Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica - PPGG/IG
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O Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica (PPGG) do Instituto de Geociências (IG) da Universidade Federal do Pará (UFPA) surgiu em 1976 como uma necessidade de desmembramento do então já em pleno desenvolvimento Curso de Pós-Graduação em Ciências Geofísicas e Geológicas (CPGG), instalado ainda em 1973 nesta mesma Universidade. Foi o primeiro programa stricto sensu de Pós-Graduação (mestrado e doutorado) em Geociências em toda Amazônia Legal. Ao longo de sua existência, o PPGG tem pautado sua atuação na formação na qualificação de profissionais nos níveis de Mestrado e Doutorado, a base para formação de pesquisadores e profissionais de alto nível. Neste seu curto período de existência promoveu a formação de 499 mestres e 124 doutores, no total de 623 dissertações e teses.
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Navegando Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica - PPGG/IG por CNPq "CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS::GEOLOGIA::PALEONTOLOGIA ESTRATIGRAFICA"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Contribuição dos sedimentos e ictiólitos para a identificação do ambiente de formação do Sambaqui do Moa (Saquarema-RJ)(Universidade Federal do Pará, 2014-08-28) MACHADO, Sauri Moreira; SILVA, José Francisco Berrêdo Reis da; http://lattes.cnpq.br/1338038101910673; COSTA, Marcondes Lima da; http://lattes.cnpq.br/1639498384851302O Sambaqui do Moa é um sítio arqueológico localizado em Itaúna, Saquarema, litoral do Estado do Rio de Janeiro. Três momentos de ocupação foram reconhecidos neste sítio: o estrato 3 na base correspondente ao início da ocupação deste sítio; o 2, intermediário, aponta para uma ocupação mais intensa, com grande concentração de carapaças de moluscos, ossos de peixes e sepultamentos humanos; e o 1, o mais superficial, relacionado à última ocupação. Para identificar as condições ambientais de desenvolvimento do Sambaqui do Moa foram coletadas amostras de sedimentos e material zooarqueológico nestes três estratos. O material zooarqueológico está representado por restos microscópicos de peixes (ictiólitos), compostos por microdentes com diferentes morfologias: caninos, incisivos e molares. Os sedimentos segundo análises por DRX são constituídos além de quartzo e caulinita, calcita, aragonita e por fluorapatita. Este último é o principal mineral do material zooarqueológico, enquanto calcita e aragonita refletem os restos de conchas contidos neles, abundantes no sítio. As análises mineralógicas foram confirmadas pelas análises químicas, em que os teores elevados de P2O5, CaO e PF (H2O, CO2), respondem pela fluorapatita, calcita e aragonita. Modificações químicas representadas pelas variações nos conteúdos de C e P nos microdentes sugerem que estes experimentaram mineralização, num processo inicial de fossilização, pósdeposição. Os dados de isótopos estáveis 13C e 15N permitiram definir a fonte de matéria orgânica do sambaqui do Moa como marinha/salobra, em que a vegetação representava-se, predominantemente, por plantas do tipo C3 de floresta tropical. As razões 87Sr/86Sr nos ictiólitos confirmam que o ambiente no entorno do sambaqui tenha sido estuarino. A morfologia dentária permitiu reconhecer cinco famílias até então não registradas para o sítio, como Labridae, Serranidae, Ariidae, Erythrinidae e Characidae, que confirmam o ambiente estuarino. A idade do sambaqui do Moa por datação radiocarbono a partir dos sedimentos mostrou perturbação no estrato 2, ocasionando a inversão das idades entre os estratos o que pode ser justificado por processos de formação e/ou mudanças dos rios que modificaram as configurações geológico-geomorfológicas da área. Outra explicação poderia ser a interferência humana, devido ao grande número de enterramentos (mais de 30), tenha perturbado a ordem dos momentos de ocupação do sambaqui do Moa, além de possíveis processos erosivos. O sambaqui do Moa se instalou, portanto, em uma área de transição marinho-estuarina.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Detecção de mudanças paleoambientais no litoral do Rio Grande do Norte (RN) durante o Holoceno médio e superior(Universidade Federal do Pará, 2017-08-16) BATISTA, Edson José Louzada; FRANÇA, Marlon Carlos; http://lattes.cnpq.br/8225311897488790Durante o Holoceno a dinâmica da vegetação nativa no litoral nordeste do estado do Rio Grande do Norte (RN) foi caracterizada por fases de estabelecimento, expansão e contração de manguezais. A dinâmica dessa vegetação está relacionada principalmente com a dinâmica sedimentar e com as variações no nível relativo do mar (NRM) registradas para esse período. Durante o último milênio processos inerentes principalmente à dinâmica sedimentar dessa planície costeira controlou a dinâmica da vegetação ao longo de perfis estratigráficos formados por sequências de canais ativos, seguidos pelo seu respectivo abandono. Portanto, com base em análises granulométricas, estruturas sedimentares, dados polínicos, dados isotópicos (δ13C e δ15N), razão C/N e datação 14C da matéria orgânica sedimentar de dois testemunhos (NAT 6 e NAT 8) coletados em uma planície de maré, propõe-se um modelo para a evolução paleoambiental desde o Holoceno médio ao superior (~7 mil anos AP ao moderno), descrito em quatro associações de fácies sedimentares: (A) estuário/canal ativo, representada por depósitos arenosos maciços (fácies Sm) e deposições de lama; (B) canal abandonado, representada pelas fácies de acamamento heterolítico wavy (fácies Hw), acamamento heterolítico lenticular (fácies Hl) e pequenos intervalos com areia maciça (fácies Sm); (C) canal ativo, correspondentes a depósitos arenosos maciços (fácies Sm); e (D) planície de maré vegetada (manguezais/campos herbáceos e palmeiras), representada pelos depósitos de argila com acamamento heterolítico lenticular (fácies Hl). Neste contexto, variações de curta escala de tempo (milênio/século) na relação entre manguezais e demais vegetações associadas nessa região não necessariamente estão ligadas às variações no NRM ou mesmo às mudanças climáticas (processos alocíclicos), pois os processos inerentes à dinâmica sedimentar do ambiente deposicional (processos autocíclicos) devem ter controlado principalmente a assembleia polínica ao longo dos perfis estratigráficos estudados.Dissertação Acesso aberto (Open Access) A resposta dos manguezais de um estuário do sul da Bahia sob influência das mudanças do clima, flutuações do nível do mar e dinâmica dos canais durante o Holoceno(Universidade Federal do Pará, 2017-06-09) OLIVEIRA, Nêdra Nunes; COHEN, Marcelo Cancela Lisboa; http://lattes.cnpq.br/8809787145146228O presente trabalho integra dados palinológicos, sedimentológicos, geomorfológicos e datações por Carbono-14, bem como valores de δ13C, δ15N e C/N da matéria orgânica sedimentar obtidos a partir de um testemunho amostrado ~8 km da atual linha de costa, no vale do Rio Jucuruçu, próximo a cidade de Prado, litoral sul da Bahia. Com base nesses dados e outros preliminarmente publicados foi possível detalhar os efeitos das mudanças climáticas e Nível Relativo do Mar (NRM) nos manguezais desse rio durante o Holoceno. Duas fases foram identificadas ao longo do testemunho estudado e correlacionadas com outros dois testemunhos: A primeira fase, compreendida no Holoceno médio (7200 - <6950 anos cal AP), se desenvolveu em uma planície de maré, colonizada por manguezais com uma transição de matéria orgânica de origem de plantas terrestre C3 na base para matéria orgânica marinha no topo desta fase. A segunda fase é marcada pelo desenvolvimento de uma planície fluvial, com expansão da vegetação herbácea e samambaias em detrimento dos manguezais. A matéria orgânica sedimentar nessa fase tende para uma origem fluvial. A integração dos dados paleoambientais revela uma significativa subida no NRM que causou uma incursão marinha no interior do vale desse rio e permitiu o estabelecimento de manguezais sob uma forte influência estuarina até aproximadamente 23 km a montante do Rio Jucuruçu durante o Holoceno médio. A descida do NRM no Holoceno médio e tardio causou uma gradual substituição dos manguezais por vegetação amplamente dominada por ervas e samambaias, assim como uma predominância de plâncton de água doce à montante do rio, enquanto os manguezais e as algas adaptadas às condições marinhas se refugiaram na foz do Rio Jucuruçu. Tal padrão de migração dos manguezais foi provavelmente favorecido por uma diminuição da descarga fluvial durante o Holoceno inicial e médio e pelo seu aumento no Holoceno tardio. Deve ser destacado que durante os últimos mil anos a distribuição dos manguezais no local de estudo foi controlada pela dinâmica natural dos canais de maré. Portanto, nesse estudo foi possível identificar e descrever os efeitos de processos alogênicos (causados por mudanças no clima e nível do mar) e autogênicos (regulados por exemplo pela dinâmica dos canais).
