Navegando por Autor "ARAÚJO, Sônia Maria da Silva"
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Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Educação republicana sob a ótica de José Veríssimo(2010) ARAÚJO, Sônia Maria da SilvaEste artigo vincula-se aos estudos sobre o pensamento educacional no Brasil. Abordamos as interpretações de José Veríssimo sobre os problemas nacionais da educação brasileira no final do século XIX e início do século XX. Nossa intenção é apresentar e analisar estas interpretações, realizadas na Primeira República. José Veríssimo nasceu em Óbidos, no Pará, em 1857, e faleceu no Rio de Janeiro, em 1916, passando parte de sua vida intelectual no Pará e parte na capital da República, onde fundou e participou ativamente da Academia Brasileira de Letras (ABL) e da Revista Brasileira. O autor foi estudioso importante nas discussões sobre as consequências do colonialismo português e as tentativas frustradas de uma política republicana de educação no Brasil. Para José Veríssimo, a educação pública deveria estrategicamente superar as degenerescências raciais, especialmente localizadas nos sertões do Brasil, promovidas pela colonização. Os "Brasis" que sociologicamente constituíam o território nacional àquela época são pensados por Veríssimo como um entrave a ser superado pela República para a inserção do País na ordem moderna que, para ele, significava civilização. Mas esta civilização almejada se efetivaria, na sua perspectiva, na medida em que todos os brasileiros fossem incluídos em um projeto de unidade nacional.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Escolas de fazenda na ilha de Marajó(Universidade Federal do Pará, 2005-01) ARAÚJO, Sônia Maria da SilvaEm Marajó vive uma gente que trabalha em fazendas dedicadas à criação extensiva, instituídas a partir da colonicação, no século XVI. Esse acontecimento tranformou os índios Aruã que viviam naquele espaço em vaqueiros e conformou a cultura marajoara que hoje lá desenvolve. Resultante originalmente do sistema de sesmarias, as fazendas de Marajó foram, ao logo dos séculos, desenvolvendo um latifúndio perpetuado pelo privilégio de herança: são terras de família. Nessas terras, onde não há espaço público, instituiram-se nos anos 30 de 1990, a prática da escolarização, que articulou as agentes do lugar a outros sistemas constituídos pela sociedade brasileira. A escola no interior da fazenda estabeleceu novos modos de vida fundadas na esperança daquela gente de ver seus filhos realizando um trabalho não de braço. Todavia, a própria escola que ali se instituiu dentro do latifúndio, sob o total domínio econômico de uma elite fazendeira, não consegue dar conta de transformar a esperança em realidade, pois s econsolidou apartada de outros bens culturais capazes de lhe oferecer qualidade e, aprisionada em um sistema social de relações, vê-se desprovida da liberdade pública de participação.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Uma fotografia, múltiplas imagens: a educação rural no norte do Brasil(2010-12) ARAÚJO, Sônia Maria da SilvaAborda os processos de constituição e institucionalização de escolas nas fazendas de criação extensiva localizadas na ilha de Marajó, interior de Soure, Brasil, e demonstra que eles ocorreram associados à grande propriedade e a relações políticas estabelecidas entre fazendeiros, vaqueiros e poder público. Reflexões teóricas, dados sociais e acontecimentos somam-se a imagens fotográficas que revelam a fragilidade da educação pública oferecida às crianças das zonas rurais do extremo norte do país.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) História das mulheres, história de vida de professoras: elementos para pensar a docência(2014-09) ARAÚJO, Sônia Maria da SilvaPor meio da história de vida de duas professoras ribeirinhas, reflete-se sobre a docência que acontece no contexto do arquipélago de Guajará, em Belém do Pará, Brasil. Traços comuns entre as histórias, como violência sexual na infância, pobreza e escolarização são destacados para demonstrar que a docência não pode ser pensada fora do contexto mais amplo de constituição da mulher. Argumenta-se que a condição da mulher na região historicamente conformou possibilidades singulares que explicam como e porque meninas que foram por muito tempo alijadas do mundo da escola se transformam em professoras. Demonstra-se como ser professora se articula aos processos societais do espaço ribeirinho, assegurando todo um processo de inter-relação.
