Dissertações em Geologia e Geoquímica (Mestrado) - PPGG/IG
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.ufpa.br/handle/2011/2604
O Mestrado Acadêmico pertence ao Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica (PPGG) do Instituto de Geociências (IG) da Universidade Federal do Pará (UFPA).
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Navegando Dissertações em Geologia e Geoquímica (Mestrado) - PPGG/IG por CNPq "CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS::GEOLOGIA::PETROLOGIA"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Argila de Belterra das coberturas de bauxitas da Amazônia como matéria-prima para a produção de cerâmica vermelha(Universidade Federal do Pará, 2018-01-10) BARRETO, Igor Alexandre Rocha; COSTA, Marcondes Lima da; http://lattes.cnpq.br/1639498384851302A região Amazônica detém as maiores reservas de bauxitas do Brasil, cujos depósitos estão capeados por um espesso pacote de material argiloso, conhecido por Argila de Belterra (ABT). A larga distribuição, ocorrência superficial, portanto acessível, e natureza argilosa ABT suscitaram o interesse deste trabalho em avaliar sua viabilidade técnica para a produção de cerâmica vermelha. Para o presente estudo selecionou ABT dos grandes depósitos de bauxita de Rondon do Pará, amostras de solos amarelos de Mosqueiro, argila illítica, argilas gibbsíticas e uma amostra de siltito argiloso. Essas amostras foram caracterizadas por Difração de Raios-X (DRX), Fluorescência de Raios-X (FRX), Análise Térmica Gravimétrica (TG), Calorímetro Exploratória Diferencial (DSC), Espectrometria de Massa com Plasma Indutivamente Acoplado (ICP-MS), Espectrometria de Emissão Ótica com Plasma Acoplado (ICP-OES), Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) e Analisador de Partícula a Laser (APL).Para a determinação das propriedades físicas e mecânicas foram produzidas misturas distintas de corpos de prova com as amostras de Argila de Belterra e porcentagens de solo amarelo, siltito argila, argila gibbsíticas e argila illítica. Os corpos de prova foram calcinados em 5 momentos distintos de temperatura (800, 950, 1000, 1100 e 1200°C). Em seguida foram mensuradas: retração linear, absorção de água, porosidade aparente, densidade aparente e tensão de ruptura a flexão. A ABT é constituída essencialmente caulinita, tendo quartzo, goethita, anatásio e gibbsita como minerais acessórios. A ABT pura e simples não apresentou aspectos tecnológicos favoráveis para a produção de produtos cerâmicos, no entanto a mesma com adição de argila illítica, solo amarelo e siltito argiloso melhoraram significativamente as características tecnológicas das ABT.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Contribuição à petrologia do granito central da serra dos Carajás(Universidade Federal do Pará, 1980-09-02) ALMEIDA, Regina Célia Cunha; RONCAL, Juan Rolando ZuletaO presente trabalho foi desenvolvido na região central da Serra dos Carajás ao sul do Estado do Pará. A área central, objeto deste estudo, está localizada entre as Serras Norte e Sul. A referida área está ocupada por um batólito granítico, circundado por rochas vulcânicas básicas ao nordeste e rochas sedimentares clásticas ligeiramente metamorfizadas envolvendo as outras partes do corpo. Com o objetivo de caracterizar a natureza petrogenética do corpo granítico, foi realizado um estudo petroquímico petrográfico abrangendo as diversas fácies de granito e das encaixantes nas proximidades dos contatos. A pesquisa foi conduzida de modo a possibilitar a obtenção de dados petrográficos em quarenta e seis (46) amostras e da composição química de trinta e uma (31) amostras representativas das diferentes litologias. E vidências petrográficas e interpretações de dados geoquímicos sugerem uma origem magmática para o granito de Carajás. Durante sua consolidação, o magma granítico deu origem a fácies litológicas ligeiramente diferentes, resultando na formação de uma "porção central" mais rica em minerais ferromagnesianos. O caráter intrusivo do corpo é evidenciado pela presença de feições metamórficas nas rochas encaixantes nas proximidades dos contatos (sequência crescente de recristalização da muscovita nos arenitos e desenvolvimento de um fácies hornblenda-hornfels nas rochas básicas) e por critérios petrográficos e químicos. Pelas associações mineralógicas observadas (ortoclásio pertítico e plagioclásio) o corpo granítico é incluído no grupo SUBSOLVUS na classificação de Tuttle e Bowen (1958) em Mamo (1971), atribuindo-se sua origem à formação de um magma por anatexia crustal de rochas mais antigas e posterior intrusão nas unidades sedimentares e básicas existentes na região.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Evolução magmático-hidrotermal do granito mocambo, Província Estanífera do Sul do Pará: um estudo morfológico e composicional de quartzo e cassiterita(Universidade Federal do Pará, 2018-10-02) BARROS NETO, Rubem Santa Brígida; LAMARÃO, Claudio Nery; http://lattes.cnpq.br/6973820663339281A presente pesquisa abordou os aspectos morfológicos, texturais e composicionais de cristais de quartzo e cassiterita do Granito Mocambo e de corpos de greisens associados, pertencentes à Suíte Intrusiva Velho Guilherme, Província Carajás, e sua relação com a mineralização estanífera. O estudo foi realizado com auxílio de um microscópio eletrônico de varredura, utilizando imagens de catodoluminescencia, análises semiquantitativas por espectroscopia por dispersão de energia e por microssonda eletrônica. Foram estudadas diferentes fácies e rochas greisenizadas do Granito Mocambo, onde foi possível identificar cinco tipos de quartzo, denominados de Qz1, Qz2, Qz3, Qz4 e Qz5. O Qz1 é considerado o tipo precoce, de origem magmática, presente em todas as fácies, sendo menos frequente nos greisens. Aparece como fenocristais anédricos a subarredondados luminescentes (cinza claro) com grau de fraturamento variável, bem como cristais finos a médios dispersos na matriz. Núcleos luminescentes com zonamentos claro-escuro alternados ou reabsorvidos são comuns. O Qz2 é posterior ao Qz1 e pouco luminescente (cinza escuro); está presente em todas as fácies, porém é pouco frequente no greisen. Ocorre geralmente como manchas irregulares descontínuas ou preenchendo fraturas e veios que seccionam o Qz1, sugerindo processo de intensa substituição. O Qz3 não apresenta luminescência. Ocorre praticamente em todas as fácies preenchendo fraturas que seccionam o Qz1 e Qz2. O Qz4 está presente nas rochas mais evoluídas e intensamente alteradas, no greisen e em veios ou cavidades intersticiais, geralmente associado a cristais de cassiterita. Forma cristais euédricos a subédricos médios, pouco fraturados, com zonamento claro-escuro bem definido e espessura variável. O Qz5 ocorre seccionando e formando manchas irregulares sobre o Qz4, associando-se geralmante com wolframita ou wolframita + cassiterita em veios de quartzo. São cristais anédricos, de granulação média a grossa, pouco fraturados e luminescentes. Análises de microssonda eletrônica mostraram que o Qz1 e Qz2 da fácies sienogranito a monzogranito porfirítico (SMGP), apresentaram maiores concentrações de Ti (9 - 104 ppm) e menores de Al (10 - 149 ppm). Cristais de Qz1, Qz2 e Qz3 da fácies aplito-álcali feldspato-granito (AAFG) apresentaram conteúdos menores de Ti (5 - 87 ppm), comparados aos valores dos quartzos do SMGP, e valores de Al que chegam a 2065 ppm. Nos Qz1, Qz2 e Qz3 das rochas greisenizadas, o Ti apresentou teores mais baixos (0 e 62 ppm) e o Al conteúdos variáveis (0 - 167 ppm). Nos cristais de Qz4 das rochas greisenizadas mineralizadas em cassiterita, o Ti não ultrapassou 20 ppm, enquanto o Al apresentou enriquecimento acentuado, ultrapassando 3000 ppm. Nos veios de quartzo mineralizados em wolframita ou wolframita + cassiterita, constituído basicamente por Qz5, as concentrações de Ti e Al apresentaram, baixos valores, com conteúdos máximos de 7 e 77 ppm, respectivamente. A cassiterita é representada por cristais finos a grossos, anédricos a subédricos, associados à clorita, muscovita, fengita e siderofilita nas rochas greisenizadas ou comumente inclusas em cristais de wolframita em veios de quartzo. Apresenta coloração castanho clara a avermelhada e cores de interferência alta. Cristais mais desenvolvidos mostram zonamentos concêntricos. Análises realizadas por ME mostraram que além de Sn, as cassiteritas apresentam concentrações menores de Fe, Ti, W, Nb e traços de Mn. As concentrações de Fe, Nb, Ti e W são maiores nas manchas mais escuras, enquanto o Sn apresenta maior pureza nas partes mais claras dos cristais. Cassiteritas associadas ao Qz5 (hidrotermal), estão muitas vezes inclusas em cristais de wolframitas ou são parcialmente substituídas por estas. O presente estudo mostrou que o quartzo foi um excelente marcador da evolução magmática e das alterações decorrentes dos processos hidrotermais que atuaram no GM, no qual foi possível distinguir uma geração magmática e quatro tipos hidrotermais. As imagens de CL indicam que a mineralização estanífera está presente nas rochas mais evoluídas e alteradas hidrotermalmente, como nas rochas greisenizadas e veios de quartzo, onde a cassiterita está associada ao Qz4 ou Qz5 + wolframita. O Qz5 sugere um possível evento hidrotermal mineralizante de wolframita, posterior ao que originou a cassiterita associada ao Qz4.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Geocronologia U-Pb, classificação e aspectos evolutivos do Granito Marajoara – Província Carajás(Universidade Federal do Pará, 2018-01-24) SANTOS, Rodrigo Fabiano Silva; OLIVEIRA, Davis Carvalho de; http://lattes.cnpq.br/0294264745783506O Granito Marajoara (GrMj) possui dimensões de stock (~50 Km2) e é intrusivo em granitoides mesoarqueanos do Domínio Rio Maria. Este é formado por rochas leucocráticas, representadas pelas fácies biotita monzogranito equigranular (BMzE) e heterogranular (BMzH). Textura rapakivi e a ocorrência de enclaves de granito porfirítco (EGp) e microgranulares (EMg) são restritas à fácies BMzH. Tais variedades possuem mineralogia similar: microclina, quartzo e plagioclásio ocorrem como minerais essenciais; biotita cloritizada em diferentes intensidades como a única fase varietal; zircão, titanita, opacos, apatita e allanita como acessórios primários; e clorita, sericita-muscovita, epidoto, fluorita e argilominerais como fases secundárias. Os valores de susceptibilidade magnética (SM) elevados (2,3–6,5 x10-3) e a presença frequente de magnetita, aproximam a fácies BMzH dos granitos da série magnetita, enquanto que a variedade BMzE mostra afinidade com aqueles da série ilmenita por apresentar conteúdos modais de opacos ≤0,5%, baixos valores de SM (<0,15x10-3), e ilmenita como único óxido de Fe-Ti. Tais variedades são, em geral, peraluminosas e apresentam altos valores da razão FeOt/(FeOt+MgO), similares aos granitos ferroan. Mostram ainda, afinidades geoquímicas com os granitos intraplaca do tipo-A de origem crustal, sendo que a significativa variação da razão FeOt/(FeOt+MgO) encontradas para estas rochas [EGp (>0,82); BMzH (>0,86); BMzE (>0,97)], permitem classificá-las como granitos do tipo-A oxidado (BMzH e EGp) e reduzido (BMzE), e que as mesmas são afins dos plútons das suítes Jamon e Velho Guilherme, respectivamente. Diferentemente disto, as amostras que pertencem aos EMg mostram clara afinidade com os granitos magnesianos e da série cálcio-alcalina. As evidências de mistura de magma e os cálculos da modelagem geoquímica, demonstram que que os EGp são originados a partir da interação do líquido EMg (60%) e o líquido BMzH (40%). Os gaps composicionais existentes entre as diversas variedades que constituem o GrMj, assim como seus contrastes composicionais, sugerem que seus magmas não são cogenéticos. Os EMg são considerados como representantes de um magmatismo básico oriundo do manto litosférico enriquecido e que teriam sido injetados na câmara magmática durante o processo de underplating e em diferentes fases de cristalização do magma granítico. As análises isotópicas U-Pb em zircão (SHRIMP) forneceram idade de 1885 ±6Ma, interpretada como a idade de cristalização do GrMj. O GrMj foi colocado em níveis crustais rasos (epizona) em um ambiente de tectônica extensional com o esforço seguindo o trend NNE-SSW a ENE-WSW. A zonalidade concêntrica do GrMj e o comportamento reológico das rochas encaixantes e a influência reduzida ou nula dos esforços regionais durante a colocação do corpo indicam que o transporte do magma se deu através de diques. Sugere-se dessa forma que a edificação do GrMj é resultante de ascensão vertical de magmas através de fraturas e acomodação ao longo dos planos da foliação regional E-W, seguida de uma mudança do fluxo vertical por um espalhamento lateral do magma, em um modelo análogo ao admitido para a colocação dos batólitos tabulares da Suíte Jamon.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Geologia, geoquímica e mineralogia dos corpos anfibolíticos de Água Azul do Norte: condições metamórficas e implicações tectônicas para o Domínio Sapucaia - Província Carajás(Universidade Federal do Pará, 2016-11-09) SOUZA, Diwhemerson Barbosa de; MONTEIRO, Lena Vírginia Soares; http://lattes.cnpq.br/6455990478032543; OLIVEIRA, Davis Carvalho de; http://lattes.cnpq.br/0294264745783506Os distintos corpos metamáficos identificados na área de Água Azul do Norte, porção centro-sul do Domínio Carajás, são intrusivos em um conjunto de granitoides TTG e compreendem duas variedades: (i) actinolita anfibolito, que ocorre como um corpo alongado de orientação N-S e inflexão para NE, com ~17 km de extensão, constituído essencialmente por plagioclásio e anfibólio, com relíquias de cristais de piroxênio e plagioclásio ígneos caracterizando textura blasto-subofítica; e (ii) diopsídio anfibolito, de ocorrência restrita, que aflora como pequenos corpos lenticulares, anastomosados e de orientação NW-SE, que apresenta textura nematoblástica e porfiroblástica, foliação milonítica e pares S-C. As paragêneses minerais reconhecidas nessa unidade incluem: Plg+Amph+Di+Ilm, que representa o pico metamórfico, e Plg+Amph+ Ep+Clz+Tit+Ap+Qtz+Ser, relacioanda ao retrometamorfismo. O plagioclásio do actinolita anfibolito varia de oligoclásio cálcico a labradorita cálcica (An28-65), sendo que as composições mais cálcicas destes cristais representam heranças ígneas. O plagioclásio do diopsídio anfibolito possui composição química mais homogênea e é classificado como andesina sódica (An31-35). O anfibólio do actinolita anfibolito apresenta-se zonado, com razão Mg/Fe mais elevada em relação ao anfibólio do diopsídio anfibolito, sendo classificado como Mg-hornblenda, tschermakita, actinolita e edenita. No diopsídio anfibolito, o anfibólio apresenta razão Mg/Fe levemente menor, além de conteúdos de AlVI de ~0,4 e de Fe3+ entre 0,7 e 0,8, o que permite classificá-lo como Mg-hastingsita. Considerando os dados químicos, o protólito dessas rochas apresenta composição compatível com a de basaltos toleíticos, padrão multielementar de toleítos continentais (diopsídio anfibolito) e toleítos de baixo K (actinolita anfibolito), as razões de elementos incompatíveis (HFSE) sugerem fonte derivada do manto primitivo, com mudanças significativas na composição do magma devido à interação com a crosta continental e/ou a litosfera subcontinental. As evidências químico-mineralógicas e texturais indicam que o protólito do actinolita anfibolito sofreu deformação em estágio submagmático e, posteriormente, deformação no estado sólido em profundidades rasas. Em contrapartida, o diopsídio anfibolito foi submetido a regime de deformação dúctil em maior profundidade. A trajetória metamórfica do actinolita anfibolito revela descompressão isotermal (com pico metamórfico em 2,7 kbar e 430 °C e equilíbrio retrometamórfico a 1,2 kbar e 425 °C), associada à sua exumação e/ou à colocação de corpos de leucogranito, enquanto o diopsídio anfibolito foi submetido a metamorfismo sob fácies anfibolito em nível crustal intermediário e ambiente de crosta relativamente fria (5 kbar; 540 oC). Esses dados denunciam a exposição de uma crosta arqueana relativamente profunda, entre 9 e 16 Km, na região de Água Azul do Norte.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Geologia, geoquímica e petrologia magnética do magmatismo básico da área de Nova Canadá (PA), Província Carajás(Universidade Federal do Pará, 2013-08-29) MARANGOANHA, Bhrenno; OLIVEIRA, Davis Carvalho de; http://lattes.cnpq.br/0294264745783506O mapeamento geológico realizado na área de Nova Canadá, porção sul do Domínio Carajás, Província Carajás, possibilitou a individualização de duas unidades de caráter máfico e intrusivas nos granitoides do Complexo Xingu e, mais restritamente, na sequência greenstone belt do Grupo Sapucaia. São representadas por diques de diabásio isotrópicos e por extensos corpos de anfibolito, com os últimos descrevendo texturas nematoblástica e granoblástica, de ocorrência restrita à porção SW da área. Ambos apresentam assinatura de basaltos subalcalinos de afinidade toleítica, sendo que os diques de diabásio são constituídos por três variedades petrográficas: hornblenda gabronorito, gabronorito e norito, sendo essas diferenças restritas apenas quanto à proporção modal de anfibólio, orto- e clinopiroxênio, já que texturalmente, as mesmas não apresentam diferenças significativas. São formados por plagioclásio, piroxênio (orto- e clinopiroxênio), anfibólio, minerais óxidos de Fe-Ti e olivina, apresentam um padrão ETR moderadamente fracionado, discreta anomalia negativa de Eu, ambiente geotectônico correspondente a intraplaca continental, e assinaturas dos tipos OIB e E-MORB. Já os anfibolitos são constituídos por plagioclásio, anfibólio, minerais opacos, titanita e biotita, mostram um padrão ETR horizontalizado, com anomalia de Eu ausente, sendo classificados como toleítos de arco de ilha e com assinatura semelhante aos N-MORB. Os dados de química mineral obtidos nessas unidades mostram que, nos diques de diabásio, o plagioclásio não apresenta variações composicionais significativas entre núcleo e borda, sendo classificados como labradorita, com raras andesina e bytownita; o anfibólio mostra uma gradação composicional de Fe-hornblenda para actinolita, com o aumento de sílica. Nos anfibolitos, o plagioclásio mostra uma grande variação composicional, de oligoclásio à bytownita nas rochas foliadas, sendo que nas menos deformadas, sua classificação é restrita à andesina sódica. O piroxênio, presente apenas nos diabásios, exibe considerável variação em sua composição, revelando um aumento no teor de magnésio nos núcleos, e de ferro e cálcio, nas bordas, permitindo classificá-los em augita, pigeonita (clinopiroxênio) e enstatita (ortopiroxênio). Os diabásios apresentam titanomagnetita, magnetita e ilmenita como os principais óxidos de Fe-Ti, permitindo reconhecer cinco formas distintas de ilmenita nessas rochas: ilmenita treliça, ilmenita sanduíche, ilmenita composta interna/externa, ilmenita em manchas e ilmenita individual. Feições texturais e composicionais sugerem que a titanomagnetita e os cristais de ilmenita composta externa e individual foram originados durante o estágio precoce de cristalização. Durante o estágio subsolidus, a titanomagnetita foi afetada pelo processo de oxi-exsolução, dando origem a intercrescimentos de magnetita pobre em titânio com ilmenita (ilmenitas treliça, em mancha, sanduíche e composta interna). Os anfibolitos possuem a ilmenita como único mineral óxido de Fe e Ti ocorrendo, portanto, sob a forma de ilmenita individual, onde encontra-se sempre associada ao anfibólio e à titanita. Os valores mais elevados de suscetibilidade magnética (SM) estão relacionados aos gabronoritos e noritos, os quais exibem maiores conteúdos modais de minerais opacos e apresentam titanomagnetita magmática em sua paragênese. A variedade hornblenda gabronorito define as amostras com valores intermediários de SM. Os menores valores de SM são atribuídos aos anfibolitos, que são desprovidos de magnetita. A correlação negativa entre valores de SM com os conteúdos modais de minerais ferromagnesianos indica que os minerais paramagnéticos (anfibólio e piroxênio) não possuem influência significativa no comportamento magnético dos diabásios, enquanto nos anfibolitos a tendência de correlação positiva entre estas variáveis pode sugerir que estas fases são as principais responsáveis pelos seus valores de SM. Dados geotermobarométricos obtidos a partir do par titanomagnetita-ilmenita nos diabásios indicam que estes se formaram em condições de temperatura (1112°C) e Fo2 (-8,85) próximas daquelas do tampão NNO.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Geologia, petrografia e geoquímica das associações leucograníticas e TTG arqueanos da área de Nova Canadá (PA) Domínio Carajás(Universidade Federal do Pará, 2014-02-25) SANTOS, Pablo José Leite dos; OLIVEIRA, Davis Carvalho de; http://lattes.cnpq.br/0294264745783506O mapeamento geológico realizado na área de Nova Canadá, porção sul do Domínio Carajás, aliado aos estudos petrográficos e geoquímicos, permitiram a caracterização de pelo menos três novas unidades que antes estavam inseridas no contexto geológico do Complexo Xingu. São elas: (i) Leucogranodiorito Nova Canadá, que é constituído por rochas leucogranodioríticas mais enriquecidas em Al2O3, CaO, Na2O, Ba, Sr e na razão Sr/Y, que mostram fortes afinidades geoquímicas com a Suíte Guarantã do Domínio Rio Maria, as quais também podem ser correlacionadas aos TTGs Transicionais do Cráton Yilgarn. Estas rochas apresentam padrão ETR levemente fracionado, mostram baixas razões (La/Yb)N e anomalias negativas de Eu ausentes ou discretas; (ii) Leucogranito Velha Canadá, caracterizado pelos conteúdos mais elevados de SiO2, Fe2O3, TiO2, K2O, Rb, HFSE (Zr, Y e Nb), das razões K2O/Na2O, FeOt/(FeOt+MgO), Ba/Sr e Rb/Sr. Apresentam dois padrões distintos de ETR: (a) baixas à moderadas razões (La/Yb)N com anomalias negativas de Eu acentuadas; e (b) moderadas à altas razões (La/Yb)N, com anomalias negativas de Eu discretas e um padrão côncavo dos ETRP. Em diversos aspectos, as rochas do granito Velha Canadá mostram fortes afinidades com os leucogranitos potássicos tipo Xinguara e Mata Surrão do Domínio Rio Maria, assim como aqueles da região da Canaã dos Carajás e mais discretamente com os granitos de baixo Ca do Cráton Yilgarn. Para a origem das rochas do Leucogranodiorito Nova Canadá é admitida a hipótese de cristalização fracionada a partir de líquidos com afinidade sanukitóide, seguido por processos de mistura entre estes e líquidos de composição trondhjemítica, enquanto que para aquelas de alto K do Leucogranito Velha Canadá, acreditase na fusão parcial de metatonalitos tipo TTG em diferentes níveis crustais, para gerar líquidos com tais características; e (iii) associações trondhjemíticas com afinidade TTG de alto Al2O3, Na2O e baixo K2O, compatíveis com os granitoides arqueanos da série cálcioalcalina tonalítica-trondhjemítica de baixo potássio. Foram distinguidas duas variedades: (a) biotita-trondhjemito com estruturação marcada pelo desenvolvimento de feições que indicam atuação de pelo menos dois eventos deformacionais em estágios sin- a pós-magmáticos, como bandamentos composicionais, dobras e indícios de migmatização; e (b) muscovita ± biotita trondhjemito que é distinguido da variedade anterior pela presença da muscovita, saussuritização do plagioclásio, textura equigranular média e atuação discreta da deformação com o desenvolvimento de uma foliação E-W de baixo angulo. A primeira variedade destes litotipos, que ocorre predominantemente na porção norte, tem ocorrência restrita. Com intensa deformação e prováveis feições de anatexia (migmatitos) podem indicar que estas rochas tenham sido afetadas por um retrabalhamento crustal, ligado à geração dos leucogranitos dominantemente descritos na área. Os trondhjemitos do sul da área são mais enriquecidos em Fe2O3, MgO, TiO2, CaO, Zr, Rb, e na razão Rb/Sr em relação aos trondhjemitos da porção norte da área. Estas exibem ainda padrões fracionados de ETR, com variações nos conteúdos de ETRP, além da ausência de anomalias de Eu e Sr, e baixos conteúdos de Y e Yb. Tais feições são tipicamente atribuídas à magmas gerados por fusão parcial de uma fonte máfica em diferentes profundidades, com aumento da influência da granada no resíduo e a falta de plagioclásio tanto na fase residual como na fracionante. Em uma análise geral, a disposição dos trends geoquímicos evolutivos de ambas as variedades sugere que estas unidades não são comagmáticas. As afinidades geoquímicas entre as rochas da área de Nova Canadá com aquelas do Domínio Mesoarqueano Rio Maria, poderiam nos levar a entender a região de Nova Canadá como uma extensão do Rio Maria para norte, enquanto que para aquelas do Leucogranito Velha Canadá, que são mais jovens e geradas já no Neoarqueano, se descarta a idéia de associação com os mesmos eventos tectono-magmáticos que atuaram em Rio Maria.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Geologia, petrografia e geoquímica das associações TTGs e Leucogranodioritos do extremo norte do Domínio Rio Maria, Província Carajás(Universidade Federal do Pará, 2013-06-18) SILVA, Chrystophe Ronaib Peixoto da; OLIVEIRA, Davis Carvalho de; http://lattes.cnpq.br/0294264745783506O mapeamento geológico realizado à sudeste de Água Azul do Norte/PA, porção norte do Domínio Rio Maria, aliado aos dados petrográficos e geoquímicos permitiram a individualização de associações TTGs e leucogranodioritos. Nesta região, os trabalhos de mapeamento foram realizados apenas em escala regional o que possibilitou a extrapolação da área de ocorrência de rochas similares ao Tonalito Caracol e rondhjemito Mogno. Os TTGs estudados foram individualizados em duas unidades com base no conteúdo de minerais máficos, concentrações de epidoto magmático e no grau de saussuritização (descalcificação) do plagioclásio em: (1) Epidoto-Biotita Tonalito e; (2) Biotita Trondhjemito. Em geral, são rochas que apresentam foliação definida pelo bandamento composicional, localmente pode ser perturbada por dobras e bandas de cisalhamento. Suas características geoquímicas são compatíveis com os TTGs arqueanos do grupo de alto Al2O3, sendo ainda relativamente pobres em elementos ferromagnesianos, com padrões ETRP moderado a fortemente fracionados e anomalias de Eu discretas. As diferenças nas razões La/Yb e anomalia de Eu, possibilitou a discriminação de três grupos distintos de rochas: Os TTGs pertencentes ao grupo de alto La/Yb e Sr/Y são similares às rochas do Trondhjemito Mogno, descritos no Domínio Rio Maria. Estas rochas incluem a maioria das amostras da unidade Biotita Trondhjemito. No caso dos TTGs com médio a baixo La/Yb e Sr/Y quando comparadas com as rochas do Domínio Rio Maria possuem forte correlação com o Tonalito Caracol. Estes grupos são compostos principalmente pela unidade Epidoto-Biotita Tonalito, incluindo também amostras isoladas do Biotita Trondhjemito. Com base nos critérios utilizados acima, os leucogranodioritos da área foram divididos em dois grupos: Biotita Granodiorito e Leucogranodiorito. As rochas do Biotita Granodiorito possuem ampla ocorrência espacial na porção oeste da área, relações de campo mostram que são intrusivas nos granitoides TTGs. Os dados geoquímicos apontam que o Biotita Granodiorito possui padrões de ETR fortemente fracionados, com alta razão La/Yb (33 – 186) e anomalia de Eu positiva (1,11 < Eu/Eu* < 3,26), enquanto os leucogranodioritos mostram padrões levemente fracionados, com moderadas razões La/Yb (24,7 – 34,7) e anomalia de Eu ausente (Eu/Eu*= 1,03). Os diagramas de Harker para elementos maiores e traços não favorecem uma ligação genética por processo de cristalização fracionada entre o Biotita Granodiorito e as associações TTGs, uma vez que apresentam trends de evolução distintos, indicando portanto que as condições de sua gênese e diferenciação foram bem diferentes, tampouco por fusão parcial de uma fonte TTG, pelo fato de não apresentar significante anomalia negativa de Eu, bem como por exibir padrões similares de fracionamento de ETR em relação aos TTGs, atestando que essas rochas provavelmente não foram oriundas de magmas precursores desses TTGs.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Geologia, petrografia e geoquímica dos granitóides arqueanos de Sapucaia - Província Carajás-PA(Universidade Federal do Pará, 2013) TEIXEIRA, Mayara Fraeda Barbosa; DALL'AGNOL, Roberto; http://lattes.cnpq.br/2158196443144675Os estudos geológicos desenvolvidos na porção leste do Subdomínio de Transição, Província Carajás, a sul da cidade de Canaã dos Carajás e a norte de Sapucaia, permitiram a identificação, individualização e caracterização de uma diversidade de unidades arqueanas, anteriormente englobadas no Complexo Xingu. A unidade mais antiga da área compreende anfibólio tonalitos correlacionados ao Tonalito São Carlos (~2,92 Ga), com foliação orientada segundo NW-SE a E-W, ou, por vezes, aspecto homogêneo. Geoquimicamente, diferem das típicas associações tonalito-trondhjemito-granodiorito (TTG) arqueanas por apresentarem enriquecimento em TiO2, MgO e CaO, baixos teores de Sr e similares de Rb para amostras com menores teores de sílica, que se refletem em razões Rb/Sr mais elevadas e Sr/Ba mais baixas. Os padrões dos ETR mostram baixo a moderado fracionamento de ETR pesados em relação aos leves, e anomalias negativas de Eu discretas ou moderadas. Seguindo na estratigrafia, e também como a unidade de maior expressão na área, ocorrem rochas de afinidade TTG correspondentes ao Trodhjemito Colorado (~2,87 Ga), intensamente deformadas, com foliações NW-SE a E-W. Intrusivos nesta unidade, ao sul da área, aflora um corpo de aproximadamente 40 km2, de rochas de composição leucogranodiorítica porfirítica denominados de Leucogranodiorito Pantanal, e seccionado em sua porção oeste por leucogranitos deformados de composição monzogranítica. O Leucogranodiorito Pantanal têm afinidade cálcio-alcalina peraluminosa, enriquecimento em Ba e Sr, e padrões de ETR sem anomalias expressivas de Eu e com acentuado fracionamento de ETRP, que refletem em altas razões La/Yb semelhante com a Suíte Guarantã (~2,87 Ga) do Domínio Rio Maria. Os leucogranitos revelam assinatura geoquímica de granitos tipo-A reduzidos, possivelmente, originados a partir da fusão desidratada de rochas cálcico-alcalinas peraluminosas durante o Neoarqueano. Além dessas unidades, na porção leste do Leucogranodiorito Pantanal, hornblenda-biotita granito neoarquenos tipo-A oxidados da Suíte Vila Jussara. Ainda correlacionáveis ao magmatismo subalcalino neoarqueano, na porção norte, ocorrem dois stocks graniticos. São tonalitos a granodioritos com assinatura geoquímica de granitos tipo-A oxidados similares a Suíte Vila Jussara, e monzogranitos com assinatura de granitos tipo-A reduzidos que se assemelham a Suíte Planalto. Ao norte da área ocorre uma associação máfico-enderbitica composta de hornblendanoritos, piroxênio-hornblenda-gabros, piroxênio-hornblenda-monzonito, hornblenda-gabros, anfibolitos e enderbitos. Essas rochas estão intensamente deformadas e recristalizadas, provavelmente por retrometamorfismo na presença de água de rochas de série noríticavii charnockítica de origem ígnea associada com outras variedades de rochas não necessariamente cogenéticas. Seu comportamento geoquímico sugere que os hornblendanorito, hornblenda-gabros e anfibolitos são toleíticos subalcalinos, enquanto que os enderbitos, piroxênio-hornblenda-gabro e piroxênio-hornblenda-monzonito têm assinatura cálcico-alcalina. As baixas razões La/Yb das rochas máficas indicam baixo grau de fracionamento, enquanto que as altas razões La/Yb dos enderbitos é indicativo de fracionamento expressivo dos ETR pesados durante a formação ou diferenciação dos seus magmas, e a concavidade no padrão de ETR pesados, indica provável influência de fracionamento de anfibólio durante sua evolução. Na porção central e centro-norte da área ocorrem biotita-monzogranitos peraluminosos, de assinatura cálcio-alcalina, que podem ser desdobrados em dois grupos geoquímicos distindo. Um tem altas razões Sr/Y e (La/Yb)n, mostram possível afinidade com o Granito Bom Jesus da área de Canaã dos Carajás. O outro tem mais baixa razão (La/Yb)n se aproxima mais do Granito Serra Dourada e do Granito Cruzadão também da área de Canaã dos Carajás. Essa comparação deverá ser aprofundada com dados geocronológicos e maior número de amostras.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Granodiorito Rio Maria e rochas associadas de Ourilândia do Norte – Província Carajás: geologia e afinidades petrológicas(Universidade Federal do Pará, 2015-07-22) SANTOS, Maria Nattania Sampaio dos; OLIVEIRA, Davis Carvalho de; http://lattes.cnpq.br/0294264745783506Os granitoides de afinidade sanukitoide da área de Ourilândia do Norte são correlacionados à Suíte mesoarqueana de Rio Maria e ocorrem no extremo norte do Domínio Rio Maria, próximo ao limite com o Domínio meso- a neoarqueno de Carajás. Estes são formados por três grupos principais de rochas: (quartzo) dioritos, quartzo-monzodioritos e granodioritos, com ocorrências subordinadas de tonalitos e monzogranitos. Nestes, a hornblenda e a biotita são as principais fases ferromagnesianas, tendo ainda epidoto como importante fase varietal. Tais granitoides exibem frequentemente enclaves máficos com feições de mingling com a rocha hospedeira. Ocorrem ainda, pequenos corpos intrusivos de composição monzogranítica contendo clinopiroxênio e que não apresentam afinidades geoquímicas com os granitoides de alto-Mg. Ao contrário do que se observam nas rochas do Granodiorito Rio Maria de sua área tipo, aquelas de Ourilândia do Norte apresentam-se afetadas por processos deformacionais, ligados à instalação das extensas zonas de cisalhamento do Cinturão Itacaiúnas. A atuação destas zonas resulta no desenvolvimento de uma foliação penetrativa e microestruturas sob três regimes de recristalização dinâmica: (i) recristalização por bulging (300-400°C, baixas temperaturas) caracterizada pelo desenvolvimento de bulges e grãos recristalizados nos limites entre grãos ou subordinadamente em microfissuras; (ii) recristalização por rotação de subgrãos (<500°C, temperaturas intermediárias) observadas a partir da extinção ondulante irregular, germinações afinadas, deformação lamelar, dobramentos, kinks e estruturas núcleomanto; (iii) recristalização por migração de limite de grão (<600°C, alta temperatura) que ocorre apenas nas rochas cisalhadas e mostram altas proporções de grãos recristalizados com limites de grão, formas e tamanhos irregulares. A maioria destes granitoides pertence à série cálcio-alcalina de médio a alto potássio, são magnesianos e metaluminosos, similar àqueles identificados nas típicas séries sanukitoides. Apresentam trends não colineares a partir das rochas (quartzo) dioríticas em direção aquelas de composição granodiorítica que mostram claramente o fracionamento de anfibólio, clinopiroxênio e subordinadamente biotita e plagioclásio. Nota-se a partir disto, uma correlação negativa nos conteúdos de elementos compatíveis (CaO, Fe2O3 t, MgO, TiO2, Zr, Ni, Cr e #Mg) e um comportamento inverso para os elementos incompatíveis (Ba, Sr) e as razões Rb/Sr e Sr/Ba. O padrão ETR dos granodioritos exibe uma discreta ou ausente anomalia negativa de Eu (Eu/Eu*=0,76-0,97) e moderadas razões (La/Yb)N caracterizadas pelo enriquecimento de ETRL em relação aos ETRP. O padrão côncavo destes últimos sugere para a formação dessas rochas, a participação de um líquido onde a granada e/ou piroxênio foram fases fracionantes para sua geração. Difevii rentemente destes, os tonalitos não são empobrecidos em ETRP, e não possuem anomalia de Eu (Eu/Eu*=~0,95), configurando padrões mais horizontalizados. Os enclaves, as rochas (quartzo) dioríticas e os quartzo-monzodioríticas apresentam anomalias negativas à positivas de Eu (Eu/Eu*=0,56-1,71) e baixa razão (La/Yb)N, com padrão horizontalizado, similar ao observado nas rochas intermediárias da Suíte Rio Maria (área tipo). Os monzogranitos contendo clinopiroxênio, por sua vez, mostram caráter ferroso e afinidades com a série toleítica. Seguem trends levemente distintos dos demais granitoides, possuem anomalia negativa de Eu (Eu/Eu*=0,63-0,98) e razões (La/Yb)N levemente fracionadas. As anomalias positivas de Sr, presentes somente nos enclaves e (quartzo) dioritos, são ocasionadas provavelmente através da contaminação do manto, ao passo que as moderadas anomalias negativas de Nb-Ta-Ti estão relacionadas ao fracionamento de anfibólio ou óxido de Fe e Ti. A existência destas anomalias associadas às altas razões (La/Yb)N e Y/Nb sugerem que estas rochas foram geradas em uma zona de subducção a partir de uma fonte mantélica empobrecida e contaminada por fluidos (voláteis) ou melt (magma). A análise da natureza do agente metassomático demonstra que as rochas menos evoluídas teriam sido contaminadas por fluidos, enquanto os granodioritos e afins seriam por melt de composição similar aos TTGs. A atuação diferenciada desses agentes implica em diferentes condições de pressão e temperatura ou até mesmo fontes distintas para geração dessas rochas. Com base nos diferentes conteúdos e razões de ETR dessas rochas, e considerando os dados petrológicos experimentais obtidos para as rochas da Suíte Rio Maria de sua área tipo, estima-se que os enclaves, (quartzo) dioritos e os monzogranitos contendo clinopiroxênio teriam sido gerados em baixas pressões (La/Yb<1,0 GPa) e profundidades (<33,6 Km), com pouca ou nenhuma granada residual, ao passo que os demais granitoide seriam gerados em condições geotérmica maiores (La/Yb=1,0-1,5 GPa; 33,6-50,5 Km) e, portanto, apresentaria proporções variadas de granada residual. Além disso, estes granitoides teriam iniciado sua cristalização em profundidades entre 30,3-20,2 Km e finalizado entre 10,1-6,7 Km. Apesar dos sanukitoides de Ourilândia do Norte mostrar afinidades com os adakitos de alta-sílica e os sanukitoides de baixo-TiO2, sugerindo uma origem através do processo de um único estágio - hibridização direta do manto com o melt de composição TTG -, o modelo fornecido para os sanukitoides de Rio Maria e Karelian demostraram que eles teriam sido produzidos pelo processo de dois estágios - fusão de um manto peridotítico metassomatizado.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Mineralogia e petrologia do complexo ultramáfico e alcalino de Santa Fé - GO(Universidade Federal do Pará, 1978) SOUSA, Ana Maria Soares de; GIRARDI, Vicente Antonio Vitório; http://lattes.cnpq.br/6876269679513816O corpo de Santa Fé é um complexo ultramáfico e alcalino que guarda várias semelhanças com os complexos concêntricos alaskianos. Seu "emplacement" deu-se no Cretácio Superior, em terrenos granito-gnássicos do Complexo Basal Goiano (Almeida, 1967). Tem forma ovalada com cerca de 60 Km2 de área e eixo maior orientado na direção NS. Situa-se no sudoeste do estado de Goiás - Brasil, a 15°14' de latitude S e 51º16' de longitude W. Possui uma estrutura zonada com núcleo dunítico aureolado por faixas irregulares e descontinuas de peridotitos e piroxenitos, com missouritos e malignitos associados. Ocorrem ainda associados: leucita peridotitos e piroxenitos, mica peridotitos, lamprófiros, fonólitos e essexitos. Os dunitos perfazem quase 3/4 da área total de afloramento do complexo. Foram definidas 3(três) associações petrográficas, a saber: associação de rochas ultramáficas normais - constituída por dunitos, peridotitos e piroxenitos; associação de rochas ultramáficas alcalinas: constituída por missouritos, leucita peridoti tos e piroxenitos; e associação de rochas máficas feldspatoidais - constituída por malignitos e essexitos. Do ponto de vista mineralógico o complexo é caracterizado pela presença de minerais deficientes em silica: olivina, leucita e nefelina; pela associação olivina - clinopiroxênio e pela ausência de ortopiroxênio. Olivina e clinopiroxênic ocorrem, quase sempre, como cristais quimicamente homogêneos, exibem porém, variações composicionais de uma rocha para outra. A olivina passa de Fo88.2 em dunitos, para Fo80.5 em clinopiroxenitos. O clinopiro xênio mostra variações composicionais num campo restrito que engloba os limites diopsidio/salita. Cristais inomogêneos, zonados, o correm apenas em rochas alcalinas, onde foram registradas variações de Fo80.1 para Fo66.81 na olivina e de Na40.56 para Na23.59 no plagioclãsio. Foram caracterizadas texturas de "cumulus" e processos de diferenciação fracionada. Diagramas de variação mostram um "trend" para as rochas ultramáficas normais e outro para aqueles de afinidade alcalina. O complexo de Santa Fé é comparável àqueles do Grupo Iporé (Goiás), ao de Emigrant Gap (Califórnia) e ao de Union Bay (Alaska). A ausência de gabros a dois piróxénios e a associação de rochas alcalinas distinguem-no dos complexos concéntricos de Jackson e Thayer (1972). Concluiu-se por um magma original de natureza ultra máfica, submetido a "emplacement", cristalização e, diferenciação fracionada. Contaminações locais durante o processo de ascensão podem ter sido responsáveis pela geração de fusões parciais, potássinas.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Mineralogia, geoquímica e minerais pesados do perfil laterito-bauxítico com cobertura e sua relação com o grupo Itapecuru: lavra piloto ciríaco (Rondon do Pará)(Universidade Federal do Pará, 2015-07-11) PANTOJA, Heliana Mendes; COSTA, Marcondes Lima da; http://lattes.cnpq.br/1639498384851302O perfil laterito-bauxítico de Rondon do Pará estudado faz parte da Província Bauxitífera de Paragominas, a mais importante do Brasil, que hospeda depósitos de classe mundial e de considerável valor econômico. Este consiste de uma sequência de seis horizontes (da base para o topo): argila bauxítica, bauxita maciça, crosta ferro-aluminosa maciça, crosta ferro-aluminosa desmantelada, esferolitos ferruginosos e ao topo a cobertura argilosa equivalente a argila de Belterra. As rochas do Grupo Itapecuru, cujos sedimentos são as prováveis fontes do perfil laterito-bauxítico consistem de siltito e argilitos intemperizados. A composição mineralógica das três unidades estudadas (rochas do Grupo Itapecuru, perfil laterito-bauxítico e cobertura argilosa) é similar, sendo constituídas por caulinita, quartzo, hematita, gibbsita e goethita. Como minerais acessórios anatásio e minerais pesados (zircão, turmalina, rutilo, estaurolita e opacos). As três unidades diferem principalmente pela variação de teores e pela ausência de gibbsita e goethita nas rochas do Grupo Itapecuru. A composição química das três unidades mostra que, Al2O3, SiO2, Fe2O3, TiO2 e PF, são os constituintes mais abundantes, relacionados com os principais minerais. Os conteúdos de elementos traços nas três unidades apresentam uma considerável heterogeneidade e somente V, Cr, Ga, Zr, Hf e Th estão acima da média crustal, todos estes se correlacionam bem com óxi-hidróxidos de ferro. Quando normalizadas aos condritos as três unidades divergem pela anomalia positiva de Ce nas rochas do Grupo Itapecuru, mas são similares na anomalia negativa de Eu, no empobrecimento dos ETRL e no enriquecimento dos ETRP. Os dados obtidos claramente apontam afinidades entre as três unidades, sugerindo que os sedimentos das rochas do Grupo Itapecuru são semelhantes aqueles da rocha mãe do perfil laterito-bauxítico, enquanto sua respectiva cobertura demonstra forte relação com as crostas e esferolitos. A estruturação do perfil laterito-bauxítico junto com os resultados mineralógicos e químicos permitem correlaciona-lo com os depósitos de Paragominas e Juruti.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Morfologia e assinatura geoquímica de zircão da suíte sanukitoide Rio Maria, Província Carajás: implicações petrológicas(Universidade Federal do Pará, 2016-11-29) COSTA, Hévila de Nazare Silva da; LAMARÃO, Claudio Nery; http://lattes.cnpq.br/6973820663339281O presente trabalho envolveu o estudo morfológico e composicional de zircão de rochas granodioríticas da Suíte Sanukitoide Rio Maria, Província Carajás. Para este estudo foram escolhidas cinco regiões inseridas nos domínios desta província, sendo elas: Rio Maria e Bannach, áreas-tipo do Sanukitoide Rio Maria, Ourilândia do Norte, contendo rochas granodioríticas correlacionáveis aos sanukitoides Rio Maria, São Félix do Xingu, onde ocorrem granodioritos tipo sanukitoides ainda pouco estudados, além do Granodiorito Trairão, região de Pau D’Arco, pertencente à Suíte Guarantã e geoquimicamente distinto dos sanukitoides. Os cristais de zircão foram estudados com o auxílio de imagens por elétrons secundários (ES), catodoluminescência (CL), análises semiquantitativas por espectroscopia de raios-X por dispersão de energia (EDS) através de um microscópio eletrônico de varredura (MEV), objetivando definir feições morfológicas e assinaturas geoquímicas características para os zircões de cada grupo de rocha, comparar os aspectos tipológicos entre eles e reafirmar a importância do zircão em estudos petrológicos e a metodologia MEV-CL-EDS como ferramenta de apoio para esses fins. O estudo morfológico foi realizado em zircões de dois grupos de rochas. No primeiro, formado por zircões da Suíte Sanukitoide Rio Maria, foram selecionados cento e dez cristais de zircão e no segundo, representado por zircões do Granodiorito Trairão, vinte e nove cristais. Os zircões do primeiro grupo apresentaram formas euédricas, subordinadamente subédricas, padrão de zoneamento bem definido, núcleos bem desenvolvidos e preservados de alteração, estreitas bordas luminescentes, sugerindo mudança composicional no final de sua cristalização, e rara a moderada presença de inclusões de F- apatita. Os zircões do Granodiorito Trairão mostraram formas euédricas a subédricas e zoneamento oscilatório bem definido. A presença de inclusões de F-apatita é recorrente nesta amostra, tanto no núcleo quanto nas bordas dos cristais, ora truncando, ora ocorrendo paralelamente às zonas de crescimento, sugerindo cristalização simultânea de ambos minerais. Realizou-se também o estudo tipológico nesses dois grupos de zircões. Os zircões dos sanukitoides Rio Maria são principalmente do tipo S18, com raras ocorrências do tipo P4. O segundo, representado por zircões do Granodiorito Guarantã, se correlacionam aos tipos S3 e S8. Análises semiquantitativas por ESD realizadas em zircões das cinco regiões estudadas foram comparadas e interpretadas em diagramas geoquímicos específicos. Os zircões dos sanukitoides de Rio Maria e Ourilândia do Norte apresentaram os menores conteúdos de Nb (1,0-1,8%), seguidos dos zircões das regiões de Bannach e Xingu (1,8-2,5%) e do Granodiorito Trairão (dominantemente entre 2,2-3,3%). Os zircões das rochas sanukitoides de Rio Maria e Ourilândia do Norte apresentaram razões Zr/Nb mais elevadas, entre 30 e 50, e os do Granodiorito Trairão mais baixas, dominantemente entre 17 e 23. Os zircões dos sanukitoides de Bannach e Xingu apresentaram razões Zr/Nb intermediárias, entre 23 e 32. O diagrama Sr versus Zr/Nb mostra um trend negativo bem definido, com os zircões do Granodiorito Trairão mais enriquecidos em Sr (1,5 a 2,4%) e os dos sanukitoides de Rio Maria e Ourilândia do Norte mais empobrecidos (0,6 a 1,6%), com superposição parcial entre eles. Zircões dos sanukitoides de Bannach e Xingu apresentaram conteúdos intermediários de Sr (1,2 e 1,7%) e Zr/Nb (23 e 32), e plotaram entre os anteriores no diagrama. O estudo mostrou diferenças morfológicas, tipológicas e composicionais entre os zircões das rochas sanukitoides do sudeste do Pará, e entre esses e os do Granodiorito Trairão. De acordo com a tipologia proposta por Pupin (1980), essas diferentes características permitiram enquadrar os zircões das rochas sanukitoides e os do Granodiorito Trairão em dois grupos distintos, sugerindo que sua cristalização ocorreu em diferentes ambientes e temperaturas.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Morfologia e composição de zircão de rochas ígneas do Terreno Granito-Greenstone de Rio Maria, Cráton Amazônico, através de microscopia eletrônica de varreduracatodoluminescência (MEV-CL)(Universidade Federal do Pará, 2015-04-22) RAMALHO, Ishi Macris de Oliveira; LAMARÃO, Claudio Nery; http://lattes.cnpq.br/6973820663339281A Suíte Planalto está localizada no Domínio Canaã dos Carajás da Província Carajás. A suíte tem idade neoarqueana (2,73 Ga), e os granitos que a constituem possuem caráter ferroso e afinidade com granitos tipo-A e são intrusivos em unidades mesoarqueanas e no Supergrupo Itacaiúnas. Associa-se espacialmente com rochas charnoquíticas do Diopsídio-Norito Pium e com a Suíte Pedra Branca. As rochas da Suíte Planalto são hololeucocráticas a leucocráticas com dominância de monzogranitos e sienogranitos e presença de raros álcali-feldspato-granitos. Ao microscópio, apresentam feições texturais magmáticas parcialmente preservadas, porém a textura granular hipidiomórfica média a grossa original tende a ser substituída por texturas protomiloníticas a miloníticas, com formação de porfiroblastos ovalados de granulação média a grossa de microclina envoltos por matriz fina a base de quartzo e feldspatos intensamente recristalizados. A Suíte Planalto apresenta valores de suscetibilidade magnética (SM) variáveis, os quais, associados com as características petrológicas, permitiram distinguir dois grupos: (1) Grupo formado em condições reduzidas, que engloba as amostras contendo ilmenita e desprovidas de magnetita, com baixos valores de SM; (2) Grupo moderadamente oxidado, que se distingue do anterior por apresentar os mais altos valores de SM, justificados pela presença de magnetita associada à ilmenita. A ilmenita ocorre como cristais anédricos a subédricos dos tipos texturais ilmenita individual ou ilmenita composta, sendo esta última menos comum e restrita às rochas do grupo 2. A magnetita, por sua vez, ocorre como cristais subédricos a anédricos ou, mais raramente, euédricos com evidência de martitização, localmente com bordas e núcleos corroídos. Ilmenita e magnetita exibem composições próximas de seus membros extremos ideais, embora a ilmenita mostre proporções variáveis de pyrophanita (MnTiO3). Os cristais de titanita ocorrem nos grupos 1 e 2 circundando os cristais de ilmenita, ou então, como finos grãos anédricos inclusos em anfibólio e biotita, que formam agregados máficos. Os conteúdos modais de titanita são muito variáveis em ambos os grupos e não há correlação entre titanita e opacos modais. Além disso, as composições químicas de titanita, em particular suas baixas razões Fe/Al, sugerem que este mineral foi reequilibrado por processos subsolidus. Os anfibólios da Suíte Planalto são cálcicos com composição variando entre potássio-hastingsita (dominante) e cloro-potássio- hastingsita (subordinada) e razões Fe/(Fe+Mg) > 0,8. A biotita também apresenta altas razões Fe/Mg (> 0,7) e é classificada como annita. Os porfiroclastos de plagioclásios são oligoclásio (An25-10) e os grãos da matriz recristalizada mostram composição variando entre oligoclásio ou albita (An259-2).Os dados obtidos, mostram que os granitos do grupo 1 da Suíte Planalto foram formados em condições reduzidas, abaixo do tampão FMQ. Os granitos do grupo 2 cristalizaram em condições mais oxidantes, coincidentes com às do tampão FMQ ou ligeiramente acima, ou alternativamente, também foram formados em fO2 abaixo de FMQ, submetidos a condições ligeiramente mais oxidantes no subsolidus. Pressões de 900 MPa a 700 MPa e de 500 e 300 MPa foram estimadas, respectivamente, para a origem dos magmas da Suíte Planalto e para a colocação e cristalização final dos seus plutons. Geotermômetros sugerem temperaturas iniciais de cristalização variando de 900°C e 830°C, sendo que a temperatura do solidus foi provavelmente próxima de 700 °C. O conteúdo de água do magma foi estimado em 4 % em peso, podendo atingir possivelmente até 4% em peso. A comparação mineralógica entre a Suíte Planalto e granitos neoarqueanos similares da Província Carajás mostram que a Suíte Planalto e o Complexo Granítico Estrela foram formados em condições muito similares. As composições de anfibólio e biotita dos granitos Planalto e Estrela são enriquecidas em alumínio e assemelham-se neste aspecto aqueles do pluton Matok do Limpopo Belt. Diferem, usando este mesmo critério dos granitos rapakivi tipo-A proterozoicos. Em termos das condições de fugacidade de oxigênio, a Suíte Planalto e o Complexo Granítico Estrela se aproximam dos granitos rapakivi mesoproterozoicos e dos granitos paleoproterozóicos reduzidos a moderadamente oxidados da Província Carajás e diferem dos granitos oxidados daquela província e também dos granitoides do pluton Matok. Conclui-se que a Suíte Planalto é similar aos granitos neoarqueanos ferrosos ou do tipo-A da Província Carajás e, exceto por seu caráter reduzido, diferem em suas características mineralógicas e nos parâmetros de cristalização de alguns exemplos clássicos de granitos tipo-A e exceto por seu caráter reduzido, são semelhantes aos granitoides neoarqueanos Fe-K e Mg-K. O fato de se ter um ambiente colisional em Carajás e também no Limpopo Belt durante o neoarqueano sugere que as similaridades observadas entre os granitos de ambas províncias pode refletir um condicionamento geológico e tectônico.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Petrografia, geoquímica e suscetibilidade magnética do granito Gradaús, Província Carajás, SE do Pará(Universidade Federal do Pará, 2017-10-31) CARVALHO, Thiago Andrade de; LAMARÃO, Claudio Nery; http://lattes.cnpq.br/6973820663339281O Granito Gradaús (1882±9 Ma), localizado no Estado do Pará, a oeste da cidade de Bannach e a norte de Cumaru do Norte, porção sudeste do Cráton Amazônico, é um batólito anorogênico com formato subcircular e cerca de 800 km² de área aflorante, integrante do intenso magmatismo granítico que ocorreu durante o Paleoproterozoico na Província Carajás. É intrusivo em metassedimentos do Grupo Rio Fresco, os quais recobrem unidades arqueanas pertencentes ao Domínio Rio Maria. É constituído por dois conjuntos petrográficos distintas: rochas monzograníticas, compostas basicamente por biotita-monzogranitos e biotitamonzogranitos-porfiríticos, e por rochas sienograníticas formadas por biotita-anfibóliosienogranitos, biotita-sienogranitos e biotita-sienogranitos-porfiríticos. Os dados de suscetibilidade magnética (SM) permitiram identificar três populações com diferentes características magnéticas; seus valores de SM moderados a baixos (< 3,53 x10-3 SIv) permitem classificá-lo como um granito moderadamente reduzido. O Granito Gradaús apresenta conteúdos de SiO2 >75%, MgO <0,2%, CaO <1%, FeOt entre 1-2% e Al2O3 entre 11,3 e 12,9%, caráter metaluminoso a peraluminoso, razões FeOt/(FeOt+MgO) entre 0,94 e 0,97, K2O/Na2O entre 1 e 2 e conteúdos de ETRL mais elevados que os ETRP. Os ETRL mostram padrão de fracionamento moderado ((La/Sm)n=4,61) e os ETRP sub-horizontalizado ((Gd/Yb)n=1,40). As anomalias negativas de Eu são moderadas a acentuadas nas rochas monzograníticas e sienograníticas (Eu/Eu* 0,43-0,02) e levemente mais pronunciadas nas rochas porfiríticas (Eu/Eu* 0,25-0,03). Mostra afinidades geoquímicas com granitos do tipo A intraplaca, do subtipo A2 e granitos ferrosos. Apresenta semelhanças petrográficas, geoquímicas, geocronológicas e de SM com os granitos São João e Seringa, ainda não enquadrados em nenhuma das três suítes graníticas da Província Carajás. O estudo comparativo entre esses granitos com aqueles que compõem as suítes Jamon, Velho Guilherme e Serra dos Carajás mostra que eles apresentam maiores semelhanças com os granitos que integram a Suíte Serra dos Carajás.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Petrologia da seqüência xistosa Seridó, Currais Novos - Parelhas (RN)(Universidade Federal do Pará, 1981-03-13) GAMA JÚNIOR, Theodomiro; ALBUQUERQUE, Carlos Alberto Ribeiro deNo estudo do metamorfismo da região de Currais Novos - Parelhas (RN), que pertence à faixa dibrada seridó, foram empregadas análises petrográficas, quimismo de minerais e de rochas, relações entre cristalização e deformação, assim como foram aplicados geotermômetros e geobarômetros e a distribuição espacial das associações minerais. Três fases consecutivas de deformação (F1, F2 e F3), têm sido reconhecidas nessa faixa, sendo F3 visível apenas localmente. O estudo das relações entre deformação e cristalização mineral evidencia que geralmente os minerais são sintectônicos (relativo a F1) embora alguns minerais também ocorrem frequentemente com a cristalização pós-tectônica. A estabilidade de estaurolita, clorita, andalusita, cordierita, muscovita e fibrolita (eventualmente cristais maiores de silimanita), o quimismo da granada (almandina - 69% à 72% e espessartita - 14%) e a composição química do plagioclásio (oligoclásio, Na26), definem o metamorfismo regional na região estudada na fácies anfibolito baixa a média e do tipo de pressão baixa a intermediária. As condições de temperatura e pressão durante este metamorfismo foram estimadas em 550°C e 4.0 kbar, respectivamente. A distribuição espacial homogênea das associações minerais (granada - cordierita-andalusita-silimanita-estaurolita-clorita), por toda a extensão da área estudada, sugere que não existe um zoneamento metamórfico na mesma. Não foi identificada qualquer evidência de um evento retrometam6rfico de carácter regional, porém, restrita a estreita zonas cisalhadas nas proximidades das cidades de Cruzeta, Jardim do Seridó e São José do Seridó, foi constatada a sua existência. Assim foram originadas rochas milonitizadas, tais como filonitos. As condições da fácies xistoverde não chegam a ser, entretanto, atingidas. A mineralogia e o quimismo da seqüência xistosa Seridó indicam que as rochas se originaram de sedimentos com predominância de pelitos e grauvacas. Já as rochas calcossilicatadas, intercaladas na seqüência xistosa, são produtos de rochas sedimentares de composição carbonática impura. Por outro lado, o anfibolito, com excessão ao teor elevado em K2O teria como origem uma rocha de composição ultramáfica, semelhante em composição aos peridotitos e inclusive aos peridotitos komatiiticos.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Petrologia e geocronologia do magmatismo granítico do Cinturão Araguaia(Universidade Federal do Pará, 2017-11-28) SILVA NETO, Juvenal Juarez Andrade da; GORAYEB, Paulo Sérgio de Sousa; http://lattes.cnpq.br/4309934026092502Na porção leste do Cinturão Araguaia (CA), Estado do Tocantins, são identificados corpos graníticos de dimensões relativamente pequenas, merecendo destaque os plútons Ramal do Lontra (GRL), Presidente Kennedy (GPK), Barrolândia (GBR) e Santa Luzia (GSL), os quais são o registro de um importante evento de granitogênese relacionado à evolução do CA no fim do Neoproterozoico. As poucas ocorrências conhecidas e os dados geológicos existentes sobre esses corpos não estavam sistematizados e organizados de maneira que possibilitasse uma compreensão integral e correlativa das várias áreas onde esses granitos afloram. Vale ressaltar que, embora este magmatismo seja espacialmente pouco representativo, ele tem grande importância para o entendimento da evolução crustal do CA, pois, seu alojamento estaria relacionado à fase principal do metamorfismo regional, tendo em vista que os corpos ocorrem nos domínios de maior grau metamórfico desta unidade geotectônica. Este trabalho está voltado à interpretação petrológica e à geocronologia do magmatismo granítico do Cinturão Araguaia, tendo em vista o seu conhecimento não-articulado e seu importante significado geotectônico na evolução desse segmento crustal, a partir da caracterização petrográfica e litogeoquímica desses corpos; da definição da idade dos episódios magmáticos que formaram esses granitos através da datação U-Pb em zircão; e da investigação das possíveis fontes e tempos de residência crustal através de idades modelo TDM (Sm-Nd) e parâmetro Nd. Os granitos estudados constituem stocks em formas levemente ovaladas com dimensões variáveis entre 3 a 6 km no eixo maior por 2-4 km, encaixados em micaxistos e quartzitos do Grupo Estrondo. Em campo, notaram-se algumas feições importantes como a ausência de metamorfismo de contato e de xenólitos nas encaixantes, inexistência de margens de resfriamento no corpo, presença de pequenas massas graníticas nos xistos encaixantes e concordância estrutural entre as foliações das encaixantes e do corpo granítico. Esses corpos são caracterizados petrograficamente como metagranitos de duas micas com pequenas variações mineralógicas, pobres em minerais máficos (<6%), hololeucocráticos, equigranulares de granulação média, apresentando texturas granoblásticas, predominantemente, com textura reliquiar granular hipidiomórfica. No diagrama QAP de Streckeisen os corpos GRL, GBR e GSL plotam dominantemente no campo do monzogranito, ou na fronteira dos campos monzogranito a granodiorito, enquanto o GPK no campo do granodiorito. O conteúdo mineralógico essencial é formado por oligoclásio, quartzo e microclina, seguido de biotita e muscovita, e os minerais acessórios reúnem apatita, zircão, alanita, granada, monazita e minerais opacos. Do ponto de vista geoquímico, os granitos desses quatro corpos são muito similares, mostrando riqueza em SiO2, variando entre 71 e 74% e em Al2O3, 13 a 15%. Os teores de Na2O e K2O são levemente maiores no GRL e no GPK, o que provavelmente reflete na relação A/CNK que os enquadra como os tipos mais peraluminosos. Os teores de MgO, TiO2, Fe2O3Total e CaO são, no geral, baixos, o que indica tratar-se de granitos pouco fracionados. O estudo dos elementos-traços mostrou que há pequenas variações composicionais entre as rochas dos diferentes corpos. O comportamento dos ETR demonstrou um fracionamento médio a acentuado dos leves em relação aos pesados com razão (La/Yb)N igual a 11,8-72,8 e pequenas anomalias negativas de Eu (Eu/Eu*= 0,5-1,3). Nos diagramas de discriminação de ambiente tectônico os granitos situam-se dominantemente no campo sin-colisional. Os estudos geocronológicos realizados pelo método U-Pb em zircão via SHRIMP, forneceram idades médias de 542,7 ± 1,9 Ma (GPK), 541,5 ± 1,8 Ma (GBR) e 546,4 ± 2,3 Ma (GSL); interpretadas como as idades de cristalização do zircão, permitindo, assim, posicioná-los no final do Neoproterozoico. A idade obtida no GRL foi de 615,7 ± 26 Ma, o que destoa dos dados já conhecidos e merecerá reanálise dos dados. Os resultados isotópicos de Sm-Nd para os quatro corpos graníticos forneceram idades modelo (TDM) que variam de 1,69 a 1,84 Ga e valores de Nd negativos entre -12,18 e -6,21. No diagrama Nd vs. tempo, as amostras indicam uma fonte dominantemente crustal de idade estateriana para os magmas parentais. A análise integrada dos dados de campo, petrográficos, geoquímicos e geocronológicos, permite afirmar que, os plútons graníticos estudados são correlatos, tendo sua origem associada a um mesmo evento de granitogênese; as idades U-Pb em zircão de 541 a 546 Ma, interpretadas como idades de cristalização dos granitos GPK, GBR e GSL, estão relacionadas à fase principal do metamorfismo do CA; o alojamento desses corpos está associado à fase orogenética colisional do CA no fim do Neoproterozoico; os dados de Sm-Nd sugerem que a geração destes granitos pode estar relacionada a processos de anatexia de duas fontes crustais distintas, propiciando a agregação de líquidos graníticos, ascensão e o alojamento tardio desses magmas à tectônica principal do Cinturão Araguaia.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Quartzo magmático e hidrotermal do depósito de ouro São Jorge, província aurífera do Tapajós-PA: petrografia, MEV-CL e implicações metalogenéticas(Universidade Federal do Pará, 2015-08-05) SOTERO, Aldemir de Melo; LAMARÃO, Claudio Nery; http://lattes.cnpq.br/6973820663339281O Depósito São Jorge, localizado no município de Vila Riozinho, Província Aurífera do Tapajós, sudoeste do estado do Pará, está hospedado em rochas monzograníticas com 1,89 Ga, hidrotermalizadas em diferentes intensidades, pertencentes ao Granito São Jorge Jovem (GSJJ). Quatro tipos morfológico-texturais de quartzo (Qz1, Qz2, Qz3 e Qz4) foram identificados através de imagens de microscopia eletrônica de varredura-catodoluminescência (MEV-CL) nas associações minerais propostas por Borges et al. (2009) para a área do depósito de ouro São Jorge. Nas rochas mais preservadas (associação 1 e 2), ricas em anfibólio e biotita, ocorrem cristais anédricos de quartzo magmático, de luminescência moderada a alta (Qz1). Nas rochas alteradas (associações 2 e 3), fluidos pós-magmáticos a hidrotermais que afetaram o granito percolaram fraturas do Qz1 e cristalizaram Qz2 não luminescente (escuro). Nas rochas mais intensamente alteradas (associação 4), sucessivos processos de alteração, dissolução e recristalização deram origem a cristais de quartzo zonados, subédricos (Qz3) e euédricos (Qz4) tipicamente hidrotermais, sendo este último hospedeiro da mineralização aurífera. A evolução textural do quartzo está diretamente relacionada às atividades hidrotermais que afetaram as rochas do GSJJ. Imagens de elétrons retroespalhados (ERE) e análises semiquantitativas por espectroscopia por dispersão de energia (EDS), identificaram duas gerações de ouro: Au1, enriquecido em Ag (4,3 a 23,7%) e incluso ou associado a cristais de Py; Au2, enriquecido em Te (1,1 a 17,2%) e incluso no Qz4. O estudo de cristais de quartzo através de MEV-CL forneceu informações morfológico-texturais importantes para o entendimento dos processos hidrotermais que atuaram na área mineralizada do depósito de ouro São Jorge, podendo esta metodologia ser aplicada em estudos de quartzo de outros depósitos hidrotermais.
