Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Conservação - PPGBC/Altamira
URI Permanente desta comunidadehttps://repositorio.ufpa.br/handle/2011/9260
Surge em 2014 diante da necessidade de formar profissionais capacitados para lidar com os aspectos ambientais, econômicos e sociais que permeiam a biodiversidade brasileira e, em especial, a da região amazônica. O PPGBC está vinculado ao Campus Universitário de Altamira, da Universidade Federal do Pará (UFPA), suprindo uma importante demanda do ensino superior na região Transamazônica e Xingu.
Área de conhecimento: Ciências Biológicas (Ecologia, Zoologia, Fisiologia, Morfologia, Genética, Botânica, Sistemática, Taxonomia, Filogenia, Microbiologia), as Ciências Exatas e Naturais (Geologia, Matemática e Estatística), e às Ciências Sociais Aplicadas (Economia e Sociologia).
Navegar
Navegando Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Conservação - PPGBC/Altamira por Linha de Pesquisa "CONSERVAÇÃO E MANEJO DA BIODIVERSIDADE"
Agora exibindo 1 - 7 de 7
- Resultados por página
- Opções de Ordenação
Dissertação Acesso aberto (Open Access) A aplicação do hormônio 24-Epibrassinolídeo promove o desenvolvimento e crescimento de mudas de Genipa Americana L. sob diferentes níveis de sombreamento(Universidade Federal do Pará, 2024-09-20) LIMA, Gustavo Gomes; ALVES, Graciliano Galdino; http://lattes.cnpq.br/8085271321555747; HERNÁNDEZ-RUZ, Emil José; http://lattes.cnpq.br/9304799439158425; https://orcid.org/0000-0002-3593-3260Um dos fatores essenciais para iniciar o processo de restauração de uma área é a produção de mudas vigorosas e de tamanho adequado para sua supervivência, porém vários desafios impossibilitam a produção em grande escala, como a indisponibilidade de sementes e mudas. O objetivo deste trabalho é analisar o efeito de diferentes concentrações do hormônio 24-epibrassinolídeo associado a diferentes níveis de sombreamento no desenvolvimento das mudas de jenipapo (Genipa americana L.). Foram utilizadas mudas de jenipapo em três condições de sombreamento: sombrite de 50%, 35% e pleno sol. As mudas foram submetidas a quatro concentrações de 10, 20, 30 e 40 nM do hormônio 24-epibrassinolídeo, mantendo um tratamento controle, em um arranjo de um delineamento experimental em blocos casualizados, com quatro blocos e cinco tratamentos. Os dados foram coletados aos 30, 60, 90, 120 e 150 dias após a aplicação (DAA) dos tratamentos, com a mensuração do comprimento da planta, o diâmetro do caule e número de folhas. Para análise dos parâmetros de crescimento, foi utilizado o software R, gerando um Modelo Linear Generalizado (GLM), sendo feita análise de variância nos resultados dos parâmetros bioquímicos, com comparação de médias pelo teste de Tukey e para comparação dos dados ambientais e fisiológicos, uma análise de componentes principais (PCA). As plantas mantidas a 35% de sombreamento apresentarem efeitos positivos nos parâmetros de altura, diâmetro, número de folhas e menores concentrações do hormônio proporcionaram incremento nas variáveis de crescimento. As maiores concentrações das variáveis bioquímicas foram observadas nas condições de menores concentrações de hormônio, sob pleno sol e 50%. Estando os parâmetros ambientais diretamente ligados às respostas fisiológicas das mudas de jenipapo. O desenvolvimento e crescimento acelerado das mudas de jenipapo é possível sob determinadas condições de sombreamento, e apresentando efeitos positivos sob a ação do hormônio, o que favorece o desenvolvimento de plantas robustas.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Desenvolvimento inicial do Pacu-branco Myloplus Rubripinnis (Characiformes: serrasalmidae) da bacia do Rio Xingu(Universidade Federal do Pará, 2023-08-22) OLIVEIRA, Elzamara de Castro; ZACARDI, Diego Maia; http://lattes.cnpq.br/8348319991578546; HTTPS://ORCID.ORG/0000-0002-2652-9477; SOUSA, Leandro Melo de; http://lattes.cnpq.br/6529610233878356; https://orcid.org/0000-0002-0793-9737A espécie Myloplus rubripinnis, popularmente conhecida como pacu-branco, possui grande potencial ecológico como dispersora de sementes e representa importante recurso alimentar e econômico para diversas famílias ribeirinhas. Entretanto, pouco se conhece sobre a bioecologia dos adultos e não existem investigações relativas ao desenvolvimento inicial desta espécie. Neste contexto, este estudo teve como objetivo caracterizar morfologicamente as primeiras fases do ciclo de vida do M. rubripinnis, capturados no trecho médio do rio Xingu e identificar as principais mudanças nos padrões de crescimento através de diferentes modelos de regressão. Os indivíduos foram coletados com rede de plâncton em diversos habitats presentes no rio Xingu, durante as quatro fases do ciclo hidrológico local (enchente, cheia, vazante e seca) entre os meses de janeiro de 2021 a abril de 2022. Os espécimes depois de identificados, foram classificados de acordo com o estágio de desenvolvimento em períodos larval (larval-vitelino, pré-flexão, flexão e pós-flexão) e juvenil. Foram analisados 55 indivíduos com comprimento padrão variando de 7,21 a 35,53 mm. Durante o período larval os olhos são grandes e esféricos, a cabeça varia de pequena a grande e o corpo fusiforme variando de longo a moderado com perfil dorsal convexo. O intestino alcança a região mediana do corpo e a boca é terminal. O desenvolvimento é do tipo altricial, e inicialmente a pigmentação é escassa no corpo restringindo-se a uma faixa linear ao longo da notocorda com intensificação na parte posterior do pedúnculo caudal. Em estágios iniciais (flexão) observa-se pequenos agrupamentos de cromatóforos puntiformes na região occipital, na lateral do focinho, nos primeiros raios da nadadeira dorsal e anal, na base do ânus e dos raios da nadadeira caudal, e em estágios mais desenvolvidos (pós-flexão) formam faixas verticais irregulares pelo corpo. O número total de miômeros varia de 41 a 42 ((21 a 22 pré-anal e 20 pós-anal). A sequência completa da formação das nadadeiras e o número de raios não ramificados e ramificados são: caudal (superior iiii+9-7+iiii inferior), dorsal (iii,20), anal (iii,32), ventral (i,5) e peitoral (i,10). Os modelos de crescimento indicaram maiores modificações na transição dos estágios de flexão para pós-flexão, com mudanças abruptas nas taxas crescimento relacionadas à cronologia de eventos importantes na história inicial de vida dessa espécie, como alteração no hábito alimentar, posição na coluna da água e ocupação de novos habitats. O padrão de pigmentação associado a dados merísticos são caracteres eficazes para distinguir as fases iniciais de M. rubripinnis de seus congêneres. Os achados desse estudo possibilitam a correta identificação de larvas e juvenis de M. rubripinnis em ambiente natural e, em última análise, contribuem para a compreensão dos locais e períodos de desova, bem como nas ações de manejo, conservação e sustentabilidade deste peixe Neotropical.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Enxertia e indução da floração com Paclobutrazol em golosa (Chrysom sapyllunuignolentum (Pierre) Baehnni)(Universidade Federal do Pará, 2025-02-24) RIBEIRO, Cleber da Silva; LEÃO, Fábio Miranda; http://lattes.cnpq.br/6256044082655658; https://orcid.org/0000-0002-3258-8748Acelerar a floração e frutificação de espécies em áreas degradadas pode tornar a restauração florestal mais eficiente. A enxertia combinada com fitoreguladores tem o potencial de acelerar esse processo. Este estudo avaliou a eficácia da enxertia e de diferentes técnicas de proteção do enxerto na taxa de pegamento de mudas de Golosa (Chrysophyllum sanguinolentum) e o impacto do paclobutrazol em mudas enxertadas e não enxertadas sob diferentes condições de sombreamento. O experimento foi conduzido na Universidade Federal do Pará em duas fases. Na primeira, realizada entre agosto e setembro de 2023, foram enxertadas 160 mudas, distribuídas em quatro tratamentos de proteção do enxerto: parafilm (T1), parafilm com saco de papel kraft (T2), saco plástico (T3) e saco plástico com saco de papel kraft (T4). O delineamento experimental foi em blocos inteiramente casualizados, e as mudas foram mantidas em casa de vegetação. A brotação foi avaliada aos 20, 27, 34, 41, 48 e 56 dias após a enxertia. Como os pressupostos de normalidade e homogeneidade não foram atendidos, utilizou-se o teste não paramétrico de Kruskal-Wallis (p < 0,05). Na segunda fase, entre junho e dezembro de 2024, avaliaram-se diâmetro do coleto, altura, número de folhas e índice de clorofila, considerando os fatores enxertia, sombreamento e aplicação de paclobutrazol. O delineamento foi inteiramente casualizado, com 56 mudas divididas entre enxertadas (28) e não enxertadas (28), submetidas a dois níveis de sombreamento (pleno sol e 50% de sombra) e dois tratamentos com paclobutrazol: aplicação de 2 ml diluídos em 250 ml de água e controle sem aplicação. As mensurações ocorreram aos 0, 30, 60, 90, 120, 150 e 180 dias após a aplicação do PBZ. Para análise, utilizou-se o software R Studio, empregando Modelos Lineares Generalizados (GLM). Os resultados mostraram diferenças significativas entre os tratamentos de proteção. O T2 (parafilm com saco de papel kraft) obteve a maior taxa de pegamento (27,5%), seguido por T4 (12,5%), enquanto T1 apresentou 10% e T3 não brotou. Em relação ao sombreamento, plantas sob 50% de sombra tiveram maior crescimento em diâmetro (2,36%), número de folhas (53) e índice de clorofila (34,2 g). O crescimento em altura foi maior sob sombra, mas sem significância estatística. Plantas não enxertadas apresentaram maior número de folhas (64), enquanto as enxertadas tiveram o maior índice de clorofila (30,7 g). O PBZ reduziu o número médio de folhas (42) e o crescimento em diâmetro (1,99%), mas não afetou significativamente a altura e o índice de clorofila. Conclui-se que a enxertia é eficaz para C. sanguinolentum, e a proteção com parafilm e saco de papel kraft aumenta a taxa de pegamento. Além disso, a enxertia pode acelerar a floração e frutificação, mas essa hipótese requer monitoramento a longo prazo. O PBZ mostrou-se fitotóxico, reduzindo o crescimento e causando perda total de folhas.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Espécies arbóreas presentes na zona urbana de Altamira - Pará: índices espaciais e diversidade florística(Universidade Federal do Pará, 2023-04-28) FEIO, Elnatan Ferreira; VELOSO, Gabriel Alves; http://lattes.cnpq.br/9757471213923099; HTTPS://ORCID.ORG/0000-0002-3655-4166; HERRERA, Raírys Cravo; http://lattes.cnpq.br/2153779197306503; https://orcid.org/0000-0002-9699-8359Nas últimas décadas, o interesse por estudar o processo de urbanização nas cidades tornou-se um assunto de extrema importância, visto que, quando esse fenômeno não é trabalhado com planejamento, desprezando as diferenças regionais, torna-se difícil projetar cidades mais sustentáveis. Uma das formas de alcançar esta sustentabilidade é a promoção de ações que incentivem a inserção da arborização que consiga surtir efeitos positivos, tal como a amenização do calor decorrido do asfaltamento e concretização dos espaços urbanos. Assim, a promoção da arborização nas cidades é um dos meios de minimizar os efeitos adversos do clima nas cidades e melhorar a qualidade de vida dos habitantes. Este trabalho foi realizado na sede do município de Altamira, localizada na região Sudoeste do Estado do Pará. Foi desenvolvido em três etapas: (i) realização do mapeamento da arborização a partir da vetorização manual para geração de uma nuvem de pontos que possibilitou a análise, por meio da aplicação da Estatística de Densidade Kernel, da distribuição espacial das espécies arbóreas utilizando cálculo das estimativas de parâmetros ambientais como: Índices de Cobertura Vegetal (ICV) e Percentual de Cobertura Vegetal (PCV); (ii) aquisição de imagens de sensoriamento remoto com baixa nebulosidade durante o período de estiagem, referente aos anos 2011 e 2021 dos Satélites Landsat 5 sensor TM e Landsat 8 Sensor Tirs, respectivamente, com imagens adquiridas no site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE); e (iii) levantamento do censo arbóreo em três bairros da cidade a partir dos índices de coberturas maiores calculados na primeira etapa da pesquisa para determinar os Índices de Diversidade de Shannon-Weaver, Simpson e Equabilidade de Pielou. Observou-se que a distribuição da arborização da cidade de Altamira é muito variável e deficiente, onde a maioria dos bairros da cidade apresenta um déficit na densidade de árvores. Os bairros centrais são os mais consolidados e apresentaram maiores densidades de indivíduos. O PCV foi de 0,49% e ICVH de 1,72 m² de copa/habitante, valores abaixo do recomendado pela Organização das Nações Unidas - ONU e Sociedade Brasileira de Arborização Urbana - SBAU. Para o ano de 2011, as condições térmicas terrestres da cidade de Altamira variaram entre a mínima de 23,97°C e máxima de 34,80°C, mantendo uma constante em torno de 32°C na área urbanizada, destoando da temperatura máxima registrada de 34°C em poucos pontos da cidade, com temperatura média de 32,09°C nos bairros centrais e mais urbanizados. Em 2021, a temperatura da cidade de Altamira alcançou mínima de 23,35°C e máxima de 33,89°C. O resultado do cálculo dos índices para os bairros Premem, Jardim Uirapuru e Esplanada do Xingu, apresentaram os seguintes valores, respectivamente: a) diversidade de Shannon-Weaver (H’): 1,734, 1,816, 2.28; b) Equabilidade de Pielou (J’): 0.65, 0.57, 0.72, e c) Simpson (C): 0.69, 0.71, 0.85, respectivamente. A análise qualitativa indicou que quanto maior o valor de C, menor é a diversidade de espécies, portanto, a maior diversidade distribuída encontra-se no bairro Premem. Para a análise quantitativa, foram catalogados 793 indivíduos arbóreos, divididos em 61 espécies, pertencentes à 40 famílias botânicas, para os quais se verificou que 68% são espécies exóticas e 32% nativas. Observa-se que o arranjo da espacialização da arborização urbana não acompanhou o crescimento da malha urbana, permitindo o surgimento de zonas com pouca densidade arbórea, o que demonstra que há urgência à elaboração de política que contemple áreas verdes na cidade, de modo a humanizar as vias e logradouros públicos e contribuir para a regulação do microclima altamirense, com efeitos positivos no bem-estar da população e daqueles que por aqui transitam. Desta forma, este estudo possui os atributos necessários para subsidiar ao planejamento urbano em ações que visem a promoção do conforto e a futura atenuação dos eventos de sensação térmica, valorizando para isto o plantio de espécies nativas em detrimento das exóticas.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Indicadores de qualidade do solo e sistema de plantio adensado em área degradada na Amazônia(Universidade Federal do Pará, 2024-09-30) SILVA, Kerciane Pedro da; SANTOS JUNIOR, Jaime Barros dos; http://lattes.cnpq.br/8994389767647854; HTTPS://ORCID.ORG/0000-0002-2933-8764; LEÃO, Fábio Miranda; http://lattes.cnpq.br/6256044082655658; https://orcid.org/0000-0002-3258-8748A degradação do solo resulta na perda de matéria orgânica e compactação, sendo que a avaliação da saúde do solo através de indicadores de qualidade torna-se essencial para monitoramento e adaptação de práticas de manejo em áreas degradadas. Além disso, buscar novas estratégias de plantio para restauração florestal é importante para que áreas que sofreram algum tipo de degradação possam ser restauradas. Neste sentido, os objetivos desteestudo foram: 1. Comparar a qualidade do solo em área de floresta e em diferentes relevos de uma área de pastagem. 2. Analisar a sobrevivência e crescimento de espécies arbóreas. 3. Avaliar o efeito da enxertia em C. sanguinolentum implantadas em grupos espaçados. A pesquisa foi realizada no Centro de Estudos Ambientais (CEA), localizado no município de Vitória do Xingu, PA, na região da Volta Grande do Xingu. Amostras de solo foram coletadas da área de floresta e em três diferentes faixas de altitude (120-130 m, 130-140 m e 140-150 m) na área degradada para determinação dos atributos físicos e químicos, além de calcular o Índice de Qualidade Estrutural do Solo (IQES). A técnica de plantio por adensamento consistiu na distribuição de 30 grupos localizados em três diferentes relevos (120, 130 e 140 m). Cada grupo foi formado por 13 mudas de espécies florestais representando diferentes estágios sucessionais, com a espécie clímax C. sanguinolentum posicionada no centro. Em cada faixa de altitude, foram plantados cinco indivíduos enxertados e cinco não enxertados de C. sanguinolentum no centro dos grupos, sendo acompanhadas no período de seis meses. A análise de solo identificou diferenças significativas nos parâmetros físicos e químicos entre as áreas de floresta e a área de pastagem, evidenciando o impacto das práticas de manejo em áreas degradadas. As áreas florestais apresentaram melhor qualidade física do solo em comparação às áreas degradadas. Na floresta, houve maiores concentrações de carbono orgânico, fósforo assimilável e potássio, além de um pH mais ácido devido ao acúmulo de matéria orgânica. Por outro lado, as faixas altitudinais degradadas mostraram uma tendência à compactação do solo. No plantio adensado, a taxa de mortalidade foi de 7,69%, sendo que as espécies S. mombin e G. americana não apresentaram nenhuma morte. S. mombin teve o maior crescimento em altura (75,87%) e diâmetro (168,25%). A espécie C. sanguinolentum mostrou melhor desempenho em diâmetro nas mudas não enxertadas, com mortalidade ocorrendo apenas nas mudas enxertadas. O crescimento das mudas foi influenciado pela altitude, com melhor desenvolvimento em diâmetro e altura das espécies estudadas na área mais baixa do relevo. Os resultados da análise de solo demonstraram que a vegetação nativa contribui para a melhoria da qualidade do solo e mantém processos ecológicos positivos, enquanto práticas inadequadas prejudicam a funcionalidade ecológica do solo. Já o plantio adensado, de modo geral, mostrou-se uma estratégia eficaz para a restauração ecológica, favorecendo assim a funcionalidade do ecossistema e contribuindo com o avanço da sucessão ecológica em áreas degradadas.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Sobrevivência e crescimento inicial de espécies nativas em plantio de enriquecimento em área de recomposição florestal da UHE de Belo Monte(Universidade Federal do Pará, 2020-02-17) SOUZA, Onassis de Pablo Santos de; HERRERA, Raírys Cravo; http://lattes.cnpq.br/2153779197306503; https://orcid.org/0000-0002-9699-8359A escolha das espécies que serão plantadas destaca-se como fator determinante no desempenho da restauração florestal, por serem de grande influência na formação de florestas biologicamente viáveis que contribuam para a reabilitação da biodiversidade de ambientes alterados. No entanto, ainda são raras as informações sobre o estabelecimento inicial de espécies florestais nativas em projetos de restauração florestal. Neste contexto, este trabalho teve como objetivo analisar o desempenho quanto ao crescimento e sobrevivência de plantio de enriquecimento com seis espécies nativas da Amazônia (Carapa guianensis/ andiroba, Dipteryx odorata/ cumaru, Hymenaea courbaril/ jatobá, Hymenaea intermedia/ jutaí, Cenostigma tocantinum/ macharimbé, e Triplaris weigeltiana/ tachi da varzéa) submetidas à diferentes condições edáficas e interações bióticas durante a fase de estabelecimento em campo, com a finalidade de subsidiar projetos de recomposição vegetal em condições ambientais semelhantes. As áreas de plantio estão situadas em ambientes de floresta secundária no Município de Vitória do Xingu/PA. Para avaliação das mudas plantadas, dentro de 147,26 hectares de floresta enriquecida, foram instaladas 147 unidades amostrais de 800 m2 (20 m x 40 m). A localização das parcelas foi determinada de forma sistemática via rede de pontos com distância de 100 m x 100 m, sendo a primeira unidade de amostra aleatorizada e as demais distribuídas de forma equidistante. A extensão de plantio para as seis espécies foi subdividida em 39 talhões com tamanhos variados, com um total de 607 mudas plantadas. O inventário de sobrevivência das espécies e medição da altura foi realizado aos 30 e aos 180 dias após o plantio. Foram considerados na análise os fatores ecológicos referentes ao estrato herbáceo, árvores adjacentes, fertilidade do solo, vestígio de fauna e estado fitossanitário das mudas. Dentre os principais resultados obtidos destacam-se: (i) H. intermedia apresentou o maior número de indivíduos mortos; (ii) apesar do C. tocantinum ter apresentado a maior taxa de crescimento absoluto, o crescimento em altura foi similar entre as espécies; (iii) o estrato herbáceo e as árvores adjacentes não provocaram nenhuma influência no desenvolvimento das plantas; (iv) a variação na fertilidade do solo entre as parcelas não foi suficiente para influenciar o crescimento das mudas; (v) a ocorrência de animais dentro das parcelas não teve qualquer interferência sobre as plantas analisadas; e (vi) a ocorrência de plantas vivas foi notoriamente predominante em mudas com fitossanidade sadia. Nesse contexto, conclui-se que as espécies analisadas respondem às condições ambientais de maneira equivalente, sendo, portanto, recomendadas para utilização em plantios de enriquecimento com a finalidade de recomposição vegetal.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Uso de caixas-ninho pela fauna de vertebrados em relação às variáveis ambientais em um fragmento de Floresta Amazônica em Altamira-Pa(Universidade Federal do Pará, 2018-07-27) BENTO, Silnara Carmo; GOMES, Felipe Bittioli Rodrigues; http://lattes.cnpq.br/0924023357753741A floresta Amazônica é considerada um dos maiores remanescentes de floresta tropical do mundo, mas a exploração acentuada dos recursos naturais na Amazônia tem ocasionado a perda crescente da biodiversidade. Estes impactos têm atingido de forma preocupante a fauna que depende de cavidades naturais presentes em árvores, vivas ou mortas, como locais para nidificação, abrigo ou forrageio. Visando compensar a perda da complexidade ambiental, o uso de caixas-ninho vem sendo utilizada com sucesso, em especial em florestas de regiões temperadas, para diferentes grupos de vertebrados, desde aves a mamíferos. Para a região neotropical, faz-se necessário avaliar a eficiência desta intervenção ambiental através da experimentação e observação quanto ao uso destas caixas-ninho em relação às variáveis ambientais, sendo nosso objetivo desenvolver estas observações em um fragmento de floresta amazônica no Pará. Para o estudo foram utilizadas 30 caixas-ninho de madeira, distribuídas ao longo de um módulo de pesquisa RAPELD localizado em um fragmento florestal na região do médio Xingu, em Altamira. Foram instaladas 8 caixas no transecto um, e 16 no transecto dois, somadas a 6 ao longo de um igarapé. Foram instaladas quatro caixas por parcela, duas no início e duas no final, uma com altura média de 1,5 m, e outra com 5 m em relação ao solo; as caixas instaladas ao longo do igarapé foram fixadas com altura intercalada (1,5 e 5 m) e distância de 50 m uma da outra. Foram mensuradas as variáveis ambientais e espaciais: abertura do dossel, distância da borda, densidade e média do DAP das árvores do entorno, distância do igarapé e altitude. Para verificar a relação entre as variáveis e os locais de instalação das caixas-ninho utilizou-se Análise de Componentes Principais (PCA), também utilizada para relacionar a ocorrência das espécies de aves, anfíbios e répteis, em relação aos locais de amostragens. Sete caixas foram ocupadas por vertebrados, todas com a finalidade de abrigo. Destas, quatro foram mamíferos (Didelphidae e Rodentia), dois répteis (Thecadatilus rapicauda) e um anfíbio (Osteocephalus taurinus). A amostragem abrangeu toda a área de estudo, através da distribuição heterogênea das cavidades artificiais, houve pouca variação entre as variáveis e as caixas-ninho (PCA - 39,50% de explicação dos eixos). Não houve correlação significativa, mas uma tendência de uso quanto aos T. rapicauda ocuparem caixas associadas com as variáveis distância do igarapé e altitude, e mamíferos com a variável cobertura vegetal. Diferentes de outros estudos brasileiros houve baixa ocupação das caixas-ninho, e nossos resultados não foram substanciais para determinar a utilização de caixas-ninho para enriquecimento ambiental em fragmentos ambientais perturbados na Amazônia.
