Dissertações em Geologia e Geoquímica (Mestrado) - PPGG/IG
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.ufpa.br/handle/2011/2604
O Mestrado Acadêmico pertence ao Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica (PPGG) do Instituto de Geociências (IG) da Universidade Federal do Pará (UFPA).
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Navegando Dissertações em Geologia e Geoquímica (Mestrado) - PPGG/IG por CNPq "CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS::GEOLOGIA::GEOQUIMICA"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Alteração supergênica das rochas básicas do grupo Grão-Pará: implicações sobre a gênese do depósito de bauxita de N5 - Serra dos Carajás(Universidade Federal do Pará, 1981-11-19) LEMOS, Vanda Porpino; VILLAS, Raimundo Netuno Nobre; http://lattes.cnpq.br/1406458719432983O presente trabalho focaliza a alteração supergênica das rochas vulcânicas básicas do Grupo Grão Pará e aponta evidências que podem sustentar ser o depósito de bauxita da clareira N5-Serra dos Carajás um produto extremo dessa alteração. Na impossibilidade de se observar um perfil continuo que demonstrasse diretamente esse laço genético, testou-se esta hipótese com um perfil composto aproveitando-se as informações de sub superfície da clareira N4 contígua, onde testemunhos de sondagens existentes revelam toda a seqüência intemperizada até a rocha básica sã. Os níveis bauxíticos e lateriticos, apenas desenvolvidos em N5, foram então integrados a essa seqüência compondo os horizontes mais superficiais e tomados, por conseguinte, como materiais formados in situ. As rochas básicas são de idade pré-cambriana e foram classificadas como basaltos toleiticos com tendência ao campo composicional das suítes calco-alcalinas que ocorrem nos arcos de ilhas modernos (diagrama TiO2-Zr/P2O5). A assembléia mineralógica primária é composta dominantemente por labradorita e pigeonita-augita, tendo como acessórios principais zircão, ilmenita e opacos. Eventos hidrotermais causaram modificações mineralógicas nessas rochas produzindo clorita, epidoto, calcita, sericita, anfibólio e quartzo. Profundas mudanças nas composições química e mineralógica dessas rochas vulcânicas foram induzidas pela ação intempárica e puderam ser avaliadas desde profundidades da ordem de 140 m até a superfície. O material semidecomposto mostrou perdas significantes de CaO, Na2O e FeO (este por oxidação parcial à Fe+3) e perdas menos expressivas de SiO2, MgO e K2O. Em contrapartida, houve um enriquecimento relativo de Fe2O3, Al2O3, TiO2 e P2O5, além de substancial entrada de H2O. Dentro desse quadro químico, se estabilizaram novas fases mineralógicas, representadas, em ordem de abundância, por clorita, esmectita-clorita, opacos e quartzo. Os horizontes mais superficiais, correspondendo a um estágio mais avançado da alteração, apresentaram uma perda praticamente total dos álcalis, MgO e CaO, com SiO2 baixando a teores da ordem de 40% dos valores iniciais. Isto favoreceu ganhos relativos ainda maiores de Fe2O3, Al2O3, TiO2, P2O5 e H2O em relação ao estágio anterior. As assembléias mineralógicas resultantes passaram, então, a ser dominadas por caulinita, goetita e óxidos de titánio, e secundariamente por gibbsita e quartzo. Concentrações de Cr, Ni, Co e Zr foram determinadas tanto nos basaltos como nos correspondentes intemperizados, verificando-se fatores de enriquecimento da ordem de 1,5 a 5,0, progressivos em geral, em direção ã superfície, o que vem demonstrar a maior ou menor mobilidade desses elementos no ambiente supergenico. Cr, Ni e Co foram retidos por coprecipitação juntamente com os hidróxidos de Fe e Zr foi mantido pela presença do zircão como mineral residual. O depósito de bauxita de N5, por sua vez, é constituido por uma camada superficial com espessura variável entre 4 e 7 m e cerca de 3,0% de SiO2, 2,3% de TiO2, 47,0% de Al2O3, 23,0% de Fe2O3 e 24,0% de voláteis, sendo a natureza do material bauxítico a base de gibbsita, caulinita, óxidos de Ti e goetita. As camadas subjacentes tem diferenças químicas marcantes, com composições mineralógicas que diferem muito mais pelo grau de abundância de determinadas fases do que pela espécie. De cima para baixo observa-se uma crosta lateritica de espessura em torno de 10 m, uma argila gibbsítica que não ultrapassa 35 m de espessura e um horizonte argiloso de espessura indefinida. A crosta laterítica mostrou uma composição química com cerca de 6,0% de SiO2, 2,0% de TiO2, 28,0% de Al2O3, 47,0% de Fe2O3 e 19,0% de voláteis e uma mineralogia dominada por hematita, caulinita, hidróxidos de Fe, óxidos de Ti e quantidades subordinadas de gibbsita. Já a argila gibbsítica apresentou teores médios de 24,0%, 2,0%, 28,0%, 32,0% e 13,0% e o horizonte argiloso teores de 47,0%, 1,5%, 20,0%, 22,0% e 7,5% respectivamente para SiO2, TiO2, Al2O3, Fe2O3 e voláteis. As assembléias mineralógicas desses dois últimos níveis são dominadas por caulinita, gibbsita, óxidos de Fe, aparecendo hematita apenas na argila gibbsitica e goetita e quartzo apenas no horizonte argiloso. Análises de elementos, menores e traços em amostras dos quatro horizontes que compõem a seqüência de N5 mostraram que há, de um modo geral, um aumento progressivo em direção à superfície dos teores de Ti, Zr e Nb, enquanto que o Ni mostra uma tendência inversa. O Cr tem distribuição bi-modal com as 3 maiores concentrações ocorrendo na crosta laterítica e no horizonte argiloso. A distribuição do Co é semelhante a do Ni, se bem que mais errática. A identificação de minerais pesados em amostras tanto de basaltos totalmente decompostos como do material bauxítico apontou a mesma assembléia, constituída dominantemente por ilmenita, zircão, rutilo e turmalina, este ultimo mineral encontra do em maior abundância na bauxita. Análises de B nos diversos horizontes de ambas as seqüências (N4 e N5) indicaram teores que variaram entre 70 e 100 ppm, justificando a provável presença de turmalina mesmo nas rochas onde não foi possível a extração de minerais pesados. A integração de todos estes dados permitiu interpretar a bauxita como um depósito residual da alteração supergênica das rochas vulcãnicas do Grupo Grão Pará com base em: 1) identidades mineralógica e química das duas seqüências, especialmente o basalto decomposto de N4 e a argila gibbsitica de N5 e correspondência química que sugere ser o horizonte argiloso um estágio de alteração intermediária entre os basaltos semidecomposto e decomposto; 2) presença de gibbsita no basalto decomposto sugerindo um estágio de evolução que, dado o tempo devido e as condições apropriadas, poderia conduzir a um material progressivamente enriquecido em alumina; 3) elementos traços típicos de rochas básicas presentes no depósito de bauxita em concentrações relativamente altas e, aceito o laço genético, mostrando fatores de enriquecimento ou empobrecimento ao longo de uma tendência comum desde o basalto até a bauxita e 4) mesma suite de minerais pesados para os basaltos e a bauxita. Especial atenção foi dada a crosta laterítica que se formou subjacentemente ao depósito de bauxita, sendo interpreta da como resultado da mobilidade relativa do Fe e A,e sob condições de Eh e pH que favoreceram o movimento descendente do ferro e a fixação do At. nos horizontes superficiais.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Análise mineralógica por difratometria de raios-X e método de análise de agrupamento (cluster analysis) como critério para individualização de horizontes bauxíticos(Universidade Federal do Pará, 2017-03-08) OLIVEIRA, Kelly Silva; ANGÉLICA, Rômulo Simões; http://lattes.cnpq.br/7501959623721607A formação de amplos perfis de alteração tal como os depósitos bauxitíferos, durante o período cenozoico na Amazônia é resultante de um intenso intemperismo causado por um clima sazonal, quente e úmido característicos desta região. A Província Bauxitífera de Paragominas, localizada na porção leste do Estado do Pará e oeste do Maranhão, ocupa uma área de aproximadamente 50.000 km2 e configura-se como o maior agrupamento de bauxitas do Brasil. Neste trabalho foi utilizado a Difratometria de Raiox-X, uma técnica que requer pouco tempo de análises, etapas mínimas de pré-tratamento e quantidades pequenas de amostra, associada à Análise Estatística por Agrupamento (Cluster Analysis) na individualização dos horizontes bauxíticos da mina Miltônia 3, Paragominas-PA. Os resultados obtidos foram correlacionados com as análises químicas tradicionais que são utilizadas no controle de qualidade e processamento das bauxitas. As amostras utilizadas neste trabalho e os resultados de análises químicas (teores de Alumina Aproveitável e Sílica Reativa) foram disponibilizadas pela empresa Norsk Hydro. Inicialmente, foram definidos os tipos mineralógicos do minério através do uso da análise por agrupamento com os dados da Difratometria de Raios-X em um conjunto de amostras de duas seções (HIJ-229 e HIJ-231) da malha de sondagem, cada seção compreendendo 23 furos, totalizando 375 amostras analisadas. Com base na posição e intensidade dos picos nos difratogramas, foi possível fazer a distinção dos horizontes bauxíticos. Devido à semelhança no conteúdo mineralógico desses horizontes, as diferenças encontradas nesses grupos referem-se as proporções dos principais minerais constituintes: gibbsita, caulinita, goethita, hematita e, mais raramente, quartzo e anatásio. Através da análise por agrupamento foi possível realizar uma separação das amostras por grupos cujos difratogramas eram similares. Além de facilitar a análise de um grande número de amostras de forma rápida e com resultados eficientes. Foi possível ainda, observar uma boa correlação dos agrupamentos com os litotipos identificados pela empresa Norsk Hydro através dos resultados da análise química. Desta forma, a análise de clusters em difratogramas de amostras de minério de alumínio pode vir a ser uma ferramenta eficiente auxiliando nos protocolos de beneficiamento desse material.Dissertação Acesso aberto (Open Access) O arcabouço estrutural da região de Chega-tudo e Cedral, noroeste do Maranhão, com base em sensores geofísicos(Universidade Federal do Pará, 2002-12-05) RIBEIRO, José Wilson Andrade; ABREU, Francisco de Assis Matos; http://lattes.cnpq.br/9626349043103626; PINHEIRO, Roberto Vizeu Lima; http://lattes.cnpq.br/3251836412904734O segmento continental centro-norte da costa atlântica brasileira, localizado na região fronteiriça entre os estados do Pará e Maranhão, é conhecido na literatura geológica como Região do Gurupi. Esta região caracteriza-se pela presença de duas janelas erosivas maiores que expõem dois pequenos escudos proterozóicos em meio de bacias sedimentares fanerozóicas. O entendimento da geologia pré-cambriana e avanços na cartografia geológica dessa região têm sido limitados pela escassez e qualidade dos afloramentos existentes. Nesse contexto, a geofísica aérea de alta resolução provou ser uma ferramenta auxiliar valiosa de mapeamento básico, possibilitando a definição melhorada da forma e do arranjo das unidades litoestruturais principais na área de estudo. A área investigada está geologicamente inserida no contexto do Cinturão de Cisalhamento Gurupi. Este segmento do cinturão exibe uma variedade de rochas supracrustais orto e paraderivadas e rochas plutônicas metamorfizadas e alteradas, tectonicamente aleitadas entre si. As unidades litoestruturais da área encontram-se estruturalmente organizadas em três faixas longitudinais NW-SE correlacionáveis, de SW para NE, ao Complexo Maracaçumé, ao Grupo Gurupi e à Suite Tromaí, respectivamente. Rochas intrusivas básicas e ultrabásicas, cisalhadas e hidrotermalmente alteradas, encontram intercaladas com rochas da seqüência vulcanossedimentar do Grupo Gurupi. Todo esse conjunto litológico está metamorfizado em fácies xistoverde baixa a anfibolito baixa e hidrotermalmente alterado. Diques de diabásio cortam toda as unidade litoestratigraficas acima, alojando-se tanto em estruturas concordantes quanto discordantes com a trama NW-SE. Completando esse quadro, ocorrem planícies e terraços aluviais que acompanham as drenagens ativas. A análise das relações geométricas e da cinemática das estruturas internas ao cinturão permitiu a caracterização da área de estudo como segmento do cinturão de cisalhamento de alto ângulo, com sentido de movimentação dominantemente sinistral, formado sob um regime de colisão oblíqua com forte componente direcional associada. A área estudada caracteriza-se pela presença de um corredor de alta deformação associado a uma faixa onde predominam metapelitos carbonosos. Este corredor é visualizado como uma importante zona de fraqueza crustal por meio da qual se deu importante partição da deformação na área. Uma zona secundária de cisalhamento NNW-SSE ramifica-se a partir do corredor de alta deformação, ao longo do contato dos metapelitos que o constituem com as rochas metavulcaniclásticas e vulcanogênicas que formam o corpo lenticular de Cedral. A nucleação deste splay levou ao descolamento das rochas vulcaniclásticas e vulcanogênicas de granulação grossa daquelas metapelíticas em conseqüência de seus comportamentos reológicos contrastantes. A trama estrutural dominante NW-SE do cinturão encontra-se interrompida por três famílias de fraturas principais com direções N-S, E-W e NE-SW. As zonas de falha N-S e E-W apresentam dobras de arrasto, inflexões que denotam rejeitos aparentes sinistrais e dextrais nos mapas aeromagnéticos, respectivamente. As falhas E-W dextrais são correlacionáveis com aquelas descritas por Costa et al. (1996a) e Ferreira Jr. (1996) como feixes de falhas transcorrentes do arcabouço estrutural da Bacia de Pinheiro (bacia do tipo pul- apart). Embora as fraturas NE-SW controlem o curso das drenagens principais da área, não se observaram deslocamentos ao longo das mesmas na escala de 1:100.000 utilizada. Adicionalmente, essas fraturas estão ausentes nos mapas magnéticos. Qualquer que tenha sido o tempo em que essas estruturas se instalaram, as fraturas com essa direção não tiveram um papel relevante no estágio principal de formação do cinturão na área estudada, como foi sugerido por alguns autores. Por outro lado, as zonas de falhas N-S, que cortam a estruturação NW-SE dominante do cinturão, apresentam rejeitos aparentes sinistrais de dimensões quilométricas. Essas falhas N-S são claramente tardias em relação à estruturação principal do cinturão, embora não tenha sido possível correlacioná-la a nenhum evento deformacional conhecido na região. As falhas N-S, as estruturas NNW-SSE e aquelas de direção NW-SE e da trama principal do cinturão apresentam relações mútuas de corte evidenciando múltiplos episódios ou pulsos de reativação.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Argila de Belterra das coberturas de bauxitas da Amazônia como matéria-prima para a produção de cerâmica vermelha(Universidade Federal do Pará, 2018-01-10) BARRETO, Igor Alexandre Rocha; COSTA, Marcondes Lima da; http://lattes.cnpq.br/1639498384851302A região Amazônica detém as maiores reservas de bauxitas do Brasil, cujos depósitos estão capeados por um espesso pacote de material argiloso, conhecido por Argila de Belterra (ABT). A larga distribuição, ocorrência superficial, portanto acessível, e natureza argilosa ABT suscitaram o interesse deste trabalho em avaliar sua viabilidade técnica para a produção de cerâmica vermelha. Para o presente estudo selecionou ABT dos grandes depósitos de bauxita de Rondon do Pará, amostras de solos amarelos de Mosqueiro, argila illítica, argilas gibbsíticas e uma amostra de siltito argiloso. Essas amostras foram caracterizadas por Difração de Raios-X (DRX), Fluorescência de Raios-X (FRX), Análise Térmica Gravimétrica (TG), Calorímetro Exploratória Diferencial (DSC), Espectrometria de Massa com Plasma Indutivamente Acoplado (ICP-MS), Espectrometria de Emissão Ótica com Plasma Acoplado (ICP-OES), Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) e Analisador de Partícula a Laser (APL).Para a determinação das propriedades físicas e mecânicas foram produzidas misturas distintas de corpos de prova com as amostras de Argila de Belterra e porcentagens de solo amarelo, siltito argila, argila gibbsíticas e argila illítica. Os corpos de prova foram calcinados em 5 momentos distintos de temperatura (800, 950, 1000, 1100 e 1200°C). Em seguida foram mensuradas: retração linear, absorção de água, porosidade aparente, densidade aparente e tensão de ruptura a flexão. A ABT é constituída essencialmente caulinita, tendo quartzo, goethita, anatásio e gibbsita como minerais acessórios. A ABT pura e simples não apresentou aspectos tecnológicos favoráveis para a produção de produtos cerâmicos, no entanto a mesma com adição de argila illítica, solo amarelo e siltito argiloso melhoraram significativamente as características tecnológicas das ABT.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Aspectos neotectônicos e ecologia da paisagem em parte da área dos municípios do NE do estado do Pará (Tucurui, Baião, Breu Branco, Goianésia, Moju e Tailândia)(Universidade Federal do Pará, 2007-10-30) SOUZA, Francileide de Fátima Rocha; BORGES, Maurício da Silva; http://lattes.cnpq.br/1580207189205228Este trabalho investigou os aspectos da paisagem através das evidências geológicas, geomorfológicas e Neotectônicas na região entre os Municipios de Tucurui até Tailândia (PA). Nesta região a incidência de processos neotectônicos foi responsável pela geração de estruturas, seqüências sedimentares, padrões de rede de drenagem ( Bacia do Rio Tocantins ) e sistemas de relevo. Para execução deste estudo foram utilizados imagens Landsat ETM+ processadas digitalmente em plataforma ENVI 4.0, além de modelos digitais de elevação fornecidos pelo SRTM/NASA e imagens de radar SAR, visando à análise do relevo ,drenagem e reconhecimento dos lineamentos mais expressivos , bases analógicas também foram convertidas para o formato digital com a finalidade de elaborar bases cartográficas em ambiente ArcGIS 9.1. A Análise do relevo, na área investigada, permitiu identificar os seguintes grupos genéticos: a) Grupo de Degradação – Constituído por Sistema de Serras (Serra do Trucará ) com topos achatados de amplitudes variando entre 253 e 290 metros, Sistema de Morros com topos angulosos até 180 metros e Sistema Colinoso alcançando até 120 metros , os quais constituem a maior parte da expressão paisagística; b) Grupo de Agradação – Englobando Sistemas de Planícies Aluviais e Sistema de Terraços Fluviais. Estes sistemas são exibidos com geometrias controladas pela instalação de descontinuidades, caracterizando compartimentação morfoestrutural. A integração dos dados, oriundos da análise do relevo, bem como a caracterização das anomalias de drenagem e as descontinuidades, permitiu o reconhecimento de “landorfms” tectônicos primários associados a feixes de lineamentos orientados a E-W, NW-SE, NE-SW e N-S, estes entendidos como tendo funcionado em tempos neotectônicos. A articulação entre os feixes de falhas neotectônicas se dá maneira a definir um romboedro extensional a sul do paralelo 3030”S. A estrutura romboedral é definida pelo arranjo entre feixes de descontinuidades orientadas a NW-SE, com tendência simétrica e com aparente natureza transtensiva e feixes de descontinuidades orientados a E-W, ao centro da área, com provável componente “strike-slip” dominante. Esta geometria é cortada por estruturas complicadoras orientadas a NE-SW. Três feixes principais de descontinuidades orientadas a N-S afetam a área de investigação, e representam “landforms” tectônicos primários com tendência extensional. Estas estruturas foram interpretadas como decorrentes da reativação das estruturas do Cinturão Araguaia. Organizam-se em uma estrutura assimétrica com mergulho dominante para Leste e na altura do meridiano 49038W parecem ter forte vínculo com o traçado do Rio Tocantins e impõe significativo controle aos depósitos quaternários. A rede de drenagem se ajusta prontamente a estes padrões de tropia estrutural, os quais respondem pela presença de feições anômalas como arcos e cotovelos, e pela instalação de padrões , com forte assimetria, alguns parcialmente interpretados como treliça de falha. A morfogênese da área em apreço, no que concerne aos seus aspectos tectônicos foi admitida como vinculada à atuação de um binário dextral orientado a EW, fruto da dinâmica estabelecida pela atual fase de deriva da Placa Sul Americana para Oeste.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Avaliação ambiental da matéria orgânica degradada nos canais de drenagem da região metropolitana de Belém (PA)(Universidade Federal do Pará, 1997-01-14) SANTOS, Maria Tereza Primo dos; LIMA, Waterloo Napoleão de; http://lattes.cnpq.br/1229104235556506Dissertação Acesso aberto (Open Access) Avaliação da distribuição das concentrações de mercúrio total em sedimentos, rejeitos, solos e solos com TPA, na bacia do rio Rato-Itaituba/PA(Universidade Federal do Pará, 1995-08-20) SOUZA, Jorge Raimundo da Trindade; RAMOS, José Francisco da Fonseca; http://lattes.cnpq.br/8189651755374537O rio Rato localiza-se na porção sudoeste do Estado do Pará, no sudeste da cidade de Itaituba, principal centro garimpeiro da região. O trecho mapeado, que possui uma extensão aproximada de 60 km, sofre grandes impactos ambientais devido a exploração do ouro. Para a avaliação da distribuição das concentrações de mercúrio total na bacia do rio Rato, foram realizadas duas campanhas de campo, coletando-se 161 amostras. A análise de mercúrio total foi realizada por absorção atômica com a técnica de vapor frio, sendo antes realizada a digestão química das amostras, por meio de H2SO4, HNO3 e V2O5. Através das análises de sedimentos de corrente, rejeito de garimpo, solos e solos com Terra Preta Arqueológica (TPA), foram determinadas as concentrações de mercúrio total, carbono orgânico e perda ao fogo, com o objetivo de se encontrar correlações entre estas três variáveis. Os valores mínimos, máximos, médios e o desvio padrão identificados no tratamento estatístico, foram utilizados como parâmetros para avaliação da poluição da área, e também para comparação com os limites máximos propostos em outros estudos, sendo as amostras distribuídas em sete grupos, de acordo com a etapa de amostragem, o tipo de amostra e o local da coleta. Em todos os tipos de materiais coletados, em que houve oportunidade de se comparar os resultados das duas campanhas de campo, estes sempre foram mais altos na primeira campanha, reflexo de uma maior atividade garimpeira, possibilitada por época de pouca chuva. Em poucas oportunidades, observou-se correlação entre o mercúrio e as outras duas variáveis (carbono orgânico e perda ao fogo), confirmando a ocasionalidade da poluição por mercúrio, observando-se que, o que define na realidade a distribuição de mercúrio no garimpo são fatores como o tipo de explotação, época de atividade e granulometria e localização das amostras, refletindo situações pontuais e específicas. Em todos os grupos, observou-se que grande parte das amostras, apresentam concentrações superiores ao background regional, concluindo-se, portanto, que o mercúrio utilizado em torno do rio Rato e seus tributários está provocando a contaminação do ambiente.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Avaliação das características físicas, químicas e mineralógicas da matéria-prima utilizada na indústria de cerâmica vermelha nos municípios de Macapá e Santana-AP(Universidade Federal do Pará, 2008-09-30) SOUTO, Flávio Augusto França; ANGÉLICA, Rômulo Simões; http://lattes.cnpq.br/7501959623721607A atividade oleira cerâmica do Estado do Amapá ainda apresenta-se bastante incipiente, não conseguindo atender ao mercado local. Dentre os principais entraves diagnosticados, podemos citar os seguintes: 1) problemas na locação de novas jazidas; 2) desconhecimento das características física, química e mineralógica da matéria-prima (argila); e 3) a falta de critérios técnicos na extração da matéria-prima. Os objetivos do trabalho são: 1) Fazer o levantamento, cadastrar e estudar o contexto geológico das principais ocorrências de argilas para cerâmica vermelha do estado do Amapá, as quais estão concentradas nos arredores dos municípios de Macapá e Santana; 2) Em ocorrências selecionadas, avaliar as características químicas e mineralógicas da matéria-prima, além das propriedades tecnológico-cerâmicas, através do qual se deseja o melhoramento dos produtos de cerâmica vermelha (tijolos e telhas). O trabalho foi desenvolvido na área que abrange os municípios de Macapá e Santana no Amapá, limitado pelas latitudes (0º0’30”S e 0º3’30”S) e longitudes (51º12’30”W e 51º5’30”W), onde estão localizados os maiores números de olarias do Estado. Os materiais utilizados são provenientes de argilas aproveitadas por 4 cerâmicas: Calandrine (CA), Amapá Telhas (AT), União (U), Fortaleza (F) e Corte de Estrada (CE), as duas primeiras estão localizadas em Macapá e as restantes no Município de Santana. No total foram utilizadas 12 amostras dos 5 pontos citados. A metodologia constituiu-se em pesar 1 kg de amostra bruta, secando-se a 50ºC em estufa, desagregando e homogenizando a mesma. Após este tratamento inicial, quarteou-se separando 500 g para arquivo e o restante para análise granulométrica. Da fração argila realizou-se difração de raios-X (DRX), análise térmica diferencial (DTA), análise termogravimétrica (TG), espectroscopia na região do infravermelho com transformada de Fourier (espectros FTIR), análise química (SiO2, Fe2O3, Al2O3, TiO2, CaO, Na2O, K2O, MgO e perda ao fogo). Para os ensaios tecnológicos utilizaram-se normas ABNT e foram confeccionados corpos de provas de 6x2x0,5cm para determinação dos seguintes parâmetros: cor, absorção de água (AA) , porosidade aparente (PA), retração linear (RL), densidade aparente (DA), tensão de ruptura à flexão (TRF), limite de liquidez (LL), limite de plasticidade (LP) e índice de plasticidade (IP). Os dados obtidos através da análise química mostram grande quantidade de SiO2, Al2O3 + H2O, associados ao quartzo e caulinita. Valores de Fe2O3, TiO2 sugerem redução da refratariedade e mudanças na coloração quando queimados a 950ºC, além de estarem ligados aos minerais acessórios goethita, anatásio e hematita. Observouse que CaO e MgO são elementos que baixam a refratariedade e ligados a montmorolonita e muscovita. Já Na2O e K2O, são fundentes importantes no processo de vitrificação. A difração de raios-X, análise térmica e espectroscopia na região do infravermelho revelaram a presença dos seguintes minerais: quartzo, illita, caulinita, esmectita (montmorilonita), goethita, anatásio. As argilas ensaiadas se caracterizam por apresentarem elevada plasticidade com índice de plasticidade (IP) >15% e alta porcentagem de fração silte. As medidas de absorção de água, porosidade aparente, retração linear e tensão de ruptura à flexão após queima em forno nas temperaturas de 950ºC e 1050ºC, apresentaram valores adequados para o uso das argilas em indústria de cerâmica vermelha. De acordo com as medidas obtidas nos ensaios tecnológico cerâmicos para os corpos de provas queimados nas temperaturas de 950ºC e 1050ºC, contataram se as seguintes aplicações nas argilas estudadas: 1) Temperatura de queima a 950ºC - Para tijolos de alvenaria 10 amostras serviram (U-01, U-02, U-03, F-01, F-02, AT-01, AT-02, CA-01, CA-02, CA-03); para tijolos estruturais 8 amostras serviram (U-01, U-02, U-03, F-01, F-02, AT-02, CA-01, CA-03); e para telhas apenas 5 amostras apresentaram-se dentro dos padrões (U-01, U- 03, F-02, F-01, AT-02). 2) Temperatura de queima a 1050ºC - 10 amostras apresentaram-se dentro dos padrões exigidos para produção de telhas, tijolos de alvenaria e estrutural (U-01, U-02, U-03, F-01, F-02, AT-01, AT-02, CA-01, CA-02, CA-03).Dissertação Acesso aberto (Open Access) Caracterização geoquímica das drenagens afetadas pelo beneficiamento de ouro no distrito aurífero de Ginebra, departamento del Valle Del Cueda, Colômbia(Universidade Federal do Pará, 1995-10-30) RAMOS, Jader Muños; RAMOS, José Francisco da Fonseca; http://lattes.cnpq.br/8189651755374537O Distrito Aurífero de Ginebra apresenta, regionalmente, três unidades geológicas bem definidas: a formação Amaime (pillow-lavas tectonizadas), em contato falhado com o maciço ofiolítico de Ginebra (sequência de peridotitos, gabros, metabasaltos, plagiogranitos e micro-brechas), e o batólito de Buga (quartzo-diorito com variações a tonalito). O batólito de Buga intrudiu o maciço ofiolítico de Ginebra produzindo uma ampla zona de alteração hidrotermal e uma mineralização rica em sulfetos e ouro, na área de contato, gerando um depósito aurífero tipo stockwork e uma série de filões com ouro nas vizinhanças. Os garimpeiros do setor vêm explorando e explotando o distrito há quase um século, utilizando técnicas rudimentares, desperdiçando o minério e jogando os rejeitos nos riachos que vertem seus efluentes no rio de onde é captada a água para os aquedutos dos municípios de Ginebra e Guacarí. Daí a importância desse estudo. Para caracterizar e avaliar geoquimicamente os níveis de metais pesados nas drenagens do setor, foram analisadas 27 amostras de água, para As, Au, Co, Cr, Cu, Fe, Mn, Nie Pb, e 28 amostras de sedimento (das quais 1 de sedimento em suspensão), para Ag, As, Au, Cd, Co, Cr, Cu, Fe, Hg, Mn, Ni, Pb e Zn, coletadas no Distrito. Os resultados de tais análises foram submetidos a tratamento estatístico, obtendo-se valores anômalos locais associados às descargas mineiras. 2 Observaram-se anomalias para As, Au, Co, Cr, Cu, Fe, Mn, Ni e Pb nas águas, próxima aos locais de descarga dos rejeitos mineiros. O pH de background, que varia de levemente básico a básico, funciona como barreira geoquímica e faz baixar as concentrações anômalas dos metais em águas, aumentando suas concentrações nos sedimentos, que podem apresentar anomalias para As, Au, Co, Cu, Hg, Mn, Ni, Pb e Zn. O mercúrio encontrado na área tem fonte antropogênica e é usado para amalgamar o ouro. As perdas na recuperação do amálgama e na queima do mesmo, para obter o ouro, aumentam a concentração desse metal nos sedimentos de corrente e no ar. O transporte aéreo do Hg foi deduzido através dos resultados das concentrações de Hg obtidos em perfis verticais em solos. A possibilidade de mudanças maiores no pH e Eh das águas da área, produto da atividade antropogênica em geral, a remobilização mecânica dos sedimentos com concentrações altas de metais pesados (sejam sedimentos de corrente ou em suspensão) e o transporte aéreo do Hg, justificam um monitoramento contínuo das águas para consumo doméstico dos municípios de Ginebra e Guacari e dos sedimentos em suspensão contidos nelas, assim como o acompanhamento técnico do uso do mercúrio e melhoramento do beneficiamento do ouro, de modo a ser diminuída a agressão ao meio ambiente.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Comportamento de metais pesados e nutrientes nos sedimentos de fundo da Baía do Guajará e Baía do Marajó(Universidade Federal do Pará, 2010-01-28) HOLANDA, Nielton de Souza; ANGÉLICA, Rômulo Simões; http://lattes.cnpq.br/7501959623721607As atividades humanas influenciam as características físico-químicas das águas, sedimentos e organismos em ambientes aquáticos situados em regiões industrializadas e com alta densidade populacional. Com o uso crescente dos estuários como reservatório para uma grande quantidade de resíduos, os ecossistemas estuarinos e costeiros estão sendo gradualmente sujeitos a significativos impactos. Os sedimentos de fundo desempenham um papel importante no registro desses impactos uma vez que tem a capacidade de reter espécies químicas orgânicas e inorgânicas. O objetivo desta pesquisa é estudar o comportamento geoquímico de metais nos sedimento de fundo da Baía do Guajará, rio Guamá e da Baía do Marajó. As duas regiões foram escolhidas por suas características opostas: a Baía do Guajará (Área 1) sob forte influencia antropogênica e a Baía do Marajó (Área 2) considerada de referencia. Foram coletados 83 pontos na Área 1 e 60 pontos na Área 2. Foram determinadas concentrações químicas dos seguintes metais: Ba, Cr, Cu, Fe, Pb, Ni , V e Zn e, também, os teores de nitrogênio, carbono, matéria orgânica, o fósforo total e o fósforo ligado a compostos orgânicos. O estudo mineralógico definiu em comum nas duas áreas a presença de quartzo, caulinita, ilita e esmectita. Na Área 1 foi encontrado pico de K-feldispado e halita. A área 1 apresenta teor médio de nitrogênio de 0,08 %, teores médios de carbono de 1,51 % , matéria orgânica de 2,60 % e concentração média de fósforo e fósforo ligado a compostos orgânicos 307 mg/Kg e 126 mg/Kg, respectivamente. A concentração de metais apresentou os seguintes valores: Ba (529 mg/Kg); Cr (91 mg/Kg); Cu (17 mg/Kg); Fe (6,82 %); Ni (32 mg/Kg); Pb (27 mg/Kg); V (120 mg/Kg) e Zn (69 mg/Kg). A área 2 apresenta teor médio de matéria orgânica 1,70 %, de carbono e de nitrogênio 0,98 % e 0,08 % respectivamente. A concentração de fósforo e fósforo ligado a compostos orgânicos 193 mg/Kg e 7 mg/Kg, respectivamente. A concentração de metais apresentou os seguintes valores: Ba (596 mg/Kg); Cr (102 mg/Kg); Cu (21 mg/Kg); Fe (8,31%); Ni (40 mg/Kg); Pb (28 mg/Kg); V (141 mg/Kg) e Zn (85 mg/Kg). Os teores de carbono e fósforo (0,98 %; 193 mg/Kg) encontrados na área 2 foram menores que os encontrados na área 1 (1,51 %; 307 mg/Kg) demonstram a influencia dos efluentes que são lançados no estuário guajarino. Em ambas as áreas observa-se, a mesma tendência decrescente dos teores: Fe2O3>Ba>V>Cr>Zn>Ni>Pb>Cu . Na área 1 foram encontrados valores mais elevados de metais isoladamente enquanto que na área 2,com as maiores médias, a distribuição é homogênea; nas duas áreas os metais tem uma leve tendência de se concentrar onde há maior teor de matéria orgânica.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Dispersão geoquímica dos elementos Si, Al, Fe, Mn, Na, K, Cu e Zn nos solos e sua aplicação na caracterização de áreas geoquimicamente homogêneas(Universidade Federal do Pará, 1980-05-13) SILVA, Waldise Rossycléa Lima da; RONCAL, Juan Rolando ZuletaVariações na composição química dos solos são usadas na caracterização de subáreas geoquímicamente homogêneas. A aplicação dessa metodologia, numa região de clima tropical úmido e de relevo ondulado, constitui o objetivo principal do presente trabalho. Amostras de lato- solos vermelhos (Horizonte B) desenvolvidos sobre granitos, arenitos e basaltos ocorrentes na região do granito central da serra dos Carajás, estado do Pará, foram analisados para os elementos Si, Al, Fe, Mn, Na, K, Cu e Zn por espectrofotometria de absorção atômica. Com base nos critérios de similaridade na composição química os solos foram separados em grupos diferentes. A distribuição geográfica dos diversos grupos permitiu estabelecer uma estreita relação entre as diferentes litologias subjacentes e os solos correspondentes.Dissertação Acesso aberto (Open Access) A Distribuição dos elementos Cu, Au, Co, Zn, Ni, Mn, e Fe em solos sobre o depósito de Cobre de Salobo -3A, Serra dos Carajás(Universidade Federal do Pará, 1985-10-04) HERRERA, Marco Túlio Guillen; RAMOS, José Francisco da Fonseca; http://lattes.cnpq.br/8189651755374537Dissertação Acesso aberto (Open Access) Distribuição dos elementos Si, Al, Fe, Ca, Mg, Mn, Ti, Cu, K e Na em solos desenvolvidos na região do granito central da Serra dos Carajás - sul do estado do Pará(Universidade Federal do Pará, 1981-03-13) DAMOUS, Nina Rosa Leal; RONCAL, Juan Rolando ZuletaA distribuição dos elementos nos produtos intemperizados das rochas é afetada, entre outros fatores, pelo clima, relevo e material original. No presente trabalho é estudada a distribuição dos elementos Si, Al, Fe, Ca, Mg, Mn, Ti, Cu, K e Na nos produtos intemperizados do granito central da Serra dos Carajás, sul do Pará, numa área caracterizada por relevo ondulado e sujeita a clima tropical úmido. A amostragem foi feita em perfis de solos pelo método de coleta contínua de canal. Os tratamentos analíticos envolveram determinação potenciométrica do pH atual, determinação das composições química e mineralógica das frações areia, silte e argila e determinação da composição química da fração óxido. Os perfis estudados apresentam características que revelam um intenso processo de desfeldspatização do granito original, com formação de um latossolo texturalmente classificado como argiloso e argilo-arenoso. Nesse processo, o quartzo foi conservado e foram formados argilo-minerais e hidróxidos de alumínio e ferro, constituindo a assembléia dominante do solo. Elementos tais como Ca, Mg, Mn, Na e K, contidos na rocha original, foram quase totalmente lixiviados, encontrando-se atualmente em pequenas quantidades nos feldspatos ou adsorvidos nos argilo-minerais. Por outro lado, Ti, contido principalmente nos minerais resistentes, é mantido em quantidades constantes e comparáveis às do material original. O elemento Cu é ligeiramente enriquecido no perfil por adsorção nos argilo-minerais. A presença de quantidade muito pequenas de feldspato ao longo dos perfis, evidencia a grande intensidade dos processos intempéricos atuando sobre a rocha granítica. A transformação direta dos feldspatos em argilo-minerais ou óxidos de alumínio está relacionada com as condições climáticas (períodos chuvosos e secos) atuantes na área.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Elementos traços no caulim do Rio Capim, estado do Pará(Universidade Federal do Pará, 1977-10) MONTEIRO, Reginaldo Wanghon; SCHWAB, Roland GottliebO teor de elementos traços de um depósito de caulim depende da rocha mãe da qual ele provém. O padrão de distribuição dos elementos traços do caulim do Rio Capim é estudado e utilizado para a verificação da proveniência do depósito. O método espectrográfico de emissão ótica é usado para a análise e é descrito em seus principais detalhes, principalmente a construção das curvas de trabalho e a determinação do limite mínimo de detecção dos elementos analisados. O padrão de distribuição dos elementos traços do depósito é comparado com os padrões de outros depósitos de caulim de origem conhecida e conclui-se que o caulim do Rio Capim provém de rocha granítica que sofreu intemperismo no próprio local de formação, ou próximo do mesmo, o que confirma as observações geológicas sobre a origem do depósito e a associação de minerais pesados do mesmo, indicando uma origem paraautoctônica.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Estudo comparativo dos índices de reflectância da vegetação de manguezal e várzea-de-maré do litoral paraense através de sensoriamento remoto e técnicas espectrofotométricas(Universidade Federal do Pará, 2009-10-08) SILVA, Jadson Queiroz da; SOUZA FILHO, Pedro Walfir Martins e; http://lattes.cnpq.br/3282736820907252; COHEN, Marcelo Cancela Lisboa; http://lattes.cnpq.br/8809787145146228O trabalho em questão individualizou as principais vegetações litorâneas do Estado do Pará, através das diferenças nos níveis de reflectância obtidos a partir de imagens Landsat e de campo por meio de um espectrofotômetro. Esse estudo indicou que as amostras de manguezal possuem valores de reflectância menores que as demais espécies, principalmente no intervalo do espectro eletromagnético correspondente ao visível. Este fato pode estar relacionado à forte absorbância realizada pelos pigmentos fotossintetizantes das árvores do mangue. Entre as folhas de manguezal, o gênero Avicennia superou os valores de reflectância obtidos na Rhizophora. A reflectância das folhas de mangue também sofreu uma variação entre as aéreas estudadas, principalmente o gênero Rhizophora, que em Curuçá obteve valores mais altos. Esse fato pode estar associado às condições de estresse encontradas nos pontos referentes a Bragança e Mosqueiro, uma vez que efeitos causados por mudanças no ambiente alteram a reflectância espectral das folhas. No caso dos manguezais, condições adversas de salinidade podem dificultar o pleno desenvolvimento dessas plantas. Medidas realizadas em Mosqueiro apontaram uma baixa concentração de sal nas águas. Esse fator permite uma maior competição ecológica entre as espécies de mangue e demais vegetações, que somado ao tipo de sedimento pode aumentar o estresse, que justificaria a presença de indivíduos de baixa estatura e com valores de reflectância superiores as demais regiões. Os dados referentes à altura da planta relacionados com os valores espectrais encontrados nas amostras de Rhizophora e Avicennia sugerem uma relação inversa entre a reflectância e a estatura do vegetal. Essa associação pode ser atribuída ao desenvolvimento da clorofila nos estágios iniciais de crescimento do vegetal, que permite uma maior quantidade de energia refletida no intervalo do visível até a folha atingir sua coloração verde característica com relativamente menor reflectância. Com base nesses dados foram elaborados mapas com as unidades de vegetação: manguezal, florestas de terra firme, várzea-demaré, zonas de transição manguezal/várzea e campo.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Estudo da alteração hidrotermal,com ênfase no metamorfismo sódico, de rochas granitóides e máficas da região de Canaã de Carajás, Província Mineral de Carajás(Universidade Federal do Pará, 2007-06-25) SOUZA, Francisca D'ávila Soares de; VILLAS, Raimundo Netuno Nobre; http://lattes.cnpq.br/1406458719432983As áreas do Sossego e Serra Dourada estão localizadas ao sul da Serra dos Carajás, na zona de contato entre as rochas do embasamento (Complexo Xingu; ~2,8 Ga) e do Grupo Grão Pará (2,76 Ga). Serra Dourada encontra-se a cerca de 15 km a leste do depósito Sossego, na região de transição entre o bloco Itacaiúnas e os terrenos granito-greenstone de Rio Maria. No depósito do Sossego foram investigados granitóides, rochas metavulcânicas ácidas e ricas em biotita, além de rochas máficas, todos com variável grau de deformação e alteração hidrotermal, enquanto em Serra Dourada foram estudados granitóides, enclaves neles contidos e metadiabásios, os primeiros representados por tipos inalterados, hidrotermalizados e milonitizados. No depósito Sossego, prováveis protólitos dos apogranitóides e rochas metavulcânicas alteradas corresponderiam, respectivamente, a sienogranitos/granodioritos e andesitos/basaltos porfiríticos, enquanto as rochas máficas alteradas teriam sido derivadas de microgabros. A preservação da textura porfiroclástica nas rochas ricas em biotita sugere que, pelo menos em parte, seus protólitos foram os mesmos que originaram as rochas metavulcânicas ácidas. Os apogranitóides, rochas metavulcânicas e ricas em biotita têm padrões de distribuição de ETR muito similares, o que é sugestivo de terem sido elas derivadas de um magma granítico comum, apesar de algumas amostras da rocha rica em biotita apresentarem razões LaN/YbN mais elevadas. Com relação ao conteúdo de elementos menos móveis (Nb e Zr), as rochas ricas em biotita e metavulcânicas ácidas são mais semelhantes. Albitização, escapolitização, anfibolitização, cloritização, biotitização, epidotização e feldspatização potássica foram os principais tipos de alteração hidrotermal que afetaram aqueles protólitos, sendo o primeiro mais comum nos apogranitos e metavulcânicas e o segundo nas rochas ricas em biotita e máficas. Nos apogranitóides, foram identificadas duas gerações de albita (I e II). A albita I é representada por cristais com textura em tabuleiro de xadrez, tendo resultado da substituição do feldspato alcalino, enquanto a albita II ocorre em finas vênulas monominerálicas e constitui uma das fases mais tardias da alteração hidrotermal. Apenas a albita I ocorre em todas as variedades de granitóide estudadas. Nas rochas máficas foram identificadas duas gerações de escapolita. A primeira é representada por agregados de cristais oriundos da substituição do plagioclásio primário e a outra por finas vênulas sinuosas de escapolita + Mg-hornblenda, as quais marcam, nestas rochas, os estágios mais tardios da alteração hidrotermal. Nas rochas ricas em biotita foi identificada apenas a escapolita I. A escapolita dos gabros e das rochas ricas em biotita têm valores da fração molar meionítica (Me=27-28%) e teores de Cl (3-4%) equivalentes, e muito provavelmente foram formadas a partir de um mesmo fluido, rico em NaCl, sem marcante influência da composição da rocha. Esse fluido teria sido também responsável pela produção de albita em todas as amostras estudadas, que é mais pura nos apogranitóides (Ab=98,5-99,3%) e nas rochas metavulcânicas ácidas (Ab=99-99,3%). Na área de Serra Dourada, os granitóides são representados por sienogranitos, granodioritos e tonalitos; os enclaves neles contidos têm composição tonalítica. As características mineralógicas e a afinidade cálcio-alcalina dessas rochas permitem caracterizá-las como granitos tipo I e relacioná-las a um ambiente de subducção com influência do regime tracional. Vários parâmetros geoquímicos indicam cogeneticidade entre estas rochas, estando elas ligadas por processos de cristalização fracionada em que os sienogranitos são os termos mais evoluídos. Albitização, escapolitização e, em menor escala, biotitização foram os principais tipos de alteração hidrotermal que afetaram essas rochas, sendo que a primeira se restringiu aos sienogranitos e, as duas últimas, aos tonalitos. Os sienogranitos mostram diferentes graus de alteração sódica, desde aposienogranitos sem albita hidrotermal até albititos com cerca de 75% de albita hidrotermal. Nessas rochas, observa-se que a albita hidrotermal é mais pura que a magmática. Cálculos de balanço de massa revelam que, em relação à média dos sienogranitos, houve, durante a transformação do sienogranito em albititos, independentemente do método utilizado e dentro dos mais prováveis valores de fator de volume (ƒv = 0,8-1,1), adição de Na2O e Cu, e perda de K2O, Ba, Rb, Sr e W. Para as rochas escapolitizadas, os dados petrográficos são consistentes com uma geração a partir dos tonalitos, que chegam a hospedar veios com até cerca de 70% de escapolita. A escapolita das variedades moderadamente alteradas é mais rica em Na (Me=24%) e Cl (4%) quando comparada com a que ocorre na amostra do veio e no granito milonitizado. Os resultados de balanço de massa revelam, para valores de ƒv entre 0,9 e 1,04, que durante o processo de escapolitização, houve perda de Al2O3, MgO, CaO, Sr e Zr e ganhos de Fe2O3(t), Na2O, K2O, voláteis, Rb, Ba e Cu. Os fluidos responsáveis pela produção de albita e escapolita eram ricos em Na e Cl e, aparentemente, eles primeiro causaram a albitização dos sienogranitos e, em seguida, a escapolitização dos tonalitos. A composição da escapolita teve forte influência da composição do plagioclásio primário, tanto que a escapolita que ocorre no metadiabásio é mais cálcica do que a variedade presente nos tonalitos. As rochas investigadas em ambas as áreas amostram teores elevados de Cl (1-2%), estimados com base nas concentrações determinadas na escapolita, biotita e anfibólio. A estabilidade da escapolita exige fluidos muito salinos, o que vem sendo confirmado pelos dados obtidos em inclusões fluidas aprisionadas em minerais do depósito Sossego. A falta de evidência de ebulição e restrições impostas pela partição do Cl entre magmas graníticos e fase aquosa dele exsolvida, dão suporte à contribuição metamórfica (disssolução de leitos evaporíticos?) nos fluidos responsáveis pelo metassomatismo sódico. Ainda não foram obtidos dados de fluidos para as rochas de Serra Dourada, porém o estudo da alteração hidrotermal, pelo menos em parte, sugere uma situação bastante semelhante à observada no depósito do Sossego.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Estudo de inclusões fluidas e química mineral do depósito aurífero do alvo Jerimum de Baixo, campo mineralizado do Cuiú-Cuiú, província aurífera do Tapajós, Pará(Universidade Federal do Pará, 2018-03-06) OLIVEIRA, Helder Thadeu de; BORGES, Régis Munhoz Krás; http://lattes.cnpq.br/4220176741850416O alvo Jerimum de Baixo está localizado no Campo Mineralizado do Cuiú-Cuiú, região central da Província Aurífera do Tapajós, Cráton Amazônico. O alvo abrange rochas monzograníticas, essencialmente isotrópicas, que foram fraca a fortemente hidrotermalizadas e portadoras de biotita rica em Fe. Cloritização, sericitização, sulfetação, silicificação e carbonatação são tipos de alteração mais importantes. A clorita produzida é enriquecida em Fe do tipo chamosita e foi formada principalmente entre 280 e 315°C, enquanto que a mica branca assume composições muscovíticas. A mineralização é representada por vênulas de quartzo com baixo teor de sulfetos (pirita + pirrotita ± calcopirita ± galena ± esfalerita) em que o ouro ocorre livre e em zonas mais fragilizadas e alteradas, geralmente associado à pirrotita. O estudo petrográfico e microtermométrico de inclusões fluidas hospedadas quartzo de vênulas definiu inclusões aquocarbônicas, carbônicas e aquosas. Os fluidos com CO2 representam o provável fluido mineralizador e foram gerados por processos de separação de fases entre 280 e 380°C, principalmente. Uma posterior infiltração e processos de mistura são indicados para os fluidos aquosos mais tardios. Temperaturas <400°C e o caráter redutor do meio (pirrotita compondo o minério) apontam para o H2S como o principal ligante no fluido mineralizador e o Au(HS)-2 como o complexo transportador primário do ouro. Separação de fases, modificações nas condições do pH e interação fluido/rocha foram os mecanismos importantes para a precipitação do Au, que se deu em nível rúptil a localmente rúptil-dúctil da crosta (entre 2 e 6 km). Em linhas gerais, Jerimum de Baixo guarda similaridades com os outros depósitos/alvos previamente estudados no Campo Mineralizado do Cuiú-Cuiú no que tange à alteração hidrotermal, tipos de fluidos e mineralização. As feições observadas em Jerimum de Baixo não permitem um enquadramento classificatório absolutamente adequado a nenhum dos modelos tipológicos metalogenéticos clássicos. Características como tipo e estilo da alteração hidrotermal, tipo e teor de sulfetos, tipos de fluidos envolvidos, profundidade estimada para a mineralização, associação metálica (p. ex., S, Bi, Te), juntamente com a boa correspondência entres os dados levantados em outros depósitos/alvos no Campo Mineralizado do Cuiú-Cuiú indicam para o alvo Jerimum de Baixo um jazimento aurífero com filiação magmático-hidrotermal, com maior similaridade com aqueles depósitos relacionados a intrusões reduzidas (reduced intrusionrelated gold systems – RIRGS).Dissertação Acesso aberto (Open Access) Estudo dos gêneros dyris e tryonia (mollusca:gastropoda) da formação solimões: inferências paleoambientais e bioestratigráficas(Universidade Federal do Pará, 2016-10-20) LEITE, Felipe S’thiago Freitas; RAMOS, Maria Inês Feijó; http://lattes.cnpq.br/4546620118003936A Formação Solimões compreende os estratos neógenos da Bacia do Solimões, os quais tem um amplo registro fossilífero. Os estudos realizados sobre a fauna fossilífera desta unidade fornecem importantes informações sobre a evolução dos paleoambientes e do sistema hidrográfico da Amazônia Ocidental durante o Neógeno. Os moluscos fósseis da Amazônia Ocidental vêm sendo estudados desde o século XIX e têm se mostrado uma importante ferramenta bioestratigráfica e para interpretações paleoambientais. Porém, grande parte desses estudos foram realizados com amostras provenientes de afloramentos, restringindo o intervalo de tempo estudado à uma porção limitada da unidade como um todo. A partir da década de 70, a exploração de carvão e gás natural na Amazônia Ocidental permitiu estudos em intervalos estratigráficos mais abrangentes através de testemunhos de sondagem. No presente estudo foi feita a análise de 93 amostras do testemunho 1AS-31-AM, com 302,05 metros de profundidade, localizado às margens do Rio Ituí, no Estado do Amazonas. Sete das amostras estudadas apresentaram gastrópodes em grande quantidade e diversidade de gêneros, estando Dyris e Tryonia entre os mais abundantes, sendo estes, foco do presente estudo. Eventos evolutivos como radiações e extinções foram observados nestes gêneros. Espécies do gênero Dyris nunca antes registradas na Amazônia brasileira, embora já registradas para a Amazônica Ocidental no Peru e Colômbia, tiveram sua distribuição paleobiogeográfica ampliada. A presença de espécies guias tais como Dyris megacarinatus, Dyris romeroi, Dyris renemai, Dyris ariei, Dyris microbispiralis e Tryonia scalarioides scalarioides permitiu datar o intervalo entre 170,80 m e 175,00 m, onde ocorre a maior concentração dos gastrópodes, em Mioceno Médio a Superior (Serravaliano ao Tortoniano) e correlacioná-lo com as biozonas de moluscos (MZ7 a MZ12), palinomorfos (Crassoretitriletes e Grimsdalea) e ostracodes (Cyprideis caraione, Cyprideis minipunctata, Cyprideis obliquosulcata e Cyprideis cyrtoma) estabelecidas em trabalhos anteriores. Com base na associação de gêneros de água doce e água salobra a salgada interpreta-se a área de estudo como um ambiente compatível com um sistema de lagos próximos a lagunas.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Estudo físico-químico de hidróxi-fosfatos e minerais associados ocorrentes na Chapada de Pirocaua (MA) e no Morro de Jandiá (PA)(Universidade Federal do Pará, 1982-12-29) REYMÃO, Maria de Fátima Fernandes; LIMA, Waterloo Napoleão de; http://lattes.cnpq.br/1229104235556506Um perfil laterítico, rico em hidroxi-fosfatos de al e Ca e de Al (Pirocaua, Ma) e outro perfil, também rico em hidroxi-fosfatos de Al e Ca e contendo, ainda, espécies semelhantes de Ca e Fe (Jandiá, PA) foram investigados na tentativa de elucidar a formação de minerais de alteração, bem como o comportamento de elementos traços durante o intemperismo tropical. Para tanto, selecionou-se não só a difratometria de raio-x e análise química, mas procurou-se demonstrar a aplicabilidade de técnicas de espectroscopia de absorção na região do infravermelho e análise térmica diferencial na caracterização das espécies minerais. Na descrição das alterações geoquímicas incluiu-se um estudo termodinâmico teórico. Tanto a espectroscopia de absorção na região do infravermelho como a análise térmica diferencial mostraram-se eficazes no controle mineralógico das amostras coletadas, associadas à análise química e à difratometria de raio-x, de modo a complementá-las na caracterização das espécies estudadas. Cálculos teóricos e emprego de dados termodinâmicos (energias livres padrões e produtora de solubilidade) permitiram evidenciar importantes conclusões a cerca do equilíbrio químico, da formação de minerais, da solubilidade e de relações de estabilidade.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Estudo petrográfico, geocronológico e tipológico de zircão de rochas associadas às do grupo Grão Pará, Serra dos Carajás, Pará(Universidade Federal do Pará, 2018-10-24) RODRIGUES, Anderson Sérgio Batista; MACAMBIRA, Moacir José Buenano; http://lattes.cnpq.br/8489178778254136Na bacia de Carajás, norte da Província Mineral de Carajás, sequências de rochas vulcano-sedimentares com idade entre 2,76 e 2,73 Ga compõem o Supergrupo Itacaiúnas. Esse supergrupo reúne os grupos Igarapé Salobo (2,76 Ga), Grão Pará (2,76 Ga), Igarapé Bahia (2,74 Ga) e Igarapé Pojuca (2,73 Ga). A proximidade de idades e a afinidade litológica dessas unidades indicam que possivelmente essas rochas se formaram sob um mesmo contexto geológico, podendo ser diferentes expressões de um mesmo evento. O Grupo Grão Pará é constituído de duas formações: uma espessa sequência de rochas vulcânicas (Formação Parauapebas; 2758 ± 2 Ma, U-Pb em zircão), e jaspilitos com minério de ferro (Formação Carajás). Em vista da grande dificuldade da compreensão dos limites geográficos e geocronológicos do Grupo Grão Pará, procurouse desenvolver estudos petrográficos através da descrição de lâminas delgada, estudos geocronológicos utilizando o método evaporação de Pb em cristais zircão e estudo tipológico de zircão a partir de amostras associadas às formações Carajás e Parauapebas. Rochas do Grupo Grão Pará, assim como a maioria das rochas arqueanas da bacia Carajás, encontram-se alteradas hidrotermalmente e em diferentes graus de intensidade, independentemente de seu tipo litológico, contudo, um grande número de feições texturais primárias foram preservadas e estudos petrográficos permitiram a classificação das amostras estudadas em dois grupos distintos, basalto de coloração cinza escuro a esverdeado, granulação fina, com textura intergranular predominante e pertencente a Formação Parauapebas; e gabro apresentando textura intergranular, subofídica e de forma menos representativa, micrográfica, possuindo intensa alteração hidrotermal, principalmente serecitização, que constitui os diques que cortam toda a sequência. Para a Serra Sul da bacia Carajás, duas amostras de saprolito de rochas vulcânicas intercaladas com a formação ferrífera, coletadas em testemunhos de furos de sondagem, foram analisadas neste trabalho. Em função do avançado intemperismo que afetou as amostras selecionadas para geocronologia, apelou-se para um estudo tipológico de zircão na tentativa de identificar as rochas pretéritas, o qual permitiu classificar os litotipos como de filiação monzogranitos-granitos alcalinos. Datações pelo método de evaporação de Pb em cristais de zircão, em duas amostras de saprolito de rochas vulcânicas intercaladas com as formações ferríferas, pertencentes a Formação Carajás, indicaram idades de 2745 ± 2 Ma para a amostra FS11D-161 e 2746 ± 2 Ma para a amostra FS11D-122, entendidas como tempo de cristalização dos cristais ix analisados e de formação da rocha vulcânica que os contêm. Além da grande precisão desses dados, eles estão em perfeita concordância entre si e dentro do estabelecido para o para Supergrupo Itacaiúnas. Além do mais, como os grãos analisados provêm de rochas intercaladas com a formação ferrífera, sejam elas concomitantes (derrames) ou posterior (intrusivas), elas estabelecem um limite mínimo para a idade de deposição dessa formação. Por outro lado, a idade da Formação Parauapebas, base do Grupo Grão Pará, estabelece a idade máxima para a Formação Carajás, como sendo de 2759 ± 2 Ma. Portanto, a Formação Carajás se depositou em cerca de 15 milhões de anos, o que é coerente para uma espessura estimada de 400 m. Adicionalmente, o Grupo Grão Pará é sobreposto pelo Grupo Igarapé Bahia, cujas rochas vulcânicas da base indicam idades de 2745 ± 1 Ma, que coincide perfeitamente com as idades obtidas neste trabalho, o que vem corroborar o previamente proposto para a período de deposição da Formação Carajás, ou seja, máximo de 15 milhões de anos. Aliás, a insignificante diferença de idade aqui proposta para a Formação Carajás e para a base do Grupo Igarapé Bahia, faz suspeitar que todas essas rochas fazem parte de uma mesma sequência.
