Dissertações em Neurociências e Biologia Celular (Mestrado) - PPGNBC/ICB
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.ufpa.br/handle/2011/2375
O Mestrado Acadêmico pertence ao Programa de Pós-Graduação em Neurociências e Biologia Celular (PPGNBC) do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da Universidade Federal do Pará (UFPA).
Navegar
Navegando Dissertações em Neurociências e Biologia Celular (Mestrado) - PPGNBC/ICB por Afiliação "UEPA - Universidade do Estado do Pará"
Agora exibindo 1 - 1 de 1
- Resultados por página
- Opções de Ordenação
Dissertação Acesso aberto (Open Access) Pesquisa de hanseníase em doadores de sangue(Universidade Federal do Pará, 2024-11) JORGE, Erika Vanessa Oliveira; PALMEIRA, Mauricio Koury; http://lattes.cnpq.br/2785104508455046; SALGADO, Claudio Guedes; http://lattes.cnpq.br/2310734509396125A hanseníase é uma doença infecciosa causada pelo Mycobacterium leprae, com transmissão ativa em áreas endêmicas como o Brasil, que registrou mais de 90% dos casos novos de hanseníase das américas no ano de 2021, e o segundo lugar na escala global. Clinicamente é caracterizada pelo aparecimento de lesões nervosas ou cutâneas com alteração de sensibilidade, que podem evoluir para deficiências. Sua transmissão ocorre principalmente pelas gotículas respiratórias de pessoas infectadas, que ainda não receberam tratamento. O diagnóstico da hanseníase é clínico com tratamento multidroga PQT (poliquimioterapia), sendo crucial para evitar a cadeia de transmissão da doença. O atendimento de casos suspeitos deve ser realizado por um profissional habilitado nas unidades básicas e especializadas de saúde, além de serviços de busca ativa. No processo de doação de sangue, embora cuidadosamente regulamentado, riscos imediatos ou tardios podem ocorrer. A hanseníase é considerada uma doença com inaptidão definitiva para doação de sangue. No entanto, a investigação ocorre apenas através de uma entrevista clínica, sem avaliação laboratorial. No Hemocentro do estado do Pará (HEMOPA) foram selecionados 500 doadores para a pesquisa e coletado sangue para investigação sorológica de anticorpos IgM anti-PGL-I. Dos doadores escolhidos, 4% (20/500) tiveram resultados sorológicos positivos maiores ou iguais a 0,750 DO por ELISA, e apenas oito aceitaram ser examinados clinicamente e realizaram outros exames laboratoriais complementares para o diagnóstico da doença, como baciloscopia e qPCR. Destes oito, cinco (62,5%) foram diagnosticados com hanseníase, um na forma clínica primariamente neural, três como boderline-tuberculóide e um virchowiano. No qPCR do sangue periférico foi comprovada a presença do DNA do bacilo em dois indivíduos, este fato pode ser uma possível via de transmissão da doença, ainda a ser esclarecida. Esses achados enfatizam a necessidade crítica de triagem cuidadosa em doadores de sangue, principalmente em regiões endêmicas para a hanseníase, dado o risco potencial de transmissão representado pela presença do M. leprae em sangue periférico, inferindo provável presença em bolsas de sangue.
