; tratados: 10,04±2,37), porém não reduziu significativamente a ativação dos astrócitos (médias dos grupos: controle 17,74± 2,757; tratados 14,46± 5,283). Os resultados sugerem que mais estudos são necessários para chegar-se a uma estratégia eficaz para os pacientes com LME. Um possível tratamento combinado com outras estratégias pode vir a ser promissor para a funcionalidade dos pacientes.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Efeitos neuroprotetores e anti-inflamatórios do óleo de copaíba (Copaifera reticulata Ducke) em ratos adultos submetidos a isquemia do córtex motor por microinfecções de Edotelina-1(Universidade Federal do Pará, 2019-02-15) SILVA, Paulo Rodrigo Oliveira da; FRANCO, Edna Cristina Santos; http://lattes.cnpq.br/5939607544965550; LEAL, Walace Gomes; http://lattes.cnpq.br/2085871005197072O acidente vascular encefálico (AVE) é uma desordem neural causada pela interrupção do fluxo sanguíneo nos vasos que irrigam o encéfalo (AVE isquêmico) ou rompimento destes (AVE hemorrágico), causando déficits cognitivos, sensoriais e/ou motores. Com exceção do uso trombolíticos, o qual possui uma janela terapêutica muito estreita e é pouco utilizado, inexistem outros tratamentos farmacológicos ou terapia celular disponíveis para esta condição patológica. Desse modo, é necessária a busca por novos tratamentos, tais como o desenvolvimento de agentes neuroprotetores. A Amazônia é uma rica fonte de produtos naturais, mas as suas ações terapêuticas para doenças do sistema nervoso central (SNC) foram pouco investigadas. Neste trabalho, investigou-se as ações neuroprotetoras e anti-inflamatórias do óleo-resina de copaíba (ORC). Ratos Wistar adultos foram submetidos à isquemia focal por microinjeções (80pMol/μl) de endotelina-1 (ET-1) diretamente no córtex motor e foram tratados com doses diárias de ORC (400mg/kg) ou tween a 5%. Os animais foram perfundidos 7 dias após a lesão. A análise histopatológica foi realizada pela coloração com violeta de Cresila (cérebro) e com hematoxilina-eosina (fígado e rins). Realizou-se imunoistoquímica para a marcação de neurônios (anti-NeuN), astrócitos (anti-S100) e caspase (anti-caspase-3). A morfometria demonstrou redução no tamanho da área de lesão quando comparou-se animais tratados (15,96 ± 1,53 mm2) e controle (28,82 ± 2,65 mm2). O exame histopatológico do fígado e rins não encontrou alterações indicativas de toxicidade. Na análise quantitativa observou-se preservação neuronal, porém, não observou-se diferença estatística entre os grupos referente a análise de astrócitos (células S100+). O grupo tratado com ORC apresentou um aumento na expressão de caspase-3. Conclui-se que o ORC pode ter um papel neuroprotetor ao contribuir com a sobrevivência neuronal na área de penumbra isquêmica, porém, trabalhos futuros são necessários a fim de descobrir por qual(is) via(s) o ORC está agindo para promover a sobrevivência neuronal.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Fenótipos microgliais e tratamento com minociclina após isquemia focal induzida por microinjeções de endotelina-1 no córtex motor de ratos adultos(Universidade Federal do Pará, 2016-12-23) DIAS, Michelle Nerissa Coelho; LEAL, Walace Gomes; http://lattes.cnpq.br/2085871005197072As células microgliais são componentes fundamentais do sistema imune inato que fazem, continuamente, uma varredura completa do parênquima neural em busca de alterações teciduais sutis para a preservação da integridade tecidual. Estes macrófagos residentes do sistema nervoso central (SNC), correspondem a cerca de 20% da população celular encefálica. Em desordens neurais agudas e crônicas, incluindo lesão cerebral e da medula espinhal, acidente vascular encefálico experimental (AVE), doenças de Alzheimer, Parkinson e Huntington, células microgliais são ativadas, o que é refletido em alterações morfológicas e bioquímicas. Nestas doenças, acredita-se que a ativação microglial contribua tanto para neuroproteção como para a exacerbação do processo lesivo. Diversas evidências experimentais sugerem que a ativação microglial excessiva pode contribuir para a exacerbação do processo lesivo após AVE experimental. No entanto, nossos estudos prévios sugerem que as células microgliais podem liberar fatores tróficos após AVE experimental em regiões anatomicamente distintas da população microglial com fenótipos prejudiciais. Inexistem estudos que tenham descrito os padrões de reatividade dos diferentes fenótipos microgliais após isquemia experimental. No presente projeto, investigaremos os padrões de ativação de células microgliais apresentando fenótipos benéficos e prejudiciais, avaliando que populações microgliais são inibidas pela tetraciclina minociclina após isquemia cortical focal. Os animais foram submetidos à isquemia focal no córtex motor por microinjeções de 80 pMol de endotelina-1 (ET-1). Os mesmos foram sacrificados 7, 14 e 30 dias após a indução isquêmica. Foi feita a técnica de imuno-histoquímica para a observação da perda neuronal (NeuN+) e imunofluorescência dupla para avaliar a densidade de células microgliais M1 e M2 na área lesionada. A análise estatística da densidade de células NeuN+ foi feita pelo test t de Student dos grupos de 07 dias de sobrevida controle e tratado enquanto que a análise das células microgliais M1 e M2 foram feitas pela análise de variância dos grupos de 07, 14 e 30 dias sobrevida controle, adotando em todos os testes o nível de significância P<0.05. Foi comprovada uma preservação no numero de neurônios presentes no parênquima lesionado dos animais tratados com minociclina. Foi observada uma diminuição no numero de células microgliais M1 nos animais tratados com minociclina, sugerindo que o fármaco pode apresentar efeitos em vias de expressão dos fenótipos microgliais M1. Entretanto, quando comparados os animais de 07, 14 e 30 dias controle, há um aumento do numero desse fenótipo M1 que se estende do 07 dia até o 30 dia de sobrevida. Concluímos que há um efeito neuroprotetor do fármaco minociclina relacionada ao acidente vascular encefálico, sugerindo que esse fármaco pode estar envolvido na modulação dos fenótipos microgliais necessitando de maiores estudos sobre a sua função nas vias de expressão desses fenótipos.Tese Acesso aberto (Open Access) Imunoreatividade para os receptores de neurotrofinas P75NTR e TrkA na zona subventricular de ratos adultos após isquemia estriatal(Universidade Federal do Pará, 2015-08-21) TAVARES, Patrycy Assis Noronha; LIMA, Rafael Rodrigues; http://lattes.cnpq.br/3512648574555468; LEAL, Walace Gomes; http://lattes.cnpq.br/2085871005197072Neurotrofinas são fatores de crescimento expressos por células do Sistema Nervoso, tanto durante o desenvolvimento quanto na vida adulta. O Fator de Crescimento Nervoso (NGF, do inglês- Nerve Growth Factor), o Fator Neurotrófico derivado do Cérebro (BDNF- do inglês- Brain-derived Neurotrophic Factor), Neurotrofina-3 (NT-3) e Neurotrofina-4/5 (NT-4/5), desempenham inúmeras funções relacionadas a maturação e resposta do tecido nervoso à patologias, como o Acidente Vascular Encefálico (AVE). Nesta condição, o aumento da expressão das neurotrofinas pode interferir no grau de neurogênese na Zona sub-ventricular (SVZ), bem como redirecionar a corrente migratória das Células-tronco Neurais Adultas (CTNAs) para a região isquêmica. A presença dos receptores de neurotrofinas p75NTR e TrkA, em CTNAs da SVZ, indica que eles podem participar na regulação da neurogênese nessa região. Neste trabalho, descrevemos a influência de uma isquemia experimental, através de uma microinjeção do peptídeo vasconstritor Endotelina-1, restrita ao estriado adjacente à SVZ; sobre o padrão de imunoreatividade para os receptores p75NTR e TrkA em diferentes tempos de sobrevida. Foi analisado o padrão histopatológico do estriado isquêmico e a citoarquitetura da SVZ, seguidos de análises imunoistoquímicas para os receptores. Inúmeras células p75NTR + foram encontradas na SVZ contra e ipsilateral ao sítio de injeção, ocorrendo uma redução de imunorreatividade no primeiro e terceiro dia após a isquemia. Raríssimas células TrkA+ foram encontradas na SVZ de ambos os grupos, porém, observamos inúmeros terminais axonais TrkA+ na SVZ ipsilateral a isquemia. Logo, após o processo isquêmico, houve espessamento da SVZ, concomitante à redução da imunorreatividade para o p75NTR e surgimentos de terminais axonais TrkA+.Tese Acesso aberto (Open Access) Intoxicação crônica experimental com alumínio: padrões degenerativos, comportamentais e terapia experimental com magnésio após lesão hipocampal(Universidade Federal do Pará, 2013-01-17) SILVA JÚNIOR, Ademir Ferreira da; MAIA, Cristiane do Socorro Ferraz; http://lattes.cnpq.br/4835820645258101; LEAL, Walace Gomes; http://lattes.cnpq.br/2085871005197072Evidências experimentais sugerem que o alumínio é um agente neurotóxico com ações deletérias sobre os processos cognitivos. Neste estudo, investigou-se os efeitos comportamentais, histopatológicos e bioquímicos da intoxicação crônica com citrato de alumínio sobre o hipocampo de ratos adultos, e ao mesmo tempo aplicou-se uma terapia experimental de tratamento com magnésio para a reversão das alterações neuropatológicas encontradas. Utilizou-se 70 ratos Wistar machos de 200-250 g, divididos em grupos da seguinte maneira: controle, citrato de sódio (CNa), citrato de alumínio (CAl), citrato de alumínio + sulfato de magnésio (CAl+Mg), citrato de sódio + sulfato de magnésio (CNa+Mg). A dose usada de citrato de alumínio foi de 100 mg/kg e sulfato de magnésio 250 mg/kg durante 30 dias. Os animais foram submetidos aos testes comportamentais do campo aberto, Rota rod, Reconhecimento social e Labirinto em T elevado (LTE), análise bioquímica, histopatológica e imunoistoquímica para GFAP. Além disso, foram verificados os níveis de alumínio no plasma e no hipocampo dos animais em espectrômetro de absorção atômica em forno de grafite (GF AAS). Os resultados obtidos mostraram que o grupo CAl apresentou um aumento da atividade locomotora no teste do campo aberto em comparação ao grupo controle e já o grupo CAl+Mg apresentou uma diminuição (P<0.001). Nos testes de memória do LTE e de Reconhecimento social, os animais do grupo CAl apresentaram déficits no cognitivos em relação aos demais grupos enquanto os animais do grupo CAl+Mg apresentaram um bom desempenho nos teste (P<0.001). Os níveis de alumínio encontrados no hipocampo do grupo CAl foram consideravelmente elevados e nos demais grupos os níveis ficaram abaixo do limite de detecção. Na análise histopatológica e imunoistoquímica, os animais do grupo CAl apresentaram diminuição da densidade celular e reatividade astrocitária nas camadas CA1, CA3 e hilo do hipocampo. Estes resultados sugerem que a intoxicação experimental com citrato de alumínio induz déficits de aprendizado e memória e que a administração de sulfato de magnésio pode ter a capacidade de minimizar os danos causados pelo metal no hipocampo de animais intoxicados.Tese Acesso aberto (Open Access) Investigação de tipos e origem celular neurogênicos em áreas diversas do sistema nervoso central da espécie Cebus apella(Universidade Federal do Pará, 2015-07-27) SANTOS, Adriano Guimarães; HAMOY, Moisés; http://lattes.cnpq.br/4523340329253911; LEAL, Walace Gomes; http://lattes.cnpq.br/2085871005197072A identificação de populações de precursores neuronais, e células-tronco geradas pelo próprio Sistema Nervoso Central tem sustentado debates sobre seu possível uso na reparação de danos causados por desordens agudas do Sistema Nervoso Central. Contudo, no caso do cérebro mamífero adulto, tal geração é considerada evolutivamente restrita a duas áreas: a zona subgranular do giro denteado do hipocampo, e as paredes dos ventrículos laterais onde novos neurônios são continuamente gerados. Utilizamos 6 primatas não-humanos, adultos, machos, da espécie Cebus apella (Macaco-prego, 10 anos de idade), com pesos entre 2,1 e 2,8 Kg (média 2,5 Kg) pré-tratados com BrdU que após sacrifício e devido processamento histológico, tiveram seus tecidos analisados em imuno-histoquímica para análises por meio de anti-BrdU, Anti-Nestina, anti-sox2 e DCX em diversas áreas do Sistema Nervoso Central. As paredes ventriculares apresentaram presença de neuroblastos similar àquela já observada em trabalhos anteriores, porém resultados inesperados também foram observadas em áreas como o córtex frontal.Tese Acesso aberto (Open Access) Modulação da neuroinflamação celular e neuroproteção induzidas por tratamento com betacariofileno em um modelo experimental de isquemia estriatal em ratos adultos(Universidade Federal do Pará, 2016-10-11) LOPES, Rosana Telma Santos; SANTOS, Enio Maurício Nery dos; http://lattes.cnpq.br/7789458294239924; LEAL, Walace Gomes; http://lattes.cnpq.br/2085871005197072O acidente vascular encefálico (AVE) resulta de redução permanente ou transitória do fluxo sanguíneo para áreas encefálicas. Pode ser classificado como hemorrágico ou isquêmico. Sendo que o último é responsável por cerca de 87% dos casos. Esta desordem aguda é a segunda maior causa de mortalidade e incapacidade no mundo e a principal causa de mortes no Brasil. Desde que o AVE isquêmico em pacientes usualmente resulta de oclusão trombótica ou embólica na maior artéria cerebral, mais frequentemente da artéria cerebral média (MCA), modelos de isquemia cerebral experimental foram desenvolvidos para simular a doença humana. Neste estudo, investigou-se os efeitos do sesquiterpeno betacariofileno, encontrado em cerca de 40% do extrato puro de copaiba, após oclusão de MCA (MCAO) induzida por microinjeções de endotelina-1 (ET-1) em ratos adultos. Analisou-se qualitativamente a área de lesão (através da técnica de Nissl) e por imunohistoquímica para neurônios maduros (NeuN), ativação microglial/macrofágica (ED1) e astrócitos (GFAP). Quantificou-se o número de células NeuN+ e GFAP+ no estriado isquêmico nos tempos de sobrevida investigados. Foi observado que o tratamento com betacariofileno reduziu a ativação microglial nos animais tratados em coparação aos animais controle. O número de células NeuN+ permaneceu maior em animais tratados com betacariofileno 3 e 7 dias após a MCAO. O tratamento com betacariofileno mostrou-se significativamente eficaz na redução da reatividade astrocitária 7 dias após-MCAO. Estes resultados sugerem que o tratamento com betacariofileno inibe satisfatoriamente a ativação microglial/macrofágica e reduz a reatividade astrocitária concomitante com indução de neuroproteção após MCAO. Considerando-se que o betacariofileno é um extrato dietético natural com comprovados fatores anticarcinogênico, anti-inflamatório e antimicrobiano utilizado em tratamentos de doenças humanas não neurais, e por possuir baixo teor de toxicidade, o seu uso como agente neuroprotetor poderá minimizar a lesão e danos neurológicos subsequentes após AVE em humanos.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Neurogênese endógena induzida por acidente vascular encefálico experimental após inibição da ativação microglial/macrofágica com o anti-inflamatório indometacina(Universidade Federal do Pará, 2011-05-16) LOPES, Rosana Telma Santos; LEAL, Walace Gomes; http://lattes.cnpq.br/2085871005197072O acidente vascular encefálico (AVE) resulta de redução permanente ou transitória do fluxo sanguíneo para áreas encefálicas. Pode ser classificado como hemorrágico ou isquêmico. Sendo que o último é responsável por cerca de 87% dos casos. Esta desordem neuronal é a segunda maior causa de mortalidade e incapacidade no mundo e a principal causa de mortes no Brasil. Demonstrou-se que após a oclusão da artéria cerebral média (MCAO), os neuroblastos migram para o estriado isquêmico e substituem parcialmente os neurônios perdidos durante a isquemia. Além disso, a maioria dos neuroblastos migratórios morre na primeira semana após MCAO e eventos inflamatórios, principalmente a ativação microglial, pode desencadear na morte desses neuroblastos. Neste estudo, investigaram-se os efeitos do anti-inflamatório não esteróide, indometacina, nas ativação microglial, preservação neuronal e neurogênese adulta MCAO experimental de ratos adultos. Os animais sofreram MCAO por microinjeções de endotelina-1 e foram tratados (i.p) com indometacina ( N=8) ou solução salina estéril (N=8). Analisou-se através da imunoistoquímica, neurônios maduros (NeuN), ativação microglial/macrofágica (Iba1 e ED1) e migração de neuroblastos (DCX) 8 e 14 dias. O número de células NeuN, ED1 e DCX positivas por campo foram contadas no estriado isquêmico ou zona subventricular. O tratamento com indometacina reduziu a ativação microglial em geral e o número de células ED1+ em 8 e 14 dias após a lesão (médias de ±6,9 e ±3,0 células respectivamente), comparado ao controle (±7,9 ou ±6,5 células, p<0.001, ANOVA-Tukey). Aumentou o número de células DCX+ em ambas SVZ e estriado, em todos os tempos avaliados. Não houve diferença entre o número de células NeuN+ entre grupos. Os resultados mostram que o tratamento com indometacina inibe a ativação microglial concomitante com o aumento da proliferação e migração de neuroblastos após MCAO. Isto é resultado promissor, considerando que a indometacina é também usada em tratamentos de doenças humanas não neurais e que a neurogênese adulta pode levar à recuperação funcional após o AVE.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Neuroproteção, diminuição do infiltrado de neutrófilos e microgliose após tratamento com óleo-resina de copaifera reticulata ducke em um modelo experimental de lesão aguda da medula espinhal(Universidade Federal do Pará, 2017-01-25) SANTOS, Thayssa Ferreira dos; LEAL, Walace Gomes; http://lattes.cnpq.br/2085871005197072A fisiopatologia da lesão aguda da medula espinhal (LAME) envolve processos complexos como alterações vasculares, excitotoxicidade, peroxidação lipídica e neuroinflamação, causada principalmente pelas células microgliais. Apesar do conhecimento da fisiopatologia, ainda não existe um tratamento eficaz para a LAME. Diante disso, existe uma mobilização da comunidade científica em encontrar uma substância capaz de promover neuroproteção e, consequentemente diminuir as sequelas da LAME abaixo do nível da lesão. Nesse contexto, o Óleo de resina de Copaíba, pode representar uma boa estratégica terapêutica. Neste estudo, investigamos os efeitos antiinflamatórios e neuroprotetores do óleo de resina de copaíba após hemisecção da medula espinhal de ratos. Os animais foram divididos em 2 grupos experimentais e controle de 24h e 7 dias de sobrevida. Foram utilizadas técnicas imunohistoquímicas usando os anticorpos anti-MBS-1(marcador de neutrófilos), anti-Iba -1(marcador de micróglias), assim como coloração com Violeta de Cresila. Foram realizadas análises qualitativas e quantitativas. O óleo de resina de copaíba se mostrou eficaz em diminuiu o recrutamento de células inflamatórias para a área de lesão medular e promoveu melhor preservação da área tecidual em comparação com o grupo controle. Assim como no menor recrutamento de neutrófilos em ratos tratados em comparação com o grupo controle (Grupo Tratado : 8,33 ± 0,66 (N=3); Grupo Controle: 12,27 ± 0,28 (N=3) ). O óleo de resina de copaíba também promoveu a redução do número de micróglias na área de lesão medular em diferentes tempos (Grupo Tratado no 1º dia: 8,59 ± 1,72 (N=3), Grupo Controle no 1º dia : 35,07 ± 9,87 (N=3). Grupo Tratado no 7º dia: 19,59 ± 9,48 (N=3), Grupo Controle no 7º dia : 65,77 ± 6,19 (N=3)). Esses resultados sugerem o efeito antiinflamatório e neuroprotetor do óleo de resina de copaíba após a LAME, revelando uma estratégia promissora para o paciente pós LAME.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Padrões neuropatológicos nas substâncias branca e cinzenta revelados por tomografia computadorizada ou ressonância magnética e déficits neurológicos correspondentes em crianças e com encefalopatia crônica não progressiva da infância(Universidade Federal do Pará, 2013-01-17) TEIXEIRA, Madacilina de Melo; LEAL, Walace Gomes; http://lattes.cnpq.br/2085871005197072A Encefalopatia Crônica Não Progressiva da Infância (ECNP) é a sequela neurológica com maior comprometimento motor para a criança, e continua sendo na atualidade a hipóxicoisquemia perinatal a maior causa de lesão cerebral. É conhecida como Paralisia Cerebral, sendo definida por uma sequela de agressão encefálica, caracterizada, principalmente, por um transtorno persistente, mas não invariável do tônus, da postura e do movimento, que aparece na primeira infância. A caracterização da ECNP se faz considerando as condições anatômicas, etiológicas, semiológicas e não evolutiva. Neste estudo adotou-se a classificação baseada em aspectos anatômicos e clínicos, que enfatizam o sintoma motor, enquanto elemento principal do quadro clínico. A neuroimagem tem fundamental importância para o diagnóstico e prognóstico de lesões cerebrais, exercendo a importante função de descartar ou confirmar a presença de lesões em recém-nascidos e nas crianças com alterações no desenvolvimento. A Tomografia Cerebral (TAC) e a Ressonância Magnética do Crânio (RM) vêm desempenhando enorme papel para o estudo dos vários tecidos que constituem o sistema nervoso. Assim este estudo teve o objetivo geral de avaliar os padrões neuropatológicos nas substâncias branca e cinzenta, obtidos por TAC ou RM de Crânio, de pacientes com história clínica de ECNP hipóxico-isquêmica perinatal, correlacionando os dados obtidos por neuroimagem com os padrões motores obtidos por exame clínico-neurológico. Foram obedecidas as normas vigentes para estudo em seres humanos impostas pela Resolução CNS 196/96, submetida ao Comitê de Ética e Pesquisa da Plataforma Brasil sob o Nº 112168. A população foi constituída por pacientes com idade de zero a sete anos, de ambos os sexos, atendidos no Ambulatório de Paralisia Cerebral do Projeto Caminhar do Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza (HUBFS), com diagnóstico de ECNP. A amostra do estudo foi composta por 15 crianças com diagnóstico de ECNP por Hipóxia neonatal. Para o diagnóstico radiológico em neuroimagem foram utilizados os dados dos laudos da TAC e da RM de Crânio. A avaliação clínico-neurológica utilizou para a avaliação do movimento o modelo da escala Gross Motor Function Classification System (GMFCS E&R), elaborada por Palisano, que gradua a criança em cinco níveis no qual o Nível I corresponde à normalidade e o Nível V a maior gravidade de limitação. Das 15 crianças avaliadas quanto ao movimento e a relação do Nível de Motricidade pela GMFCS E&R 05 crianças apresentavam nível V, 04 crianças nível IV, 05 crianças nível III e 01 criança nível II. Quanto ao imageamento cerebral 46% realizaram TAC e 54% RM do Crânio. A RM de Crânio apresentou-se neste estudo como a imagem de eleição, pois das 8 crianças que realizaram o exame, 6 apresentavam alterações. Ficou evidente que o exame por imagem de eleição para a criança que apresenta Encefalopatia Crônica não Progressiva é a RM de Crânio, podendo se adotar como protocolo para a conclusão diagnóstica, evitando expor a criança a uma carga elevada de RX como ocorre na TAC, e ainda, evitando gastos desnecessários para a saúde pública.
