Teses em Doenças Tropicais (Doutorado) - PPGDT/NMT

URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.ufpa.br/handle/2011/3560

O Doutorado Acadêmico em Doenças Tropicais iniciou em 2007 e pertence ao Programa de Pós-Graduação em Doenças Tropicais do Núcleo de Medicina Tropical (NMT) da Universidade Federal do Pará (UFPA).

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  • TeseAcesso aberto (Open Access)
    Diagnóstico situacional e operacional das ações de controle da hanseníase em município hiperendêmico do maranhão
    (Universidade Federal do Pará, 2023-06-16) GORDON, Ariadne Siqueira de Araujo; BARRETO, Josafá Gonçalves
    INTRODUÇÃO: Limitações para a adequada implementação das ações de controle da hanseníase (ACH) nos estados e municípios podem contribuir fortemente para a perpetuação da transmissão do Mycobacterium leprae em suas comunidades. Desta forma, o monitoramento constante dos programas locais de controle da hanseníase parece ser essencial para a identificação das fragilidades, desempenho e implementação de soluções. OBJETIVO: Realizar diagnóstico situacional e operacional das ações de controle da hanseníase em município hiperendêmico do Maranhão. MÉTODO: Estudo exploratório, analítico, ecológico, com abordagem quali-quantitativa de investigação. Foi desenvolvido no município de Imperatriz, abrangendo as equipes da estratégia saúde da família (ESF), os profissionais ligados ao programa de controle da hanseníase e os indivíduos notificados como casos de hanseníase no período de 2001 a 2020. As ações de controle da hanseníase do município foram avaliadas por meio do Exercício de Monitoramento da Eliminação da Hanseníase (LEM). Dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) foram coletados e analisados. Os endereços residenciais dos casos notificados foram georreferenciados e analisados para identificação do padrão de distribuição espacial. Os territórios da ESF também foram georreferenciados para a produção de mapas digitais das áreas de cobertura. Esses resultados guiaram uma ação de busca ativa entre contatos dos casos índices e escolares de duas escolas da rede pública municipal. RESULTADOS: Após a avaliação das ACH no município por meio do LEM, foi identificado que as Unidades Básicas de Saúde (UBS) não atuam conforme preconizado para a avaliação das pessoas acometidas pela doença, ocasionando dificuldades em realizar diagnóstico e iniciar o tratamento. No período de 2001 a 2020, foram notificados 6.726 casos no município de Imperatriz, 5.842 foram georreferenciados (90,8%). O padrão de distribuição espacial dos casos foi heterogêneo com formação de clusters estatisticamente significantes. A distribuição de casos por UBS identificou que 13,99% de todos os casos do período foram diagnosticados por uma UBS. Até o ano de 2020, o município de Imperatriz contava com 41 equipes de ESF na zona urbana do município, o que representava 60% de cobertura de ESF. As áreas de cobertura de 39 equipes (95%), foram georreferenciadas. A análise indicou que indivíduos residentes em áreas descobertas pela ESF têm 14% mais chances de serem diagnosticados como multibacilares (MB) (OR: 1,14; IC 95%:1,05-1,32; p=0,04) e 40% mais chances de ter GIF2 no diagnóstico se comparados aos diagnosticados com GIF0 (OR: 1,40; IC 95%: 1,07-1,84; p=0,01). Observou-se que com o passar dos anos aumentou a chance da ocorrência de casos MB, (ano 2002: OR: 1,67; IC 95%:1,14-2,44; p<0,001; ano 2019: OR: 8,06; IC 95%:4,86-13,36; p<0,001). A ação de busca ativa resultou em três (17,6%) diagnósticos de recidivas entre os casos-índices, 17 (25,3%) casos novos entre os seus contatos domiciliares e nove (12,3%) casos novos entre os escolares. CONCLUSÃO: Apesar do alto número de diagnósticos realizados pelo município, o presente estudo identificou fragilidades que resultam em relevante endemia oculta. O almejado controle da hanseníase como problema de saúde pública não será alcançado antes do efetivo diagnóstico e tratamento dos atuais casos ainda não identificados. A detecção de casos aumentaria significativamente se o combate à hanseníase fosse realizado de modo adequado pelo sistema de saúde.
  • TeseAcesso aberto (Open Access)
    Avaliação do hemograma, da velocidade de hemossedimentação (VHS) e da proteína C reativa (PCR) como preditores diagnósticos da síndrome febril de caráter infeccioso
    (Universidade Federal do Pará, 2022-02-22) RAMOS, Francisco Lúzio de Paula; RODRIGUES, Anderson Raiol
    A febre é o sinal/sintoma mais antigo e mais frequente em todo o âmbito da medicina. Está presente em todas as idades e abrange todas as especialidades médicas. São conhecidas mais de 200 causas de febre, sendo a etiologia infecciosa a mais presente. Ela pode se apresentar com curta duração – mais afeita à etiologia viral –, e com longa duração, mais frequentemente causada por bactérias, protozoários e fungos. Quando excessivamente prolongada está mais ligada a fatores estruturais, como as doenças autoimunes e as neoplasias. A extensão etiológica coloca a febre como um desafio na maioria das vezes. O hemograma, por sua vez, é o exame mais solicitado no dia a dia médico em virtude de sua abrangente utilidade, uma vez que, devido fornecer mais de 20 parâmetros para análises, possibilita fazer ampla avaliação clínica e acompanhar a evolução dos casos. Tem grande utilidade na avaliação da síndrome febril por mostrar estado reacional em resposta às doenças infecciosas, principalmente se agregado à avaliação de provas inflamatórias como a velocidade de hemossedimentação (VHS) e a proteína C reativa (PCR). Este trabalho teve como objetivo avaliar a aplicação do hemograma, da VHS e da PCR aliados a fatores clinico-epidemiológicos e ao tempo de adoecimento como preditores diagnósticos da síndrome febril de caráter infeccioso. Foram avaliados 319 pacientes com síndrome febril de origem infecciosa, sendo 77 de causa bacteriana, 113 de causa viral, e 129 de etiologia parasitária, com faixa etária entre 18 e 60 anos de idade, no período de 02/2018 a 01/2020, captados no Setor de Atendimento Médico Unificado (SOAMU) do Instituto Evandro Chagas (IEC). Outros 213 indivíduos saudáveis foram incluídos no estudo como grupo controle. Para análise dos dados foram utilizados os softwares Microsoft Office Excel (2007), Bioestat 5.0 (2007), SPSS Statistcs 17.0 (2010), GraphPad Prism 9.0.0 Release Notes (2020) e Rv 3.5.2 (2018), empregando-se testes como Odds ratio para avaliar chances; Kruskal-Wallis para variância; Índice de Youden para ponto de corte entre variáveis; curva ROC (AUROC) para acurácia. Admitiu-se nível de significância para valores de p < 0,05. Os resultados revelaram que as doenças bacterianas têm como característica no hemograma a elevação do número de neutrófilos, que reflete no aumento numérico dos leucócitos; que as doenças virais, ao contrário das bacterianas, caracterizaram-se pela redução numérica dos linfócitos e principalmente dos neutrófilos, com reflexo sobre o número total de leucócitos definida como leucopenia; as doenças parasitárias assumiram um perfil intermediário entre as bacterianas e virais, marcado pela normalidade numérica dos glóbulos brancos, assemelhando-se, por isso, ao grupo controle. Mas a média dos linfócitos foi maior do que todas as outras doenças, inclusive do grupo controle. Nas doenças bacterianas, de modo geral, há aumento da VHS e principalmente da PCR, que também se encontram aumentados nas doenças parasitárias; porém, nas doenças virais essas provas tendem à normalidade numérica, assemelhando-se ao grupo controle neste aspecto. As provas inflamatórias, portanto, estão aumentadas nas doenças bacterianas e nas doenças parasitárias, mas principalmente nas primeiras, e se encontram normais nas doenças virais. Doenças como malária, leishmaniose visceral, febre tifoide e infecções pelo HIV e pelo Epstein Barr vírus podem ser identificadas por achados peculiares a elas vistos no hemograma. Concluiu-se que valores numéricos do hemograma, bem como níveis da VHS e da PCR agregados a fatores clínico-epidemiológicos e ao tempo de adoecimento podem predizer grupos de doenças e predizer até mesmo doenças específicas causadoras de síndrome febril de caráter infeccioso.
  • TeseAcesso aberto (Open Access)
    Contribuição ao conhecimento do escorpionismo e do escorpião Tityus obscurus Gervais, 1843 (Scorpiones: Buthidae), de duas regiões distintas no Estado do Pará na Amazônia brasileira
    (Universidade Federal do Pará, 2014-03-21) PARDAL, Pedro Pereira de Oliveira; VIEIRA, José Luiz Fernandes; ISHIKAWA, Edna Aoba Yassui
    Introdução: O Tityus obscurus Gervais, 1843 (Scorpiones: Buthidae), sinônimo sênior de T. paraensis Kraepelin, 1896 e T. cambridgei Pocock, 1897 têm ampla distribuição na Amazônia brasileira, sendo o de maior importância médica na região e apresenta manifestação clínica diversificada, dependendo da região. Objetivos: Contribuir para o conhecimento da diversidade do escorpionismo e do escorpião T. obscurus na Amazônia brasileira, Metodologia: Descrever, analisar e comparar os aspectos clínico-epidemiológicos do envenenamento, o molecular ao nível do ácido desoxirribonucleico (DNA) de espécimes que ocasionaram acidentes, assim como, analisar a morfometria e a peçonha destes espécimes capturados nas regiões Leste e Oeste do Estado do Pará, Brasil, distantes cerca de 850 km. Resultados: No estudo clínico epidemiológico, foram analisados 48 envenenamentos comprovados por estes espécimes, no período de janeiro de 2008 a julho de 2011, sendo 70,8% da região Leste e 29,2% da Oeste, com maior ocorrência na faixa etária acima de 15 anos, nos membros superiores e no período diurno; contudo, o tempo para o atendimento médico foi abaixo de 3 horas, com maior mediana e intervalo interquartil no Oeste. Na Leste, predominou gravidade leve, enquanto na Oeste, o moderado foi significante. A frequência dos sintomas no sítio da picada foi similar em ambas as áreas, enquanto as manifestações sistêmicas foram significantes na Oeste, predomindo os sintomas gerais, oftalmológicos, gastrointestinais e neurológicos. Dentre os neurológicos, destacam-se as mioclonias, sensação de “choque elétrico”, disartria, parestesia, ataxia, dismetria e fasciculação, encontrados somente nesta região. No estudo do DNA, foi utilizado o gene mitocondrial 16S rRNA, cuja análise comparativa das sequências das duas regiões mostrou 9.06% de polimorfismo, com divergência de 9.7 a 11%, com as árvores filogenéticas formando dois clados distintos no Neijgbor-Joininge e na Máxima Parcimônia. Para a análise morfológica, foram aplicados critérios taxonômicos morfométricos em 18 espécies coletadas na região Leste e 20 da Oeste, com tamanho variando de 62,15 mm a 85,24 mm, cujas medidas dos 29 caracteres dos machos e fêmeas das duas populações apresentaram maiores proporções das médias nos espécimes da Oeste, enquanto a análise multivariada dos dois sexos mostrou nos estudos de conglomerados e na análise discriminante, distinção entre os indivíduos das duas populações. Já a análise química da peçonha por meio do RP-HPLC e pela espectrometria de massa do tipo MALDI-TOF/TOF encontrou divergência qualitativa e quantitativa no perfil cromatográfico das duas populações e nenhuma similaridade na composição química entre os seus componentes, com uma maior concentração de neurotransmissores para canais de K+ e para Na+ na região Oeste. Conclusões: Concluímos que os escorpiões analisados das populações das regiões do Leste e Oeste do Estado do Pará da Amazônia brasileira e que hoje conhecemos como T. obscurus Gervais, 1843, colocam em evidência uma diversidade regional deste escorpião que pode estar relacionada à especiação dos espécimes, decorrente da distância e de barreiras geográficas, chegando a formar duas linhagens distintas, o que justifica a diversidade genética na composição química da peçonha e nas manifestações clínicas nos envenenamentos encontrados neste estudo e sugerimos uma revisão taxonômica destes “espécimes”.
  • TeseAcesso aberto (Open Access)
    Estimativas da dose e dos parâmetros farmacocinéticos da cloroquina em pacientes com malária por Plasmodium vivax na amazônia brasileira
    (Universidade Federal do Pará, 2019-10-07) FERREIRA, Michelle Valéria Dias; VIEIRA, José Luiz Fernandes; http://lattes.cnpq.br/2739079559531098; https://orcid.org/0000-0003-4842-8762
    A malária causada pelo Plasmodium vivax ainda constitui importante problema de saúde púbica no Brasil, com 169,000 casos reportados em 2018. O tratamento é baseado na administração de cloroquina e primaquina, usado há mais de 60 anos com eficácia e segurança no país. Porém, há vários aspectos relacionados ao uso da cloroquina a serem elucidados na Amazônia. O estudo objetivou estimar a dose administrada e os parâmetros farmacocinéticos da cloroquina por modelo não compartimental, associando-os a idade e ao sexo. Foram incluídos 161 pacientes com malária por P. vivax residentes no município de Anajás, Pará, destas 81 crianças e 80 adultos. A parasitemia média à admissão das crianças foi 2,644 e dos adultos de 1,210 por mm3 de sangue. Os pacientes apresentaram parasitemia negativa no final de 28 dias de seguimento. As doses de cloroquina variaram de 20,2 a 28,9 mg/kg nas crianças e de 16,3 a 34,09 mg/kg nos adultos. A proporção de doses abaixo de 25mg/kg variou de 29,4% a 63,6% entre as crianças e foi de 59% em adultos. A comparação entre as doses requeridas e as administradas foram inferiores nas faixas etárias de 4-8 anos (U = 64; p = 0,007), 9-11 anos (U = 32; p < 0,001) e de 12-14 anos (U = 18; p < 0,0001). As concentrações sanguíneas de cloroquina após 168 horas variaram de 107 a 440 ng/ml nas crianças e nos adultos de 201 a 582 ng/ml, e do metabólito de 167 a 412 ng/ml nas crianças e de 178 a 482 nos adultos. Os parâmetros farmacocinéticos derivados foram: área sob a curva até o 28 dia e, a seguir, extrapolada ao infinito, concentração máxima, clearance total, meia vida de eliminação, volume de distribuição e tempo médio de residência, os quais foram semelhantes a outros grupos populacionais e corroboraram sua elevada meia vida de eliminação e amplo volume de distribuição, não foram influenciados pelo sexo, entretanto, a idade reduziu de forma significativa o volume de distribuição e o clareamento do fármaco em crianças. Os resultados indicam que a cloroquina permanece efetiva na área de estudo, más, a maioria dos pacientes receberam sub doses do fármaco. Os parâmetros farmacocinéticos não foram influenciados pelo sexo, contudo a idade modificou a distribuição e a eliminação do fármaco.
  • TeseAcesso aberto (Open Access)
    Monitorização terapêutica de fármacos utilizados no tratamento da tuberculose no Brasil
    (Universidade Federal do Pará, 2018-12-07) ALBERIO, Carlos Augusto Abreu; VIEIRA, José Luiz Fernandes
    A tuberculose continua sendo um problema de saúde pública em todo o Brasil. Diversos esforços têm sido realizados para aumentar suas taxas de cura, como o emprego da estratégia TDO (Tratamento Diretamente Observado por Curto Período) que visa reduzir os casos de abandono e melhorar a adesão ao tratamento. Em decorrência do aumento da resistência primária a isoniazida, o Ministério da Saúde modificou o esquema terapêutico em 2010, ajustando as doses da isoniazida e da pirazinamida, e acrescentando o etambutol na fase intensiva do tratamento. Pela falta de dados sobre as concentrações séricas das drogas de primeira linha na população brasileira neste novo esquema, este estudo teve como objetivo determinar as concentrações séricas da rifampicina, isoniazida e pirazinamida durante o tratamento e as suas associações com alterações hematológicas e bioquímicas, reações adversas e desfechos clínicos. Para tanto, foi realizado estudo prospectivo, tipo coorte, no período de setembro de 2013 a novembro de 2016, em duas unidades básicas de saúde na cidade de Belém (Pará). As reações adversas mais comuns foram irritação gástrica e o prurido, principalmente na fase intensiva do tratamento e o desfecho clínico mais frequente foi a alta por cura (87,5%). Houve alta taxa de negativação da baciloscopia (98,90%) no final da fase intensiva do tratamento. Os parâmetros hematológicos foram determinados por contador automático de células (Cobas 2300®) e os parâmetros bioquímicos por espectrofotometria (Varian®), os quais não apresentaram modificações relevantes durante o tratamento. Os medicamentos analisados foram a rifampicina, a isoniazida e a pirazinamida, e as suas concentrações séricas foram determinadas através da cromatografia líquida de alta eficiência em fase reversa (HPLC-RP). A rifampicina e a isoniazida apresentaram concentrações séricas dentro da concentração inibitória mínima (CIM), exceto a pirazinamida que apresentou valores abaixo da CIM (3,3μg/ml), porém com concentração máxima (Cmáx) bem acima dos valores preconizados (63,3μg/ml). Os pacientes do sexo feminino apresentaram concentrações séricas de rifampicina maiores que os do sexo masculino. As concentrações séricas da rifampicina e da isoniazida não apresentaram variações significativas entre a fase intensiva e a fase de manutenção. Os achados deste estudo permitem concluir que o tratamento atual é seguro e eficaz, pois as reações adversas menores foram as mais frequentes, não houve alterações hematológicas e bioquímicas relevantes, e a maioria dos pacientes evoluíram para cura.
  • TeseAcesso aberto (Open Access)
    Perfil microbiológico e taxa de letalidade das infecções primárias de corrente sanguínea nas crianças menores de um ano em um hospital público de Belém/Pa.
    (Universidade Federal do Pará, 2019-12-19) LOPES, Cássia de Barros; FUZII, Hellen Thais; RODRIGUES, Anderson Raiol
    As Infecções Primárias de Corrente Sanguínea (IPCS) estão entre as Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) mais prevalentes e associadas a elevada morbidade e mortalidade sobretudo nas crianças jovens, recém-nascidos prematuros e de baixo peso ao nascimento e internados em unidades de terapia intensiva. Estas infecções são ainda mais graves quando causadas por microrganismos resistentes a antimicrobianos usuais da prática clínica. Determinar o tipo de agentes etiológicos envolvidos nas IPCS hospitalares e conhecer o perfil local de resistência aos antibióticos contribuirá com a adequada escolha da terapia antibiótica empírica e consequente impacto positivo nos desfechos clínicos. O objetivo deste estudo foi conhecer o perfil microbiológico e a taxa de letalidade das IPCS nas crianças menores de um ano de idade internadas em um hospital público, referência materno infantil da região norte do Brasil. Foi realizado um estudo tipo coorte retrospectiva, onde foram avaliados dados demográficos e o desfecho clínico das IPCS hospitalares com cultura de sangue positiva para germes patogênicos, que também foram analisados quanto ao perfil de suscetibilidade aos antimicrobianos a partir do método Vitek2, no período de abril de 2015 a abril de 2018. Foram identificados 1763 casos de IPCS nas crianças menores de um ano de idade e 631 isolados de sangue positivos para cepas patogênicas. Os gêneros Candida e Klebsiella foram os principais agentes etiológicos das IPCS hospitalares e os recém-nascidos prematuros, do sexo masculino e com baixo peso ao nascer foram os mais acometidos. O fenótipo ESBL (extended-spectrum beta-Iactamase/beta-lactamase de espectro estendido) ocorreu em 70,8% das cepas de Serratia marsecens. A taxa de letalidade geral foi de 36,3%. O uso de cateter venoso central, de ventilação mecânica e internação nas unidades de terapia intensiva foram associados a maior mortalidade. Na análise multivariada, o patógeno Candida (p=0,05) foi o mais, significantemente, associado aos óbitos. As IPCS hospitalares são eventos adversos graves e associadas a taxa de letalidade elevada nas crianças menores de um ano de idade.
  • TeseAcesso aberto (Open Access)
    Perfil epidemiológico, letalidade e caracterização molecular de Pseudomonas aeruginosa multirresistentes, produtoras de metalobetalactamases de isolados clínicos em Unidade de Terapia Intensiva na região Norte
    (Universidade Federal do Pará, 2014) MATOS, Eliseth Costa Oliveira de; CARNEIRO, Irna Carla do Rosário Souza; http://lattes.cnpq.br/4389330944043163; LIMA, Karla Valéria Batista; http://lattes.cnpq.br/9795461154139260
    A resistência bacteriana é responsável por grandes preocupações quanto ao impacto imediato aos sistemas de saúde. A proposta deste estudo foi determinar as características epidemiológicas, letalidade e aspectos moleculares de Pseudomonas aeruginosa isoladas de pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em hospital de ensino de Belém/Pará e analisar o desempenho do teste de sensibilidade para P. aeruginosa em sistema automatizado VITEK-2 para esclarecimento da resistência. A população do estudo foi constituída de 54 pacientes com infecção por P. aeruginosa internados na UTI adulto, pediátrica e neonatal no período de janeiro de 2010 a março de 2012. Para investigação epidemiológica foram coletados dados demográficos, co-morbidades, tempo de permanência na UTI, classificação dos episódios de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (IRAS), uso de procedimentos invasivos, tipo de infecção, terapia utilizada e desfecho do paciente (alta ou óbito), escore de MacCabe Jackson, APACHE II, escore de Charlson. A identificação bacteriana foi realizada a partir dos testes bioquímicos e do sistema Vitek-2. O teste de sensibilidade foi realizado com a aplicação do método de referência microdiluição em caldo, e a detecção da produção de metalo-beta-lactamase pelo método do duplo disco e pela PCR. A genotipagem por amplificação por meio do sistema DiversiLab. A P. aeruginosa foi o segundo patógeno mais freqüente no hospital e esta ocorrência foi maior na UTI adulto. A infecção respiratória foi predominante na UTI adulto, enquanto a infecção de corrente sanguinea prevaleceu nas UTI neonatal e pediátrica. A multirresistência foi mais encontrada na UTI adulto, a média da faixa etária da população foi de 28 anos com tempo de internação em média de 87,1 dias, a maioria das doenças de base eram potencialmente fatais e os principais fatores de risco para aquisição de infecção por PaMR foram o uso de ventilação mecânica e sonda vesical. Podemos afirmar que após os resultados da metanálise foi possível evidenciar que as cepas MR apresentaram taxa de mortalidade maior, com duas vezes mais chances de ocorrer o óbito, sendo a multirresistência um fator de mau prognóstico em pacientes com infecção por PaMR. Foi detectado quatro isolados produtores da variante blaSPM-1 e na genotipagem figurou a presença de similaridade genética maior que 97%, as variações observadas podem ter relação com pressão seletiva existente na UTI adulto, somada a terapia inadequada. Este estudo mostrou a importância de investigação de infecções por patógenos multirresistentes em unidades críticas, contribuindo para o melhor monitoramento e controle destas infecções.
  • TeseAcesso aberto (Open Access)
    Análise da ação do tratamento de mobilização neural em pacientes com neuropatia hansênica
    (Universidade Federal do Pará, 2014) CABRAL, André dos Santos; QUARESMA, Juarez Antônio Simões; http://lattes.cnpq.br/3350166863853054
    Historicamente a Hanseníase é uma das doenças mais incapacitantes do planeta. Sua patologia gira em torno de uma polineuropatia periférica mista de cunho infeccioso e de caráter inflamatório insidioso que envolve uma relação ecológica entre o Mycobacterium leprae e o Homem. A clínica da doença expressa tanto de sinais positivos como dor, parestesia e disestesias; como de sinais negativos tais como a perda sensório-motora e distúrbios autonômicos. Clínica semelhantemente é desenvolvida em pacientes acometidos por síndromes neurológicas compressivas periféricas. A mobilização neural tem se mostrado um recurso terapêutico manual eficaz no controle dos sintomas destas síndromes compressivas. O caráter inflamatório da neuropatia hansênica exerce uma ação compressiva e limitante da mobilidade do nervo periférico, repercutindo negativamente com parte da patologia da doença. Neste trabalho buscou-se investigar se a técnica de mobilização neural é capaz de repercutir de forma positiva na sintomatologia da neuropatia hansênica. Para tanto foi elaborado um estudo clínico, longitudinal, não randomizado, do tipo auto-controle, com uma análise experimental de caráter quantitativa, constituído de quatro momentos distintos, a avaliação, período de intervenção experimental, reavaliação 1 e reavaliação 2. Foram examinados 12 membros superiores de seis pacientes com alta de esquema poliquimioterapêutico multibacilar para forma clínica Dimorfa, que possuíam sequelas neurológicas e sintomas neurais remanescentes. Um total de 23 troncos nervosos ainda encontravam-se sintomáticos durante a avaliação, estabelecendo-se uma média de 3.8±1.8 troncos nervosos por paciente. Os sintomas mais incidentes à avaliação palpatória foram a parestesia (20) e a dor (09). Ao fim do tratamento experimental a diminuição do número de MMSS sintomáticos diminuiu significativamente. A média da intensidade da dor neuropática de todos os MMSS foi de 6.33±3.24. Aferiu-se ainda a força de preensão palmar e a sensibilidade da face palmar para comparação após a intervenção. Após 12 sessões de mobilização neural os membros superiores observou-se uma ligeira melhora da sensibilidade e da força de preensão palmar, porém ela não foi significante. Observou-se ainda a analgesia de todos os MMSS tratados com manutenção deste benefício após um mês pós-término do período de intervenção. Com esses resultados podemos concluir que o tratamento de mobilização neural demonstrou ser eficaz no controle da dor neuropática hansênica.
  • TeseAcesso aberto (Open Access)
    Estado nutricional e desenvolvimento motor de crianças ribeirinhas expostas ao mercúrio no estado do Pará - Amazônia brasileira
    (Universidade Federal do Pará, 2014-11-26) LIMA, Antônio César Matias de; PINHEIRO, Maria da Conceição Nascimento; http://lattes.cnpq.br/6353829454533268
    Vários estudos têm mostrado que crianças ribeirinhas na Amazônia estão expostas ao mercúrio com níveis que podem trazer prejuízos ao desenvolvimento motor. Apesar de, a maioria dos estudos realizados nesta região avaliarem as consequências dessa exposição para o desenvolvimento cognitivo e neurocomportamental, os métodos aplicados não levaram em consideração os diferentes fatores interferentes no desenvolvimento infantil. Propõe-se avaliar o desenvolvimento motor infantil e sua relação com a exposição ao mercúrio, o estado nutricional e perfil socioeconômico dos familiares das crianças ribeirinhas de cinco a 10 anos de idade em duas diferentes regiões geográficas do Estado do Pará. As informações demográficas e socioeconômicas das famílias foram obtidas através do questionário socioeconômico da ABEP, (2012). Para a análise das medidas antropométricas foram utilizados os softwares WHO AnthroPlus v 1.0.2 (para crianças acima de 5 anos). Amostra capilar de cada criança foi utilizada para análise de HgT pela espectrofotometria de absorção atômica. Para analisar o desenvolvimento motor foi utilizado o Test of Gross Motor Development – Second Edition (TGMD-2) de Ulrich (2000). Os níveis de exposição ao mercúrio das crianças do Tapajós foram significativamente maiores que aos das crianças da área controle. Apesar da moderada redução observada na comunidade de Barreiras em relação à de anos anteriores, os níveis de exposição ao mercúrio ainda podem oferecer riscos ao desenvolvimento infantil. Em todos os grupos de escolares a condição social medida pela educação e a renda foram categorizadas como “muito pobres”. As crianças de São Luiz do Tapajós mostraram maior frequência de baixo peso e baixa estatura. Na avaliação geral, Barreiras apresentou melhor desempenho nas habilidades manipulativas, locomotoras e no coeficiente motor amplo. Não houve diferença entre as crianças de São Luiz do Tapajós e Furo do Maracujá que apresentaram os piores desempenhos. A correlação entre HgT e marcadores do desenvolvimento motor foi observada em Barreiras (IL), enquanto entre IMC e os marcadores do desenvolvimento(IL e CMA) foram observados nos escolares do Furo do Maracujá e de Barreiras. Estes resultados sugerem a influencia do mercúrio isoladamente e em associação com fatores nutricionais sobre o desenvolvimento motor dos escolares. O TGMD2 é uma técnica viável na avaliação do desenvolvimento motor de escolares ribeirinhos e pode ser recomendada para outros grupos de crianças com as condições socioeconômicas similares ao deste estudo.
  • TeseAcesso aberto (Open Access)
    Estudo do perfil de pacientes submetidos a pesquisa de Helicobacter pylori: análise endoscópica e dos fatores determinantes da atividade linfocitária na resposta imunológica gástrica (ROR-Y, FOXP3 e GATA3)
    (Universidade Federal do Pará, 2015) MIRANDA, Ariney Costa de; QUARESMA, Juarez Antônio Simões; http://lattes.cnpq.br/3350166863853054
    INTRODUÇÃO: O Helicobacter pylori é conhecido pela sua capacidade de adaptação ao hospedeiro podendo evoluir para infecção crônica usando mecanismos diversos e eficazes de patogenicidade. Apresenta elevada incidência mundial e sua relação direta com úlcera péptica, gastrite, carcinoma e linfoma gástrico ocorre em uma minoria de indivíduos infectados. O melhor entendimento da regulação gênica da resposta imunológica gástrica, motivou essa pesquisa. OBJETIVOS: Descrever os fatores de transcrição dos Linfócitos T positivos para ROR-γ, FOXP3 e GATA3, correlacionando-os com a intensidade, tipo e grau de atividade das gastrites, causadas pela infecção do H. pylori. METODOLOGIA: Participaram do estudo 50 pacientes de ambos os sexos, submetidos à endoscopia digestiva alta com biópsia. Teste da urease e estudo histológico foram feitos para identificação e confirmação da infecção pela bactéria. Trinta e cinco amostras foram encaminhadas para o laboratório de Imunopatologia do NMT-UFPA para estudo de expressão gênica dos fatores de transcrição dos linfócitos T (ROR- γ, FOXP3 e GATA3) pelo método RT-PCR. RESULTADOS: Obtivemos 48,5% de pacientes H. pylori positivos no teste da urease e 25,7% de H. pylori positivos no estudo histológico. A concordância de positividade para o H. pylori realizada pelos dois testes ocorreu em 11,7%. Relato de infecção prévia pelo Helicobacter pylori foi feito por 22% dos indivíduos da amostra. A idade e gênero dos indivíduos da amostra não influenciaram na expressão gênica dos fatores estudados. Houve maior expressão do gene GATA3 nos indivíduos H. pylori positivos, com relato de infecção prévia e que apresentaram gastrite leve erosiva de corpo classificada pelo Sistema Sydney via endoscopia digestiva alta. O gene ROR- γ apresentou-se com expressão aumentada somente ao compararmos amostras com ou sem positividade pelo H. pylori (estudo histológico), com a topografia do processo inflamatório evidenciado pela endoscopia. As expressões dos fatores em estudo apresentaram-se com maior significância, quando foi usado o gene constitutivo β-actina como padrão quando comparado com o gene GAPDH. CONCLUSÕES: 1- A faixa etária adulta analisada em nossa amostra, não influenciou na expressão gênica dos fatores de transcrição estudados. 2- Não houve diferenças encontradas nas expressões dos genes em estudo com relação ao gênero dos indivíduos participantes da amostra. 3- Houve expressão gênica significante tanto nos pacientes H. pylori positivos (análise histológica), como nos pacientes que relataram infecção prévia em nosso estudo. 4- Ao compararmos os achados endoscópicos da amostra, utilizando o Sistema Sydney, com a expressão gênica dos fatores de transcrição em estudo, obtivemos maior concordância somente em relação ao grau de atividade das gastrites. 5- O fator de transcrição GATA3 (perfil de resposta TH2) foi o gene de maior expressão nas amostras com gastrites endoscópicas e com positividade para o H. pylori. 6- O fator de transcrição ROR-γ (perfil de resposta TH17) apresentou-se com expressão aumentada ao compararmos as amostras com a topografia do processo inflamatório evidenciado pela endoscopia, independente da positividade pelo H. pylori (estudo histológico). 7- O gene da β-actina como gene-padrão constitutivo utilizado em nosso estudo foi o que mais apresentou resultados significativos nas expressões quantificadas, quando comparado com o gene GAPDH.
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    Estimativa da não adesão ao tratamento da malária em área endêmica no Marajó estado do Pará
    (Universidade Federal do Pará, 2014) ALMEIDA, Eduardo Dias; VIEIRA, José Luiz Fernandes; http://lattes.cnpq.br/2739079559531098
    A associação de Cloroquina (CQ) e Primaquina (PQ) é utilizada como tratamento de primeira linha para malária causada por Plasmodium vivax no Brasil. A falha terapêutica desta associação é reconhecida e mundialmente relatada. De natureza multifatorial, envolve variáveis relacionadas ao hospedeiro, ao vetor e ao agente etiológico. Dentre estas, a adesão ao tratamento é fundamental para estabelecer a eficácia e efetividade dos antimaláricos, pois o comportamento de não adesão tende a aumenta as taxas de recorrência parasitária e favorecer a emergência de cepas resistentes aos antimaláricos. Apesar da elevada incidência de malária por P. vivax na Amazônia brasileira, poucos estudos avaliaram a adesão ao tratamento e fatores comportamentais e ambientais determinantes. Este estudo objetivou estimar a taxa de não adesão ao tratamento da malária por P.vivax no município de Anajás, PA. Efetuou-se o levantamento de dados sociodemográficos (idade, procedência, gênero) e estudos observacionais acerca da percepção da população local sobre a doença e seu tratamento. A seguir, validou-se um instrumento de medida de não adesão ao tratamento em diferentes métricas, com base no estudo de Morisky et al. (1986), com a adição de um item relativo a auto replicação das doses para aplicação nos pacientes com malária por P. vivax. Por fim, propôs-se um modelo de avaliação da não adesão, com base no monitoramento terapêutico dos parâmetros farmacocinéticos da CQ, considerando diferentes cenários de não adesão. Os resultados mostraram que a doença ocorre em ambos os sexos e a maioria dos casos são provenientes de zona rural. Os fatores de risco como gênero, procedência, parasitemia na admissão ao tratamento e faixa etária não exerceram impacto significativo sobre as taxas de não adesão. Entretanto, o abandono do tratamento ao se sentir melhor, pela necessidade de retorno as atividades laborais, ou pior, pelas reações adversas da CQ, foram os comportamentos determinantes para não adesão ao regime terapêutico pleno. O instrumento para medida da não adesão, composto por cinco itens apresentou parâmetros de validação satisfatórios, em especial na escala de Likert em sua forma dicotomizada, que estimou a não adesão ao regime terapêutico em 33,3%. Após construção e validação do modelo farmacocinético mono compartimental por regressão não linear e avaliação de diversos cenários para não adesão, verificou-se que a perda de duas doses consecutivas, sem reposição foi considerada o único cenário que pode alterar significativamente os parâmetros farmacocinéticos da CQ e interferir na resposta terapêutica.
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    “Citomegalovírus: diversidade genética e pesquisa de resistência antiviral em pacientes imunodeficientes da cidade de Belém”
    (Universidade Federal do Pará, 2015-07-17) SILVA, Dorotéa de Fátima Lobato da; SOUSA, Rita Catarina Medeiros; http://lattes.cnpq.br/3560941703812539
    O citomegalovírus (CMV) é uma das principais causas de morbimortalidade em pacientes imunodeprimidos, devido seu mecanismo de latência e reativação que comumente ocorre nas imunodeficiências. Análises genéticas demonstram que a virulência das cepas pode estar relacionada à diversidade genotípica. O principal objetivo desse estudo foi descrever o perfil soroepidemiológico e a diversidade genética do CMV por meio da detecção mutações que conferem resistência viral ao ganciclovir em pacientes imunodeficientes da cidade de Belém. Foi analisado um total de 672 amostras, sendo: 243 portadores do HIV/aids, 257 pacientes neoplásicos, 112 transplantados renais e 60 portadores de LES. A soroprevalência de anticorpos para o CMV foi correspondente a 96,1% e os índices de infecção ativa de 2,4% (n=16) inferior ao observado pelo método da qPCR que correspondeu a 15,63%. As diferenças nos índices de infecção deve-se a baixa sensibilidade (5,71%) do método sorológico comprovado no Screening Test. A pesquisa de mutações foi feita em 82 amostras pelo método do pirosequenciamento, sendo amplificado um fragmento de 741pb do gene UL97, entre os nucleotídeos 1087 – 1828. Foi observado que 100% (n=82) das amostras apresentavam duas mutações com alteração de aminoácidos, no códon 596 (E596K), e outra no códon 604 (S604F). A mutação S604F não foi encontrada em outras sequências virais do geneBank. Outras dez mutações ocorreram entre os códons 377 e 594 em oito amostras, entre elas a mutação A594V em um paciente transplantado renal que evoluiu a óbito. Concluiu-se que a prevalência de anticorpos e o perfil epidemiológico do grupo foram equivalentes aos observados em populações de países em desenvolvimento; os índices de infecção viral estão relacionados à reativação viral, sendo subestimados pela sorologia; a análise de sequência demonstrou importante diversidade genética nas amostras examinadas; a detecção da mutação A594V sugere circulação de cepas com mutação de resistência.
  • TeseAcesso aberto (Open Access)
    Epidemiologia molecular das infecções por adenovírus em crianças com gastrenterite aguda grave, após a introdução da vacina contra rotavírus na cidade de Belém, Pará
    (Universidade Federal do Pará, 2017-02-10) MÜLLER, Elza Caroline Alves; LINHARES, Alexandre da Costa; http://lattes.cnpq.br/3316632173870389; SOUSA, Maisa Silva de; http://lattes.cnpq.br/1775363180781218
    As gastrenterites são a terceira causa de morbi-mortalidade infantil no mundo, sobretudo entre os menores de 5 anos de idade. Os adenovírus (HAdV) são vírus icosaédricos não envelopados, têm 240 proteínas “hexon” específicas e DNA de fita dupla. Pertencem à família Adenovidae, gênero Mastadenovirus e estão distribuídos em 7 espécies (A a G) e 57 sorotipos. Estudos epidemiológicos detectaram HAdV em 2 a 14% dos casos de diarreia aguda infantil em hospitais e ambulatórios clínicos. O objetivo deste estudo foi detectar a prevalência, definir o perfil epidemiológico e os tipos de HAdV em crianças hospitalizadas com quadro de gastrenterite e vacinadas contra rotavírus. Foram analisadas 842 amostras fecais, coletadas no período de maio de 2009 a abril de 2011 em Belém, PA, utilizando-se as técnicas de ensaio imunoenzimático e imunocromatografia para triagem e PCR e sequenciamento de nucleotídeos para tipagem e identificação molecular. Os HAdVs foram encontrados em 7,2% (61/842) das amostras testadas, com os adenovírus entéricos (AdE) equivalendo a 50,8% (31/61) dos casos positivos. A análise quanto ao gênero das crianças infectadas demonstrou 7,7% (28/362) de casos do sexo feminino e 6,8% (33/480) do sexo masculino. A positividade para HAdV por faixa etária dos pacientes analisados detectou maior prevalência entre os maiores de 24 meses de idade, correspondendo a 8,9% (16/178). Quanto à distribuição temporal dos HAdV, o mês de junho foi o de maior prevalência, com 11,4% (8/70) do total de casos. A reação de sequenciamento de oligonucleotídeos caracterizou a espécie F como mais prevalente em nossa região, equivalendo a 64,5% (29/45) das amostras sequenciadas, com o tipo 41 detectado em 69% (20/29) dos casos positivos para a espécie F e 31% (9/29) caracterizados como tipo 40. Os resultados obtidos neste estudo confirmam os HAdV infectando uma proporção significativa de menores de 3 anos hospitalizados na cidade de Belém, Pará, demonstrando a importância do estabelecimento de uma vigilância, sobretudo após a implantação da vacina contra rotavírus no Brasil.
  • TeseAcesso aberto (Open Access)
    Dor neuropática crônica hansenica: serie de casos clínicos com ênfase no diagnóstico e terapêutica com toxina botulínica tipo A
    (Universidade Federal do Pará, 2014) SOUSA, Emanuel de Jesus Soares de; XAVIER, Marília Brasil; http://lattes.cnpq.br/0548879430701901
    Dor neuropática é uma síndrome dolorosa crônica de difícil tratamento acomete com frequência, pacientes com hanseníase. O tratamento preconiza o uso de analgésicos, antinflamatório hormonal ou não, codeína, antidepressivos tricíclicos, neurolépticos, anticonvulsivantes e talidomida, porém sem resultados uniformes e plenamente satisfatórios. OBJETIVO: Descrever pacientes com dor neuropática crônica hansênica, formas clínicas, nervos acometidos, síndromes motoras e sensitivas, diagnóstico clinico, eletroneuromiográfico, e avaliação do WHOQOL-Bref, com ênfase no tratamento da dor neuropática crônica utilizando toxina botulínica tipo A (TxBA). METODOLOGIA: Serie de 15 pacientes, portadores de dor neuropática crônica. Utilizou-se protocolo específico incluindo dados clínicos, demográficos, protocolo DN4, escala analógica da dor (EVA), avaliação sensitiva, motora e eletroneuromiografia e avaliação do WHOQOL-Bref. Realizado intervenção terapêutica com toxina botulínica tipo A 100U da marca comercial BOTOX®, administrado por via subcutânea. Os pacientes foram avaliados nos dias de 0, 10 e 60, sendo realizado o WHOQOL-Bref nos dias 0 e 60. RESULTADOS: Os escores de DN4 variaram entre 5 e 9, Escala analógica da dor EVA entre 5 e 10, todos os pacientes apresentaram alterações sensoriais, motoras e eletroneuromiográficas Em 01 caso observou-se alívio completo da dor no período de 60 dias, os demais apresentaram melhora na primeira semana com retorno dos sintomas em menor intensidade após este período, o WHOQOL-Bref comparando os momentos antes e após o tratamento com TxBA, todos os domínios obtiveram um aumento na escala de QV, sendo significativo os domínios Qualidade de Vida e Físico. CONCLUSÃO: Os pacientes apresentavam dor neuropática de alta intensidade, contínua, persistente refratária ao tratamento habitual. O uso de TxBA mostrou-se como boa opção terapêutica no alívio do quadro doloroso, com melhora na qualidade de vida desses pacientes.
  • TeseAcesso aberto (Open Access)
    Padrão de resposta imunológica periférica em pacientes infectados pelo HTLV-1 e sua correlação com as manifestações neurológicas funcionais nos indivíduos com PET/MAH
    (Universidade Federal do Pará, 2014) DIAS, George Alberto da Silva; FUZII, Hellen Thais; http://lattes.cnpq.br/0026958665547973
    O vírus linfotrópico de células T humanas do tipo 1 (HTLV-1) está associado principalmente a leucemia/linfoma de células T do adulto (LLcTA) e a paraparesia espástica tropical/mielopatia associado ao HTLV-1 (PET/MAH). A PET/MAH é uma doença inflamatória do sistema nervoso central (SNC), porém o mecanismo pelo qual o HTLV-1 induz a PET/MAH ainda não está totalmente esclarecido. Acredita-se que a interação vírus-hospedeiro pode levar ao desequilíbrio na resposta imunológica, com produção aumentada de citocinas inflamatórias, podendo estar relacionada ao desenvolvimento da PET/MAH. Assim, este trabalho visa analisar a resposta imunológica periférica dos pacientes portadores do HTLV-1 e correlacioná-la com as manifestações neurológicas funcionais dos pacientes com PET/MAH. Foram incluídos 69 pacientes neste estudo, sendo 43 portadores do HTLV-1 sem PET/MAH e 26 portadores do HTLV-1 com PET/MAH. Nos pacientes com PET/MAH as manifestações neurológicas funcionais avaliadas foram: força muscular, tônus muscular, equilíbrio e grau de auxílio da marcha. Cinco (05) mL de sangue foram coletados em tubo com EDTA de cada paciente e as células linfomononucleares foram separadas utilizando Ficoll-Paque. O RNA total foi extraído de 106 células utilizando o reagente Trizol. Após quantificação do RNA, 1 μg do mRNA foi submetido a transcrição reversa para obtenção do cDNA. A expressão gênica relativa das citocinas IFN-, TNF-, IL-4, IL-10 e TGF- foram realizadas através da PCR em tempo real utilizando o StepOnePlus (Applied Biosystem) com o reagente SybrGreen (Applied Biosystem). Para o cálculo da expressão gênica foi realizada através da fórmula 2-CT, onde CT é CTgene – CTgene constitutivo, sendo os genes constitutivos utilizados o GAPDH e β-actina. Os pacientes com e sem PET/MAH apresentaram predomínio de expressão gênica do perfil Th1, principalmente de IFN-. Foi observado também que nos pacientes com PET/MAH houve expressão aumentada de TNF-. O perfil Th2 (IL-4) apresentou-se diminuído, principalmente nos pacientes com PET/MAH. Quanto à resposta antiinflamatória, a expressão de IL-10 se mostrou prejudicada nos pacientes com PET/MAH e a expressão de TGF- inicialmente se mostrou elevada em ambos os grupos. Após análises da razão entre TGF-IL-10 pode-se observar que a expressão de TGF- se manteve quase que equiparada a expressão de IL-10, sugerindo a sua participação não como citocina antiinflamatória, mas como possível ação de reparação tecidual. O perfil inflamatório associou-se positivamente com o grau de auxílio na marcha e o equilíbrio, apresentando resultados significantes somente para a expressão de IFN-. Os pacientes infectados pelo HTLV-1 que desenvolvem PET/MAH apresentam aumento da resposta Th1 em relação aos pacientes que não desenvolveram PET/MAH, e esse aumento de expressão de IFN- está relacionado com o desenvolvimento e progressão da doença.
  • TeseAcesso aberto (Open Access)
    Análise de série temporal da hanseníase no estado do Pará
    (Universidade Federal do Pará, 2016) PINHEIRO, Helder Henrique Costa; ARAÚJO, Marizeli Viana de Aragão; http://lattes.cnpq.br/7849256617873180; QUARESMA, Juarez Antônio Simões; http://lattes.cnpq.br/3350166863853054
    Objetivo: analisar uma série temporal de detecção de casos novos de Hanseníase no Estado do Pará, verificando as tendências epidemiológicas de acordo com as variáveis de observação da doença. Metodologia: delineamento observacional ecológico de série histórica de detecção de casos de Hanseníase no Estado do Pará com uso de dados secundários do Sistema Nacional de Agravos de Notificação. Foram calculados os coeficientes de detecção da Hanseníase geral e pelas variáveis em estudos e estimadas as tendências das séries temporais. Os dados do Estado do Pará foram comparados aos Estados do Estado do Mato Grosso e do Rio Grande do Sul. Resultados: o coeficiente de detecção no Pará, em 2014, foi de 4,84 por 10.000 habitantes, com 32.177 casos detectados no período de 2008 a 2014, sendo estimado uma tendência de crescimento anual de -12,71%. A proporção em menores de 15 anos de idade foi de 10,4%, sendo a maior do Brasil. Maior frequência de casos Multibacilares (65,2%) na forma clínica Dimorfa (45,2%). Conclusão: a detecção de casos novos da Hanseníase é principalmente em homens adultos, de baixa escolaridade e residentes em áreas urbanas. A tendência de declínio na detecção de casos da doença é diferente da tendência estacionária no Estado do Mato Grosso. Entretanto, a tendência de casos da Hanseníase em crianças e adolescentes no Estado do Pará é estacionária.
  • TeseAcesso aberto (Open Access)
    A influência dos polimorfismos nos genes interferons lambda 3 lambda 4 e ancestralidade genética na infecção crônica pelo vírus da hepatite c e na resposta ao tratamento em uma população miscigenada de Belém-Pará-Brasil
    (Universidade Federal do Pará, 2015) AMARAL, Ivanete do Socorro Abraçado; SANTOS, Eduardo José Melo dos; http://lattes.cnpq.br/6647221517242357; QUARESMA, Juarez Antônio Simões; http://lattes.cnpq.br/3350166863853054
    A infecção crônica pelo vírus da Hepatite C é um problema global de saúde pública em que mais da metade dos indivíduos infectados evoluem para a sua forma crônica bem como carcinoma hepatocelular. Este estudo objetiva descrever os polimorfismos nos genes da IL-28B e do IFNL4 na população de Belém com infecção crônica pelo vírus da hepatite C já que podem influenciar na resposta terapêutica e na história natural desta infecção. Trezentos e sessenta e seis pacientes foram atendidos no Hospital da Santa Casa de Misericórdia do Pará confirmados por RT-PCR e 243 controles. Os SNPS estudados foram determinados por técnica da PCR Real time e a ancestralidade foi avaliada usando 48 marcadores INDEL validados para populações parentais Europeu, Africano e Indígena. Foi encontrado contribuições de ancestraliade Africana, Europeia e Ameríndia em pacientes e controles, respectivamente (0,06 vs 0,04), (0,588vs 0,662), (0,275) vs (0,214). As frequências dos rs-860 C/C, C/T, T/T, (C/T e T/T) em pacientes e em controles, respectivamente foram: (21% vs 38%), (59% vs 48%), (19% vs 14%), (79% vs 62%). As frequências genotípicas nos rs-917 em pacientes e em controles não mostraram significância. As distribuições das frequências genotípicas no ss-590 foram semelhantes às encontradas no rs-860. Como preditores de resposta terapêutica: gênero feminino, idade abaixo de 45 anos, estágio de fibrose hepática F1F2, rs8099917 genótipo T/T, RNA HCV <600.000UI/ml e níveis de Plaquetas ≥ 150 x104/mm3. A resposta terapêutica se associou com o rs-917 T/T, o seu alelo mutante em homozigose ou heterozigose com falha terapêutica e F3 F4. Em conclusão, do ponto de vista da genética, uma única troca de base nitrogenada em um determinado cromossoma leva grandes repercussões em diferentes populações estudadas interferindo com aspectos relacionados a resposta terapêutica e história natural da infecção HCV. Estas informações poderiam levar a um tratamento individualizado com melhor perspectiva de resposta, aumentada vigilância para certos pacientes com maior probabilidade de evoluir para estágios mais avançados fibrose e carcinoma hepatocelular.
  • TeseAcesso aberto (Open Access)
    Avaliação epidemiológica, clínica e molecular de enteropatógenos causadores de diarreia aguda em crianças e adultos residentes na comunidade Quilombola do Abacatal, Ananindeua, Pará
    (Universidade Federal do Pará, 2015) KAIANO, Jane Haruko Lima; MASCARENHAS, Joana D'Arc Pereira; http://lattes.cnpq.br/5156164089432435
    A doença diarreica aguda é uma das principais causas de morbidade e mortalidade infantil nos países em desenvolvimento e um dos fatores que mais contribui para o agravamento do estado nutricional das crianças. Este estudo objetivou avaliar o perfil clínico, epidemiológico e molecular das infecções por agentes virais e parasitários em crianças na faixa etária de 0 a 10 anos e da comunidade quilombola do Abacatal, no período de 2008 a 2010. Foram colhidas amostras fecais de 294 crianças na faixa etária de 0 a 10 anos e 81 indivíduos acima de 10 anos, residentes na comunidade do Abacatal, Ananindeua, Pará, que apresentaram quadro de diarreia aguda ou sem diarreia (controles). O diagnóstico viral foi realizado pelos testes imunocromatográficos e moleculares e o parasitológico pelo método de Faust e Hoffman. Um total de 375 amostras de fezes foi obtido de 177 indivíduos. As frequências dos agentes virais encontrados no presente estudo foram rotavírus do grupo A, rotavírus do grupo C e picobirnavírus em 6,4% (24/375), 0,3% (1/375) e 1,3% (5/375), respectivamente. A eletroforese em gel de poliacrilamida confirmou a presença de rotavírus A nas 23 amostras com 10 (43,48%) apresentando perfil curto e 13 (56,52%), perfil longo. A presença de enteroparasitas foi observada em 272 (77,94%) amostras, sendo que os mais frequentes foram Ascaris lumbricoides detectado em 13,18% (46/349) das amostras, seguido por Trichuris trichiura com 10,88% (38/349), ancilostomídeos com 4,01% (14/349) e Strongyloides stercoralis 1,72% (6/349). Das 24 amostras positivas para rotavírus do grupo A foram detectados os seguintes genótipos: G2P[4] (12,50%, 3/24); G1P[8] (25,00%, 6/24), G3P[9] (29,20%, 7/24) e G12P[6] (33,33%, 8/24). Foram detectados dois novos genótipos para os genes VP6 (I18) e NSP1 (A19) de rotavírus A. Foi realizada a avaliação nutricional de 38 crianças, demonstrando que 18,4% (7/38) apresentavam-se desnutridas. Este estudo destaca a necessidade de implementar ações de prevenção na comunidade, incluindo medidas de educação para a saúde, a vacinação contra o rotavírus, e até mesmo a implementação de programas para controlar infestações parasitárias.
  • TeseAcesso aberto (Open Access)
    Avaliação do dano neural periférico sensitivo e motor em pacientes hansenianos, com HIV/AIDS e co-infectados Hanseníase/HIV utilizando-se a avaliação neurológica simplificada e técnicas complementares
    (Universidade Federal do Pará, 2015) ACÁCIO, José Augusto Bastos; XAVIER, Marília Brasil; http://lattes.cnpq.br/0548879430701901
    Segundo o Ministério da Saúde, no ano de 2014 o Brasil teve 24.612 novos casos de hanseníase. O número de indivíduos vivendo com o vírus HIV aumentou 11% no Brasil entre 2005 e 2013. A hanseníase e a infecção pelo HIV são duas doenças infecciosas crônicas que possuem sobreposição geográfica importante em nosso país. Por conseguinte, a co-infecção dessas duas doenças, tornou-se, também, importante no que se refere à saúde pública. No entanto, estudos recentes demonstraram que a sobreposição dessas duas doenças não altera a evolução clínica (imunológica ou histológica) das mesmas, e que a incidência de hanseníase não é aumentada em pacientes infectados pelo HIV. O Mycobacterium leprae não apresenta aumento na soroprevalência na co-infecção com o HIV, assim como a imunodepressão generalizada da aids não interfere na maneira de apresentação da hanseníase. Este estudo tem como objetivo avaliar o dano neural periférico em pacientes hansenianos, com HIV/aids e co-infectados hanseníase/HIV utilizando-se o protocolo de avaliação do Ministério da Saúde e uma avaliação complementar para verificar possíveis interferências de fatores relacionados á infecção pelo HIV na avaliação neurológica do paciente co-infectado hanseníase/HIV. Foi desenvolvido através de um estudo transversal analítico comparando três grupos: (1) com 20 pacientes portadores de hanseníase; (2) com 20 pacientes portadores de HIV/aids e (3) com 18 pacientes portadores de co-infecção hanseníase/HIV. A avaliação neurológica simplificada quando utilizada no grupo de portadores do vírus HIV e no de portadores de co-infecção hanseníase/HIV não conseguiu identificar, quando presente, o dano neural proveniente da infecção pelo vírus HIV ou do uso da TARV nos grupos em questão, pois não investiga alterações neuromusculares importantes e características das polineuropatias periféricas que acometem o paciente com HIV/aids, mas não portador de hanseníase. a avaliação complementar proposta neste estudo foi importante para detectar alterações importantes que poderiam passar despercebida nos três grupos estudados. Principalmente para portadores do vírus HIV, onde parece não haver um guia que norteie a avaliação neurológica no que se refere a comprometimentos do sistema nervoso periférico nesse grupo. O que possibilitaria detecção precoce e a consequente terapêutica que possibilitasse ações de prevenção ou tratamento para o quadro encontrado, impedindo assim, o possível agravamento e a instalação de sequelas que pudessem vir a interferir no bem estar bio-psico-social desse indivíduo.
  • TeseAcesso aberto (Open Access)
    Caracterização fenotípica das moléculas de adesão endotelial e leucocitária em amostras de lesão cutânea na doença de Hansen
    (Universidade Federal do Pará, 2015) SOUZA, Juarez de; QUARESMA, Juarez Antônio Simões; http://lattes.cnpq.br/3350166863853054
    Introdução: A infecção causada pelo Micobacterium leprae leva a uma complexa relação entre o parasito e o hospedeiro, baseada principalmente nos aspectos imunopatológicos, que podem resultar na forma virchoviana, apresentando um perfil de células Th2, ou no pólo tuberculóide que apresenta um padrão imunológico Th1. Justificativa: Neste processo se fez necessário analisar participação do endotélio através do perfil de expressão de moléculas de adesão, buscando assim o entendimento de como a migração celular ocorre na hanseníase. Objetivo Geral: determinara o perfil da expressão de moléculas de adesão e a participação do endotélio na seleção de células para a formação do infiltrado inflamatório visto na doença. Objetivos específicos: quantificar a expressão das moléculas de adesão ICAM-1; ICAM-2, VCAM-1; VLA-4; E-selectina; P-selectina. Analisar a expressão das moléculas de adesão de acordo com o tipo ao padrão do infiltrado histopatológico nos polos da doença. Avaliar de forma quantitativa a presença das moléculas de adesão e correlacionar estas adesinas com os diferentes padrões celulares vistos nos polos da infecção. Metodologia: as amostras de pele foram seccionadas e as porções retiradas foram submetidas a análise imunohistoquímica através de anticorpos monoclonais contra os marcadores ICAM-1; ICAM-2 ; VCAM-1; VLA-4; P-selectina e a E-selectina. Resultados: A imunomarcação das adesinas ICAM-1, VCAM-1 e VLA-4 demonstravam uma maior presença destas moléculas no endotélio da forma tuberculóide (TT) da infecção. O ICAM-1 apresentou-se com 9,92±1,11 células/mm2 na forma TT, enquanto que o polo LL apresentou 5,87±1.01 células/ mm2. O VCAM-1 apresentou uma média 18,28±1,46 células/mm2 na forma TT, enquanto o virchoviana apresentou em média 10,67±1,25 células/ mm2. A análise da E-Selectina demonstrou que no polo tuberculóide da infecção há uma quantidade (13,00±1.59 células/mm2), significativamente (p<0.0001) maior da E-Selectina em comparação ao polo virchoviano que apresentou apenas 2,58±0.38 células/mm2. Discussão: o aumento das imunoglobulinas ICAM-1 e VCAM-1 resultam no fortalecimento da sinalização de transmigração tecidual, através da relação entre o LFA-1 com o seu ligante endotelial o ICAM-1. Este mesmo mecanismo está envolvido no fortalecimento da relação entre o endotélio e migração de células com o perfil de Th1 em direção ao tecido. O VLA-4 estar diretamente ligado a infiltração de células da linhagem Th1, sendo o mediador do aumento da presença de células T CD4+ no tecido inflamado. A falta do VLA-4, e da imunoglobulina VCAM-1 pode resultar também em uma inibição da adesão de linfócitos Th1. Devemos ressaltar ainda que a deficiência do ICAM-1 e do VCAM-1 influencia a migração dos linfócitos T CD8+ modificando assim a presença de células citotóxicas no tecido. Conclusão: o estudo fortalece o papel do endotélio como um dos responsáveis pelo perfil de células encontradas no tecido. Correlacionando a expressão das moléculas de adesão a seletividade na migração de células, o que resulta em uma influencia direta sobre a resposta imunológica presente na hanseníase.