Navegando por CNPq "CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::OCEANOGRAFIA"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Análise de intrusão salina e qualidade de água em aquífero costeiro na Vila de Algodoal (Ilha de Maiandeua, Pará)(Universidade Federal do Pará, 2023-09-22) PEREIRA, Lucas Yan de Oliveira; KAWAKAMI, Silvia Keiko; http://lattes.cnpq.br/5306256489815710; https://orcid.org/0000-0002-0548-7976; RANIERI, Leilanhe Almeida; http://lattes.cnpq.br/3129401501809850; https://orcid.org/0000-0002-9870-4879A crescente urbanização das zonas costeiras aumenta a demanda por recursos hídricos e, consequentemente, leva a uma intensa explotação de água subterrânea e impactos antropogênicos que geram a degradação da qualidade das águas subterrâneas. O objetivo da presente pesquisa foi avaliar a possível intrusão salina e contaminação da água subterrânea de uma área de proteção ambiental marinha de uso sustentável, a Vila de Algodoal (Maiandeua, PA). Para a primeira etapa da pesquisa, avaliou-se a qualidade da água subterrânea utilizada para consumo humano com base em normativas vigentes (Resolução CONAMA 396/2008; Portaria do Ministério da Saúde 888/2021). A caracterização das águas subterrâneas foi feita com águas de poços coletadas nos períodos chuvosos e menos chuvosos (entre 2021 e 2023), com análises de parâmetros físicoquímicos in situ, microbiológicos e de íons majoritários por cromatografia. Medidas topográficas e de nível da água do lençol freático também foram realizadas. Para a segunda etapa, analisou-se os resultados do questionário socioambiental aplicado com os moradores da vila, a fim de averiguar a percepção deles sobre os problemas relacionados à qualidade da água. As amostras de água do aquífero costeiro apresentaram valores médios de condutividade elétrica (CE) de 453 ± 1 µS/cm e de sólidos totais dissolvidos (STD) de 225,8 ± 1 mg/L. O íon Cl⁻ apresentou concentração média 60 mg/L e diversos poços ultrapassaram o limite aceitável para potabilidade. Observou-se diferença significativa para os dados coletados no primeiro período chuvoso (Março de 2022), onde a CE e STD apresentaram valores médios de 290 µS/cm e 145 mg/L, respectivamente. A relação entre potencial redox, que variou de 0,14 a 0,54 mV, e pH, com variação de 3,2 à 6,7, indicou tendência para ambiente ácido, típico de ambiente transicional subterrâneo. Todos os poços analisados estavam contaminados por coliformes totais e termotolerantes. Dos 34 questionários aplicados, 52% apontaram a percepção de algum problema com a qualidade da água, como água salobra, por exemplo. A má qualidade da água está localmente associada com o processo de intrusão salina e contaminação por bactérias devido à proximidade de fossas. Além de ser agravada devido à profundidade rasa dos poços (12 m em média).Conclui-se que a água do aquífero não é recomendada para consumo humano, encontra-se contaminada por coliformes e, que a intrusão salina ocorre o ano todo, sendo mais intensa no período seco.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Análise ecológica da ostracofauna (crustacea) e meiofauna bentônica associada como bioindicadores ambientais na ilha de Cotijuba, Belém (PA), Amazônia(Universidade Federal do Pará, 2025-02-27) BRITO, Maurício de Souza; PEREIRA, Ana Paula Linhares; http://lattes.cnpq.br/8369046011837903A ocupação descontrolada de áreas de proteção ambiental (APA) em Belém-PA e candidatas à APA, como a ilha de Cotijuba, intensificou os impactos ambientais na região. Para mitigar esses efeitos, a Paleobiologia da Conservação integra dados históricos sobre a distribuição de fauna e flora, conectando passado, presente e futuro. Por sua vez, os ostracodes, pequenos crustáceos sensíveis a variações ambientais, que fazem parte da meiofauna bentônica, fornecem informações sobre mudanças nos ecossistemas por meio da análise de suas comunidades e carapaças, formadas a partir do carbonato de cálcio da água. Desta forma, o levantamento da ostracofauna e meiofauna associada na ilha de Cotijuba permitiu o uso desses grupos como bioindicadores. A pesquisa foi realizada nas estações chuvosa, transicional e menos chuvosa, em duas praias: Flexeira, menos impactada, e Farol, mais influenciada por atividades humanas. Durante as campanhas, foram feitas coletas de amostras superficiais nas zonas de inframaré, intermaré e supramaré, além de testemunhos sedimentares, medidas físico-químicas da água e perfis de praia. Os resultados mostraram a praia do Farol como reflexiva e a praia da Flexeira, dissipativa, além de parâmetros físico-químicos com baixa influência sobre os organismos. A meiofauna bentônica registrou 10 classes distintas: Oligochaeta, Polychaeta, Insecta (Diptera e Trichoptera), Malacostraca (Amphipoda), Arachnida, Ostracoda, Hydrozoa, Gastropoda, Bivalvia e Rhabditophora. Aproximadamente 84% dos espécimes são provenientes da praia da Flexeira, sendo essa proporção maior quando analisados somente os ostracodes (89%). Apesar da menor abundância na praia do Farol, foi observada uma grande quantidade de casulos de pupas de Trichoptera, conhecidos por sua sensibilidade à poluição e mudanças ambientais, indicando um ambiente relativamente saudável. Contudo, observou-se baixa abundância de ostracodes, que pode estar relacionada com fatores abióticos, como o tipo de praia e sedimentos grossos. Além disso, a abundância geral da meiofauna de Cotijuba também foi considerada baixa, mesmo sem indícios de intervenção antrópica significativa, o que indica relação do baixo número de espécimes com condições hidrodinâmicas que intensificam processos erosivos e deposicionais. Destaca-se o registro de uma nova espécie: Cyprideis cotijubensis sp. nov., como potencial bioindicador da ostracofauna recente em estuários fluviais na Amazônia. O projeto resultou também no livro digital “Cartilha Digital Preserva Amazônia”, voltado à conscientização sobre a conservação da Amazônia.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Análise multitemporal (1991-2021) da linha de costa (trecho Calçoene - Cabo Norte), costa atlântica do estado do Amapá.(Universidade Federal do Pará, 2023-08-21) SILVA, Rhuan Rodrigo Pereira e; EL-ROBRINI, Maâmar; http://lattes.cnpq.br/5707365981163429; https://orcid.org/0000-0001-7850-1217A Linha de Costa (LC) da Zona Costeira Oceânica do Amapá (ZCOEA) é, altamente dinâmica, em virtude da sua posição geográfica adjacente à foz do estuário do rio Amazonas. Nesta região se destacam forçantes meteorológicas, com clima equatorial semiúmido, índice pluviométrico (> 2.600 mm/ano), ventos (3 a 9 m/s), eventos extremos (El Nino, 1997/1998 e 2015/2016; e La Nina, 1999/2000 e 2010/2011), forçantes hidrológicas (descargas hídrica e sólida do rio Amazonas, 175,000 m³.s-1 e 1,200 Mt. Ano-1, respectivamente), e oceanográficas (hipermaré - até 12 m, correntes de maré - 2 m. s-1, ondas – até 3 m de altura e velocidade de até 3 m. s-1). O trabalho objetiva analisar a variação multitemporal (1991 a 2021) da LC, entre a foz dos estuários dos rios Calçoene e Sucuriju; e na Estação Ecológica Maracá-Jipioca. A metodologia contempla: (1) levantamento bibliográfico, (2) aquisição de imagens do satélite LANDSAT (anos de 1991, 2000, 2008, 2014 e 2021); e (3) vetorização da LC e aplicação do DSAS para quantificar as áreas de acreção (m) e de erosão (m) da LC e determinar as taxas de recuo e avanço (m/ano e m²/ano), entre a foz dos estuários dos rios Calçoene e Sucuriju; e a criação de polígonos de mudança na Estação Ecológica Maracá-Jipioca. A dinâmica erosiva foi predominante na área de estudo com recuo médio da LC de 12 m. ano-1 e 1,4 km² de erosão no trecho Calçoene-Sucuriju e 2 km² de erosão na Estação Ecológica Maracá-Jipioca com recuo médio anual de 18 m. Em virtude da dinâmica erosiva, a área de estudo precisa de especial atenção dos gestores públicos a fim de evitar qualquer tipo de interferência antrópica que possa intensificar esse processo.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Análise multitemporal da linha de costa e indicadores de erosão na praia da Ponta D’Areia, ilha do Maranhão: diagnóstico dos impactos de obras costeiras(Universidade Federal do Pará, 2024-08-29) SANTOS, Alessandro Ferreira dos; LIMA, Leonardo Gonçalves de; http://lattes.cnpq.br/5984899472616752; RANIERI, Leilanhe Almeida; http://lattes.cnpq.br/3129401501809850; https://orcid.org/0000-0002-9870-4879A zona costeira é definida como o espaço geográfico de transição entre o oceano e o continente. No Estado do Maranhão ela possui 5 setores, dentre eles o Golfão Maranhense. A praia da Ponta D’Areia se localiza a noroeste da ilha do Maranhão, compondo este setor onde ocorrem marés de até 7,2 m de amplitude. A praia possui aproximadamente 2,5 km de extensão, sendo limitada pelo Rio Anil e pela praia de São Marcos. Em 2014 houve o término da construção de um espigão costeiro na praia da Ponta D’Areia, com o intuito de conter a erosão nela e impedir o assoreamento em direção ao Rio Anil. Neste contexto, para esta pesquisa foram feitos os seguintes questionamentos: (a) Como variou a linha de costa no decorrer de 27 anos? (b) Quais os setores erosivos, deposicionais e estáveis do ponto de vista morfodinâmico, considerando o período antes e depois da construção do espigão costeiro na praia? A construção da obra de engenharia rígida visou reduzir o assoreamento na embocadura do Rio Anil, o que não ocorreu, sendo necessário a complementação do término do espigão em "L" para tentar conter ainda mais o assoreamento. Contudo, implicou na ação erosiva no extremo nordeste da praia. Sendo assim, o objetivo desta pesquisa foi a análise multitemporal da linha de costa da Ponta D’Areia no período de 1996-2022 e a sua vulnerabilidade atual à erosão. A metodologia consistiu na: (1) análise observacional in loco para o preenchimento de tabelas pré-definidas, referentes aos geoindicadores de erosão costeira, e coleta de sedimentos superficiais de praia em novembro/2022 e abril/2023, estação climática seca e chuvosa, respectivamente; (2) levantamento da topografia praial e obtenção de ortofotos por meio de sobrevoo com drone em abril/2023; (3) análise multitemporal da linha de costa de 1996 a 2022, por imagens do satélite Landsat, software ArcGIS e extensão Digital Shoreline Analysis System (DSAS), bem como a previsão da linha de costa para 10 e 20 anos posteriores; (4) aplicação de índice de vulnerabilidade costeira à erosão (IVC) em três setores da costa, por meio da avaliação dos parâmetros naturais e de parâmetros antrópicos; e (5) avaliação dos impactos das obras de engenharia costeira na praia da Ponta D’Areia. Os resultados mostram variações na linha de costa de -64,63 m (-3,46 m/ano: erosão) a 32,15 m (2,39 m/ano: acreção) de 1996 a 2022, com previsão estimada para 2032 de 157,76 m (4,94 m/ano) de avanço e -123,26 m (-3,68 m/ano) de recuo e, a previsão para 2042 de 101,93 m (1,48 m/ano) de avanço e -141,35 m (-1,63m/ano) de recuo. Identificou-se o estado morfodinâmico de praia dissipativa através do mapeamento topográfico com drone e vulnerabilidade moderada à erosão costeira no setor I, o setor da marina, que apresentou o menor IVC: 4. No setor II, setor espigão, obteve-se IVC: 6,37 (vulnerabilidade moderada) e, no setor III, setor do Farol, IVC: 6,8 apontando vulnerabilidade alta à erosão. Foi possível observar como os processos meteo-oceanográficos (ondas, deriva litorânea, correntes de maré, ventos e descarga estuarina) estão resultando na variação da linha de costa, assim como as interferências humanas (ocupação na linha de costa e construção de estruturas rígidas). A acreção costeira se intensificou na praia após a intervenção antrópica com a construção do espigão. Conclui-se que a análise multitemporal da linha de costa da área de estudo entre 1996 e 2022, revelou variações significativas, influenciadas por fatores naturais e antrópicos. Mesmo com as interferências humanas para alterar a resultante sedimentação provocada pelos agentes meteo-oceanográficos, esses processos naturais continuam modelando com intensidade a dinâmica costeira da região e são os principais responsáveis pelas variações na linha de costa da praia.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Aplicabilidade de um sistema de baixo custo para o monitoramento de dados meteoceanográficos na zona costeira Amazônica(Universidade Federal do Pará, 2025-04-23) SOTÃO, Daniel da Silva; ROSÁRIO, Renan Peixoto; http://lattes.cnpq.br/8003860457518342; https://orcid.org/0000-0003-2913-0514Este trabalho teve como objetivo desenvolver, implementar e validar um Protótipo de Monitoramento Contínuo (PMC) de baixo custo, para coletar dados meteoceanográficos na Zona Costeira Amazônica (ZCA), região vulnerável às mudanças climáticas e com lacunas de dados ambientais. O sistema, desenvolvido com um microcontrolador ESP32, integra sensores de temperatura e umidade relativa do ar (HDC1080 e AM2302), pressão atmosférica (BMP280 e MS5611), temperatura da água (DS18B20), nível da maré (HC-SR04), precipitação, velocidade e direção do vento. Os sensores foram validados comparando seus dados com uma estação meteorológica CICLUS PRO (EMC) e um registrador Sonlist Levelogger 5 LTC (CTDlog), ambos utilizados como referência. O PMC realizou quatro campanhas de testes em conjunto com o EMC e CTDlog, totalizando 56.221 registros. Os dados foram submetidos à regressão linear para desenvolver equações de calibração para cada sensor. A qualidade dos modelos de calibração foi avaliada por meio do coeficiente de determinação (R²), raiz do erro quadrático médio (RMSE), correlação de Pearson e análise residual. Os sensores HDC1080 e AM2302 mostraram excelente desempenho na medição de temperatura, com R² > 0,9, RMSE < 0,2 °C e residual absoluto médio (RAM) < 0,12 °C, e correlação de Pearson muito forte (r ≥ 0,9). No entanto, demonstraram instabilidade na medição da umidade relativa do ar (R² ≈ 0,64; RMSE ≈ 3,46%; RAM ≈ 2,52%). O desempenho dos sensores de pressão BMP280 e MS5611 foi inicialmente comprometido pelo aquecimento interno do PMC, mas após compensação térmica, obtiveram R² entre 0,88 e 0,99, RMSE entre 0,17 e 0,45 hPa e RAM entre 0,11 e 0,34 hPa, com destaque para o BMP280. O sensor DS18B20 apresentou correlação muito forte, R² ≈ 0,94, RMSE ≈ 0,036 °C e RAM ≈ 0,021 °C, sendo altamente promissor. O HC-SR04 destacou-se como o melhor entre todos, com R² ≈ 0,99, RMSE ≈ 2,6 cm e RAM ≈ 1,9 cm. Sensores de precipitação e de vento apresentaram inconsistências, exigindo testes adicionais. O custo total de produção do PMC foi de R$ 952,75, refletindo economia de 86,19% em relação à EMC (R$ 6.897,00) e 96,14% frente ao CTDlog (R$24.677,29). Comparando o PMC a equipamentos equivalentes, obteve-se economia de no mínimo 66,33% em relação às estações básicas e 87,3% frente a registradores de temperatura e nível da água mais econômicos. O PMC demonstrou ser uma solução viável, econômica e replicável para o monitoramento ambiental contínuo na ZCA, com potencial de preencher lacunas existentes nas redes de observação, embora melhorias ainda sejam necessárias para aprimorar seu desempenho a longo prazo.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Avaliação das influências espaço-temporais e de maré nas concentrações de metais em água e sedimentos estuarinos no entorno de um polo industrial amazônico(Universidade Federal do Pará, 2025-04-25) FERREIRA, Johnata Azevedo; AMADO, Lílian Lund; http://lattes.cnpq.br/3382900147208081; https://orcid.org/0000-0001-7693-8191O estuário do rio Pará é formado pelo rio Tocantins e afluentes de pequenas contribuições como os rios Guamá e Capim. O estuário é um importante ecossistema por servir de abrigo e reprodução para diversas espécies de peixes além de ser responsável pela reciclagem de nutrientes para o meio aquático. Entretanto, esse ambiente sofre constantemente descargas de efluentes de origem doméstica e industrial. O município de Barcarena, região estuarina do estado do Pará, localizado a 40 km de distância da capital (Belém) é um local de grande importância econômica para o estado, possuindo um polo industrial no setor de alumino, caulim e siderurgia. O presente estudo tem por objetivo a caracterização da variação espaço-temporal de metais e metaloide em água superficial (frações total, dissolvida e particulada) e sedimento superficial (fração total) em pontos sob distintos níveis de influência urbano-industrial no município de Barcarena, PA. Foram coletadas amostras de água e sedimento no estuário do rio Pará em diferentes períodos sazonais nos anos de 2023 períodos (I- Transicional, II – Chuvoso, III – transicional, IV - Estiagem) e 2024 (V – Chuvoso, e VI – Estiagem). Durante o período de coleta, foram observados diferentes fenômenos climáticos relacionados ao El Niño- Southern Oscillation (ENSO). O ano de 2023 foi marcado pela ocorrência do La Niña, enquanto em 2024 ocorreu o El Niño. As coletas para obtenção de dados químicos de águas e sedimentos foram realizadas em triplicata, na maré enchente e na vazante em pontos com diferentes proximidades do polo urbano-industrial de Barcarena. Foram analisadas as concentrações de 10 metais (Al, Ba, Cd, Fe, Pb, Mn, Ni, Cr, As e Hg), na água (fração total, particulada e dissolvida) e em sedimentos (fração total) através da técnica de Espectrometria de Absorção Atômica com atomização em Chama, Forno de Grafite, Vapor Frio de Mercúrio e Geração de Hidretos. Os resultados obtidos demonstraram ausência de diferenças significativas nas concentrações dos metais entre as marés (enchente e vazante) nos pontos amostrados. Em relação às concentrações de metais nas matrizes ambientais (água e sedimento) em todos os pontos analisados, os metais Al, Fe, Mn e Ba apresentaram as maiores concentrações. Esse resultado já era esperado, pois esses elementos possuem altas concentrações na formação geológica da região (Formação Barreiras). Apesar de a região de Barcarena apresentar grandes concentrações de metais, esse padrão reflete fortemente geologia local. No entanto, fatores de natureza antropogênica também podem estar contribuindo para o aporte de metais potencialmente tóxicos na região. Esse fato pode ser observado nos pontos do Rio Murucupi (RM) e porto de Vila do Conde (VC). Ambas as localidades apresentam baixo saneamento básico, recebendo efluentes de origem doméstica e lixões. Esses resíduos acabam liberando metais e metaloides, como Pb, Hg e As, para a água e o sedimento. Esses elementos são frequentemente associados a efluentes de origem doméstica, descarte inadequado de resíduos sólidos e lixões. Nossos resultados também demonstram importantes conclusões sobre a influência do ENSO (El Niño e La Niña) na distribuição e no comportamento dos metais na região amazônica de estudo. As maiores concentrações de metais, tanto na água quanto no sedimento, foram encontradas durante o período de El Niño em comparação com La Niña. Assim, concluímos que estudos de avaliação ambiental na Amazônia, especialmente os que envolvem o monitoramento de metais em distintos compartimentos ambientais, devem levar em consideração o aporte natural destes elementos nos compartimentos abióticos para que se possa pontuar os potenciais contaminações advindas de atividades antrópicas como urbanização e industrialização.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Bacias hidrográficas urbanas : aspectos socioambientais da bacia do Tucunduba, Amazônia, Brasil(Universidade Federal do Pará, 2021-09-15) FIGUEIREDO, Camila de Magalhães e Souza; SOUSA-FELIX, Rosigleyse Corrêa de; http://lattes.cnpq.br/1452935151806378; https://orcid.org/0000-0002-3769-0792A Bacia Hidrográfica do Tucunduba (BHT) é a segunda maior bacia da cidade de Belém, no Pará. Esta Bacia drena quatro bairros de Belém: Marco, Canudos, Terra Firme e Guamá. Tendo uma das áreas de maior densidade populacional da cidade, com uma população de aproximadamente 200 mil habitantes. Esse trabalho tem como objetivo analisar as condições socioambientais da Bacia do Tucunduba, a partir de elementos macro-ambientais necessários para compreender a dinâmica de uso ao longo da bacia. Os encaminhamentos metodológicos da pesquisa contaram com aplicação de um questionário com os moradores da BHT, cálculo baseado no Índice de Qualidade de Vida Urbana (IQVU) local, cálculo de Índice Simplificado de Impacto Ambiental, estimativa de descarga de esgoto per capita dos bairros pertencentes a BHT e Avaliação de Impacto Ambiental nos meios físicos, bióticos e antrópicos nos 3 trechos da obra de macrodrenagem. A partir dos resultados obtidos, o IQVU na Bacia do Tucunduba é aproximadamente 0,6, ou seja, regular. Além disso, os resultados gerados através da avaliação de impacto ambiental simplificada demonstram que os trechos analisados apresentam impactos ambientais consideráveis (seja alto ou muito alto). O que demonstra a precariedade dos serviços oferecidos à população e evidencia a fragilidade da gestão urbana local. Dessa forma, é urgente estratégias de gestão integrada, de avaliação e monitoramento de espaço, e de oferta de serviços que garantam uma boa qualidade de vida e ambiental.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Caracterização dos padrões morfodinâmicos em cristas de praias na costa amazônica(Universidade Federal do Pará, 2023-09-29) ROSÁRIO, Edineuza dos Santos; SANTOS, Valdenira Ferreira dos; http://lattes.cnpq.br/1395198888623953; HTTPS://ORCID.ORG/0000-0002-5038-4191; RANIERI, Leilanhe Almeida; http://lattes.cnpq.br/3129401501809850; https://orcid.org/0000-0002-9870-4879O conhecimento dos ambientes de praias requer uma abordagem morfodinâmica integrada com o uso de diferentes escalas espaço-temporal, a fim de compreender a atuação dos processos costeiros e marinhos na modificação da morfologia da praia. Existem algumas peculiaridades importantes sobre esses processos nas praias da região amazônica, como a grande descarga hidrossedimentar dos estuários, altos índices pluviométricos e a alta amplitude e intensidade das correntes de maré, que moldam os sistemas praiais, muitas vezes complexos, como as cristas de praias. O objetivo desta pesquisa foi analisar a dinâmica morfológica de um segmento das cristas de praia, localizado ao norte da foz do rio Amazonas, no Goiabal (município de Calçoene), no setor costeiro oceânico do Estado do Amapá. A hipótese é que as mudanças morfológicas no segmento das cristas de praia em estudo são influenciadas pela dinâmica hidrossedimentar do rio Amazonas. A metodologia de investigação baseou-se em três etapas: (1) determinação da morfologia das cristas de praias e das suas alterações (variação do perfil de praia, depósitos sedimentares e classificação das praias); (2) análise dos processos morfossedimentares (agentes físicos costeiros como marés, ondas e correntes, e fornecimento de sedimentos como plumas sedimentares; (3) integração dos dados (correlação entre os processos analisados na primeira e na segunda etapa). Os resultados indicam variações médias significativas na morfosedimentação do sistema das cristas de praia em Goiabal, com migração sazonal (~24 a ~42 metros) em direção ao continente. A erosão e a deposição nas cristas e nos canais subsequentes foram, em média, inferiores a 0,30 m ao longo dos perfis de praia durante o ciclo sazonal. Os parâmetros oceanográficos indicam altura média de ondas de 0,25 m e uma amplitude média da maré de 5 m. As correntes costeiras são orientadas para oeste-sudoeste e há uma predominância de correntes de maré vazante durante o período chuvoso. A pluma de sedimentos do rio Amazonas estava mais próxima da área de estudo durante a estação chuvosa (~15 a 25 km), com predominância das correntes de maré vazante. Assim, pode-se concluir que o segmento das cristas de praia estudada sofre maior influência da pluma de sedimentos do rio Amazonas durante o período chuvoso, intensificando a deposição de sedimentos finos. A deslocamento das cristas de praias e o fornecimento de sedimentos têm uma forte relação com a dinâmica das marés na região.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Caracterização morfossedimentar da Praia do Caripi (Barcarena/PA) antes e após a construção da nova orla(Universidade Federal do Pará, 2021-12-29) SOUSA, Bianca Abraham de Assis; RANIERI, Leilanhe Almeida; http://lattes.cnpq.br/3129401501809850; https://orcid.org/0000-0002-9870-4879Praias estuarinas são caracterizadas por serem ambientes de transição entre oceano e rio que permitem depósitos de sedimentos como areia e cascalho, onde a força das ondas associadas as correntes fluviais e de marés retrabalham os sedimentos levando a um nível adicional de complexidade na morfodinâmica praial. Estas praias são comuns na zona costeira amazônica e alvo de diversas ações antrópicas através da urbanização, turismo e instalações portuárias. O trabalho realizado analisou a morfologia da praia estuarina do Caripi (município de Barcarena, Estado do Pará), no intuito de verificar as alterações em sua dinâmica sedimentar, principalmente em consequência da obra de contenção de erosão na praia inaugurada em 2018. Pretendeu-se comparar dados topográficos coletados em 2016, com dados atuais (2019 e 2020), pós-construção da nova orla, além de avaliar se a erosão costeira na praia ficou efetivamente contida, pelo menos a curto prazo. A pesquisa foi realizada pelo Laboratório de Oceanografia Geológica da Universidade Federal do Pará (LABOGEO/UFPA) em parceria com o Laboratório de Geologia de Ambientes Aquáticos da Universidade Federal Rural da Amazônia (LGAA/UFRA). Foram realizados trabalhos de campo durante dois anos (setembro/2019 e novembro/2020), onde ocorreu a coleta de dados topográficos em 5 perfis praiais com o uso de Estação Total, modelo RUIDE RTS-822R³. Tais dados foram comparados à pesquisa já realizada em janeiro/2016, quando não havia a construção da nova orla. O perfil praial mais extenso e plano (1° de declividade) foi o C5 (215 m de face praial em 2016 a 111 m em 2020), o menos extenso e mais íngreme (6° a 3° de declividade) foi o perfil C1 (30 m de face praial em 2016 a 72 m em 2020). Verificou-se algumas mudanças morfológicas significativas na praia de 2016 a 2020, relacionada às questões de alteração do estado morfodinâmico praial. No perfil C3, por exemplo, prevalecia o estado dissipativo em 2016, passando para o estado reflexivo em 2019-2020, ou seja, após a construção da nova orla com o muro de gabião, originou-se uma face praial mais íngreme na porção central da praia. Por outro lado, o perfil C1 alterou do estado morfodinâmico reflexivo em 2016 para o intermediário em 2019-2020. Constatou-se que a erosão costeira persiste mesmo após a construção do muro de gabião na praia, cuja efetividade da obra tem sido baixa frente ao referido problema. Notou-se que o muro construído tem contido a erosão costeira, que não avançou de forma severa como em anos anteriores a obra, mas já é possível identificar iminência de erosão e pequenos danos na nova orla do Caripi, concluindo que a praia ainda se apresenta vulnerável à erosão costeira, mas com risco baixo aos problemas associados.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Compreendendo as percepções sobre os potenciais impactos das mudanças climáticas em comunidades costeiras: um estudo de caso na área marinha protegida de Soure, costa amazônica brasileira(Universidade Federal do Pará, 2024-04-24) WANDSCHEER, Jéssica Yamila Leiva; ROSÁRIO, Renan Peixoto; http://lattes.cnpq.br/8003860457518342; https://orcid.org/0000-0003-2913-0514O estudo explora a percepção das comunidades da RESEX Soure sobre as mudanças climáticas, examinando as relações complexas entre essas comunidades costeiras e as mudanças ambientais. A pesquisa utilizou um questionário estruturado aplicado a 288 participantes, representando 20% dos beneficiários registrados na unidade (Icmbio, 2018). Os dados coletados incluíram informações quantitativas e qualitativas sobre conscientização, impactos percebidos e adaptação às mudanças climáticas. Os resultados mostram que 95,14% dos entrevistados possuem renda mensal de até um salário-mínimo (R$ 1.100 em 2021), refletindo a vulnerabilidade econômica da comunidade. Em relação à escolaridade, 61,46% concluíram o ensino fundamental, enquanto apenas 2,08% possuem nível superior. A maioria dos participantes (58%) nasceu e reside na RESEX desde a infância, sendo dependentes de atividades extrativistas, como pesca, coleta de mariscos e caranguejos. Os entrevistados relataram mudanças ambientais perceptíveis, como aumento nas temperaturas (73%), alterações nos padrões de chuva (68%) e redução da biodiversidade (65%). Esses fatores têm impacto direto nos meios de subsistência, principalmente na pesca, que foi mencionada como a principal atividade econômica pela maioria (70%). Os dados também indicam uma percepção crescente da necessidade de ações de adaptação, com 85% destacando a importância de políticas públicas e programas educacionais voltados para a mitigação dos impactos climáticos. Embora focado na RESEX Soure, o estudo reforça a importância de integrar o conhecimento local em estratégias de adaptação às mudanças climáticas. Os resultados destacam a necessidade de abordagens participativas, baseadas em evidências científicas e adaptadas às realidades locais, para garantir a eficácia das políticas públicas e fortalecer a resiliência das comunidades costeiras.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Condições oceanográficas, ocupação territorial e problemas ambientais na praia do Atalaia (nordeste do Pará, Brasil)(Universidade Federal do Pará, 2012-06-28) PINTO, Ketellyn Suellen Teixeira; COSTA, Rauquírio André Albuquerque Marinho da; http://lattes.cnpq.br/4504677939464624; PEREIRA, Luci Cajueiro Carneiro; http://lattes.cnpq.br/9883400404823218A conservação e gestão da zona costeira da região amazônica merecem atenção especial, devido à riqueza de seus recursos naturais. O presente estudo visa avaliar os impactos dos eventos naturais e atividades humanas na praia de Atalaia, situada no estado do Pará (Brasil), e o desenvolvimento de diretrizes para a implementação de programas de gestão costeira. Os dados foram coletados entre novembro/2008 e novembro/2010. Quatro conjuntos de variáveis foram avaliados: (i) variáveis físicas (climatologia, hidrodinâmica e morfodinâmica), (ii) variáveis hidrológicas (temperatura da água, salinidade, pH, turbidez, oxigênio dissolvido e nutrientes inorgânicos dissolvidos, clorofila a e níveis de coliformes termotolerantes), (iii) desenvolvimento urbano e (iv) distribuição espacial de serviços e infraestrutura. Os resultados indicam que o clima e as condições hidrodinâmicas foram os principais fatores responsáveis pelas flutuações na qualidade de água, turbidez, oxigênio dissolvido, nutrientes inorgânicos dissolvidos e concentrações de clorofila a. A descarga de esgoto doméstico não tratado foi responsável pela contaminação bacteriológica, embora a rápida turbulência decorrente da alta energia hidrodinâmica do ambiente tenha limitado a contaminação por coliformes termotolerantes. Esta alta energia hidrodinâmica, principalmente durante as marés equinociais de sizígia e a falta de planejamento urbano gera outros problemas, tais como a erosão costeira. A área de estudo é caracterizada por altas taxas pluviométricas (> 1900 mm durante a estação chuvosa), ventos de NE com velocidades médias mensais superiores a 4,36 m/s na estação seca e 3,06 m/s na estação chuvosa, condições de macromaré (alcance da maré > 4,0 m), velocidades moderadas de correntes de maré (superior a 0,5 m/s) e alturas de ondas significantes superior a 1,5 m. Em março e junho (meses chuvosos), a corrente de maré vazante alcançou um máximo de 0,4 m/s. O ciclo de maré foi fracamente assimétrico com a maré vazante durando mais de 6 horas e 40 minutos. A energia das ondas foram fracamente moduladas pela maré baixa devido à atenuação das ondas em bancos de areia. A temperatura da água foi relativamente homogênea (27,4°C a 29,3°C). A salinidade variou de 5,7 (junho) a 37,4 (novembro). A água foi bem oxigenada (superior a 9,17 mg/L), turva (superior a 118 NTU), alcalina (acima de 8,68) e eutrófica (máximo de 2,36 μmol/L para nitrito, 24,34 μmol/L para nitrato, 0,6 μmol/L para fosfato e 329,7 μmol/L para silicato), além de apresentar altas concentrações de clorofila a (acima de 82 mg/m³). As condições naturais observadas no presente estudo indicam a necessidade de uma revisão dos critérios hidrológicos usados para avaliação de praias por agências nacionais e internacionais e sua adaptação para a realidade da costa amazônica. A falta de sistema de saneamento público levou a contaminação bacteriológica e a perda da qualidade da água. Com relação ao estado morfodinâmico, as condições dissipativas foram encontradas durante alta a moderada energia hidrodinâmica (condições equinociais e não-equinociais), porém em novembro as maiores alturas de ondas geraram características de barred dissipative, enquanto nos outros meses características nonbarred foram dominantes. Desta forma, o modelo proposto por Masselink & Short (1993) parece não ser ideal para ser aplicado em praias com características similares a praia de Atalaia, na qual a energia das ondas é modulada pela presença de bancos de areia durante algumas fases da maré.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Desenvolvimento de modelo matemático para simulação de transporte de resíduo plástico em estuário amazônico.(Universidade Federal do Pará, 2024-05-28) SANTIAGO, Matheus Pamplona; BORBA, Thaís Angélica da Costa; http://lattes.cnpq.br/6210073723678433; https://orcid.org/0000-0001-8084-3128; ROLLNIC, Marcelo; http://lattes.cnpq.br/6585442266149471; https://orcid.org/0000-0002-8601-1514O crescente uso de plásticos tem gerado preocupações ambientais devido à persistência desses materiais nos ecossistemas marinhos. Estima-se que trilhões de detritos plásticos estejam atualmente nos oceanos, com milhões de toneladas adicionais ingressando anualmente por meio de rios e outras fontes terrestres. Há uma lacuna entre os modelos de entrada de plástico nos oceanos e as observações de campo, indicando a necessidade de abordagens e simulações mais precisas baseadas em dados in-situ. A Zona Costeira Amazônica (ZCA) surge como um ponto crítico para o acúmulo de resíduos plásticos, especialmente em áreas vegetadas próximas a grandes centros urbanos. Embora vários modelos numéricos tenham sido desenvolvidos para a ZCA, nenhum abordou o transporte de resíduos plásticos até o momento. Este estudo pioneiro implementou a primeira simulação matemática para o transporte de plástico em um estuário urbano da costa amazônica, especificamente na Baía do Guajará. O rio urbano da Tamandaré foi escolhido como local de lançamento devido à disponibilidade de dados in-situ para a parametrização dos plásticos que entram na Baía. O modelo hidrodinâmico (D-Flow), validado pelo grupo de modelagem ambiental do LAPMAR, e o módulo de qualidade de água (D-Waq), foram implementados com o software Delft-3D. Os resultados mostram que a Baía do Guajará é mais sensível à contaminação por plásticos durante o período seco, caracterizado por um lento transporte de massas d’água e uma reduzida capacidade de renovação do sistema. Em contraste, no período chuvoso, a tendência é para a exportação de plásticos, devido à maior capacidade de renovação do ambiente. O tempo de residência das águas do rio Tamandaré na baía varia de aproximadamente 8,28 dias no período de maior descarga a 31,76 dias no período de menor descarga, permitindo estimar que os resíduos lançados pelo Tamandaré podem alcançar o Oceano Atlântico Tropical em um intervalo de 36 a 63 dias, dependendo da estação sazonal. O estudo conclui que estuários amazônicos com marés assimétricas positivas favorecem a importação de resíduos no período de menor vazão e aumentam a exportação no período de maior vazão. Foram observadas zonas temporárias de retenção de plásticos em ambos os períodos sazonais para as regiões marginais de baixa energia e morfologia atípica, como a orla próxima ao porto de Belém (BG1) e a foz do rio Guamá (RG). Essas zonas de retenção são intensificadas no período seco e atenuadas no período chuvoso, conforme a variabilidade hidrodinâmica local. Embora o estudo tenha analisado a dinâmica resultante do aporte de plásticos em uma única maré vazante, não considerou o fluxo contínuo e o potencial acúmulo de plásticos ao longo do tempo. Este trabalho representa um passo inicial importante para melhorar a compreensão e a metodologia do transporte de plásticos na ZCA.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Detecção das mudanças costeiras na margem leste do estuário do Rio Pará: uma análise multitemporal (1987-2019) utilizando sensoriamento remoto.(Universidade Federal do Pará, 2022-05-24) GUIMARÃES, Diandra Karina Martins; EL-ROBRINI, Maâmar; http://lattes.cnpq.br/5707365981163429; https://orcid.org/0000-0001-7850-1217; ROSÁRIO, Renan Peixoto; http://lattes.cnpq.br/8003860457518342; https://orcid.org/0000-0003-2913-0514A Zona Costeira e Estuarina Paraense (ZCEP) apresenta uma complexa dinâmica influenciada por forçantes meteorológicas (pluviosidade, ventos, eventos extremos), fluviais (vazão) e marinhas (marés, correntes, ondas). Estas forçantes afetam a linha de costa (LC) das margens dos estuários ocasionando mudanças que dependem do grau de exposição da área e intensidade destas. Com isso, a identificação dos locais que sofrem com os processos de erosão e/ou acreção da LC se torna interessante para observar as mudanças no entorno das ilhas e municípios da margem leste do Estuário do Rio Pará. A área de trabalho situa-se à margem leste do Estuário do Rio Pará, no trecho: ilha de Mosqueiro, Santo Antônio do Tauá, ilha de Colares (às margens do estuário médio), Vigia e São Caetano de Odivelas (às margens do estuário inferior). Para alcançar os resultados foi realizada a aquisição de imagens de satélite LANDSAT (1987; 1993; 1999; 2004; 2008; 2013 e 2019) e foi utilizado o Digital Shoreline Analysis System (DSAS) para identificar e calcular com maior precisão as taxas de variação das mudanças das áreas de erosão e acreção na LC. Foram aplicados os parâmetros NSM, LRR e EPR na margem leste do estuário do rio Pará (117 km) no período de 32 anos de análise, com a geração de um total de 1130 transectos. No estuário médio a tendência à erosão foi maior, predominando na Ilha de Mosqueiro com taxa média de erosão de -38m e taxa média de acreção de 22,97m, relacionados às taxas médias de variação de -0,58m/ano (EPR) e -0,54m/ano (LRR) e em Santo Antônio do Tauá com parâmetros LRR e EPR identificandotaxas médias de variação de -1,67m/ano (LRR) e -1,55m/ano (EPR). Apenas na ilha de Colares houve tendência a acreção com taxa média de erosão de -96,29m (máxima de 396,87m) e taxa média de acreção de 116,49m (máxima de 405,61m). Enquanto, no estuário inferior houve maior tendência a acreção, onde em Vigia ocorreu taxa média de variação de 1,26m/ano e taxa máxima de acreção de 10,06m/ano no EPR, e taxa média de variação de 0,64m/ano e taxa máxima de acreção de 7,22 no LRR. Em São Caetano de Odivelas a taxa média de variação no parâmetro EPR foi de 0,40m/ano e no parâmetro LRR foi de 0,25m/ano e no NSM de 13,09m. Comparando as margens do Estuário, a margem leste está sob influência de uma baixa hidrodinâmica, enquanto a margem oeste está sobre uma alta hidrodinâmica onde predomina a erosão, demonstrando que no mesmo estuário os processos ocorrem de maneira distinta, onde as áreas de alta erosão estão relacionadas à morfologia do local e localização da área estando mais expostas as forçantes.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Dinâmica espaço-temporal e pressões antrópicas em manguezais de RESEXs na costa atlântica paraense.(Universidade Federal do Pará, 2022-04-26) PEIXOTO, Herbert Junior Campos; EL-ROBRINI, Maâmar; http://lattes.cnpq.br/5707365981163429; https://orcid.org/0000-0001-7850-1217A Costa Atlântica Paraense (CAP) abriga o mais bem preservado cinturão de manguezais do planeta, onde algumas destas áreas estão inseridas em reservas extrativistas (RESEX), que preveem o uso sustentável de seus recursos naturais pela população local. Este compromisso com a sustentabilidade vem tomando mais força após a criação da Agenda 2030, de onde surgiu a Década dos Oceanos, que busca o desenvolvimento sustentável e científico dos recursos marinhos e costeiros. Deste modo, o objetivo deste estudo é analisar a variabilidade espaço-temporal de manguezais e as pressões antrópicas nas RESEX da CAP. A metodologia adotada consiste na: (1) aquisição e tratamento de imagens dos satélites Landsat (2) quantificação e comparação das áreas de manguezais de quatro RESEX (Mãe Grande de Curuçá, Mestre Lucindo, Mocapajuba e São João da Ponta). Estas análises foram feitas com uso de polígonos, criados a partir das imagens de satélites Landsat, que delimitaram as áreas de mangue para um período de trinta e quatro anos (1986 a 2020). A partir do plugin mapbiomas collection, disponível no software QGIS, foi possível observar a expansão urbana nas áreas estudadas e sua interação com os ambientes de manguezais. Para corroborar com os resultados obtidos foram utilizados dados ambientais de material particulado em suspensão (MPS). A cobertura vegetal teve maior valor de redução de 8,054 km² e valor máximo de aumento de 14,825 km². Foi possível observar padrões de variação nas RESEXs, que apresentaram tendências semelhantes, tanto de perda quanto de ganho em área. Pouca alteração ocorreu nas áreas de manguezais nas porções mais internas das RESEXs. O MPS transportado na região tem direção SW-NE. Foi possível observar também o crescimento da infraestrutura urbana de todos os municípios onde as RESEXs estão inseridas, com Marapanim e Curuçá apresentando os maiores crescimentos (4.642 km² e 4.797 km², respectivamente). Entretanto, a maioria das alterações na cobertura de manguezais ocorreu na faixa litorânea, distante das áreas urbanizadas. Os manguezais analisados se mantiveram em equilíbrio, porém, a urbanização desordenada pode trazer prejuízos caso não haja medidas efetivas.Tese Acesso aberto (Open Access) Ecologia populacional do caranguejo Dissodactylus crinitichelis Moreira, 1901 (Crustacea: Decapoda) e seu hospedeiro Encope emarginata Leske, 1778 (Echinodermata: Clypeasteroidea) no litoral nordestino brasileiro(Universidade Federal do Pará, 2015-08-11) CUNHA , Aislan Galdino da; LEITÃO, Sigrid Neumann; http://lattes.cnpq.br/3909059819593169; MONTAG, Luciano Fogaça de Assis; http://lattes.cnpq.br/4936237097107099Esta tese apresenta informações a respeito dos efeitos das variáveis ambientas sobre a ecologia populacional do caranguejo Dissodactylus crinithichelis e seu hospedeiro Encope emarginata e as influências que as bolachas-da-praia exercem sobre a população do caranguejo no litoral nordestino brasileiro. Foram realizadas amostragens biótica e abiótica, ao longo de nove praias que compõem o litoral pernambucano, que faz parte do Atlântico Sul-ocidental. A granulometria foi a variável abiótica com maior influência sobre as duas espécies. As bolacha-da-praia tendem a ocupar, com maior densidade, a costa norte de Pernambuco, sendo as fêmeas adultas a maioria da população. O período de recrutamento foi descrito para agosto e maio. Os indivíduos de bolacha-da-praia apresentaram maior densidade nas classes de comprimento intermediária, com destaque para os comprimentos de 10 à 12 cm. As bolachas-da-praia não apresentaram crescimento polifásico, com alometria negativa. Em relação aos parâmetros populacionais de D. crinitichelis, residindo nas bolachas-da-praia, não foi observado variação ao longo dos meses do ano. Os caranguejos também apresentaram maior densidade nas praias do litoral norte. Houve um domínio de machos nos meses do período de estiagem, enquanto que de fêmeas no período chuvoso. Foi observado recrutamento de indivíduos juvenis ao longo de todo ano, com um pico no mês de maio. A espécie apresentou elevada correlação entre os indivíduos juvenil, imaturo e macho adulto, com crescimento polifásico, com alometria positiva juvenis, imaturos e machos adultos, assim como para as fêmeas adultas, com maior evidenciamento da alometria positiva. Em relação da influência de E. emarginata sobre a população de D. crinitichelis, foi verificado que os caranguejos apresentam habitam com maior intensidade as bolachas-da-praia adultas, em suas classes intermediárias. No entanto, quando essas encontram-se ocupadas, as bolachas-da-praia imaturas podem ser ocupadas pelos caranguejos. Observou-se uma diminuição na densidade dos estágios subsequentes dos caranguejos, independente dos estágio de desenvolvimento da bolacha-da-praia. Foi observado uma maior abundância de caranguejos machos, nas classes de área da bolacha-da-praia. Desta forma, o presente trabalho contribui com informações sobre a biologia populacional de E. emarginata e D.crinitichelis, além de contribuir com papel que uma espécie exerce sobre a outra. Visto que, são espécies bioturbadoras da camada superficial do sedimento marinho, com função de manutenção da trofia nas praias arenosas, tanto para as espécies residentes como para as espécies visitantes. Sendo estas áreas como locais de manutenção das populações circunvizinhas de caranguejo D. crinitichelis como da bolacha-da-praia E. emarginata. E de relevante interesse a ecologia das populações, pesca subsistência da população ribeirinha e lazer da população humana.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Especiação do fósforo em rios urbanos: um estudo de caso dos rios Tucunduba e Tamandaré, Belém/Pará(Universidade Federal do Pará, 2023-05-24) COIMBRA, Marcus Vinicius Rodrigues; MONTEIRO, Sury de Moura; http://lattes.cnpq.br/4309806566068586; https://orcid.org/0000-0001-9449-7043O fósforo (P) é um macronutriente bioliminante que desempenha papel essencial na regulação das funções ecossistêmicas e da produtividade primária em ambientes marinhos e costeiros. No entanto, quando em concentrações excessivas, o P assume papel de poluente, influenciando negativamente o ecossistema e causando a eutrofização. No Brasil a problemática é maximizada em centros urbanos recortados por rios ou canais, onde há intensificação do processo de alteração das condições naturais do ambiente. A especiação de P associada a processos hidrodinâmicos e o tipo de urbanização do ambiente permite identificar o estado de eutrofização destes ambientes. Portanto, o presente estudo busca promover o entendimento sobre a dinâmica da especiação de P em dois rios urbanos, os rios Tucunduba e Tamandaré, situados na região metropolitana de Belém (Norte do Brasil), com o objetivo de avaliar se há variação na especiação do fósforo em diferentes escalas temporais. Para tal, foram realizadas amostragens de material particulado em suspensão (MPS) utilizando duas metodologias distintas: a armadilha de fluxo horizontal (traps portáteis) e de fluxo vertical (traps fixa). Para a extração de P foi adotado o método de extração sequencial SEDEX, que permitiu a extração de cinco forma: P-Ex, P-Fe, P-Au, P-De e P-Org, além de P-Bio. No rio Tucunduba as concentrações de P-Total variaram entre 20,52 a 100,78 μmol.g-1, com predominância da fração P-Fe. Já no rio Tamandaré as concentrações foram de 42,36 a 173,88 μmol.g-1 com predominância P-Au. Assim, foi possível constatar que os rios urbanos Tucunduba e Tamandaré possuem concentrações elevadas de P e suas espécies. Com estes dados, fica claro a necessidade do aprofundamento deste tipo de estudo nestes rios e outros rios urbanos presentes em Belém, bem como a necessidade de políticas que visem a recuperação e preservação desses, afim de mitigar a problemática envolvendo o fósforo e restabelecer a capacidade ecossistêmicas desses ambientes.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Especiação do fósforo em rios urbanos: um estudo de caso dos rios Tucunduba e Tamandaré, Belém/Pará.(Universidade Federal do Pará, 2023-05-24) COIMBRA, Marcus Vinicius Rodrigues; MONTEIRO, Sury de Moura; http://lattes.cnpq.br/4309806566068586; https://orcid.org/0000-0001-9449-7043O fósforo (P) é um macronutriente bioliminante que desempenha papel essencial na regulação das funções ecossistêmicas e da produtividade primária em ambientes marinhos e costeiros. No entanto, quando em concentrações excessivas, o P assume papel de poluente, influenciando negativamente o ecossistema e causando a eutrofização. No Brasil a problemática é maximizada em centros urbanos recortados por rios ou canais, onde há intensificação do processo de alteração das condições naturais do ambiente. A especiação de P associada a processos hidrodinâmicos e o tipo de urbanização do ambiente permite identificar o estado de eutrofização destes ambientes. Portanto, o presente estudo busca promover o entendimento sobre a dinâmica da especiação de P em dois rios urbanos, os rios Tucunduba e Tamandaré, situados na região metropolitana de Belém (Norte do Brasil), com o objetivo de avaliar se há variação na especiação do fósforo em diferentes escalas temporais. Para tal, foram realizadas amostragens de material particulado em suspensão (MPS) utilizando duas metodologias distintas: a armadilha de fluxo horizontal (traps portáteis) e de fluxo vertical (traps fixa). Para a extração de P foi adotado o método de extração sequencial SEDEX, que permitiu a extração de cinco forma: P-Ex, P-Fe, P-Au, P-De e P-Org, além de P-Bio. No rio Tucunduba as concentrações de P-Total variaram entre 20,52 a 100,78 μmol.g-1, com predominância da fração P-Fe. Já no rio Tamandaré as concentrações foram de 42,36 a 173,88 μmol.g-1 com predominância P-Au. Assim, foi possível constatar que os rios urbanos Tucunduba e Tamandaré possuem concentrações elevadas de P e suas espécies. Com estes dados, fica claro a necessidade do aprofundamento deste tipo de estudo nestes rios e outros rios urbanos presentes em Belém, bem como a necessidade de políticas que visem a recuperação e preservação desses, afim de mitigar a problemática envolvendo o fósforo e restabelecer a capacidade ecossistêmicas desses ambientes.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Evolução multitemporal (2010-2024) do canal de acesso do estuário do rio Amazonas (canal Norte - baía de Macapá - margem ocidental)(Universidade Federal do Pará, 2025-02-27) SILVA, Eduardo Pantoja da; EL-ROBRINI, Maâmar; http://lattes.cnpq.br/5707365981163429; https://orcid.org/0000-0001-7850-1217O Rio Amazonas, o maior do mundo em volume de água, apresenta uma vazão média de ±209.000 m³/s e uma maré semidiurna que varia entre 4 m e 0,3 m durante a maré de sizígia. Sua bacia hidrográfica influencia profundamente a geomorfologia da Amazônia, moldando processos sedimentares e impactando diretamente a navegabilidade. A importância econômica da navegação em seu estuário contrasta com os desafios impostos pelas mudanças naturais e antrópicas, que afetam a estabilidade do canal ao longo do tempo. Neste contexto, esta dissertação analisa a evolução geomorfológica do canal norte do Rio Amazonas e da Baía de Macapá entre 2010 e 2024, avaliando os impactos da dinâmica sedimentar sobre a navegabilidade e a gestão portuária. A pesquisa foi conduzida por meio da análise de dados batimétricos, imagens de radar Sentinel-1 (38 cenas entre 2016 e 2024) processadas no Google Earth Engine e séries hidrológicas históricas. O processamento batimétrico (krigagem) foi realizado no SURFER, enquanto os dados espaciais foram tratados com ferramentas geoestatísticas em Python e QGIS (delimitação de bancos de areia e cálculo de áreas de modificação) para identificar padrões de erosão e deposição. A região de estudo, altamente dinâmica, sofre a influência combinada das marés, da descarga fluvial e da sedimentação, resultando na formação e migração de bancos arenosos e canais instáveis, que impactam diretamente a profundidade do leito e a segurança da navegação. Os resultados indicaram uma redução da profundidade média do canal norte de 26 m para 22 m, acompanhada por uma migração para leste-nordeste, evidenciada pela erosão na margem esquerda e deposição na margem direita. A análise tridimensional revelou que, enquanto em 2011 a morfologia do leito era relativamente homogênea, em 2024 observou-se uma compartimentação mais acentuada, refletindo uma taxa de mudança de 0,307 m/ano. O estudo também apontou variações significativas na extensão das áreas emersas na Baía de Macapá. Durante anos de El Niño (2016, 2018, 2023), a acreção média foi de 8.326,93 km², enquanto anos de La Niña (2017, 2020, 2021, 2022) registraram erosão média de -13.941,27 km². A regressão linear apresentou um R² ajustado de 0,163, sugerindo que tanto a variabilidade hidrológica quanto intervenções humanas influenciam a dinâmica sedimentar da região. As transformações geomorfológicas observadas impactam diretamente a gestão da hidrovia e do complexo portuário de Santana, exigindo estratégias eficazes para garantir a navegabilidade. O sensoriamento remoto revelou-se uma ferramenta essencial para monitorar essas mudanças, fornecendo subsídios estratégicos para otimizar a infraestrutura portuária e garantir a sustentabilidade da navegação na região. A pesquisa destaca a necessidade de monitoramento contínuo e de um planejamento hidrodinâmico eficiente para garantir a segurança da navegação e a eficiência logística na Amazônia. A integração de técnicas de geoprocessamento e batimetria contribui para um planejamento mais preciso, permitindo a adoção de medidas que mitiguem os impactos da sedimentação e garantam a viabilidade do transporte hidroviário na região. Assim, os resultados deste estudo oferecem subsídios fundamentais para a navegação da hidrovia, promovendo maior eficiência e segurança na navegação no canal norte do rio Amazonas.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Evolução multitemporal da linha de costa (1972-2040) do município de Soure, Ilha do Marajó (Amazônia - Brasil)(Universidade Federal do Pará, 2021-11-11) MENEZES, Rafael Alexandre Alves; EL-ROBRINI, Maâmar; http://lattes.cnpq.br/5707365981163429; https://orcid.org/0000-0001-7850-1217Os agentes exógenos que atuam na Zona Costeira (ZC) atuam como modeladores morfológicos da Linha de Costa (LC) e essa atuação modifica o cenário erosivo e acrescido da LC ao longo do tempo. Para avaliar essas mudanças temporais ocorridas da ZC, o sensoriamento remoto (SR), a partir de sensores remotos orbitais, é uma abertura que possibilita identificar essas variações ocorridas, onde o principal objetivo em todo o mundo é o gerenciamento e proteção dessas zonas costeiras. Desta maneira, a presente composição tem como objetivo apresentar a evolução da linha de LC durante o período de 1972-2020 (48 anos) e estimar a evolução da LC para os anos de 2030 e 2040 na ZC do município de Soure, localizado na parte nordeste (NE) da ilha de Marajó (Pará-Amazônia Oriental), inserida na Zona Costeira Estuarina Paraense (ZCEP), condicionada pelas hidrodinâmicas do canal Sul do Rio Amazonas e do estuário do Rio Pará. Para atingir esse objetivo, faz-se usufruto da aquisição de 6 imagens de uma série temporal do satélite: Landsat 1 (MSS) de 1972 e 1994 (bandas 7,6,5 e 5,4,3, respectivamente), Landsat 5 (TM) de 1985, 2004, 2009 (bandas 5,4,3), com resolução espacial de 30m, e Landsat 8 (OLI) de 2020 (bandas 6,5,4,8), com resolução espacial de 15 m após a fusão da banda 8 (pancromática), sendo obtidas no sítio da USGS (United States Geological Survey), todas já georreferenciadas e de técnicas de geoprocessamento para: a) delimitação da LC: onde foi criada a partir de métodos semi-automáticos combinados com métodos manuais, utilizando a técnica do índice de diferença normalizada da água (NDWI); b) DSAS versão 5.0 (v5.0), sendo utilizados para compor a análise da LC através dessa ferramenta o: NSM, EPR e LRR, a versão v5 traz o Filtro de Kalman, na qual foi utilizado para calcular a estimativa futura na LC para os anos de 2030 e 2040. Como resultado, identificou-se que nos setores I e II (canal sul do rio Amazonas), predomina a acresção, no setor III (cabo Maguari) é onde obteve os maiores índices de acresção, e no setor IV predomina o processo acrescional com tendência erosiva, o setor V predomina a erosão. Esses dados são vinculados ao número total de 654 transectos compreenderam uma distância média de 214,4 m, onde a média de recuo é indicada com a taxa negativa de -179,5 m e uma taxa positiva de 451,9 m. Para os anos de 2030 e 2040, a tendência é que este processo continua, onde a maior retração costeira, cerca de 271.46 m, vai ser no Nordeste (NE) (setor II), e um avanço da LC de 625.26 m no setor III.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Geochemistry of suspended particulate matter in a tropical estuarine system, southeastern Brazil(Universidade Federal do Pará, 2017-09) MONTEIRO, Sury de Moura; SÁ, Fabian; RODRIGUES NETO, Renato
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