Teses em Doenças Tropicais (Doutorado) - PPGDT/NMT
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.ufpa.br/handle/2011/3560
O Doutorado Acadêmico em Doenças Tropicais iniciou em 2007 e pertence ao Programa de Pós-Graduação em Doenças Tropicais do Núcleo de Medicina Tropical (NMT) da Universidade Federal do Pará (UFPA).
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Navegando Teses em Doenças Tropicais (Doutorado) - PPGDT/NMT por Orientadores "SOUSA, Maisa Silva de"
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Tese Acesso aberto (Open Access) Diversidade clínica e peculiaridades da transmissão do vírus Linfotrópico-T humano em famílias da Região Metropolitana de Belém-Pará(Universidade Federal do Pará, 2016-06-23) COSTA, Carlos Araújo da; SOUSA, Maisa Silva de; http://lattes.cnpq.br/1775363180781218Os vírus linfotrópicos-T humanos, do tipo 1 (HTLV-1) e tipo 2 (HTLV-2), foram os primeiros retrovírus descobertos nos humanos e assim denominados porque habitam os linfocitos-T. Ttransmitem-se principalmente por tranferência de linfócitos infectados da mãe para filho(a) na amamentação e do homem para mulher pelo sêmem. O HTLV-1 é o agente causal de mielopatia incapacitante (HAM/TSP), da leucemia/linfoma de células T do adulto (ATLL) e outras doenças. A alta endemicidade desses vírus em agregados familiares da área metropolitana de Belém-Pará requisita investigações que melhor caracterizem a disseminação viral e a morbidade decorrente. Este estudo foi desenvolvido no intuito de caracterizar a diversidade clínica e peculiaridades da transmissão do HTLV em famílias de Belém-Pará. Entre 2007 e 2015, foram investigados 178 grupos familiares de portadores confirmados dos vírus (casos índices), 140 de HTLV-1 e 38 de HTLV-2, donde 433 integrantes (comunicantes) submeteram-se a testagem sorológica de anticorpos anti-HTLV-1/2 pelo método Elisa e a exame de detecção do DNA proviral no sangue. Aspectos clínicos foram avaliados em todos os indivíduos e famílias. Dos 611 investigados 64,6 % eram do gênero feminino e 37,9 % masculino, com média de idade de 41 anos. A transmissão do HTLV ocorreu em 92 famílias (51,8 %) com uma concentração de três a quatro infectados/família. A infecção prevaleceu no gênero feminino (p>0,0001) e a via sexual foi mais expressiva que a vertical (p=0,0002). Foram reconhecidos como sintomáticos 44,3 % (62/140) dos casos índices de HTLV-1 e 9,9 % dos comunicantes (11/111). As modalidades diagnósticas mais prevalentes foram neurológicas (21,4 %) e dermatológicas (19,3 %), predominando os sintomas osteoneuromusculares, disautonômicos e alterações da pele. As principais doenças causadas pelo HTLV-1, entre os 251 infectados, foram: HAM/TSP = 7,2% (18); doenças linfoproliferativas = 2,6 % (6); hiperinfestação por S. stercoralis = 1,6 % (4); dermatite infectiva 1,2 % (3) e uveíte = 0,4 % (1). A via parenteral foi a forma de transmissão mais comum do HTLV-1 na causalidade de agravos neurológicos (HAM/TSP) e a vertical nas doenças linfoproliferativas incluindo a ATLL. Em algumas das famílias o HTLV disseminou-se incrustado por gerações de forma “sui generis”, mimetizando um fator genético, diferenciando-se de outros patógenos. Também foi observada inequívoca versatilidade do HTLV-1 em provocar uma diversidade de agravos clínicos nos organismos humanos, muitos deles configurando doenças bem definidas quanto à causalidade do vírus.Tese Acesso aberto (Open Access) Epidemiologia molecular das infecções por adenovírus em crianças com gastrenterite aguda grave, após a introdução da vacina contra rotavírus na cidade de Belém, Pará(Universidade Federal do Pará, 2017-02-10) MÜLLER, Elza Caroline Alves; LINHARES, Alexandre da Costa; http://lattes.cnpq.br/3316632173870389; SOUSA, Maisa Silva de; http://lattes.cnpq.br/1775363180781218As gastrenterites são a terceira causa de morbi-mortalidade infantil no mundo, sobretudo entre os menores de 5 anos de idade. Os adenovírus (HAdV) são vírus icosaédricos não envelopados, têm 240 proteínas “hexon” específicas e DNA de fita dupla. Pertencem à família Adenovidae, gênero Mastadenovirus e estão distribuídos em 7 espécies (A a G) e 57 sorotipos. Estudos epidemiológicos detectaram HAdV em 2 a 14% dos casos de diarreia aguda infantil em hospitais e ambulatórios clínicos. O objetivo deste estudo foi detectar a prevalência, definir o perfil epidemiológico e os tipos de HAdV em crianças hospitalizadas com quadro de gastrenterite e vacinadas contra rotavírus. Foram analisadas 842 amostras fecais, coletadas no período de maio de 2009 a abril de 2011 em Belém, PA, utilizando-se as técnicas de ensaio imunoenzimático e imunocromatografia para triagem e PCR e sequenciamento de nucleotídeos para tipagem e identificação molecular. Os HAdVs foram encontrados em 7,2% (61/842) das amostras testadas, com os adenovírus entéricos (AdE) equivalendo a 50,8% (31/61) dos casos positivos. A análise quanto ao gênero das crianças infectadas demonstrou 7,7% (28/362) de casos do sexo feminino e 6,8% (33/480) do sexo masculino. A positividade para HAdV por faixa etária dos pacientes analisados detectou maior prevalência entre os maiores de 24 meses de idade, correspondendo a 8,9% (16/178). Quanto à distribuição temporal dos HAdV, o mês de junho foi o de maior prevalência, com 11,4% (8/70) do total de casos. A reação de sequenciamento de oligonucleotídeos caracterizou a espécie F como mais prevalente em nossa região, equivalendo a 64,5% (29/45) das amostras sequenciadas, com o tipo 41 detectado em 69% (20/29) dos casos positivos para a espécie F e 31% (9/29) caracterizados como tipo 40. Os resultados obtidos neste estudo confirmam os HAdV infectando uma proporção significativa de menores de 3 anos hospitalizados na cidade de Belém, Pará, demonstrando a importância do estabelecimento de uma vigilância, sobretudo após a implantação da vacina contra rotavírus no Brasil.
