Teses em Doenças Tropicais (Doutorado) - PPGDT/NMT
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.ufpa.br/handle/2011/3560
O Doutorado Acadêmico em Doenças Tropicais iniciou em 2007 e pertence ao Programa de Pós-Graduação em Doenças Tropicais do Núcleo de Medicina Tropical (NMT) da Universidade Federal do Pará (UFPA).
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Navegando Teses em Doenças Tropicais (Doutorado) - PPGDT/NMT por Orientadores "MASCARENHAS, Joana D'Arc Pereira"
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Tese Acesso aberto (Open Access) Análise molecular de rotavírus tipo G9 de crianças na Região Norte do Brasil(Universidade Federal do Pará, 2016-10-31) GUERRA, Sylvia de Fátima dos Santos; SOARES, Luana da Silva; http://lattes.cnpq.br/0556695301015859; MASCARENHAS, Joana D'Arc Pereira; http://lattes.cnpq.br/5156164089432435O rotavírus do grupo A (RVA) é o principal agente viral associado às gastrenterites agudas, ocasionando cerca de 200 mil óbitos entre crianças menores de cinco anos de idade anualmente. Pertencem à família Reoviridae, gênero Rotavirus, possui RNA de dupla fita (dsRNA) com 11 segmentos codificando 12 proteínas, sendo seis estruturais (VPs) e seis não estruturais (NSPs). Cada proteína designa um genótipo específico de RVA, sendo a proteína VP7 responsável pelo genótipo G, existindo, atualmente, 32 variantes genéticas. O genótipo G9 emergiu em escala global na década de 90, período este anterior a introdução da vacina de RVA no Brasil em 2006, sendo continuamente detectado até os dias atuais. Este estudo objetivou descrever a frequência e a constelação genética associada ao genótipo G9 circulantes na região Norte do Brasil. Foram selecionadas 50 amostras coletadas de 1999 a 2013, sendo 45 G9P[8], 2 G9P[4] e 3 G9P[6], nas quais se procedeu a suspensão e extração do dsRNA para posterior amplificação e sequenciamento de nucleotídeos. Foi observado que no período pré-introdução da vacina a frequência de G9 alcançou frequência de 43%, enquanto que após a introdução da vacina, a maior frequência obtida foi 12,5% (2008 a 2010). A análise filogenética do gene VP7 demonstrou que todas as amostras agruparam na linhagem III de G9, observandose modificações aminoacídicas em sítios antigênicos quando comparadas às cepas vacinais. Tal fato foi observado também na análise do gene VP4-P[8], os quais agruparam na linhagem III de P[8], enquanto que VP4-P[4] agrupou na linhagem V e VP4-P[6] na linhagem I. Todas as amostras G9P[6] e G9P[4] foram associadas à constelação DS-1, genogrupo 2, enquanto que as amostras G9P[8] apresentaram a constelação Wa, genogrupo 1, com exceção de uma amostra que apresentou o gene NSP3 com perfil DS-1. As amostras G9 da região Norte analisadas associaram-se às constelações esperadas e descritas em outras partes do mundo, com exceção de uma amostra G9P[8] que apresentou uma reestruturação genética na proteína NSP3. O genótipo G9 pode ser considerado um tipo usual de RVA na região Norte e apesar de terem sido detectadas as mesmas linhagens circulantes no período antes e após a implantação da vacina, observou-se modificações em regiões antigênicas relevantes assim como reestruturação genetica, enfatizando a necessidade de contínua monitorização das variantes genéticas circulantes de RVA.Tese Acesso aberto (Open Access) Avaliação epidemiológica, clínica e molecular de enteropatógenos causadores de diarreia aguda em crianças e adultos residentes na comunidade Quilombola do Abacatal, Ananindeua, Pará(Universidade Federal do Pará, 2015) KAIANO, Jane Haruko Lima; MASCARENHAS, Joana D'Arc Pereira; http://lattes.cnpq.br/5156164089432435A doença diarreica aguda é uma das principais causas de morbidade e mortalidade infantil nos países em desenvolvimento e um dos fatores que mais contribui para o agravamento do estado nutricional das crianças. Este estudo objetivou avaliar o perfil clínico, epidemiológico e molecular das infecções por agentes virais e parasitários em crianças na faixa etária de 0 a 10 anos e da comunidade quilombola do Abacatal, no período de 2008 a 2010. Foram colhidas amostras fecais de 294 crianças na faixa etária de 0 a 10 anos e 81 indivíduos acima de 10 anos, residentes na comunidade do Abacatal, Ananindeua, Pará, que apresentaram quadro de diarreia aguda ou sem diarreia (controles). O diagnóstico viral foi realizado pelos testes imunocromatográficos e moleculares e o parasitológico pelo método de Faust e Hoffman. Um total de 375 amostras de fezes foi obtido de 177 indivíduos. As frequências dos agentes virais encontrados no presente estudo foram rotavírus do grupo A, rotavírus do grupo C e picobirnavírus em 6,4% (24/375), 0,3% (1/375) e 1,3% (5/375), respectivamente. A eletroforese em gel de poliacrilamida confirmou a presença de rotavírus A nas 23 amostras com 10 (43,48%) apresentando perfil curto e 13 (56,52%), perfil longo. A presença de enteroparasitas foi observada em 272 (77,94%) amostras, sendo que os mais frequentes foram Ascaris lumbricoides detectado em 13,18% (46/349) das amostras, seguido por Trichuris trichiura com 10,88% (38/349), ancilostomídeos com 4,01% (14/349) e Strongyloides stercoralis 1,72% (6/349). Das 24 amostras positivas para rotavírus do grupo A foram detectados os seguintes genótipos: G2P[4] (12,50%, 3/24); G1P[8] (25,00%, 6/24), G3P[9] (29,20%, 7/24) e G12P[6] (33,33%, 8/24). Foram detectados dois novos genótipos para os genes VP6 (I18) e NSP1 (A19) de rotavírus A. Foi realizada a avaliação nutricional de 38 crianças, demonstrando que 18,4% (7/38) apresentavam-se desnutridas. Este estudo destaca a necessidade de implementar ações de prevenção na comunidade, incluindo medidas de educação para a saúde, a vacinação contra o rotavírus, e até mesmo a implementação de programas para controlar infestações parasitárias.Tese Acesso aberto (Open Access) Avaliação temporal e genética do rotavírus genótipo G2 circulante na Região Norte do Brasil antes e após a introdução da vacina contra rotavírus(Universidade Federal do Pará, 2016-10-31) OLIVEIRA, Alessilva do Socorro Lima de; MASCARENHAS, Joana D'Arc Pereira; http://lattes.cnpq.br/5156164089432435O rotavírus do grupo A (RVA) é a causa mais importante de diarreia, sendo responsável por cerca de 40% da morbidade e mortalidade relacionada a esta doença em crianças de todo o mundo antes da introdução da vacina. Após a introdução da vacina contra o RVA no Brasil no ano de 2006 o genótipo G2 de RVA ressurgiu, sendo detectado em até 82% das crianças menores de cinco anos de idade em estudos realizados pós vacinação, levando a questionamentos quanto à proteção conferida pela vacina frente ao tipo G2, bem como a ocorrência de uma pressão seletiva da vacina. Pouco se conhece sobre a evolução e a diversidade do genótipo G2 e a possível influência da vacina sobre este. Para proporcionar um maior conhecimento sobre a circulação e diversidade genética dos RVA genótipo G2, realizamos a análise temporal da circulação deste genótipo ao longo de 31 anos e a análise dos genes estruturais e não estruturais de amostras que circularam ao longo de 20 anos na região norte do Brasil. A avaliação temporal da circulação de diferentes genótipo que circularam nesta região permitiu observar que o tipo G2 de RVA apresentou ao longo desses anos um padrão cíclico de ocorrência que o fez emergir em um cenário de pós implantação da vacina, sugerindo uma flutuação natural devido a variações naturais ocorridas ao longo do tempo. Análises filogenéticas mostraram que para as linhagens de VP7 G2 existe uma continua evolução, responsável por uma rotatividade na circulação de linhagens, sendo detectada duas linhagens e três sublinhagens ao longo de 20 anos. Três substituições importantes nas regiões antigênicas de VP7 (A87T, D96N e S213D) foram identificadas em amostras que circularam a partir dos anos 90. Estas modificações podem ter aumentado a capacidade das cepas de circular em ambientes onde há cobertura vacinal para RVA. Todas as cepas G2P[4] para as quais foram analisados os 11 segmentos gênicos apresentaram uma constelação gênica DS-1-like: I2-R2-C2-M2-A2-N2-T2-E2-H2, apesar de que diversas variantes virais circularam no período estudado. Não foram observadas diferenças nos sítios antigênicos das proteínas VP8* e VP7 entre amostras que circularam no período anterior e posterior à introdução da vacina. Para os genes VP2 e VP3 foi evidenciado em algumas amostras uma forte correlação com genes de origem animal. Este estudo fornece evidências da diversidade genética existente no genótipo G2 de RVA, sugerindo que este tipo apresenta características naturais de flutuação e que sua emergência após o período de implantação da vacina está mais diretamente associado a características ecológicas do vírus do que a uma pressão vacinal.Tese Acesso aberto (Open Access) Detecção, epidemiologia e análise molecular de rotavírus, picobirnavírus e reovírus em aves de corte criadas em granjas na mesorregião metropolitana de Belém, Pará, Brasil(Universidade Federal do Pará, 2012-08-29) SILVA, René Ribeiro da; SILVA, Artur Luiz da Costa da; http://lattes.cnpq.br/7642043789034070; MASCARENHAS, Joana D'Arc Pereira; http://lattes.cnpq.br/5156164089432435Este estudo objetivou investigar a ocorrência de rotavírus aviário (RVA), picobirnavírus (PBV) e reovírus aviário (ARV) em aves de corte criadas em granjas situadas na Mesorregião Metropolitana de Belém, Pará, no período compreendido entre 2008 a 2011. Para tal, foram colhidos 85 pools de amostras fecais provenientes de 37 granjas pertencentes a oito municípios. O RNA viral foi extraído a partir das suspensões fecais e submetido à eletroforese em gel de poliacrilamida (EGPA) seguido da RT-PCR. Foi selecionada pelo menos uma amostra de cada município positivo para o sequenciamento de nucleotídeos dos genes NSP4 (rotavírus), RdRp (picobirnavírus) e S2 (reovírus), sendo que no caso dos picobirnavírus as amostras foram clonadas antes do sequenciamento. A EGPA demonstrou positividade em 0/85 (0%) amostras para RVA do grupo A, 13/85 (15,3%) amostras para PBV e 01/85 (1,2%) amostras para ARV. No caso da RT-PCR foi verificado positividade em 35/85 (41,2%), 42/85 (49,4%) e 28/85 (32,9%) das amostras para RVA, PBV e ARV, respectivamente. Dos oito municípios estudados, sete apresentaram amostras positivas para PBV e seis apresentaram amostras positivas para RVA e ARV. Das 37 granjas estudadas foi observada a presença dessas infecções virais em 19 (51,4%) para RVA e ARV e 21 (56,8%) para PBV. As sequências do gene NSP4 apresentaram entre 86,3 e 90,5% de similaridade ao nível de nucleotídeo (nt) com protótipos de frangos e 93,5 e 100% de similaridade ao nível de nt quando comparadas entre si. As sequências do gene RdRp apresentaram uma grande heterogeneidade genética com variantes gênicas apresentando entre 56,1 e 100% de similaridade ao nível de nt com protótipos pertencentes a várias espécies e fontes de contaminação e entre 50,3 e 100% de similaridade ao nível nt quando comparadas entre si. Na análise das sequências do gene S2 de ARV foi observado entre 90,9 e 94,4% de similaridade ao nível de nt com protótipos de frangos e 90,1 e 100% de similaridade ao nível de nt quando comparadas entre si. Os RVA, PBV e ARV foram detectados em granjas de frangos de corte da Mesorregião Metropolitana de Belém, sendo a detecção por RT-PCR a mais eficiente ao detectar pelo menos um dos vírus nos oito municípios pesquisados. Excetuando-se o PBV, que apresentou relacionamento heterogêneo com os protótipos utilizados, o RVA e ARV deste estudo relacionaram-se especificamente com amostras obtidas em aves. Este é o primeiro estudo envolvendo o sequenciamento gênico do RVA, PBV e ARV em frangos de corte na região norte do Brasil.
