Programa de Pós-Graduação em Psicologia - PPGP/IFCH
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O Programa de Pós-Graduação em Psicologia (PPGP) do Instituto de Filosofia de Ciências Humanas (IFCH) da Universidade Federal do Pará (UFPA).
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Ansiedades: relatos e sentidos da experiência ansiosa(Universidade Federal do Pará, 2024-08-30) ARAÚJO, Beatriz Evangelista de; SEIBT, Cezar Luis; http://lattes.cnpq.br/7464213317216078; https://orcid.org/0000-0003-0166-0919A ansiedade é uma fenômeno inerente à experiência humana, trata-se de uma emoção primária que tem função de proporcionar a autopreservação. Atualmente, a ansiedade tem estado cada vez mais em foco devido às diferentes demandas relacionais desencadeadoras de intenso sofrimento emocional, assim como a exposição a eventos estressores como: à proliferação de doenças, catástrofes naturais e/ou ocasionadas por ações humanas etc. Contudo, há uma predominância em se pensar a ansiedade prioritariamente pela ótica biomédica hegemônica elencando-a a um patamar nosológico e atestando um status de enfermidade “insuportável”, e por conta disso, têm-se a percepção de que a ansiedade é algo negativo e precisa ser curada/eliminada o mais rapidamente possível. Nesta perspectiva, a experiência subjetiva, os sentidos atribuídos, a maneira como a pessoa se reconhece neste processo, e mesmo o contexto histórico e social são desconsiderados, logo a pessoa não é compreendida em sua complexidade. Diante disso, esta pesquisa teve por objetivos descrever como as pessoas compreendem a própria experiência ansiosa e conhecer quais os desdobramentos decorrentes dos diferentes modos de experienciar e significar a ansiedade. Assim como, expandir a visão sobre a experiência ansiosa a partir da perspectiva de Laura Perls. A fim de alcançar tais objetivos, realizamos uma pesquisa qualitativa-fenomenológica, no qual foi aplicado o método fenomenológico de Amedeo Giorgi e a discussão fundamentada na perspectiva fenomenológica e na abordagem gestáltica. Durante a discriminação das unidades de significado foram identificados nove constituintes, sendo algum destes: ansiedade relacionada a sensações negativas, ansiedade relacionada a performance, a vivência ansiosa afetando a forma de se relacionar com o outro e com o mundo, sentimentos ambivalentes em relação a medicação e ampliando da visão de ansiedade. Concluímos que os objetivos da pesquisa foram alcançados, corroborando com a compreensão de que a experiência ansiosa pode se expressar de diferentes maneiras, tendo em conta que a ansiedade se configura como um fenômeno relacional, manifestando-se como resposta às demandas do meio, sendo, portanto, necessário nos atentarmos para a complexidade das situações que compõem a experiência humana. Neste sentido, frisamos a relevância de considerarmos as dimensões interseccionais que atravessam a experiência da pessoa e que modificam sua forma de se perceber e se relacionar no mundo. Além disso, foi possível aprofundar alguns conceitos da abordagem gestáltica sob o ponto de vista de Laura Perls, evidenciando também a sua importância para a consolidação da Gestalt-terapia, que apesar de ter escrito poucos materiais, também sofreu um processo de invisibilização na abordagem.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Compreensão das vivências de psicólogas sobre o trabalho no hospital durante a Covid-19(Universidade Federal do Pará, 2023-12-07) LIMA, Natasha Cabral Ferraz de; PIMENTEL, Adelma do Socorro Gonçalves; http://lattes.cnpq.br/4534230240595626A pesquisa focaliza a compreensão das vivências de psicólogas que trabalharam em um hospital em Belém/Pará, capital situada na Região Norte do Brasil, durante a pandemia de Covid-19 – que, de forma específica, apresentou repercussões significativas na vida dos que a experimentaram. Como em todos os setores sociais, a atuação psicológica no período pandêmico viu-se necessitada em ajustar a sua prática aos desafios emergentes dispostos pela Covid-19. Com o objetivo de realizar um estudo sobre as percepções de profissionais de psicologia que atuaram na área hospitalar durante a pandemia de Covid-19, esta dissertação é um estudo qualitativo fundamentado na teoria fenomenológica existencial. O método de análise de dados parte da perspectiva de Amedeo Giorgi. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da UFPA. O perfil das participantes da pesquisa delimitou-se a cinco psicólogas, maiores de 18 anos, residentes da grande Belém/PA, que atenderam pessoas infectadas e hospitalizadas por Covid-19 entre março de 2019 e março de 2022. A partir da análise da estrutura da experiência, identificamos sentidos comuns em todas as entrevistas: 1. a volatilidade das informações, velocidade das mudanças cotidianas, características intrínsecas à emergência de saúde; 2. problemática dos EPI's afetando o atendimento e o contato físico e humanizado; 3. do paciente à equipe de saúde, a pandemia afetou a saúde mental de todos, em diferentes formas e graus de sofrimento; 4. na pandemia, as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC’s) se tornaram imprescindíveis aos atendimentos; 5. a Psicologia clínica foi considerada um serviço essencial; 6. os profissionais de saúde expressaram a necessidade de autocuidado. Também a partir da contextualização dos aspectos singulares da subjetividade entre as entrevistas, desvelamos os aspectos variantes: 1. capacidade de ajustamento criativo pessoal baseado na autopercepção e autoconhecimento; 2. pandemia e questões de gênero; 3. fragilização da saúde pós-pandemia. Considera-se a pesquisa relevante devido ao desvelamento de achados subjetivos e intersubjetivos da vivência das psicólogas na pandemia. Concluímos que o estudo apontou indicadores para novas pesquisas em saúde mental e estratégias de cuidado, bem como o aprofundamento das modalidades de realizar atendimentos psicológicos por meio das TIC's.Dissertação Acesso aberto (Open Access) A “despatriarcalização” da diferença sexual em Lacan: Paul B. Preciado e outras vozes(Universidade Federal do Pará, 2024-07-19) SILVA, Mayara Tibúrcio Cavalcanti da; CHAVES, Ernani Pinheiro; http://lattes.cnpq.br/5741253213910825; https://orcid.org/0000-0002-8988-1910Partindo dos efeitos provocados pelo discurso de Paul B. Preciado em Eu sou o monstro q ue vos fala , esta dissertação pretende se debruçar sobre vozes dirigidas à psicanálise lacaniana, críticas ao binarismo sexual e articuladas ao declínio do modelo patriaco colonial . Nesse campo de discussões, tem centralidade a “epistemologia da diferença sexual”, problematizada à luz de Preciado, em coadunação incontornável com Judith Butler. Além de espaço para a revisão de algumas leituras dessa psicanálise, busca se promover o compromisso ético de escuta a novos possíveis, que unem feministas, queers e psicanalistas, na proposta de desconstruir a diferença sexual e de afirmar possibilidades outras , sem a dependência de binarismos, hierarquias, p ai ou falo.Dissertação Acesso aberto (Open Access) “Dias de luta, dias de glória”: trabalhadoras/es de saúde em HIV/Aids sob o olhar da psicodinâmica do trabalho, em um hospital de referência, no Pará(Universidade Federal do Pará, 2020-12-18) MELO, Michele Torres dos Santos de; OLIVEIRA, Paulo de Tarso Ribeiro de; http://lattes.cnpq.br/9266787581530443; https://orcid.org/0000-0002-1969-380XO surgimento da epidemia de HIV/Aids, no Brasil, foi marcado por grande mobilização social nos grandes centros urbanos do país, desde o primeiro caso da doença em 1982. Os profissionais da saúde precisaram concentrar esforços para seu enfrentamento. Afetados pelo drama dos pacientes, recebiam apoio psicológico vindo do Hospital Emílio Ribas, primeiro hospital com um Centro de AIDS, tornando-se referência na área de infectologia, até os dias atuais (MENDONÇA; ALVES; CAMPOS, 2010). Assim, esta pesquisa teve por objetivos analisar a organização do trabalho de trabalhadoras/es de saúde na atenção a pacientes de HIV/Aids, em um hospital de referência, no Pará; identificar as possíveis vivências de prazer e sofrimento psíquico neste trabalho; investigar os mecanismos de defesa individuais e estratégias defensivas coletivas adotadas, no enfrentamento à realidade existente. A metodologia adotada foi de cunho exploratório e pesquisa qualitativa, utilizando-se o referencial teórico da Psicodinâmica do Trabalho. Os instrumentos de análise foram de entrevista semiestruturada, com a técnica de entrevistas individuais. A pesquisa foi submetida e aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa com seres humanos, vinculado ao Programa de Pós-graduação em Psicologia, da Universidade Federal do Pará, assim como pelo Comitê de Ética do Hospital Universitário João de Barros Barreto, atendendo à Resolução 510/2016 do Conselho Nacional de Saúde – Ministério da Saúde. Para a análise dos dados, utilizou-se a técnica de Análise dos Núcleos de Sentido (ANS), adaptada da técnica de conteúdo categorial desenvolvida por Bardin (1977). A análise das informações e relatos permitem aferir que a organização do trabalho caracteriza-se por aspectos que envolvem diferentes vínculos trabalho, por uma jornada de trabalho intensa e exaustiva, mediante às demandas diárias na atenção com pacientes de HIV/Aids que chegam no hospital muito debilitados. As condições de trabalho apresentam-se deficitárias quanto à estrutura física, iluminação, temperatura, limpeza, estado dos equipamentos e escassez de recursos, como medicamentos. Para enfrentamento à realidade, as/os trabalhadores utilizam-se do mecanismo individual de defesa de negação e estratégicas coletivas de defesa de racionalização e de negação, com modos de pensar, agir e sentir compensatórios. O prazer se dá através do sentido dado à contribuição social, na recuperação e gratidão dos pacientes e familiares, no constante aprendizado e no apoio entre a equipe de trabalho. O reconhecimento é evidenciado pelos pares, quando elogiam, ajudam e valorizam o trabalho uns dos outros. Não foi mencionada a existência de grupos de discussão coletiva, onde as/os trabalhadoras/es possam falar de seus sentimentos, angústias e anseios no fazer laboral. Esta pesquisa possibilita a ampliação de saberes e reflexões atuais em saúde pública, no que concerne à saúde mental das/os trabalhadoras/es na atenção em HIV/Aids, assim como permite pensar ações voltadas à promoção de melhorias nas redes de serviços voltadas às PVHA, no país e, mais especificamente, no estado do Pará.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Eu não sou agente, eu sou polícia: representação social do policial penal(Universidade Federal do Pará, 2024-01-19) BARROS, Andressa Regina Sandres Guimarães de; MOREIRA, Hélio Luiz Fonseca; http://lattes.cnpq.br/3977870273059388Esta dissertação tem como objetivo analisar as representações sociais de policiais penais que trabalham em uma das unidades prisionais do Complexo Penitenciário de Santa Izabel do Pará, localizado na Região Metropolitana de Belém. Fundamentandose na Teoria das Representações Sociais - TRS -, parte-se de indagações sobre as representações da identidade e do trabalho de policiais penais após a Emenda Constitucional nº 104, de 04/12/2019 (EC nº 104/2019). Na pesquisa foi realizada a abordagem qualitativa, com revisão bibliográfica e aplicação de entrevistas semiestruturadas in loco. Após a EC nº 104/2019, as mudanças jurídicas repercutem em vários fatores, como na identidade do policial penal, gerando sensações paradoxais, como o empoderamento devido ao uso de arma de fogo e, ao mesmo tempo, a sensação de insegurança fora do contexto penitenciário. Além disso, refletem na relação com o trabalho mediante a manutenção de percepções relacionadas aos agentes penitenciários, como trabalho exaustivo e cansativo. Assim, conclui-se que os sentidos construídos sobre a identidade são outros, embora o sentido do trabalho seja o mesmo.Tese Acesso aberto (Open Access) “Eu rezo e tomo meus banhos de ervas” narrativas ribeirinhas de padecimento e cuidado em saúde mental na Ilha do Combu – Belém/ Pará(Universidade Federal do Pará, 2024-08-28) SANTOS, Cinthia de Castro; BELLOC, Márcio Mariath; http://lattes.cnpq.br/1570092596184654; https://orcid.org/0000-0003-0928-7557Esta tese de doutorado em psicologia parte do interesse em compreender os processos de interação envolvidos nas experiências de padecimento e cuidado em saúde mental, de comunidades ribeirinhas na Ilha do Combu, situada na cidade de Belém do Pará, que constroem o repertório de narrativas dos modelos explicativos de padecimento e cuidado. Quando o padecimento é olhado apenas pelo lado biológico, quando não há o reconhecimento dos significados de forma ampla para o usuário e seus familiares, há uma interferência no reconhecimento de problemas que podem ser perturbadores, mas potencialmente tratáveis no modo de vida do usuário. O padecimento é polissêmico, as experiências são variadas e por isso vale à pena examinar cada um dos sentidos, tanto em uma perspectiva clínica como também antropológica. Assim ,a interpretação do que é o adoecimento também pode contribuir para uma um trabalho mais efetivo de cuidado dentro de uma lógica territorial. Em concordância com os pressupostos da antropologia médica optou-se por usar o termo “padecimento”, pois fazemos referência à compreensão e experiência popular sobre doença e/ou sofrimento, tal qual nos aponta a definição de illness. Outro conceito que também uitlizaremos ao longo do trabalho é o de modelos explicativos, entendidos pelas formas como se entende científica e popularmente um processo de saúde/adoecimento/atenção, incluindo as formas de prevenção, tratamento, controle, alívio ou cura de uma determinada condição. O trabalho dá visibilidade às formas de entendimento, explicação e cuidado das questões relacionadas à saúde mental dessa comunidade, e e pelas narrativas da própria comunidade e da observação participante, busca conhecer como estas compreensões foram construídas. Conhecer o que está posto e adentrar no campo do não posto. Assim, o estudo inicia por uma pergunta: como se dão os processos que decorrem da experiência de padecimento e cuidado em saúde mental destas comunidades ribeirinhas? Reconhecer e permitir a mediação entre os saberes técnicos, populares e tradicionais nos ajuda na compreensão dos itinerários terapêuticos percorridos por uma determinada população. A etnografia que nos convocou a uma imersão no campo da pesquisa, a vivenciar o campo e estar junto aos sujeitos da pesquisa, estabelecer uma relação com os sujeitos para que possibilitássemos o protagonismo destes no processo. Como resultados desse estudo identificamos que os modelos de padecimento e as práticas de autocuidado em saúde mental da comunidade riberinha foram construídos a partir de experiências pessoais e de grupo que foram passados de geração em geração de famílias de origens quilombolas e indigenas, além das praticas biomedicas. Os efeitos de encantamentos também estão presentes e as narrativas são atravessadas pelo saber da instituição psiquiatria, havendo uma dupla possibilidade de explicar o padecimento localizado entre a loucura e misticismo, além de uma altiva influência das religiões neopentecostais nas narrativas de padecimento e autocuidado. Seria uma narrativa que se repete e se reconta sobre a colonização da história de vida das comunidades tradicionais deste território? Propomos com isto uma reflexão sobre a interveniência sobre os modelos explicativos ribeirinhos efetivada tanto pelo modelo biomédico hegemônico quanto por práticas religiosas cristãs neopentecostais.Dissertação Acesso aberto (Open Access) “Gordura não é coisa de macho”: reverberações da gordofobia nas masculinidades de homens gordos(Universidade Federal do Pará, 2024-04-03) MODESTO, Lucas de Almeida; LIMA, Maria Lúcia Chaves; http://lattes.cnpq.br/2883065146680171; ALVARENGA, Eric Campos; http://lattes.cnpq.br/5734378044087055; https://orcid.org/0000-0002-1803-2356A gordofobia é uma forma de violência interseccional, estrutural, cultural e institucionalizada que atinge pessoas gordas, discriminando e hostilizando seus corpos. Está presente em diversos cenários e ancora-se em saberes patologizantes, historicamente determinados, utilizando-se de discursos de saúde e beleza na mídia, na indústria de cosméticos, fármacos e procedimentos que podem “curar” um corpo que foi “adoecido” pelo estigma social causado por este suposto saber. Elenca-se que a maioria das produções que questionam a gordofobia foram produzidas por e sobre mulheres gordas, havendo assim a necessidade de incluir o público masculino neste debate, uma vez que estes também são atravessados de distintas formas pela gordofobia. Uma dessas formas é no aspecto da masculinidade, considerando as formas plurais que homens são subjetivados no Brasil. Investiguei como esses processos podem ser gordofóbicos, tendo em vista, que a “masculinidade hegemônica” tem um padrão de corpo atlético e musculoso, sendo para esta a gordura um atributo de feminilidade. Dessa forma, homens gordos passam a ter sua masculinidade colocada à prova por possuírem em excesso o que o “homem de sucesso” busca eliminar”. Utilizo uma epistemologia de autores(as) que estudam as masculinidades de forma plural e sob viés feminista e lanço mão dos estudos transdisciplinares das corporalidades gordas. Neste sentido, este trabalho tem por objetivo analisar como a gordofobia afeta as masculinidades de homens gordos na região metropolitana de Belém. Trata-se de uma pesquisa de campo, com abordagem qualitativa que através de entrevistas semiestruturadas visa produzir informações que possam ser analisadas a partir da análise de conteúdo, a fim alcançar os objetivos propostos. Participaram da pesquisa 9 homens com idades entre 20 e 37 anos. A partir da análise de conteúdo surgiram três categorias, tais quais: “É mais fácil falar sobre ser gordo do que sobre ser homem” onde discuto acerca dos processos de subjetivação dos homens gordos a partir do corpo, dos esportes e da cisheterossexualidade compulsória; “É basicamente igual roupa, pode não ser a que você gosta, mas você tem que levar”, em que trato a respeito do preterimento amoroso e da fetichização que homens gordos vivenciam devido à gordofobia e “É o meu corpo, é o que eu tenho!” em que disserto sobre as formas de sofrimento e enfrentamento vivenciadas por homens gordos. Por fim, esta pesquisa se propõe a suscitar em homens gordos a necessidade de unir-se às discussões e ao movimento antigordofobia, ademais, também elucida a necessidade de pesquisas futuras com homens gordos cisheterossexuais, visto que somente um dos participantes se identifica dessa forma, assim algumas questões não puderam ser alcançadas sobre essa especificidade, mas salientaram possíveis idiossincrasias.Tese Acesso aberto (Open Access) História da disciplina Psicologia da Educação no Piauí na formação inicial de professores: das Escolas Normais às licenciaturas em Pedagogia(Universidade Federal do Pará, 2024-05-29) SILVA, Ellery Henrique Barros da; NEGREIROS, Fauston; http://lattes.cnpq.br/6286677749065869A tese tem como escopo investigar a disciplina Psicologia da Educação na formação inicial de professores, desde as primeiras Escolas Normais da década de 30 até os cursos de licenciatura em Pedagogia nas instituições públicas no Estado do Piauí da segunda década do séc. XXI. Assim, emergiram os seguintes objetivos específicos: analisar a interface Psicologia e Educação como disciplina na formação de professores nas primeiras Escolas Normais do Piauí na década de 30; descrever o percurso histórico, formação e trajetória de professoras(es) pioneiras(os) ao ministrar a disciplina Psicologia da Educação nos cursos de Licenciatura em Pedagogia da segunda década do séc. XXI; averiguar a partir do currículo nos cursos de graduação em Pedagogia nas instituições públicas no Estado do Piauí como são trabalhadas as disciplinas que versam sobre Psicologia da Educação. A fundamentação teórica abordou os seguintes eixos: História da Psicologia da Educação; História da Educação Brasileira; Formação de Professores. O método é de abordagem qualitativa, do tipo exploratório-descritivo, com inspiração na perspectiva da historiografia e da história oral. Desse modo, foi composto por fontes documentais: currículos, planejamentos pedagógicos e atividades escolares das primeiras Escolas Normais do Piauí; Projetos Pedagógicos dos Cursos/PPCs dos cursos de Licenciatura em Pedagogia das universidades públicas do Estado do Piauí; e fontes orais: os depoimentos orais de professores pioneiros da disciplina de Psicologia da Educação. Os instrumentos utilizados foram: fichas para identificação dos documentos historiográficos; questionário sociodemográfico; e roteiro de entrevistas semiestruturadas. Os resultados da tese estão apresentados e analisados em três estudos e revelaram que: i) durante o funcionamento das Escolas Normais no Estado do Piauí, da década de 1930 até 1990, a disciplina Psicologia da Educação apresentou uma concepção de escolarização e de prática educativa alicerçada no cognitivismo, inspiradas por um modelo biológico, com aplicações psicológicas naturalizantes, reducionistas e com práticas medicalizantes e patologizantes quanto ao aprendizado e desenvolvimento humano, focadas especialmente em questões de inteligência e conduta, com forte tendência a responsabilizar as/os estudantes, suas famílias e professores pelo fracasso escolar; ii) na investigação com os docentes universitários pioneiros no ensino de Psicologia da Educação no estado do Piauí, seus depoimentos revelaram uma predominância desde as décadas de 1970 e 1980 de uma ciência psicológica para formar professores pautada no caráter diagnóstico e de explicações em torno do não aprendizado do sujeito, atribuindo às questões herodológicas o desempenho dos estudantes. O foco da formação era marcado pela busca de explicações acerca das denominadas “dificuldades de aprendizagem” a partir das diferenças individuais. Essa compreensão acerca do papel da disciplina perdurou nas décadas subsequentes, até que discussões mais abrangentes sobre os novos estudos da Psicologia da Educação, que começaram a emergir na primeira década dos anos 2000, com a criação e participação dos professores em núcleos de estudos e pesquisas voltados para a área. Não obstante, o foco da formação docente e da prática educativa seguiram sendo predominantemente pela dimensão psicoeducativa da prática, enquanto que psicossocial seguiu incipiente; iii) Nas ementas da disciplina Psicologia da Educação nos cursos de licenciatura em Pedagogia, foi verificada a presença de estudos no campo das teorias da aprendizagem e do desenvolvimento humano, subjetividade, transtornos, distúrbios e dificuldades de aprendizagem e práticas pedagógicas; tendo a perspectiva cognitivista, positivista, construtivista e pragmática no sentido dominante nas ementas. Ademais, destacou-se entre as principais referências, uma predominância maior para autores estrangeiros, bem como estudos de autoria brasileira, porém, em ambos os casos reproduzem as teorias estadunidenses e europeias, ou seja, constata-se uma literatura que não discute a partir da realidade brasileira, nordestina e sobretudo, piauiense. Em síntese, considerando a análise historiográfica da disciplina Psicologia da Educação no Piauí, revelou-se que houve alterações sutis e sólidas conservações. Isso evidencia a importância de conceber um currículo para essa disciplina que esteja em sintonia com a história e a cultura de cada contexto social. Além disso, promover uma formação que estimule a reflexão e a criticidade por meio de práticas psicoeducativas diretamente integradas aos aspectos psicossociais do estudante, da comunidade e do chão da escola, visando desenvolvimento humano e formação cidadã, incentivando sua emancipação e contribuindo para a transformação social. Fica evidente também a necessidade de ampliar os estudos e pesquisas autorais, especialmente na realidade educacional piauiense.Tese Acesso aberto (Open Access) Historiografia da psicologia escolar e educacional no Piauí: do pioneirismo na década de 1990 aos primeiros serviços da segunda década do século XXI(Universidade Federal do Pará, 2024-05-31) CARVALHO, Leilanir de Sousa; NEGREIROS, Fauston; http://lattes.cnpq.br/6286677749065869É imprescindível entrar em contato com as memórias da psicologia escolar e educacional no estado do Piauí, tecer análises, revelar e reconstruir coletivamente uma história permeada por lacunas, com largos espaços de tempo, com uma significativa escassez de registros escritos e produções acerca dessa área de atuação, como assinalam estudos prévios sobre esse contexto histórico-cultural (Negreiros, Silva, Rocha, Silva, Fonseca, Carvalho & Oliveira, 2021; Can-deira, Carvalho & Negreiros, 2020). Portanto, a presente tese de doutorado investigou a histo-riografia da psicologia escolar e educacional piauiense, desde a atuação dos pioneiros da psi-cologia no estado; passando pelos primeiros cursos de graduação, que proporcionaram a for-mação de psicólogos escolares; os primeiros serviços de psicologia na área da educação; che-gando contexto atual, analisando como a psicologia escolar e educacional se desenvolve no estado. A partir disso, despontaram os objetivos específicos: identificar as(os) profissionais pioneiras(os) da psicologia escolar instituídos no estado, historicizando a inserção do psicólo-go nos contextos educacionais, as repercussões dessa atuação desde sua implantação, até a reverberação no desenvolvimento de práticas atuais no contexto piauiense; analisar o desen-volvimento das disciplinas que versam sobre psicologia escolar e educacional nos cursos pio-neiros de graduação em psicologia no Piauí, bem como sua contribuição para a formação dos psicólogos; identificar os primeiros serviços de psicologia escolar instituídos no Piauí, as ex-periências e estratégias adotadas pelos profissionais; verificar as transformações do papel do psicólogo no campo educativo, as principais demandas e necessidades da área no estado. A pesquisa se tratou de um estudo historiográfico, de cunho qualitativo do tipo exploratório-descritivo, que utiliza a triangulação intramétodo com o emprego das técnicas metodológicas para acesso às fontes históricas orais e documentais: entrevistas individuais em profundidade por meio da história oral temática – profissionais da psicologia pioneiras na inserção em con-textos educacionais no estado; pesquisa documental – Projetos Políticos dos Cursos/PPCs); grupo focal – composto por profissionais dos serviços públicos e privados de psicologia esco-lar. Como instrumentos para coleta de dados foram utilizados: questionário de dados socio-demográficos e profissionais, fichas para identificação dos documentos historiográficos e ro-teiro de entrevistas semiestruturadas. Para análise e discussão dos produtos da pesquisa, foram organizados três capítulos em formato de artigos científicos, em que se revelam os seguintes resultados: i) Nos anos 80, a entrada de profissionais de psicologia no Piauí ocorreu princi-palmente por meio da integração nos serviços educacionais das Secretarias de Educação e na prestação de serviços escolares privados, predominantemente seguindo modelos clínicos indi-vidualizados. Nos anos 90, houve uma mudança significativa com a introdução de uma psico-logia mais progressista e crítica na comunidade escolar, impulsionada pela expansão da pro-fissão de Psicólogo Escolar e Educacional (PEE) no estado, resultado da criação dos primei-ros cursos de psicologia e da prestação de serviços de estagiários, depois de 1998. Já na se-gunda década dos anos 2000 houve a implementação de políticas públicas que enfatizam a descentralização dos serviços de psicologia na capital do estado, tendo como norteadoras as referências técnicas do Conselho Federal de Psicologia e produções científicas locais reco-nhecidas pelos concursos e seleções da Secretaria de Estado de Educação. ii) Os projetos polí-ticos pedagógicos dos cursos de psicologia que foram pioneiros e atuais, revelando a contri-buição da psicologia escolar e educacional para a prática profissional, destacando a importância do diálogo teórico entre psicologia e prática pedagógica. Entretanto, ainda é evidente a carência na abordagem crítica e atualizada das disciplinas teóricas nos cursos de psicologia do Piauí, especialmente em relação à compreensão acerca do papel da escola, análise crítica e psicossocial das demandas emergentes no contexto educativo, e atuação junto à comunidade escolar; iii) Os serviços inaugurais da psicologia escolar no Piauí, que se iniciaram tardiamen-te em comparação a outros estados brasileiros, tiveram suas práticas iniciais na esfera privada e seu estabelecimento posterior no setor público mediante a implementação de políticas edu-cacionais federais e estaduais. As principais demandas educacionais eram as queixas relacio-nadas ao processo de aprendizagem, saúde mental e vulnerabilidade social, revelando também a importância da atuação em psico-gestão e a transformação das práticas profissionais. Embo-ra haja uma predominância da busca por atendimentos individuais, há influência do movimen-to crítico em psicologia escolar e da perspectiva da psicologia histórico-cultural no embasa-mento teórico dos profissionais. Por fim, defende-se a tese de que a história da Psicologia Escolar e Educacional do Piauí teve movimentações e transformações acolhidas inicialmente pelas instituições educacionais da rede privada de ensino, e posteriormente consolidadas e ampliadas na rede pública, via maior aproximação das lutas por direitos, acesso e permanên-cia na Educação Básica e Superior, por meio das políticas públicas educacionais e concursos públicos. São, assim, um grande produto do impacto das inserções dos cursos superiores de Psicologia no estado as repercussões das atividades de campo nos estágios básicos e profissi-onalizantes na área da Psicologia Escolar e Educacional, com vistas a todas as potencialidades e vulnerabilidades locais, diante do cenário excludente, competitivo e marcado pela desigual-dade social que se tornou ao longo dos anos o sistema educacional brasileiro.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Homofobia e assistência à saúde para pessoas vivendo com HIV/Aids(Universidade Federal do Pará, 2024-04-18) MORAES FILHO, Leomar Santos; LIMA, Maria Lúcia Chaves; http://lattes.cnpq.br/2883065146680171Homofobia é o termo empregado para designar o sentimento ou a atitude dirigida aos homossexuais que inferioriza, hostiliza, discrimina ou os violenta em razão da sua sexualidade. A literatura indica que a homofobia é produzida socialmente, especialmente pelas ideologias cisheternormativa e sexista, podendo ser perpetrada por indivíduos, coletividades ou instituições. Na contemporaneidade, a homofobia vem apresentando um processo de recrudescimento, especialmente quando combinada ao viver com o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV)/Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids). Desse modo, a presente pesquisa tem o objetivo de compreender como a homofobia reverbera na assistência à saúde de homens gays e bissexuais vivendo com HIV/AIDS. Partindo de uma pesquisa qualitativa foram entrevistados seis homens gays e bissexuais a partir dos 18 anos de idade, com sorologia positiva para o HIV em fase avançada da infecção e hospitalizados em uma unidade de referência em infectologia. Os interlocutores foram contactados a partir do diálogo com a equipe assistencial da instituição, leitura do prontuário e uma abordagem inicial do pesquisador para apresentação da pesquisa. As entrevistas seguiram o modelo semiestruturado e foram realizadas presencialmente no hospital-campo. Para a análise das informações produzidas este estudo utilizou a análise de conteúdo de Bardin (2016). Os resultados apontam que a homofobia faz parte do cotidiano e das dinâmicas sociais contemporâneas e quando aglutinada a condição sorológica positiva ao HIV, torna-se ainda mais complexa, produzindo situações específicas de sofrimento. No âmbito da assistência à saúde, entre os efeitos mais expressivos da homofobia destaca-se a pressuposição da heterossexualidade de todos os usuários, inabilidade no manejo clínico da sexualidade divergente da heterossexual e o não-reconhecimento desse marcador como um dado de saúde clinicamente relevante. Ademais, a vivência dos interlocutores evidenciou que o sofrimento vivenciado tem interfaces tanto com suas histórias de vida e vivências anteriores ao diagnóstico quanto o contexto de iniquidades, injustiça social, opressões e negligência do Estado o qual encontram-se expostos.Dissertação Acesso aberto (Open Access) A (in)visibilidade das mulheres na política de drogas: uma perspectiva de análise da política de atenção a usuários de drogas no Brasil(Universidade Federal do Pará, 2024-09-24) SANTOS, Ana Beatriz de Sousa Silva dos; PIANI, Pedro Paulo Freire; http://lattes.cnpq.br/6434100473666705Esta pesquisa objetivou analisar, de maneira sincrônica e diacrônica, a política nacional sobre drogas e seu olhar para as questões de gênero nos anos de 2010 a 2020. O estudo será desenvolvido a partir de uma pesquisa documental realizada em quatro documentos acerca do tema que apresentam uma centralidade e destaque na políticas nacional sobre drogas no Brasil. Observando que a situação e as condições de mulheres nas políticas públicas acerca de drogas é tratada e vivenciada de forma diferente em relação aos demais segmentos sociais, uma vez que seus corpos são atravessados pelo sexismo e por fatores singulares que fazem parte das questões de gênero, razão pela qual esta pesquisa buscará uma visão transversal para compreender “como” essas políticas englobam essas especificidades. Documentos de domínio público foram analisados para identificar e analisar o problema de pesquisa a partir de uma perspectiva construcionista da psicologia social, que considera tanto aspectos históricos e relacionais quanto a construção da dinâmica que envolve o problema. O que os documentos apresentam é uma ausência de abordagem da questão de gênero ou ainda apenas referências genéricas ao segmento mulher/feminino como citações acerca numa perspectiva populacional e não como questão de análise, cuidado ou política.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Itinerário, cuidado e vivência de profissionais de saúde na atenção à pessoa em risco e crise suicida(Universidade Federal do Pará, 2024-06-06) PAIVA, Samara Machado; SILVA, Maria de Nazareth Rodrigues Malcher de Oliveira; http://lattes.cnpq.br/8378348738142000; https://orcid.org/0000-0003-4405-7378O suicídio é um fato social, considerado um problema de saúde pública, de alta complexidade e multicausal, que comumente gera impactos significativos na sociedade, em grupos e a nível individual, seja, em aspectos biológicos, psicológicos, econômicos, sociais e/ou pessoais. Buscou-se por meio deste estudo, conhecer o itinerário percorrido pelo usuário em risco ou crise suicida na RAPS de Belém, como também conhecer a percepção de profissionais de saúde que atuam em pontos de atenção da rede de cuidado à crise suicida. Para isso, utilizou-se como método uma pesquisa qualitativa exploratória descritiva, de estratégia fenomenológica, em duas etapas: (1) estudo teórico, na literatura científica e em documentos governamentais e não governamentais; e (2) estudo empírico com profissionais que atuam com pessoas em risco e crise suicida. Os dados do estudo teórico foram organizados em planilhas temáticas e analisados quanto ao conteúdo; enquanto o estudo empírico foi analisado conforme o método de análise do discurso proposto por Amedeo Giorgi. O itinerário de cuidado ao usuário em risco e crise suicida na RAPS de Belém-Pa é desenhado de modo desarticulado entre os dispositivos, os pontos de atenção apresentam ausência/carência de comunicação entre si, devido a barreiras tecnológicas, mas também relacionais. Enquanto, que os profissionais apresentam vivências pragmáticas em relação a cada papel operacional que exercem no dispositivo em que atuam, e mostraram sua subjetividade sobre seu processo de trabalho experienciado no cuidado de uma crise. Finalmente, este estudo evidenciou a necessidade de expansão da Rede de Atenção Psicossocial no cuidado da pessoa em risco de suicídio que extrapole o enfoque hospitalar, de internação, para um cuidado com dispositivos que foquem nas dimensões e demandas reais da pessoa, no território e em sociedade, por meio de uma clínica ampliada.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Missão principal: mulheres desenvolvedoras de jogos eletrônicos e o combate à violência de gênero(Universidade Federal do Pará, 2024-02-29) MELO, Renata Christine da Silva; ALVARENGA, Eric Campos; http://lattes.cnpq.br/5734378044087055; https://orcid.org/0000-0002-1803-2356Este trabalho objetivou explorar mulheres brasileiras desenvolvedoras de jogos eletrônicos, as experiências hostis vivenciadas no trabalho e as estratégias de enfrentamento utilizadas por elas para lidar com a violência de gênero nesse meio. A metodologia baseia-se na abordagem qualitativa de pesquisa, do tipo exploratória, com levantamento por meio de entrevista online individual com 10 participantes e a análise se deu a partir das propostas das práticas discursivas e produção de sentidos de Spink (2010). Os resultados apontaram que as mulheres gamedevs desse estudo seguem um perfil conforme o panorama da indústria, elas são majoritariamente brancas, habitam principalmente a região sudeste do Brasil e a maioria delas são dos setores de produção ou artes. Todas elas experienciaram violência de gênero de alguma forma – discriminação, assédios, microagressões – durante a carreira, proveniente de chefes ou colegas de trabalho. Para enfrentar e se ajustar a esse cenário adverso, elas utilizam estratégias de sobrevivência ligadas ao esforço de normalizar violências ou proteção (silenciar, recusar e evitar, adaptar o trabalho, rede de apoio...), e outras estratégias estão mais relacionadas com resistência e mudanças (falar e se impor, terapia, rede de apoio entre mulheres, gerenciamento consciente...). Elas também enfatizaram a necessidade de ações modificadoras individuais (pessoas, homens) e coletivas (instituições de ensino, empresas, mídias/redes sociais) que devem ser tomadas pela indústria com foco no incentivo, acolhimento e permanência de meninas e mulheres nas tecnologias e desenvolvimento, bem como no aumento da participação delas em posições de tomada de decisão (CEO) e na educação de homens e comunidade dev para conscientização de privilégios e preconceitos. Por fim, espera-se que esse estudo contribua para ampliar a nossa compreensão sobre gênero, trabalho, desenvolvimento de jogos e estratégias de enfrentamento, mas principalmente, para incentivar futuras pesquisas, projetos e ações que foquem em soluções para que esse cenário se torne mais inclusivo e adequado para grupos sub-representados.Tese Acesso aberto (Open Access) Modos de subjetivação de adolescentes ‘incorrigíveis’ pelo UNICEF no Brasil em projetos de aceleração da aprendizagem na distorção idade-série(Universidade Federal do Pará, 2024-05-27) MESQUITA, Marcelo Ribeiro de; LEMOS, Flávia Cristina Silveira; http://lattes.cnpq.br/8132595498104759; https://orcid.org/0000-0003-4951-4435O objeto desta pesquisa foi a distorção idade-série escolar para o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) como questão que se torna anormalidade, na sociedade do desempenho e da informação. Assim, como problemática de estudo, a temática tratada como objeto deste estudo tem em vista a singularidade dos casos que englobam os estudantes “a serem corrigidos” percebidos não como sujeitos e sim como dados e investimentos fabricados historicamente como produtos das relações de saber/poder constituídos a partir da hegemonia da educação escolar na modernidade e das ciências que lhe servem como substrato teórico. Perguntou-se: Como o UNICEF realiza o monitoramento do que denomina distorção idade-série? Como o UNICEF cria a noção de anormalidade a partir do processo de escolarização articulado à noção de desenvolvimento de crianças e adolescentes pela ideia cronológica vinculada ao desempenho? A tese afirma que o UNICEF, no Brasil age nas políticas de aceleração de aprendizagem no Brasil na correção do fluxo escolar e produz efeitos na subjetividade dos educandos vistos como corpos “a serem corrigidos” de forma etarista. A metodologia foi a genealogia a partir de Michel Foucault e a pesquisa documental da História Cultural. O objetivo geral foi problematizar e investigar os modos de subjetivação nas publicações do UNICEF e suas reverberações na implantação de projetos de aceleração da aprendizagem. Os objetivos específicos foram: perscrutar o cotidiano dos “incorrigíveis” no projeto de aceleração de acordo com as publicações do UNICEF; interrogar como os saberes e fazeres que possibilitaram a invenção do aluno com distorção idade – série nas políticas públicas educacionais para o UNICEF. Entre os resultados, é possível afirmar que o UNICEF, apesar de se preocupar com o direito das crianças e adolescentes à educação, acaba por realizar um processo de classificação etarista em relação ao processo de escolarização.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Percepções, vivências e repercussões psicossociais a partir de um diagnóstico oncológico(Universidade Federal do Pará, 2024-07-31) SILVEIRA, Taynara Fidelis dos Reis; SILVA, Maria de Nazareth Rodrigues Malcher de Oliveira; http://lattes.cnpq.br/8378348738142000; https://orcid.org/0000-0003-4405-7378O câncer é uma das doenças mais temidas e que mais cresce no Brasil. As estimativas em institutos representativos apontam que são esperados 704 mil novos casos da doença no país, para cada ano do triênio 2023-2025. Desse modo, receber um diagnóstico oncológico trará novas possibilidades em projetar-se e existir-no-mundo. O objetivo geral deste estudo foi conhecer as percepções e vivências de pessoas que foram acometidas por um diagnóstico oncológico e suas repercussões psicossociais a partir deste diagnóstico. O percurso metodológico foi de caráter qualitativo descritivo de estratégia fenomenológica ocorrida em duas etapas: (1) estudo teórico literário e documental; e (2) estudo empírico sobre a temática. O cenário escolhido para a realização da pesquisa foi a Casa de Apoio Amar é Servir, que abriga pacientes e seus acompanhantes, em tratamento oncológico na Unidade de Alta Complexidade em Oncologia, no município de Tucuruí - Pará. Os participantes da pesquisa foram três homens e três mulheres, todos idosos, com baixa escolaridade e que receberam diagnóstico oncológico no período entre quatro e dez meses. O instrumento utilizado para a coleta de dados foi a entrevista semiestruturada e o tratamento dos dados foi pelo método fenomenológico de Amedeo Giorgi e análise fundamentada em Martin Heidegger. Os resultados apontaram para unidades do discurso sobre a ressignificação da vivência ao diagnóstico oncológico pela espiritualidade e transcendência do diagnóstico; sentimento de ambivalência, mesmo com sentimentos de angústia em relação as coisas do mundo experienciado; e apresentaram na nova realidade mudanças em três aspectos: cuidados com a saúde e bem-estar corporal, ocupação, vida financeira e rede de apoio. Corroborando com Heidegger que afirma que somos jogados no mundo, assim, somos jogados em meio a facticidade e cabe ao nosso Ser-aí projetar-se e encontrar novas possibilidades temporais, em transcender e existir. Finalmente, observou-se que diante do diagnóstico oncológico a percepção e vivência são atravessadas por contextos socioeconômicos e nas significações das relações interpessoais, demonstrando-se como secundário e não impactante. Este estudo é inovador, relevante e fundamental no âmbito social e científico, pois evidenciou a narrativa da vivência de um diagnóstico de uma doença considerada fatal e o desvelamento de seu mundo, podendo, portanto, auxiliar em estratégias no cuidado de profissionais que focalize nas dimensões do sujeito e não apenas dos diagnósticos em si, de forma integralizada e humanizada.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Perdas significativas, luto e atividade sexual após a lesão medular: uma revisão de escopo(Universidade Federal do Pará, 2024-02-08) MOREIRA, Paula Silva; CORRÊA, Victor Augusto Cavaleiro; http://lattes.cnpq.br/1910742195880054Objetivo: descrever o que os estudos abordam sobre perdas significativas, luto e atividade sexual após a lesão medular. Método: Trata-se de uma revisão de escopo conduzida conforme recomendações do Instituto Joanna Briggs, descrita de acordo com as indicações da última versão do check list do Preferred Reporting Items for Systematic reviews and Meta-Analyses extension for Scoping Reviews (PRISMA-ScR) e registrado no Open Science Framework (OSF), com acesso disponível em: https://osf.io/x6d4n. A questão de pesquisa foi elaborada a partir do acrônimo PCC: População (lesão medular), Conceito (perdas significativas, luto e atividade sexual) e Contexto (estudos publicados na literatura). Foram utilizadas cinco bases de dados científicos: APA-PsycInfo, Web of Science, Scopus, Cochrane Library e Portal BVS. Foram incluídos estudos em qualquer idioma que abordaram as perdas significativas, luto e a atividade sexual de pessoas após lesão medular, não limitando o ano de publicação. A coleta de dados foi cega, feita por dois revisores independentes utilizando os softwares Google planilhas® e Rayyan®, atendendo aos critérios de elegibilidade. Foi feita análise qualitativa descritiva dos dados e os resultados foram apresentados em figuras, tabelas, fluxogramas e redação discursiva. Resultados: Foram incluídos 6 estudos, os quais apresentavam relatos das vivências após a lesão medular. Os dados demonstram que uma das principais perdas que remete a elaboração do luto associado à atividade sexual são as mudanças corporais e perda/alterações nas sensações genitais afetam significativamente a experiência sexual de pessoas com lesão medular, e esse fator esteve associado a sentimentos de perda da aparência sexualmente atraente, sobretudo para as mulheres e impactou a autoestima e identidade, tanto feminina, quanto masculina e o processo de elaboração do luto não foi fortemente investigado e descrito nos estudos incluídos. Discussão: Demonstrou-se que a atividade sexual constitui uma grande preocupação para pessoas que sofrem uma lesão medular e o impacto dessa perda pode refletir na vivência do luto como uma possibilidade de elaboração seja ele percebido ou não pelos enlutados. No entanto, são necessárias novas pesquisas para identificar e classificar as perdas, e o luto associados ou não à atividade sexual, possibilitando melhor enfrentamento. Considerações finais: Existem poucos estudos que abordem as perdas associadas à atividade sexual de pessoas com lesão medular e identifique a elaboração do luto diante de tal perda , apesar de terem sido identificados estudos que apontam essa relação.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Porque escrever parece com não morrer: uma leitura psicanalítica do romance Um Sopro de Vida de Clarice Lispector(Universidade Federal do Pará, 2024-03-12) OLIVEIRA, Gabrielle de Kassia Carrera de; SANTOS, Camila Backes dos; http://lattes.cnpq.br/7312660915177665; HTTPS://ORCID.ORG/0000-0001-7276-8252; CORREA, Hevellyn Ciely da Silva; http://lattes.cnpq.br/7758199768776827Este trabalho traz reflexões acerca da escrita como contorno à morte a partir da leitura do romance Um Sopro de Vida, escrito por Clarice Lispector em seus últimos anos de vida e publicado postumamente, no ano de 1978, por sua amiga Olga Borelli. Sendo assim, no foco deste estudo está a relação que os dois personagens centrais da narrativa, Autor e Ângela Pralini, estabelecem com a escrita. Para tanto, em primeiro lugar, buscou-se abordar as especificidades das narrativas clariceanas, partindo da noção de estilo para a psicanálise. Em seguida, atentou-se às considerações freudianas sobre a criação literária, desde as suas primeiras publicações que correspondem ao período do primeiro dualismo, até a descoberta de um além do princípio do prazer e, consequentemente, da mudança do primeiro para o segundo dualismo pulsional. Posteriormente, realizou-se um percurso pelos textos freudianos a fim de colher suas pontuações sobre a morte e sua relação com o psiquismo. Diante disso, a partir da leitura do romance, pôde-se identificar que o impulso que deu origem à construção da narrativa, no caso do personagem Autor que cria a personagem Ângela Pralini, parte da necessidade de fazer algo diante da desestruturação trazida pela proximidade do próprio fim biológico, o que aponta para o que há de mais irrepresentável na vida psíquica do sujeito: a própria morte. Porém, a empreitada do personagem Autor não se encerra na tentativa de utilizar a escrita para contornar a iminência de seu fim biológico, pois o que mais lhe interessa no momento não é o destino de seu corpo, mas de seu espírito. Por esse motivo, interessou também pensar a noção de entre-duas-mortes, discutida por Jacques Lacan. A partir disso, viu-se que a morte não se restringe apenas ao fim biológico, mas abrange também o esquecimento e o desaparecimento do sujeito na dimensão simbólica, o que caracterizaria a segunda morte. Conclui-se então que, na narrativa de Lispector, a afirmação da escrita como sinônimo de vida figura como um recurso para evitar a segunda morte inscrevendo o sujeito nesse espaço entre duas mortes.Tese Acesso aberto (Open Access) A relação cuidador-bebê e os vínculos precários de uma sociedade líquida(Universidade Federal do Pará, 2024-02-28) SILVA, Luan Sampaio; PEDROSO, Janari da Silva; http://lattes.cnpq.br/4096274367867186; http://orcid.org/0000-0001-7602-834XNa contemporaneidade, vive-se um momento no qual as relações humanas estão cada vez mais fragilizadas e inconsistentes. O ser humano, desprovido de empatia, não adquire a capacidade de se preocupar, de forma genuína, com as relações sociais e amorosas que estabelece. Tal fenômeno é apontado por Bauman como “modernidade líquida”. Apesar de descrever o fenômeno social, ele não oferece uma resposta, do ponto de vista psíquico, acerca dos motivos que levam as pessoas a não se implicarem afetivamente em seus relacionamentos. O objetivo deste trabalho é o de analisar, de modo interpretativo, a relação entre o cuidador-bebê e a fragilidade dos laços humanos pela ótica da teoria do amadurecimento pessoal, desenvolvida por Winnicott. O psicanalista discute a relação cuidador-bebê e as implicações dessa relação diádica na formação da personalidade de cada indivíduo ao propor um conhecimento próprio denominado “Teoria do Amadurecimento”, na qual é descrita o percurso desenvolvimentista do bebê em relação com seu ambiente de cuidados. As proposições em torno dessa teoria servirão de base para as investigações e discussões nesta tese, em articulação com estudos de outros autores psicanalíticos. Em relação à metodologia da pesquisa, é composta de duas etapas: a primeira compreende a revisão bibliográfica de algumas das principais obras clássicas escritas por Bauman, Winnicott, entre outros teóricos da psicanálise, que abordaram a construção e as fragilidades dos laços sociais na interação cuidador-bebê. Na segunda etapa, adotar-se-á o método psicanalítico-interpretativo por meio da análise do filme (dirigido por Lynne Ramsay) e fragmentos do livro (de Lionel Shriver) de mesmo nome: “Precisamos falar sobre o Kevin” (2011), com destaque para o personagem Kevin e seu ambiente/rede de cuidados. A tese é a de que a modernidade líquida e a fragilidade dos laços sociais são um fenômeno macrossocial, composto por vários fenômenos microssociais que apontam para “falhas ambientais” em diversas esferas, mas que, de forma micro, têm suas origens na qualidade da relação entre o ambiente-cuidador e o bebê, em um período primitivo específico do desenvolvimento emocional – estágio de concern –, o qual compromete a conquista da capacidade de se preocupar com o outro. A isso denominamos “relação líquida cuidadorbebê”.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Restou (in)frutífero: reflexões psicanalíticas sobre o não-todo dizer de crianças no Depoimento Especial do Judiciário Amapaense(Universidade Federal do Pará, 2024-09-30) GUEDES, Elizabeth do Socorro Moraes; NICOLAU, Roseane Freitas; http://lattes.cnpq.br/0430583046421802; https://orcid.org/0000-0002-6988-943XA partir da interlocução entre Psicanálise e Direito suscitada através da práxis psicanalítica no Poder Judiciário Amapaense, a pesquisa em tela surgiu no cenário do Fórum da Comarca de Santana, lugar onde nasceram as primeiras indagações clínico-políticas sobre o Depoimento Especial - uma modalidade de escuta institucional realizada em um ambiente equipado com um amplo sistema de áudio e câmeras de vídeo, onde o Juiz ou Juíza pode assistir e fazer perguntas, por meio de um profissional capacitado em saber interpretá-las e adequá-las à linguagem de crianças e adolescentes, envolvidas em processos judiciais como testemunhas ou vítimas de maus tratos e/ou de crimes sexuais. O procedimento tem como objetivo, coroar um conjunto de práticas legislativas, jurídicas e políticas, voltadas para a maximização da fidedignidade dos testemunhos prestados em juízo e para a proteção de vítimas e testemunhas de crimes no Brasil. No Fórum da Comarca de Santana, o Depoimento Especial foi implantado em 2018, período em que houve uma redução significativa de casos de abuso sexual encaminhados para a escuta com Psicólogos e Assistentes Sociais, devido à recomendação de que a criança fosse escutada em audiência e uma única vez, a fim de que fosse evitado o processo de revitimização. No entanto, em virtude do comportamento e/ou relato de algumas crianças não corresponderem às expectativas da instituição, essa demanda foi redirecionada para a Central Psicossocial, sob a rubrica “restou infrutífero”, que, por ter se tornado um significante importante, assumiu o lugar de tema desta dissertação. A hipótese inicial era de que, ao se depararem com as manifestações do inconsciente, os atores sociais que compõem a cena jurídica, concluem que não é possível alcançar a verdade e que, portanto, o depoimento da criança não pode ser validado como prova, ficando o caso à margem, em um lugar-resto na instituição. A partir deste ponto de interrogação, esta pesquisa teve como objetivo: Analisar o não todo-dizer de crianças no Depoimento Especial, a partir da concepção de sujeito, articulada ao conceito de objeto a em Psicanálise. O “Resto”, enquanto conceito formulado por Lacan, ao ser articulado ao tema desta dissertação, nos conduziu a diferentes caminhos, revelando o que é da ordem do estranho, do obscuro, do repulsivo e do inquietante da experiência humana, que comparecem diariamente no contexto dos Fóruns espalhados pelo País. Em termos de metodologia, adotou-se o método psicanalítico, próprio à pesquisa em Psicanálise, com amparo nas obras de Sigmund Freud e Jacques Lacan, bem como a contribuição de autores contemporâneos das áreas do Direito e da Psicanálise. Serão apresentados “fragmentos de casos”, a partir da escuta psicanalítica de crianças, de modo a explorar o singular e, dessa forma, permitir a articulação entre a teoria e a prática psicanalíticas. Como resultado, concluiu-se que a escuta psicanalítica tem seu espaço no Poder Judiciário, visto que, aquilo que pode restar de infrutífero na tomada do Depoimento Especial ou em qualquer outro contexto de escuta dentro de instituições, pode se tornar frutífero para o psicanalista.Tese Acesso aberto (Open Access) Saúde e democracia: complexidades e compreensões sobre o contemporâneo a partir da participação social e das conferências de saúde no Brasil(Universidade Federal do Pará, 2024-10-05) BAPTISTA, Gabriel Calazans; FERLA, Alcindo Antonio; http://lattes.cnpq.br/6938715472729668; https://orcid.org/0000-0002-9408-1504Este estudo toma como campo de análise a participação social em saúde e o seu processo de institucionalização a partir das conferências e conselhos de saúde. Entendendo o controle social como um reflexo da luta da sociedade brasileira pela abertura democrática e efetivação da saúde como direito da cidadania, busca apresentar elementos para reflexão e interpretação das práticas de participação e seus desdobramentos. Utiliza elementos empíricos de estudos realizados pelo pesquisador em diferentes momentos e dos dados gerados nas duas últimas Conferências Nacionais de Saúde (16ª e 17ªCNS) além de reflexões sobre a pandemia de covid-19 e a enchente de maio de 2024 no estado no Rio Grande Sul, para fornecer pistas sobre o tema. Como chave de leitura, mas sem a pretensão de obter respostas definitivas ou dicotomias (inexistentes) entre os conceitos de participação e controle social, apresentamos a ideia de macroparticipação e microparticipação, ou macro efeitos da participação e micro efeitos da participação. A primeira considera os efeitos da participação em relação direta com a política de saúde, as instituições e a institucionalidade das suas ações em geral. Falaremos sobre o caráter deliberativo, fiscalizador e indutor das políticas no campo da saúde e que colocam a saúde como um bastião da democracia brasileira. A segunda se refere aos efeitos micropolíticos da participação, que atravessam também todos os espaços institucionalizados de controle social, mas que extrapolam e ampliam a sua atuação, envolvendo processos de subjetivação, reconhecimento de práticas e saberes e de relações democráticas no cotidiano da produção de saúde nos territórios. A ideia de microparticipação está relacionada aos efeitos cotidianos da participação e a ideia de micropolítica do cotidiano e de uma participação direta dos usuários em seus territórios de vivências. Ambas as dimensões descrevem, ao mesmo tempo, efeitos sobre as políticas de saúde e processos de subjetivação democráticos em contextos de emergência de práticas autoritárias, de violência social e de aparente esgotamento das liberdades.
