Dissertações em Ecologia (Mestrado) - PPGECO/ICB
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.ufpa.br/handle/2011/8938
O Mestrado Acadêmico foi criado em 2015 e pertence ao Programa de Pós-Graduação em Ecologia (PPGECO) do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da Universidade Federal do Pará (UFPA) em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA).
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Navegando Dissertações em Ecologia (Mestrado) - PPGECO/ICB por CNPq "CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ECOLOGIA"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Aspectos ecoepidemiológico associados à fauna flebotomínica de um fragmento florestal urbano(Universidade Federal do Pará, 2017-03-31) ROSÁRIO, Ingrid Nazaré Garcia; MÁLAGA, Sérgio Marcelo Rodríguez; http://lattes.cnpq.br/4348571126707708; SILVA, Ivoneide Maria da; http://lattes.cnpq.br/5206284058104362Os flebotomíneos são insetos vetores de diversos patógenos causadores de doenças, sendo responsáveis pela transmissão a animais e humanos de inúmeras enfermidades sendo a principal delas as leishmanioses. O presente estudo avaliou os aspectos ecoepidemiologicos da fauna flebotomínica em um fragmento florestal na área urbana no município de Belém (PA). De dezembro de 2015 a novembro de 2016 foram realizadas coletas mensais de flebotomíneos no fragmento florestal e no peridomicílio das residências próximas, com o auxilio de armadilha luminosa do tipo CDC. Coletou-se um total de 4070 flebotomíneos, com identificação de dois gêneros e 24 espécies. A espécie predominante foi Lutzomyia (Trichopygomyia) longispina (32,16%), seguida por Lutzomyia (Evandromyia) infraspinosa (21,72%). Os estimadores de riqueza indicaram que o esforço amostral foi satifastório para a área estudada. Não houve uma relação significativa entre a precipitação acumulada, a temperatura e a umidade relativa do ar quando analisada com a abundância de flebotomíneos. Quando relacionados às variáveis climáticas com a riqueza de espécies, apenas a precipitação acumulada mensal apresentou uma relação negativa sobre a riqueza de espécies capturadas. Na análise da distribuição vertical o número de espécimes de flebotomíneos capturados ao nível do solo foi significativamente maior do que na copa, onde no solo foram encontradas 21 espécies, sendo quatro delas exclusivas deste estrato e 20 espécies na copa, com três ocorrendo exclusivamente da copa. Foram encontradas quatro espécies com importância epidomiológica, sendo: Lutzomyia (Nyssomyia) flaviscutellata, Lutzomyia (Psychodopygus) ayrozai, Lutzomyia (Psychodopygus) paraensis e Lutzomyia (Nyssomyia) antunesi. As fêmeas avaliadas por PCR foram negativas para Leishmania spp. E a maioria das fêmeas ingurgitadas analisadas alimentou-se de mamíferos. O conhecimento da fauna em área de preservação sob intensa influência antrópica, pode auxiliar no entendimento da relação entre as espécies e o grau de preservação de uma área, e também no conhecimento de espécies que podem desempenhar papel efetivo na transmissão de agentes patogênicos ao homem e animais.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Clima, solo e água: importância de variáveis ambientais na determinação da distribuição potencial de peixes de rios e riachos amazônicos(Universidade Federal do Pará, 2017-10-19) ALVAREZ, Facundo; MONTAG, Luciano Fogaça de Assis; http://lattes.cnpq.br/4936237097107099; GERHARD, Pedro; http://lattes.cnpq.br/5621269098705408Estimar as distribuições espaciais das espécies é um dos principais objetivos da macroecologia, ainda mais quando os esforços amostrais não conseguem atingir os conhecimentos sobre os padrões demográficos das espécies alvo. Neste sentido os modelos de distribuição de espécies (MDE) aproximam o nicho fundamental das espécies a partir da extrapolação de variáveis predictoras relacionadas com dados de presença ou presença/ausência das espécies. A bacia Amazonas-Tocantins está caracterizada por uma forte dinâmica ambiental que condiciona de forma diferencial a ictiofauna regional à diferentes escalas espaciais. Para caracterizar à percepção diferencial dos hábitats por parte das espécies os modelos foram configurados com base nas distribuições espaciais de quatro espécies de rio, Ageneiosus inermis, Acestrorhynchus falcatus, Pygocentrus nattereri e Plagioscion squamosissimus e quatro de riachos, Crenuchus spilurus, Helogenes marmoratus, Helogenes marmoratus e Trichomycterus hasemani. Os objetivos do trabalho foram: (i) Determinar qual conjunto de variáveis preditoras permitem obter melhores representações espaciais para as espécies de rios e riachos empregando MDE e, (ii) Avaliar o poder preditivo de MaxEnt para gerar MDE de rios e riachos empregando diferentes conjuntos de variáveis preditoras. Os registros espaciais que apresentaram autocorrelação espacial foram processados a partir do pacote spThin. Para caracterizar a dinâmica ambiental foram incorporados 78 variáveis divididas em três tratamentos: PCA1 (variáveis climáticas), PCA2 (variáveis climáticas, declividade e fluxo acumulado) e PCA3 (variáveis climáticas, declividade, fluxo acumulado, topográficas e edáficas). Foi empregado o software MaxEnt, configurado a partir do pacote ENMeval. Dois aspectos podem ser observados nos resultados, para espécies de rios a incorporação de variáveis hidrológicas, topográficas e edáficas permite obter representações mais precisas e restritas espacialmente do que somente empregando variáveis climáticas. E em segundo lugar, independente da complexidade dimensional do sistema, MaxEnt permite obter MDEs com alto poder preditivo tanto para espécies de rios como para espécies de riachos. No caso de espécies de rios os preditores macroscópicos (variáveis climáticas - PCA1) permitiram representar seus requisitos ambientais e suas amplas distribuições espaciais. Enquanto que, variáveis climáticas, hidrológicas, topográficas e edáficas (PCA3) atuaram como filtros ambientais restringindo as distribuições espaciais de ambas às espécies de rios e riachos. A complexidade dimensional do sistema não afeta a capacidade de representação espacial de Maxent, observando que, no caso de espécies de riachos MaxEnt mostrou maior capacidade de representação espacial.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Fatores determinantes do uso de habitats por mamíferos ungulados (Artiodactyla e Perissodactyla) na Amazônia Oriental(Universidade Federal do Pará, 2022-04) ALVES, Michel Jacoby Pereira; OLIVEIRA, Ana Cristina Mendes de; http://lattes.cnpq.br/1199691414821581; https://orcid.org/0000-0002-7863-9678O uso do solo por atividades antrópicas em paisagens da Amazônia oriental vem modificando e suprimindo os habitats nativos desta região, alterando a dinâmica dos ecossistemas e afetando negativamente a biodiversidade. Os mamíferos ungulados herbívoros-frugívoros estão entre os grupos de mamíferos mais afetados por estas modificações nos ecossistemas. Através do uso de armadilhas fotográficas registramos ungulados e mensuramos a pressão de caça. A partir de imagens de satélite avaliamos as características ambientais e pressões antrópicas que podem estar influenciando a abundância de anta (Tapirus terrestris), veados (Mazama americana e Mazama nemorivaga) e porcos selvagens (Pecari tajacu e Tayassu pecari) em habitats com diferentes níveis de perturbação. As espécies apresentaram respostas distintas as variáveis de paisagens e de uso do solo. Nosso resultado demonstra que todas as espécies estudadas apresentaram algum grau de tolerância a habitats perturbados, exceto habitats de pastagem abandonada e plantação de palma de dendê. Também demonstramos que embora as espécies utilizem habitats degradados, elas possuem uma alta dependência de habitats florestados.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Filtros ambientais determinando caracteres funcionais de assembleias de Odonata(Universidade Federal do Pará, 2017-03-24) PEREIRA, Diego Fernandes Gomes; JUEN, Leandro; http://lattes.cnpq.br/1369357248133029A distribuição de espécies pode ser afetada pela disponibilidade de ambientes que se encaixam dentro do limite de variação do seu nicho e pela interação com outras espécies. Modificações no ambiente, especialmente os de origens antrópicas, são cada vez mais comuns, e a modificação de habitat resultante dessas atividades é considerada uma das principais causas de extinções de espécies. Ecossistemas aquáticos são considerados um dos mais vulneráveis do globo em virtude de sua dependência da paisagem circundante e da rede de drenagem. No entanto, a resposta das espécies a essas alterações não é aleatória, podendo seguir padrões que são dependentes de funcionalidade ou da morfologia especifica de cada táxon. O objetivo deste trabalho foi avaliar se os fatores ambientais funcionam como filtro para o estabelecimento de espécies de Odonata por meio de seus caracteres funcionais e morfológicos, testando as hipóteses de que: a) o ambiente funciona como um filtro sobre as espécies, por meio da facilitação ou impedimento de caracteres e b) que devido aos requerimentos de termorregulação e reprodução, indispensáveis para a colonização e manutenção da população, a largura do tórax e o tipo de oviposição serão as variáveis biológicas mais afetadas. Para isso, amostramos 97 igarapés na Amazônia oriental, distribuídos em um gradiente de condições ambientais que contempla desde áreas totalmente preservadas a muito modificadas pela pecuária e agricultura. Foram utilizados seis caracteres funcionais (comprimento total, comprimento da asa, largura da asa, largura do tórax, comprimento do abdome e categoria de oviposição) e sete variáveis ambientais (índice de integridade ambiental, oxigênio dissolvido, temperatura da água, cobertura de dossel, cobertura de macrófitas, pH e condutividade). Para avaliar se as variáveis ambientais influenciam as assembleias de Odonata, utilizamos uma combinação de análises RLQ e Fourth Corner, na qual avaliamos as relações de sete variáveis. Dentre as variáveis ambientais estudadas, o Índice de Integridade Ambiental apresentou o maior efeito sobre a assembleia de Odonata, tendo relação negativa com a largura da asa, largura do tórax e de oviposição exofítica, e relação positiva com oviposição endofítica. Cobertura de macrófitas foi a segunda variável ambiental mais representativa, apresentando relação negativa com comprimento do abdome e positiva com oviposição exofítica e largura do tórax. Os resultados mostram que ambientes poucos preservados facilitam a ocorrência de organismos com tórax largo e a substituição da categoria de oviposição endofítica pela exofítica. Uma vez que impactos normalmente não modificam a riqueza de libélulas, apenas sua composição, tais resultados indicam que ocorre favorecimento de grupos com estes caracteres, tais como a família Libellulidae, em detrimento de outras famílias e grupos (especialmente de Zygoptera), o que pode resultar em homogeneização da assembleia e perda filogenética e funcional. A preservação de ambientes prístinos é, portanto, indispensável para manter a diversidade de Odonata, sendo a melhor maneira de conservar os muitos grupos ecofisiológicos e comportamentais da ordem. A resposta das assembleias de libélulas, direcionada por caracteres morfológicos e comportamentais, elucida padrões de respostas ecológicas, e a incorporação de hábitos de oviposição em políticas de conservação da ordem se apresenta indispensável para torná-las mais adequadas, pois são críticos para a manutenção de populações e colonização de novos locais.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Influência da perturbação ambiental na assembleia de pequenos mamíferos nãovoadores na Amazônia Oriental(Universidade Federal do Pará, 2019-06) SOTOMAYOR, Omar Santiago Erazo; OLIVEIRA, Ana Cristina Mendes de; http://lattes.cnpq.br/1199691414821581; https://orcid.org/0000-0002-7863-9678A perturbação ambiental antropogênica resulta em diferentes modificações estruturais da floresta, que podem gerar alterações nos padrões de composição de espécies, diversidade taxonômica e funcional. Nós avaliamos a influência da perturbação ambiental na estrutura e diversidade de assembleias de pequenos mamíferos não voadores na Amazônia oriental. Analisamos a composição, riqueza e abundância de espécies e seus caracteres funcionais como descritores de assembleias, considerando suas variações ambientais, em três níveis de perturbação ambiental: (i) interior da floresta; (ii) borda da floresta; e (iii) espaço rural. A diversidade α (taxonômica e funcional) permaneceu relativamente constante através dos níveis de perturbação ambiental antropogênica. No entanto na diversidade taxonômica β, na assembleia da comunidade de floresta-borda apresenta gradientes de abundância, onde compartilham a maioria de suas espécies, mas alguns indivíduos da borda são perdidos na floresta. Por outro lado, as assembleias de floresta-rural e borda-rural apresentam variação equilibrada da abundância, em que os indivíduos de algumas espécies das áreas de floresta e de borda são substituídos por indivíduos de espécies diferentes nas áreas rurais. Entre os atributos morfológicos observamos respostas mais sutis da comunidade, pequenos mamíferos caracterizados por uma cauda maior predominam nas áreas de floresta e, aqueles caracterizados por um pé maior predominam nas áreas rurais. Concluímos que os atributos morfológicos (comprimento da cauda e do pé), são fatores determinantes nos padrões de composição da assembleia dos pequenos mamíferos não-voadores e, de sua seleção de habitat em ambientes que enfrentam impactos antrópicos. As alterações e os padrões identificados em nosso estudo são de importância crucial para planos de manejo e conservação da biodiversidade.
