Programa de Pós-Graduação em Teoria e Pesquisa do Comportamento - PPGTPC/NTPC
URI Permanente desta comunidadehttps://repositorio.ufpa.br/handle/2011/2332
O Programa de Pós-Graduação em Teoria e Pesquisa do Comportamento (PPGTPC), que integra o Núcleo de Teoria e Pesquisa do Comportamento(NTPC) da Universidade Federal do Pará (UFPA), iniciou suas atividades em 1987 com o curso de Mestrado Acadêmico em Psicologia: Teoria e Pesquisa do Comportamento. O curso de Doutorado passou a ser oferecido a partir do ano 2000.
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Tese Acesso aberto (Open Access) Acoustic ecology of dolphins of the genus Sotalia (Cetartiodactyla, Delphinidae) and of the newly described Araguaian boto Inia araguaiaensis (Cetartiodactyla, Iniidae)(Universidade Federal do Pará, 2018-03-09) SANTOS, Gabriel Melo Alves dos; MAY-COLLADO, Laura J.; SILVA, Maria Luisa da; http://lattes.cnpq.br/2101884291102108Sistemas sensoriais são vitais para que os animais obtenham informações sobre seus arredores. A informação pode ser adquirida por vias visuais, químicas, elétricas, táteis e acústicas. Estes sinais são usados em diferentes contextos ecológicos incluindo forrageamento, competição, defesa, interações sociais (e.g. corte), e também podem indicar uma condição, e estado emocional ou reprodutivo, ou a identidade do emissor do sinal. Para os mamíferos aquáticos o som é o meio de comunicação mais importante. A luz atenua rapidamente com a profundidade em ambientes aquáticos, limitando a comunicação visual. Todavia, a atenuação do som na água é baixa e ele viaja cerca de cinco vezes mais rápido na água do que no ar, o que o torna um meio de comunicação extremamente eficiente em baixo da água. Logo, o som é um aspecto fundamental da biologia dos cetáceos, já que estes animais dependem do som para comunicação, navegação e localização de presas. O gênero Sotalia compreende duas espécies que vivem em hábitats contratantes. O botocinza (Sotalia guianensis) que habita águas costeiras da Nicarágua ao sul do Brasil, e o tucuxi (Sotalia fluviatilis) restrito aos principais tributários da Bacia Amazônica. Enquanto que golfinhos do gênero Inia – popularmente conhecidos como botos-vermelhos – são encontrados exclusivamente nas Bacias dos rios Amazonas, Orinoco e Tocantins. Com ambos os seus estados de conservação como dados deficientes há grande demanda de informações quanto a sua biologia. Como fator-chave da biologia dos cetáceos a acústica pode nos prover uma riqueza de informações e ser usada como ferramenta para adquirir dados quanto ao uso de hábitat, números populacionais e comportamento. Entretanto, para fazê-lo, primeiro é necessário conhecer o repertório vocal das espécies em detalhe de forma que possamos diferenciá-las usando métodos acústicos. Portanto apresentamos aqui a primeira análise englobando toda a distribuição de golfinhos do gênero Sotalia e padrões geográficos e de diversidade de seus assobios. Além disso, apresentamos a primeira descrição do repertório vocal e de Inia araguaiensis focando na diversidade de repertório e em sua estrutura. O repertório de assobios de ambas as espécies de Sotalia é altamente estruturado, com populações da espécie fluvial apresentando um repertório menos diverso do que as populações da espécie costeira. Esta estruturação se dá provavelmente devido a áreas de vida pequenas e ao baixo fluxo gênico entre populações. As diferenças na riqueza entre o repertório destas espécies parecem estar relacionadas a uma combinação de fatores socio-ecológicos e evolutivos. Também apresentamos a primeira descrição do comportamento acústico do boto-o Araguaia (Inia araguaiaensis) e mostramos que eles possuem um repertório rico composto por assobios e principalmente chamados pulsados. Assobios foram produzidos raramente, um tipo específico de chamado, chamados curtos com dois componentes, foram o tipo de sinal mais comum durante nosso estudo. Estes chamados são similares em estrutura a aqueles produzidos por orcas (Orcinus orca) e baleias-piloto (Globicephala sp.). Devido ao contexto no qual estes sinais foram produzidos, nós hipotetizamos que eles podem funcionar para a comunicação ente mãe e filhote. Sotalia e Inia podem ser distintos acusticamente baseados em seus sons sociais, já que o primeiro tem um repertório baseado em assobios e o último em chamados pulsados. A baixa emissão de assobios por Inia faz com que a chance de identificação errônea seja baixa. Logo, sons 14 de ambos os gêneros podem ser usados para distingui-los durante monitoramentos acústicos passivos e podem servir como ferramentas para determinar a presença destas espécies em estudos de distribuição, uso de hábitat e abundância.Tese Acesso aberto (Open Access) Adaptação da Escala de Ansiedade de Beck para avaliação de surdos e cegos(Universidade Federal do Pará, 2013-09-05) SANCHEZ, Cintia Nazare Madeira; GOUVEIA JUNIOR, Amauri; http://lattes.cnpq.br/1417327467050274O presente trabalho reuniu três artigos a respeito da adaptação de instrumentos psicológicos para avaliação da população de surdos e de cegos. Considerando que estes instrumentos não são adaptados para avaliar pessoas com necessidades educacionais especiais, dificultando o diagnóstico e o prognóstico. Portanto a necessidade de adaptação desses instrumentos para essa população é indiscutível. Essa realidade ocorre também na área da surdez e da cegueira, na qual existe uma escassez de trabalhos no Brasil. No primeiro artigo foi realizada uma revisão da literatura dos instrumentos adaptados para essa população. Conclui-se que na área da surdez as escalas de avaliação são adaptadas para vários fatores psicométricos como para medida da depressão, ansiedade e inteligência, mas na área da cegueira os instrumentos adaptados são para a avaliação do funcionamento cognitivo. O objetivo do segundo estudo foi adaptar a Escala de Ansiedade de Beck (BAI) para língua de sinais e alfabeto digital gerando uma escala para avaliar ansiedade em surdos usuários da língua de sinais brasileira (LIBRAS). A amostra foi composta por 25 surdos usuários de LIBRAS (grupo experimental) e de 25 ouvintes (grupo controle), com idade entre 18 e 25 anos de idade de ambos os sexos, pareados por idade e sexo. A aplicação foi realizada em grupo. Após as orientações, os sujeitos preencheram a escala, o grupo controle a escala padrão e o grupo experimental a escala adaptada. Os resultados obtidos no estudo mostraram que a BAI adaptada não apresentou diferença estatística significativa comparada à escala padrão na ansiedade total e nas subescalas: subjetiva, neurofisiológica, autonômica e de pânico. Portanto o BAI adaptado mostrou eficácia equivalente ao BAI padrão para avaliar ansiedade em surdos, os itens adaptados parecem não ter modificado as estruturas fatoriais do instrumento, permitindo assim a sua utilização na avaliação de ansiedade em surdos usuários da LIBRAS. O terceiro estudo foi realizado com deficiente visual, essa deficiência é a de maior incidência na população atingindo 35,8 milhões de pessoas com dificuldade de enxergar mesmo com uso de lentes corretivas, sendo 506,3 mil são cegos. Apesar do número expressivo de cego, na literatura existem poucos trabalhos de adaptação de instrumentos de avaliação para cegos, sendo estes avaliados nos parâmetros dos videntes. Diante dessa realidade o objetivo do presente trabalho foi de adaptar a Escala de Ansiedade de Beck (BAI) para o Braille gerando uma escala para avaliar ansiedade em cegos usuários do Braille. A amostra foi composta por 25 cegos usuários do Braille (grupo experimental) e de 25 videntes (grupo controle), com idade entre 18 e 25 anos de idade de ambos os sexos, pareados por idade e sexo. A aplicação foi realizada em grupo. Após as orientações, os sujeitos preencheram a escala, o grupo controle a escala padrão e o grupo experimental a escala adaptada. Os resultados obtidos no estudo mostraram que a BAI adaptada não apresentou diferença estatística significativa comparada à escala padrão na ansiedade total e nas subescalas: subjetiva, neurofisiológica, autonômica. Na subescala de pânico na estatística esta diferença foi no limite significância. Portanto o BAI adaptado mostrou eficácia equivalente ao BAI padrão para avaliar ansiedade em cegos, os itens adaptados parecem não ter modificado as estruturas fatoriais do instrumento, permitindo assim a sua utilização na avaliação de ansiedade em cegos usuários do BrailleDissertação Acesso aberto (Open Access) Adesão ao tratamento anti-retroviral por cuidadores de crianças e adolescentes soropositivos de uma Unidade de Saúde do Estado do Pará(Universidade Federal do Pará, 2007-02) BRANCO, Caroline Mota; FERREIRA, Eleonora Arnaud Pereira; http://lattes.cnpq.br/6600933695027723O tema da adesão ao tratamento tem recebido muita atenção dentro da Psicologia da Saúde nos últimos anos. Estudos nessa área revelam que os pacientes que não aderem ao tratamento podem não se beneficiar dos ganhos trazidos pela intervenção terapêutica. A literatura sobre adesão ao tratamento anti-retroviral revela que é o cuidador que geralmente assume a responsabilidade pelo gerenciamento do tratamento de crianças e adolescentes soropositivos. O objetivo principal do presente estudo foi descrever o padrão de adesão ao tratamento de cuidadores de crianças e adolescentes soropositivos que vivem no Estado do Pará, identificando as variáveis que interferem na adesão. Buscou-se, ainda, revelar os tipos de estratégias de enfrentamento utilizadas para lidar com as condições adversas trazidas pela soropositividade. Para tanto, realizou-se um estudo descritivo, de corte transversal, com 30 cuidadores, matriculados na Unidade de Referência Materno-Infantil e Adolescente do Estado do Pará (UREMIA), utilizando como instrumentos de coleta de dados, junto aos cuidadores, um roteiro de entrevista que investigava aspectos sociodemográficos, clínicos e psicossociais das crianças e adolescentes e a Escala Modos de Enfrentamento de Problemas (EMEP). Em relação à adesão pelos cuidadores, observou-se que algumas condições facilitaram o seguimento do tratamento. Essas condições estiveram relacionadas a variáveis de organização familiar (como o número de pessoas que moravam na residência), à história de interrupção do tratamento e ao auto-relato dos cuidadores sobre o padrão de desempenho a ser emitido mediante o sucesso (ou insucesso) da adesão. A influência dessas variáveis demonstrou a influência do controle do comportamento mediante regras, pois os cuidadores emitiram o desempenho classificado como adesão para evitar entrar em contato com as conseqüências aversivas do não seguimento do tratamento. Em relação às estratégias de enfrentamento, foi demonstrada maior média para o Fator 3, demonstrando a ênfase no uso de estratégias focalizadas em práticas religiosas e/ou pensamentos fantasiosos. Este trabalho propôs que os cuidadores da amostra lidaram com o problema da soropositividade de maneira a esquivar-se de pensar no problema do modo como ele realmente se constituiu diante dos mesmos, utilizando pensamentos religiosos ou mágicos para continuar lidando com a rotina diária de enfrentamento das questões que envolviam a condição de soropositividade da criança e/ou do adolescente. A partir dos dados encontrados, indica-se a realização de estudos que investiguem questões relacionadas ao papel exercido por contingências sociais sobre o comportamento dos cuidadores de crianças e adolescentes que vivem no Pará, bem como a investigação sobre aspectos relacionados à revelação do diagnóstico.Tese Acesso aberto (Open Access) Adesão ao tratamento da malária: um estudo em comunidades do entorno da Usina Hidrelétrica de Tucuruí - Pará(Universidade Federal do Pará, 2008) ROCHA, Maria de Nazaré Almeida; FERREIRA, Eleonora Arnaud Pereira; http://lattes.cnpq.br/6600933695027723Malária, doença infecciosa causada pelo protozoário Plasmodium, transmitida ao homem pela picada de mosquito fêmea do gênero Anopheles, atualmente põe em risco 40% da população mundial. No Brasil, ocorre sobretudo na Região Amazônica, onde estão concentrados 99,7% dos casos. Nas comunidades localizadas no entorno do lago de Tucuruí, a ocorrência de malária é elevada e os moradores não contam com serviços eficientes que proporcionem profilaxia e terapia adequados. Esta pesquisa teve a finalidade de analisar a ocorrência de comportamentos de adesão ao tratamento medicamentoso e de prevenção da malária em indivíduos residentes em comunidades do entorno da Usina Hidrelétrica de Tucuruí, Estado do Pará, por meio da comparação de três condições de intervenção: Rotina (n=10), Monitoramento (n=9) e Informação com monitoramento (n=10). Para avaliar quantitativamente os efeitos da intervenção, os comportamentos adotados nas três condições foram comparados por testes não-paramétricos (Qui-Quadrado e teste Binomial). A adesão ao tratamento nas condições Rotina e Monitoramento foi inexpressiva, enquanto, na condição Informação com monitoramento após a intervenção, 80% dos participantes apresentaram relatos de adesão ao tratamento significativamente superior, evidenciando eficácia da intervenção. Quanto ao conhecimento da malária na condição Informação com monitoramento, a intervenção promoveu aumento no nível de conhecimento dos participantes sobre a malária. A análise da mudança no repertório comportamental foi realizada em treze itens. Foram alcançados resultados mais expressivos na condição Informação com monitoramento; em nove itens foi observada mudança significativa de atitude dos participantes. A comparação entre as condições Monitoramento e Informação com monitoramento apresentou diferença significativa em oito itens: usar mosquiteiro, notificar o agente de saúde, manter cortadas ou podadas as árvores, não tomar banho no rio em horários de risco, usar roupa adequada para adentrar à mata, usar roupa adequada para pescar, não ficar no relento e usar repelentes como andiroba ou similares. Em síntese, conclui-se que a intervenção Informação com monitoramento foi eficaz para melhorar a adesão ao tratamento da malária e o nível de conhecimento sobre a doença.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Adesão ao tratamento em adolescentes com diabetes tipo 1: dois estudos de caso(Universidade Federal do Pará, 2011-04-01) SILVA, Ingrid Ferreira Soares da; FERREIRA, Eleonora Arnaud Pereira; http://lattes.cnpq.br/6600933695027723O diabetes mellitus Tipo 1 (DM1) é uma doença crônico-degenerativa de grande impacto na qualidade de vida de crianças e adolescentes. O DM1 acomete, predominantemente, crianças e adultos jovens com menos de 30 anos de idade, com pico de incidência dos 10 aos 14 anos. Como uma doença crônica, envolve mudança nos hábitos cotidianos, sendo o seguimento de regras um dos principais comportamentos para se alcançar tais mudanças. Esta pesquisa teve por objetivo analisar fatores que interferem no comportamento de seguir as regras prescritas para o tratamento em adolescentes com diagnóstico de DM1. Tais regras dizem respeito, mais especificamente, à mensuração da glicemia, utilização do plano alimentar na escolha do cardápio e aplicação de insulina. Participaram do estudo dois adolescentes com idades de 14 e 17 anos, diagnosticados com DM1, que apresentavam dificuldades para o controle da doença de acordo com avaliação médica. Também foram incluídos como participantes, os responsáveis de cada adolescente. Foram utilizados os seguintes instrumentos: 1) Roteiro de entrevista com os pais; 2) Inventário de estilos parentais; 3) Questionário de avaliação da qualidade de vida de adolescentes com DM1; 4) Roteiro de entrevista com o adolescente; 5) Inventário de apoio familiar ao tratamento; e 6) Formulários para Auto-registro de Comportamentos de Adesão ao Tratamento. A coleta de dados foi realizada no domicílio dos adolescentes. O procedimento seguiu as seguintes etapas: 1) Seleção dos participantes; 2) Entrevistas individuais com os pais/responsáveis; e 3) Entrevistas individuais com os adolescentes, incluindo aplicação de inventário sobre sua rede de apoio; caracterização da linha de base dos comportamentos de mensuração da glicemia, de seguimento do plano alimentar, e de aplicação de insulina; entrevistas com feedback positivo; e entrevista final. Os resultados obtidos a partir da análise dos comportamentos de adesão e das variáveis ambientais relatados por cada participante ao longo da pesquisa, permitiu identificar que o participante que emitia comportamentos de adesão de forma adequada tinha uma boa qualidade de vida, um bom nível de conhecimento sobre DM1, seus pais possuíam estilo parental positivo, percebia o apoio fornecido pela família, além de ter uma condição social satisfatória para suprir as necessidades da família. Por outro lado, o participante com uma baixa adesão, apesar de demonstrar ter uma boa qualidade de vida, seus pais faziam uso de muitas práticas negativas, apesar de seu estilo parental ser também positivo, o apoio familiar percebido pelo participante era inconstante e sua condição social não era suficiente para prover todos os instrumentos necessários a sua adesão ao tratamento. Assim, foi possível analisar os fatores que influenciam na adesão ao tratamento, entretanto novas pesquisas devem ser realizadas utilizando um número maior de participantes e que tenham um caráter longitudinal, com acompanhamento em longo prazo para verificar os efeitos das variáveis descritas na pesquisa ao longo da vida dos participantes.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Adesão ao tratamento por cuidadores de crianças com hipotireoidismo congênito(Universidade Federal do Pará, 2005-06-03) OLIVEIRA, Fabiana Pereira Sabino de; FERREIRA, Eleonora Arnaud Pereira; http://lattes.cnpq.br/6600933695027723As doenças crônicas requerem atenção e avaliações continuas e têm despertado a atenção de profissionais da área da saúde, especialmente aqueles que se dedicam à Psicologia Pediátrica, campo de aplicação que se dedica ao estudo do desenvolvimento da criança, bem como das relações entre saúde e doença e as interferências na qualidade de vida da criança e de seus familiares. Esta pesquisa teve como objetivo principal realizar um estudo descritivo, a fim de identificar variáveis que estivessem facilitando ou dificultando a adesão ao tratamento por cuidadores de crianças com Hipotireoidismo Congênito atendidas em um centro de referência no Estado do Pará. Participaram deste estudo 50 cuidadores principais, com idade entre 17 a 55 anos, com diferentes graus de parentesco com a criança. As variáveis relacionadas à adesão foram identificadas por meio de entrevistas estruturadas com os cuidadores. Características do Programa foram analisadas por meio de entrevistas realizadas com os profissionais da equipe. A análise dos relatos dos cuidadores mostrou que algumas exigências para a adesão ao tratamento não estão sendo fornecidas. Informações sobre características da doença, etiologia, diagnóstico, tratamento e prognóstico não fazem parte do repertório da maioria dos cuidadores, independente da idade, escolaridade, grau de parentesco e tempo em que a criança está no Programa de Triagem Neonatal. Diferenças significativas foram encontradas quanto ao tempo adequado para a realização do exame, o que demonstrou atraso no inicio do tratamento, As dificuldades descritas pelos profissionais quanto à adesão ao tratamento pelo cuidador foram atribuídas tanto a problemas apresentados pela própria estrutura do Programa como por falta de interesse do cuidador. O estudo traz implicações relevantes para a implantação de programas de prevenção mais efetivos e eficazes que atendam os cuidadores e promovam o adequado desenvolvimento da criança.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Adesão ao tratamento por pacientes portadores de diabetes tipo 1 e tipo 2: efeitos do treino de discriminação de dicas internas e externas(Universidade Federal do Pará, 2003-03-01) BRANDÃO, Washington Luiz de Oliveira; FERREIRA, Eleonora Arnaud Pereira; http://lattes.cnpq.br/6600933695027723; TOURINHO, Emmanuel Zagury; http://lattes.cnpq.br/5960137946576592O presente trabalho pretende comparar resultados de treinos de discriminação de sintomas e de ações relativas ao tratamento do diabetes Tipo 1 e Tipo 2, avaliando a eficácia desses treinos para a estimativa do índice glicêmico e para a promoção de adesão ao tratamento. Inúmeras pesquisas realizadas na área de psicologia da saúde têm o objetivo de proporcionar a melhora no tratamento ao paciente diabético. Parte dessas pesquisas utiliza um procedimento denominado de- automonitoração, a qual consiste em habilidades de observação, aferição e registro de aspectos relevantes no tratamento do diabetes. como: (a) índice glicêmico (IG) (b) sintomas (dicas internas -DI); e (c) ações envolvidas no tratamento nas áreas da medicação, alimentação e atividade física (dicas externas -DE). Estudos têm demonstrado que com a automonitoração o paciente diabético melhora o nível de discriminação das alterações glicêmicas. Essa.literatura não é clara em definir qual o melhor tipo de dica para melhorar a discriminação dos estados glicêmicos e afirm que o desenvolvimento desta habilidade não favorece a melhora na adesão ao tratamento. Esse estudo compreendeu três fases: (a) Entrevista inicial e de linha de Base; (b ) Entrevistas de Treino e (c) Entrevista Final e Devolutiva. A fase de treino está dividida em duas etapas Dicas Internas (DI) e Dicas Externas (DE). Nas etapas de treino os participantes estimaram e atribuíram causa para taxa de glicose sangüínea medida por um reflectômetro em cada entrevista. Na etapa DE. os participantes também recebiam feedback do pesquisador acerca do relato de seguimento das orientações, com base nas orientações recebidas em consulta e compiladas do prontuário do paciente. Foi calculado o índice de adesão (IA) nas duas primeiras fases. As entrevistas da fase de treino foram realizadas na residência do participante, em intervalos de três dias, nos quais o participante registrava a ocorrência de eventos correspondentes a etapa que estava realizando. Os resultados demonstram que independente do tipo de treino realizado os participantes estimaram os seus estados glicêmicos com base em dicas externas. Os sintomas' relatados na etapa DI nem sempre estavam associados ao Ia medido. Os participantes portadores de diabetes. Tipo 1 alcançaram maior precisão nas estimativas no treino de DE. A maioria dos participantes alcançaram melhor adesão quando iniciaram o treino por DE. Os resultados sugerem que: (a) relatos de sintomas não são os melhores indicadores para avaliar o estado glicêmico e a adesão ao tratamento (b) o melhor tipo de treino para promoção da adesão ao tratamento é o que envolve as dicas externas.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Adoção de crianças e adolescentes com necessidades especiais: aspectos psicossociais envolvidos(Universidade Federal do Pará, 2013-03-06) SILVA, Fabíola Helena Oliveira Brandão da; CAVALCANTE, Lília Iêda Chaves; http://lattes.cnpq.br/4743726124254735Este trabalho teve por objetivo compreender e descrever aspectos psicossociais da adoção de crianças e adolescentes com necessidades especiais desde a criação do Cadastro Nacional de Adoção (CNA), em abril de 2008. Para tanto, foram estipulados objetivos que motivaram a realização dos três estudos constituintes da dissertação. O primeiro descreveu as características sociofamiliares e demográficas dos pretendentes a pais por adoção de crianças com e sem desenvolvimento típico. Além disso, traçou um perfil das crianças e adolescentes considerados aptos para adoção, inscritos no CNA. O segundo estudo objetivou investigar fatores de risco e de proteção para o desenvolvimento de três crianças adotadas que possuem necessidades especiais, analisando aspectos comuns e únicos de suas trajetórias de vida, desde a condição psicossocial dos pais biológicos até o processo de inserção e convivência na família substituta. O terceiro envolveu três famílias que adotaram crianças com necessidades especiais, que tinham conhecimento prévio desta condição infantil, com o objetivo de descrever as rotinas familiares. A partir dos resultados obtidos pelos três estudos foi possível conhecer as características sociodemográficas e aspectos da estrutura e dinâmica familiar que marcam de forma geral, e nos casos estudados em particular, as demandas geradas por crianças com necessidades especiais e como pretendentes e pais por adoção têm se proposto a respondê-las. Conclui-se que tanto os pretendentes à adoção de crianças com necessidades especiais, quanto os seus pais adotivos aparentaram privilegiar o atendimento das demandas infantis, em especial proporcionar a convivência familiar a essas crianças em situação de vulnerabilidade.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Adoção tardia de gêmeos: estudo de caso de uma família adotante(Universidade Federal do Pará, 2013-03-06) OLIVEIRA, Márcia Luzia Silva de; PEDROSO, Janari da Silva; http://lattes.cnpq.br/4096274367867186; MAGALHÃES, Celina Maria Colino; http://lattes.cnpq.br/1695449937472051A pesquisa descreve a transição da conjugalidade para parentalidade adotiva de gêmeos tardios, na faixa etária de três anos e meio. Com base na teoria estrutural sistêmica teve como objetivo analisar a relação de um casal na faixa etária de 50 a 63 anos de idade, assim, identificar os motivos, rotina e mudanças após a adoção. Foram realizadas entrevistas semiestruturada, entrevistas de genograma, inventário de rotina e diário de campo. A partir dos relatos foram extraídos os eixos temáticos: “O casal: características e funcionamento” e “A família adotante: rotina do casal e cuidado com os gêmeos”. Os principais resultados apontaram que, desde o inicio da relação, o casal já vivenciava diversas transições. Constata-se que após a adoção, o papel da parentalidade gera um período de conflitos, crises, dificuldade em orientar, educar, estabelecer regras e limites as crianças que viveram institucionalizadas desde os sete meses de vida. Percebe-se no papel da esposa uma sobrecarga nos cuidados com as crianças, a família conta com o apoio de uma colaboradora nas tarefas domésticas e cuidados infantis. Além disso, o casal enfrenta alguns preconceitos da sociedade em geral, e pessoas mais próximas em relação à decisão de adotarem crianças maiores. Destaca-se que é necessário suporte psicológico as famílias adotantes durante e após o processo de adoção tardia e a importância de um estudo longitudinal.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Adultos e adolescentes autores de agressão sexual: características biopsicossociais e suas percepções sobre infância, adolescência e violência(Universidade Federal do Pará, 2021-09-10) SILVEIRA, Víviam da Silva; REIS, Daniela Castro dos; http://lattes.cnpq.br/8805305887566391; https://orcid.org/0000-0002-9505-4516; CALVACANTE, Lília Iêda Chaves; http://lattes.cnpq.br/4743726124254735; https://orcid.org/0000-0003-3154-0651A violência sexual abrange todas as sociedades, e se manifesta de diversas formas em seus diferentes contextos. Este fenômeno se faz presente ao longo da trajetória da vida de muitas crianças e adolescentes, seja na condição de vítimas ou autores da agressão sexual perpetrada. Com a proposta de investigação desse fenômeno, esta dissertação apresenta uma pesquisa com delineamento de natureza empírico-descritiva e análise quantitativa-qualitativa dos dados. A pesquisa buscou investigar percepções de adultos (+ 18 anos) e adolescentes (12 a 18 anos) autores de agressão sexual contra crianças e adolescentes sobre infância, adolescência e violência sexual relacionando-as às características biopsicossociais que definem os dois grupos etários envolvidos na pesquisa. Para tanto, realizaram-se dois estudos com características metodológicas semelhantes, tematicamente interligados, mas com indivíduos de dois grupos etários diferentes. O Estudo I buscou investigar a relação entre percepções de adultos autores de agressão sexual contra crianças e adolescentes sobre infância, adolescência e violência sexual e as características biopsicossociais deste grupo etário (+ 18 anos), que inclui homens sentenciados por crime de violência sexual em unidades prisionais. Foram selecionadas dez (N=10) entrevistas realizadas e transcritas entre 2015 e 2016 para análise de conteúdo pela Classificação Hierárquica Descendente (CHD) com apoio do Software Iramuteq. Os resultados apontaram que 90% destes adultos possuíam idade superior a 30 anos; quanto à escolaridade, 50% não concluíram o ensino fundamental; 10% cursaram o ensino médio incompleto e 30% conseguiram completar o ensino médio, destes participantes apenas 10% teve acesso ao ensino superior incompleto. Todos os participantes vivenciaram situações de violência ao longo das suas trajetórias de vida, e quanto ao grau de severidade da agressão sexual cometida, 40% dos autores assumiram a prática com hands on; 40% não assumiram tal agressão, e 20% destes declararam não se recordar o ato pelo qual cumpre pena. A percepção destes adultos sobre infância, adolescência e violência sexual aparece diretamente ligada às vivências destes participantes nas diferentes fases do seu desenvolvimento, além de não a disassociarem essa forma de agressão ao uso da força física. O Estudo II objetivou investigar a relação entre percepções de adolescentes autores de agressão sexual contra crianças e adolescentes sobre infância, adolescência e violência sexual e as características biopsicossociais deste grupo etário (12 a 18 anos), que reúne adolescentes que respondem judicialmente por ato infracional análogo ao estupro de vulnerável e que estavam em cumprimento de medida socioeducativa. Foram alcançados quatro (N=4) participantes para análise de conteúdo das entrevistas transcritas por meio da CHD do Iramuteq. Os resultados apontaram que os adolescentes possuíam idade superior a 15 anos. Na escolaridade, 2 (50%) possuíam o ensino fundamental incompleto, 1 (25%) o ensino médio incompleto, e 1 (25%) participante sem esta informação. Quanto às violências sofridas observou-se que todos os participantes vivenciaram situações de violência. No que se refere ao grau de severidade do ato praticado nenhum dos participantes assumiu a sua prática em hands on. A percepção destes adolescentes sobre infância, adolescência e violência sexual aparece como reflexo da construção destas categorias ao longo da trajetória de vida desses indivíduos, destacando a violência sexual vinculada ao uso da força física. Por conseguinte, mediante os dois estudos, levou-se em conta a hipótese de haver um maior número de semelhanças do que de diferenças nos relatos desses indivíduos (adultos e adolescentes) sobre as percepções da violência sexual. É possível apontar a relação entre as características biopsicossociais dos dois grupos etários de autores de agressão sexual, e formas particulares de lidar com as experiências presentes em suas trajetórias de vida. É possível afirmar que autores adolescentes e adultos apesar de se encontrarem em grupos diferentes provavelmente foram socializados em sistemas culturais e de crenças muito semelhantes, que podem influenciar e direcionar a construção de percepções próximas entre si. Entretanto, autores adultos tendem a se reportar à violência como capítulos à parte de sua trajetória de vida, e em direção oposta, adolescentes tendem a manifestar relação direta entre a violência sexual com as questões vivenciadas ao longo das suas fases do desenvolvimento anteriores.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Análise comparativa da ansiedade relatada em surdos e ouvintes(Universidade Federal do Pará, 2012-09-01) COSTA, Edilane Lourenço da; GOUVEIA JR, Amauri; http://lattes.cnpq.br/1417327467050274O grupo de pessoas surdas no Brasil é considerado expressivo. A Surdez pode gerar disfunções emocionais, dentre elas a ansiedade. Desta forma, o objetivo do presente trabalho foi mensurar a ansiedade relatada entre surdos e ouvintes, com a aplicação da Escala Analógica de Humor (EAH) padrão e a adaptada para LIBRAS. A amostra foi composta por 62 participantes, divididos em grupo ouvinte (n=31) e grupo surdo (n=31), com idades médias de 31(±7,53) e 31(±7,69) anos, respectivamente, de ambos os sexos, pareados por idade, sexo, renda e grau de instrução. A aplicação da EAH foi realizada individualmente e os dados obtidos foram analisados em termos dos fatores: ansiedade, sedação física, sedação mental, outros sentimentos e índice total da escala. O tratamento dos dados foi precedido da aplicação do teste de normalidade (Kolmogorov-Smirnov) e teste de igualdade de variância. Para os dados que atendiam a esses testes, utilizou-se o teste t de Student para comparar os fatores da EAH; entre os grupos; entre feminino e masculino, dentro dos grupos e entre os grupos; nos diferentes níveis de renda, dentro dos grupos e entre os grupos; nos diversos anos de estudo, dentro dos grupos e entre os grupos. Quando não foi possível satisfazer aos critérios de normalidade e homogeneidade da variância foi utilizado o teste não-paramétrico Mann-Whitney (U). Foi adotado o nível de significância p ≤ 0,05. Analisou-se também a correlação nas variáveis, renda, grau de instrução e idade com cada um dos fatores que compõem a escala, no grupo ouvinte e no grupo surdo. Os resultados obtidos apresentaram diferença estatisticamente significativa entre os grupos no índice da sedação física, sendo menor no grupo surdo que no grupo ouvinte. Na análise entre os grupos, ouvinte e surdo, distribuídos por sexo, foi expressa diferença estatisticamente significativa no fator outros sentimentos, sendo maior no grupo surdo, tanto no sexo feminino quanto masculino, em relação ao grupo ouvinte do sexo masculino. Ocorreu diferença estatística significativa nas variáveis renda e grau de instrução nos componentes da EAH, ansiedade, sedação física e sedação mental, entre e dentre os grupos. Na análise de correlação, no grupo ouvinte, foi verificada correlação positiva na variável renda e escolaridade versus sedação física e correlação positiva na variável idade versus ansiedade. No grupo surdo foi encontrada correlação positiva na variável idade versus sedação física. Concluímos que, a utilização de escalas para avaliar a ansiedade é importante e valiosa para pesquisas de campo, e a EAH adaptada em LIBRAS mostrou-se sensível para avaliação da ansiedade em surdos, isso facilita a inclusão diagnóstica dessa população específica, que às vezes é subdiagnosticada.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Análise da adesão ao tratamento em mulheres com lúpus eritematoso sistêmico(Universidade Federal do Pará, 2009-08-14) NEDER, Patrícia Regina Bastos; CARNEIRO, José Ronaldo Matos; http://lattes.cnpq.br/0859417913316803; FERREIRA, Eleonora Arnaud Pereira; http://lattes.cnpq.br/6600933695027723O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença inflamatória crônica do tecido conjuntivo, de caráter auto-imune e natureza multissistêmica, podendo afetar diversos órgãos e sistemas. Há predomínio no sexo feminino e apresenta períodos de remissão e exacerbação. Embora de etiologia ainda desconhecida, vários fatores contribuem para o desenvolvimento da doença, dentre eles os fatores hormonais, ambientais, genéticos e imunológicos. Algumas manifestações clínicas têm desafiado os especialistas, como é o caso da associação do LES com estados depressivos. Este estudo teve como objetivo identificar variáveis relacionadas à adesão ao tratamento em mulheres com diagnóstico de LES. Foram feitas correlações entre características sociodemográficas, níveis de depressão, qualidade de vida, estratégias de enfrentamento e comportamentos de adesão ao tratamento. Foram usados os instrumentos: Roteiros de entrevista, Escalas Beck, International Quality of Life Assessment Project (SF-36), Escala Modos de Enfrentamento de Problemas (EMEP) e Inventário de Qualidade de Vida (WHOQOL-Breve). As participantes integravam um grupo de trinta pacientes assistidas no ambulatório de reumatologia de um hospital público. Foram distribuídas em dois grupos, de acordo com o uso ou não de medidas orientadas pelo médico: Adesão (n=17) e Não Adesão (n=13). O grupo Adesão, independentemente da idade e do tempo de diagnóstico, apresentou menores níveis de depressão se comparado com o grupo Não Adesão. Os resultados sugerem que, em ambos os grupos, nos primeiros cinco meses de convivência da paciente com o LES, o aspecto físico, a dor e o estado geral de saúde são percebidos como fatores difíceis de lidar. Entretanto, é possível afirmar que, nesse mesmo período, se o paciente não adere às prescrições médicas, o desconforto em relação aos fatores citados é intensificado. A correlação entre o domínio Vitalidade, o domínio Aspectos sociais (medidos pelo SF-36) e a adesão ao tratamento apresentou-se válida, pois as participantes do grupo Adesão também relataram que se sentiam amparadas, tanto pelo seu grupo social quanto pela equipe de saúde. Os resultados sugerem que o comportamento depressivo pode ocorrer pelo longo tempo de convivência dessas pacientes com a incontrolabilidade dos sintomas da doença, e também por conta das seqüelas do LES, que as atinge severamente, comprometendo órgãos vitais como rins, coração, pulmões, prejudicando a qualidade de vida das mesmas. Discutem-se as vantagens e limitações do uso de instrumentos para identificação de variáveis relevantes no estudo da adesão ao tratamento em doenças crônicas. Sugere-se a realização de estudos longitudinais, com delineamento do sujeito como seu próprio controle para investigar a relação entre estados depressivos, controle de sintomas e adesão ao tratamento.Tese Acesso aberto (Open Access) Análise da competição entre os efeitos de consequências imediatas e efeitos de justificativas sobre o seguimento de regras(Universidade Federal do Pará, 2016-03-18) FARIAS, Andréa Fonseca; ALBUQUERQUE, Luiz Carlos de; http://lattes.cnpq.br/5261537967195189O presente estudo teve como objetivo investigar os efeitos de regras com justificativas adicionais do Tipo 1 (relatos a respeito de eventuais consequências do seguimento de regras) e do Tipo 2 (relatos a respeito de eventual aprovação, ou não, do seguimento de regra) sobre a manutenção do seguimento de regras, após a mudança nas contingências programadas, quando esse comportamento passa a produzir perda de reforçador (pontos trocáveis por dinheiro). Para tanto, 44 participantes foram expostos a um procedimento de escolha de acordo com o modelo. A tarefa era apontar para cada um dos três estímulos de comparação em sequência. Cada estímulo de comparação apresentava apenas uma dimensão - cor (C), espessura (E) ou forma (F) - em comum com o estímulo modelo e diferia nas demais. O experimento era constituído de seis condições. Cada condição era composta de quatro fases. As Fases 1 e 3 eram iniciadas com a apresentação de uma regra correspondente às contingências programadas e o início das Fases 2 e 4 era marcado pela mudança, não sinalizada, em tais contingências. As Fases 1 e 3 diferiam apenas quanto às justificativas apresentadas para o seguimento das instruções. A manutenção do seguimento de instrução evitava a perda do reforço programado nas Fases 1 e 3 e produzia tal perda nas Fases 2 e 4. De forma geral, os resultados mostraram que regras com justificativas podem alterar a probabilidade de o comportamento por ela especificado vir a ocorrer no futuro. Discuti-se o papel do controle por regras na explicação do comportamento.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Análise da comunicação sonora do Curió Oryzoborus angolensis (Aves, Passeriformes, Emberizidae)(Universidade Federal do Pará, 2011-06-29) LOPES, João dos Prazeres; SILVA, Maria Luisa da; http://lattes.cnpq.br/2101884291102108O Curió Oryzoborus angolensis (Aves, Passeriformes, Oscines, Emberizinae) é uma espécie Neotropical muito conhecida e apreciada entre os criadores de pássaros no Brasil, por possuir canto melodioso e variado. O canto tem como função biológica o reconhecimento específico. A presença de repertórios vocais longos, variações populacionais e individuais pode ser um indicativo de aprendizagem vocal, que é o caso do Oryzoborus angolensis. O repertório representa os diferentes tipos de unidades que constituem o canto, as notas, emitidas durante a vocalização. No caso do canto do Curió a frase pode ser caracterizada como uma sequência de notas que se repetem. Analisamos as amostras de gravações de 26 indivíduos, sendo dezesseis de cativeiro e dez selvagens provenientes de diversas localidades do país. Identificamos e denominamos cada uma das 2414 notas gravadas com uma letra do alfabeto. As medidas dos parâmetros físicos das notas (duração, intervalo entre as notas, ritmo, frequência máxima e frequência mínima) apresentaram diferenças globais significativas, podendo ser um dos caracteres responsáveis pela função de reconhecimento específico. Observamos que as notas são constituídas principalmente por sons puros e amplamente moduladas, distribuídas de forma homogênea na amostra. Descrevemos a estrutura do canto, com a análise do repertório dos indivíduos de cativeiro e selvagem, apresentado diferenças estatisticamente significativas entre si. Considerando a distribuição dos diferentes tipos de notas emitidas por indivíduos,calculamos a entropia informacional, que forneceu um índice que correspondente à previsibilidade do canto individual.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Análise da escolha individual na distribuição livre ideal: comparando diferenças e razões(Universidade Federal do Pará, 2016-01-13) SILVA, Thaís Tavares da; TONNEAU, François Jacques; http://lattes.cnpq.br/2917023797307669A Teoria do Forrageamento Ótimo, enquanto compreensão do comportamento de forragear em nível individual, fornece alicerce à Teoria da Distribuição Livre Ideal, que busca explicar as escolhas dos sujeitos sob a condição de competição em grupo. Contudo, apesar de muitos experimentos terem sido realizados com vistas a avaliar a Teoria da Distribuição Livre Ideal (DLI), desvios têm sido observados em relação a suas previsões, tanto em animais de outras espécies quanto em humanos. Assim, Sokolowski et al (1999) propuseram uma explicação para tais desvios em termos de igualar as diferenças (NG – WG) – ( NR – WR) no lugar das razões (WG/NG – WR/NR). Acreditando que o tema merece uma avaliação mais detalhada, propusemos um experimento em que indivíduos realizaram escolhas individuais por meio de um software que apresentava situações fictícias, simulando as escolhas de um grupo de sujeitos. Tal software foi desenvolvido com a finalidade de clarificar o papel das equações (razão e diferença) ou estratégias de escolhas em cada sujeito, utilizando para a análise dos dados o ajustamento por meio de uma função sigmoldal. A variável dependente foi a escolha de cada sujeito individual diante da apresentação das situações artificiais. Os resultados apontaram sujeitos realizando suas escolhas tanto sob controle das duas estratégias previstas, como de mais estratégias. Este estudo trouxe relevantes contribuições para o estudo das escolhas individuais, além de propiciar dados que merecem ser analisados mais detalhadamente por pesquisas posteriores.Tese Acesso aberto (Open Access) Análise da formação de classes ordinais sob controle condicional(Universidade Federal do Pará, 2010-08-20) NUNES, Ana Letícia de Moraes; SOUZA, Carlos Barbosa Alves de; http://lattes.cnpq.br/1264063598919201; ASSIS, Grauben José Alves de; http://lattes.cnpq.br/0722706223558223Estudos têm demonstrado a formação de classes ordinais em humanos a partir do ensino de sequências independentes. A reversão de funções ordinais é uma variável importante quando uma seqüência é submetida ao controle condicional. Tem-se verificado a formação de classes ordinais sob controle condicional quando se utiliza o encadeamento no estabelecimento das contingências originais. O ensino de sequências por sobreposição de pares (e.g. A1->A2, A2- >A3, A3->A4, A4->A5) pode garantir a emergência da transitividade intra-sequência de forma inequívoca. Não há resultados conclusivos com o procedimento de ensino por sobreposição sob controle condicional. Este trabalho investigou a emergência de relações ordinais em crianças, a partir do ensino por sobreposição de pares de estímulos em três experimentos. As sessões experimentais foram realizadas em uma sala de uma instituição de atendimento social. Um software (REL na versão 5.0) foi utilizado para apresentação dos estímulos e registro das respostas no computador. A tarefa experimental era responder em sequência aos estímulos apresentados simultaneamente na tela do computador. As respostas corretas eram reforçadas diferencialmente no ensino. O Experimento piloto teve como objetivo verificar a emergência de relações ordinais após o ensino de três sequências por pares sobrepostos sob controle condicional com reversão da função (e.g. se verde, A1->A2; se vermelho, A2->A1). Três crianças pré-escolares participaram do estudo. Os estímulos visuais eram numerais cardinais (“A”), nomes escritos dos numerais (“B”) e quantidades (“C”). Dois participantes demonstraram a emergência de relações transitivas e um deles demonstrou a formação de classes ordinais sob controle condicional. O Experimento 1 teve como objetivo analisar a formação de classes ordinais após o ensino de duas sequências por pares sobrepostos. Dois conjuntos (“A” e “B”) de cinco estímulos visuais foram utilizados (numerais e quantidades). Todos apresentaram a emergência de relações transitivas e a maioria apresentou formação de classes ordinais e desempenhos de generalização. Cinco crianças que foram submetidas ao Experimento 1 participaram do Experimento 2. O objetivo do Experimento 2 foi investigar os efeitos da introdução do controle condicional nas sequências previamente aprendidas. Todos os participantes apresentaram a emergência de relações transitivas e indícios de formação de classes sob controle condicional. Três participantes apresentaram a emergência das relações da segunda sequência (“B”) quando os estímulos foram apresentados os pares sob controle condicional. Os resultados nos testes de sequenciação mostraram variabilidade, possivelmente relacionada a controles de estimulos não previstos. Discutem-se os dados em função dos pré-requisitos para a emergência de relações ordinais com a ampliação da contingência; e das implicações do estudo para compreensão do comportamento conceitual numérico em crianças.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Análise da investigação dos determinantes do comportamento homossexual humano(Universidade Federal do Pará, 2005-07-21) MENEZES, Aline Beckmann de Castro; CARVALHO NETO, Marcus Bentes de; http://lattes.cnpq.br/7613198431695463O debate sobre os determinantes do comportamento perdura desde a Antiguidade, sendo usualmente estruturado dicotomicamente. A tendência atual de compreensão de determinação comportamental direciona-se para o interacionismo, analisando as influências genéticas, biológicas e ambientais sobre o produto final. Várias pesquisas empíricas têm sido conduzidas para identificar a quais fatores se deve a emissão de um comportamento específico. Em virtude da impossibilidade de estudar por completo os determinantes do comportamento humano, optou-se pelo recorte de um padrão específico o comportamento homossexual. Desde a antiguidade até a atualidade, os determinantes do comportamento homossexual têm sido alvo de debates. Além disso, este é um tema relacionado a um número expressivo de indivíduos na população e possui implicações sociais importantes a partir dos achados científicos na área. O presente trabalho objetivou analisar quais as evidências empíricas existentes acerca da determinação do comportamento homossexual, a partir de três etapas gerais: (1) a evolução histórica do debate sobre a determinação do comportamento, destacando as principais metodologias empregadas nessa trajetória; (2) apresentação e discussão das principais linhas de pesquisa sobre determinação do comportamento homossexual, enfatizando a análise crítica dos dados obtidos; (3) discussão das implicações das pesquisas apresentadas e possíveis encaminhamentos empíricos. Foi realizado um amplo levantamento bibliográfico, com ênfase em trabalhos empíricos abordando os determinantes do comportamento homossexual. Foram identificadas seis linhas de pesquisa principais, categorizadas como: medidas hormonais, efeitos hormonais, genética, funcionamento cerebral, modelos animais e efeitos ambientais. A metodologia e os resultados de cada pesquisa apresentada foram analisados. A partir da análise realizada, pôde-se discutir as influências políticas na pesquisa científica, as implicações éticas da divulgação dos resultados e organizar os dados existentes em uma proposta de compreensão do fenômeno. Espera-se contribuir para uma descrição do panorama geral do estudo dos determinantes do comportamento homossexual bem como para uma postura crítica frente às metodologias utilizadas e as conclusões veiculadas.Tese Acesso aberto (Open Access) Análise das funções de verbalizações de terapeuta e cliente sobre sentimentos, emoções e estados motivacionais na terapia analítico-comportamental(Universidade Federal do Pará, 2006-10-13) BARBOSA, João Ilo Coelho; TOURINHO, Emmanuel Zagury; http://lattes.cnpq.br/5960137946576592Estudos recentes têm sido realizados por analistas do comportamento visando um maior conhecimento sobre as funções que relatos autodescritivos de sentimentos, emoções e estados motivacionais (SEM) podem exercer no processo terapêutico, o que permitiria o desenvolvimento de um modelo de intervenção analítico-comportamental frente a tais relatos. O presente estudo investigou, na evolução de um caso clínico, as possíveis relações entre as verbalizações do cliente que faziam referências a SEM, as intervenções do terapeuta frente a esses relatos, e a evolução dos problemas ou queixas do cliente. Os participantes da pesquisa foram uma terapeuta analítico-comportamental experiente que atendeu uma cliente adulta, casada, sem histórico psiquiátrico. Foram gravadas, transcritas e analisadas 36 sessões de atendimento, correspondentes a um período de um ano de atendimento terapêutico. A análise das verbalizações ocorridas nas sessões foi feita com base em quatro tipos de categoria, sendo duas referentes à terapeuta: categorias relativas às funções básicas das verbalizações de terapeuta (FBVT) e categorias de análise; e duas referentes à cliente: categorias de análise e indicadores de queixa ou mudança. Essas categorias também foram comparadas em relação à suaocorrência dentro e fora de episódios emocionais (EE), definidos como seqüências de diálogos entre terapeuta e cliente nas quais houve pelo menos uma referência a um SEM da cliente. A análise dos resultados mostrou que as principais queixas da cliente foram em relação ao marido, a eventos corporais, ao estado de humor, aos pais ou familiares, aos colegas de trabalho e à falta de assertividade. Os SEM mais referidos nos relatos da cliente e da terapeuta foram aqueles relacionados a estados motivacionais, à tristeza e ao medo. Em relação à terapeuta, verificou-se que suas intervenções frente aos relatos com referências a SEM ocorreram principalmente sob a forma de investigações e confrontações, mas apenas uma pequena proporção dessas intervenções sugeria relações entre uma resposta da cliente e contingências ambientais, predominando dentre estas, as relações do tipo antecedente-resposta. Comparada com a terapeuta, a cliente estabeleceu um maior número de relações entre eventos ambientais e suas respostas, também predominantemente do tipo antecedente-resposta. No que se refere à evolução das queixas relatadas, pode-se afirmar que não houve evidência da ocorrência de mudanças consistentes no repertório da cliente nem na forma como a mesma se referia aos seus problemas. Comparando as categorias investigadas dentro e fora dos EE, verificou-se uma maior variação nas FBVT, nas categorias de análise da terapeuta e da cliente, e um maior número e variação das ocorrências de indicadores de queixa ou mudança dentro de tais episódios. Tais resultados confirmam que sentimentos, emoções e estados motivacionais são alvos de investigação e intervenção do terapeuta analíticocomportamental, mostrando-se consistentes com a literatura existente. As referências de terapeuta e cliente a SEM ou eventos relacionados fortalece a idéia de que os mesmos podem ser tratados em alguns momentos como respostas encobertas, em outras ocasiões, como estímulos privados, e muito freqüentemente como relações das quais participam esses eventos, algumas vezes conjuntos de relações interconectadas. Verificou-se ainda que a eventual inobservabilidade de termos das relações comportamentais que definem os SEM não conduziu a uma abordagem diferenciada por parte do terapeuta. Por outro lado, as referências a SEM por terapeuta e cliente pareceu favorecer a ocorrência de verbalizações que estabelecem relações entre o comportamento da cliente e eventos ambientais.Tese Acesso aberto (Open Access) Análise de conteúdo verbal na solução de dificuldades de portadores de transtornos ansiosos(Universidade Federal do Pará, 2007-06-15) MOREIRA, Sandra Bernadete da Silva; GALVÃO, Olavo de Faria; http://lattes.cnpq.br/7483948147827075O entendimento do comportamento verbal é crucial para a análise de comportamentos disfuncionais tratados em terapia de base analítico-comportamental. Pesquisas com comportamento verbal no contexto clínico, têm apontado a eficácia da utilização do comportamento verbal e gerado procedimentos de intervenção na solução de problemas. O reforçamento de auto-relatos, como função de um arranjo de contingências de reforçamento, tem mostrado que o relato verbal é um meio válido para alterar comportamento não verbal fora da situação terapêutica. O objetivo do presente estudo é demonstrar a utilidade de um procedimento de arranjo de contingências verbais pelo terapeuta por meio da sistematização de conteúdo verbal do cliente e sua reapresentação por escrito, para a solução de dificuldades de indivíduos que apresentam transtorno ansioso em situação de interação terapêutica. Sendo expostas ao seu próprio comportamento verbal, sistematizado na forma de categorias por conteúdo de verbalização, foi possível a duas participantes deste estudo caracterizarem suas dificuldades, identificando e descrevendo contingências ambientais relacionadas com seu comportamento indesejado e conseqüentemente a descreverem propostas de solução dessas dificuldades. Discutiu-se como a exposição ao conteúdo sistematizado do seu próprio relato verbal alterou o relato verbal e o comportamento-queixa.Tese Acesso aberto (Open Access) Uma análise de procedimentos para a indução de nomeação bidirecional(Universidade Federal do Pará, 2020-10-06) SANTOS, Edson Luiz Nascimento dos; SOUZA, Carlos Barbosa Alves de; http://lattes.cnpq.br/1264063598919201A presente tese é composta por uma revisão de literatura e um estudo experimental com o objetivo de analisar procedimentos que comumente são utilizados para a indução de Nomeação bidirecional (BiN). O estudo teórico realizou uma revisão sistemática de estudos experimentais sobre BiN com o objetivo de identificar e analisar, considerando a nova classificação proposta por Hawkins, Gautreaux e Chiesa (2018), o perfil dos participantes, os subtipos de BiN que os estudos buscaram avaliar e os procedimentos de ensino utilizados, os procedimentos utilizados para testar a emergência da BiN, e a BiN efetivamente avaliada. Observou-se que 16 estudos foram realizados com participantes com desenvolvimento atípico, e que a maioria utilizou (1) ensino de emparelhamento ao modelo por identidade com tato do estímulo modelo pelo experimentador (IDMTS+tato) e testes de tato e ouvinte na avaliação de Nomeação unidirecional de falante; e (2) ‘ensino por múltiplos exemplares’ (MEI) como procedimentos de indução de Nomeação unidirecional de falante. Já o estudo experimental teve o objetivo de verificar a efetividade de um procedimento de MEI para a indução de BiN e avaliar se apresentar Nomeação bidirecional conjunta é suficiente para a demonstração de Nomeação incidental bidirecional conjunta com quatro crianças com TEA. Um participante demonstrou Nomeação bidirecional conjunta após MEI e Nomeação incidental bidirecional conjunta com novos estímulos. O segundo participante passou nos testes de Nomeação unidirecional de ouvinte após MEI e outros dois, que apresentaram Nomeação bidirecional conjunta no pré-teste, também apresentaram Nomeação incidental bidirecional conjunta. Os resultados são discutidos à luz da literatura atual.
