Dissertações em Geologia e Geoquímica (Mestrado) - PPGG/IG
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.ufpa.br/handle/2011/2604
O Mestrado Acadêmico pertence ao Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica (PPGG) do Instituto de Geociências (IG) da Universidade Federal do Pará (UFPA).
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Navegando Dissertações em Geologia e Geoquímica (Mestrado) - PPGG/IG por Linha de Pesquisa "GEOLOGIA ISOTÓPICA"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Estudo de Proveniência das rochas metassedimentares do Complexo Ceará, na região de Sobral e adjacências, com base em datação U-Pb de zircão e idades-modelo Sm-Nd(Universidade Federal do Pará, 2015-06-05) FEITOSA, Jeremias Vitório Pinto; MOURA, Candido Augusto Veloso; http://lattes.cnpq.br/1035254156384979A Província Borborema é uma importante província tectônica, com aproximadamente 450.000 km², que ocorre na região nordeste do Brasil, onde estão registrados inúmeros e marcantes processos geológicos que ocorreram na Terra ao longo do tempo. Essa província apresenta grandes semelhanças com províncias existentes no continente africano, como a província Benin/Nigéria. Sucessivos ciclos geológicos estão registrados nos litotipos da Província Borborema, que remontam a uma evolução geológica de grande complexidade iniciada no Arqueano, culminando ao final do Neoproterozóico com a ocorrência de efetivos eventos tectonotermais e magmáticos do chamado Ciclo Brasiliano, que resultou com o fechamento de um domínio oceânico nessa região. O chamado Complexo Tamboril - Santa Quitéria é a unidade mais expressiva desse processo final de colisão continental observado no Domínio Ceará Central da Província Borborema. Ela conta com um razoável conjunto de dados geocronológicos e isotópicos que permitem entender o contexto e a evolução geológica dessa unidade. Entretanto, as rochas metassedimentares que flanqueiam esse Complexo, reunidas no Complexo Ceará, são carentes de estudos e informações que possibilitem a elaboração de modelos geológicos mais refinados para o melhor entendimento do quadro evolutivo desta região. A idade paleoproterozóica sugerida inicialmente para essas rochas metassedimentares do Complexo Ceará está sendo questionada por diversos autores em função do contexto geológico em que elas estão inseridas. Dessa forma, o estudo de proveniência sedimentar aqui proposto, por meio de datação U-Pb em zircão detrítico e de idade-modelo Sm-Nd, visa investigar a idade máxima de deposição dessas rochas metassedimentares, e a provável idade de formação do segmento crustal que originou esses sedimentos. Com isso, pretende-se contribuir para o entendimento do quadro evolutivo e estratigráfico do Domínio Ceará Central. Este trabalho contou com a amostragem de 20 pontos escolhidos na região, sendo feito lâminas delgadas para estudos petrográficos nas amostras não friáveis. Deste total, 6 amostras de quartzito foram coletadas para análise de U-Pb em zircão, e 14 foram feitas análises de idade-modelo Sm-Nd. Essas rochas (amostras) passaram por um minucioso trabalho de preparação para a datação dos grãos detríticos de zircão utilizando o sistema de abrasão a laser acoplado ao espectrômetro de massa com plasma induzido (LA-MC-ICPMS) e determinação de idades-modelo Sm-Nd. As características petrográficas observadas nas amostras do Complexo Ceará coletadas a oeste do Complexo Tamboril Santa-Qutéria (CTSQ), permitem classificá-las como: granada gnaisses a cianita gnaisses, com texturas dominantemente lepidoblástica, e ainda granoblásticas. Além dessas rochas ocorrem silimanita quartzito e muscovita quartzito, com texturas granoblásticas poligonais que correspondem aos litotipos reportados na literatura disponível da região. Na região situada a leste do CTSQ, as rochas estudadas do Complexo Ceará foram granada gnaisses com texturas lepidoblásticas a granoblásticas, além de granada anfibolitos com texturas nematoblásticas principalmente e porfiroblásticas. As idades modelo Sm-Nd entre 2,12 e 2,07 Ga. e valores de ?Nd(2,1Ga) positivos (+3,30 a + 2,60) sugere um forte contribuição de crosta paleoproterozóica para os sedimentos situados a leste do CTSQ. Essa contribuição está também registrada nas rochas metassedimentares situadas a oeste do CTSQQ, no entanto, idade-modelo de 1,66 Ga encontrada em uma rocha indica também uma contribuição de crosta mais jovem. Os dados U-Pb obtidos em quartzitos das rochas do Complexo Ceará, de modo geral, apresentam predominância de zircões de idade paleoproterozóicos com maior frequência no Orosiriano (1800-2050 Ma) e Riaciano (2050-2300 Ma), o que sugere que a(s) principal(ais) fonte(s) de sedimentos para essas rochas é/são de idade paleoproterozóica. No entanto a presença de grãos detríticos de zircão de idade estateriana (1750 ± 50, 1777 ± 58, 1628 ± 53 Ma ) e esteniana (1154 ± 29 Ma) encontradas nas rochas situadas a leste do CTSQ indica a contribuição de rochas mais jovens, de certa forma, corroborando a contribuição de crostas mais jovens para a sucessão sedimentar do Complexo Ceará. A idade de 1154 ± 29 Ma, é um marcador da idade máxima de deposição desses sedimentos, e sugere que o evento de sedimentação pode ter ocorrido no Neoproterozóico como sugerem evidências geológicas e geocronológicas apontadas por outros autores que estudaram essa sucessão em outras regiões do Domínio Ceará Central.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Estudo petrográfico, geoquímico e isotópico de granitos da porção Leste do Domínio Tapajós, nas folhas São Domingos e Jardim do Ouro, Pará(Universidade Federal do Pará, 2015-10-07) SEMBLANO, Flávio Robson Dias; MACAMBIRA, Moacir José Buenano; http://lattes.cnpq.br/8489178778254136O Domínio Tapajós, localizado no escudo Brasil Central (porção sul do Cráton Amazônico), faz parte da Província Tapajós-Parima (ou Ventuari-Tapajós) que corresponde a um cinturão orogênico paleoproterozoico de orientação NW-SE que se estende do sudoeste do Pará até o sul da Venezuela. Alguns autores descrevem essa Província como tendo sido formada pelo desenvolvimento de duas orogenias distintas que incorporaram quatro arcos magmáticos seguidos de um magmatismo alcalino pós-orogênico. Esse magmatismo pós-orogênico Orosiriano, ocorrido por volta de 1880 Ma, é representado pela Suíte Intrusiva Maloquinha (SIM) e pelo Grupo Iriri que ocorreu pós-datando a Orogenia Tropas que deu origem às rochas da Suíte Intrusiva Parauari (SIP). A SIM é composta por granitos alcalinos gerados em ambientes anorogênicos pós-colisionais e associam-se espacialmente às vulcânicas do Grupo Iriri. Essa Suíte é composta por corpos de feldspato alcalino granito, sienogranito e monzogranito leucocráticos com predomínio de ortoclásio pertítico e raro microclínio, e afloram como stocks e batólitos elípticos a circulares ao longo de lineamentos regionais de direção NW-SE no Domínio Tapajós. Vários corpos pertencentes a SIM já foram datados tanto pelo método de evaporação de Pb quanto por U-Pb em zircão e as idades obtidas ficaram entre 1882±4 e 1864±18 Ma. Na porção leste do Domínio Tapajós foi identificada uma assinatura de isótopos de Nd para os granitos dessa suíte que sugerem fontes paleoproterozoicas (TDM Nd de 2,28 a 2,23 Ga e εNd(t) de -0,72 a -2,45). Vários plútons da SIP foram datados pelo método de evaporação de Pb em zircão, e as idades encontradas ficaram entre 1891±3 e 1879±11 Ma, e sua assinatura isotópica de Nd são de εNd(t) -5,21 a -1,82 e TDM Nd de 2,43 a 2,32 Ga. Este trabalho foi realizado na porção leste do Domínio Tapajós, nas folhas 1:100.000 SB.21-Z-A-II (São Domingos) e SB.21-Z-A-III (Jardim do Ouro), onde foram estudados cinco corpos graníticos (Igarapé Tabuleiro, Dalpaiz, Mamoal, Serra Alta e Igarapé Salustiano). O corpo Igarapé Salustiano apresentou uma afinidade calcioalcalina e natureza meta a peraluminosa de granitos tipo I sincolisionais, mostrando estreita relação com as rochas da Suíte Intrusiva Parauari desse Domínio. Os demais corpos puderam ser correlacionados a SIM que são basicamente representados por feldspato alcalino granitos, sienogranitos e monzogranitos hololeucocráticos. Essas rochas apresentam altos teores de SiO2 (>70 %), FeOt/(FeOt+MgO) (>0,80) e K2O/Na2O, baixos de CaO, Al2O3, MgO e Sr, e afinidade com granitos pós-colisionais, caráter álcali-cálcico a álcali e alto conteudos de ETR com anomalias negativas de Eu, próprias de granitos tipo A. Este trabalho, assim como outros realizados nas províncias Tapajós-Parima e Amazônia Central, identificou idade TDM Sm-Nd contraditória às idades atribuídas a essa província para compartimentação geocronológica entre elas.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Paleoambiente e quimioestratigrafia da Formação Itaituba, carbonífero da borda sul da bacia do Amazonas, região de Uruará – Pará(Universidade Federal do Pará, 2014-10-29) CAMPOS, Amélia Carolina Pimenta Parente de; NOGUEIRA, Afonso César Rodrigues; http://lattes.cnpq.br/886783626882099; MACAMBIRA, Moacir José Buenano; http://lattes.cnpq.br/8489178778254136A Bacia do Amazonas, caracterizada como uma bacia intracratônica com cerca de 400.000 km2, apresenta um registro sedimentar Fanerozoico composto por quatro sequências de segunda ordem relacionadas aos grupos Trombetas; Urupadi e Curuá; Tapajós e Javari. A Formação Itaituba, objeto deste trabalho, faz parte do Grupo Tapajós, o qual representa o último ciclo transgressivo-regressivo do Paleozoico desta bacia. A Formação Itaituba apresenta espessos pacotes de calcários de inframaré, intercalados com depósitos evaporíticos mais espessos em direção ao topo da formação, com folhelhos, siltitos e arenitos que representam depósitos transgressivo ¿ regressivos de moderada energia em ambiente marinho raso de infra e itermaré. A formação é composta dos estratos mais ricos em fósseis marinhos da Bacia do Amazonas, tais como os de conodontes, foraminíferos, corais, briozoários, crinóides, trilobitas, ostracodes, gastrópodes, braquiópodes, bivalves, escolecodontes e fragmentos de peixe. Para este trabalho foram estudadas amostras de testemunho de sondagem (FURO 5) obtido no município de Uruará, centro-leste do estado do Pará. Os principais objetivos deste trabalho são a obtenção da idade de deposição da Formação Itaituba com base na curva secular do 87Sr/86Sr e sua caracterização quimioestratigráfica com base nos teores de elementos maiores e traços, e nos isótopos de C e O, bem como a caracterização faciológica desses carbonatos. O perfil estratigráfico estudado é caracterizado por uma intercalação entre fácies carbonáticas ricas em bioclastos, estilolitos e drusas de quartzo e fácies dolomítica. E, na base do perfil, por uma fácies terrígena caracterizada por silte de cor avermelhada com clastos carbonáticos. Microfaciologicamente foram identificados os litotipos: wackstone, packstone, dolomudstone e, mais raramente mudstone e grainstone. Foram definidas sete microfácies: Mudstone bioclástico (Mcb), Wackstone bioclástico (Wb), Wackstone bioclástico com estilolitos (Wbe), Packstone bioclástico (Pb), Packstone bioclástico com pelóides (Pbp), Grainstone bioclástico com pelóides (Gbp) e Dolomito fino (Dl). Dentre os bioclastos observados estão braquiópodes, equinodermos, foraminíferos, pelecipodas, briozoários, gastrópodes e ostracodes. Como componentes não esqueletais observam-se quartzo, argilo-minerais, feldspatos, oóides e intraclastos. A matriz é micrítica e como cimento pode-se diferenciar três tipos, ¿em franja¿, em mosaico e sobrecrescimento sintaxial. Grande parte do perfil foi afetada por processos secundários, tais como dolomitização, dissolução e compactação. Os resultados das análises geoquímicas foram obtidos em 46 amostras coletadas em intervalos de 50 cm, aproximadamente. Os dados obtidos confirmam que o perfil é predominantemente calcítico com pequenas variações no conteúdo de Mg, no entanto apresenta níveis dolomitizados. Os valores elevados de Si em algumas amostras indicam a presença de minerais terrígenos, além de drusas e fraturas preenchidas por quartzo. As amostras apresentaram teor de Sr satisfatório para as análises isotópicas, o qual varia entre 30 e 293 ppm, sendo alguns dos menores valores relacionados às rochas dolomíticas. O estudo de isótopos estáveis foi realizado em 76 amostras coletadas em intervalos de 30 cm. Os valores obtidos para 13C e ¿18O variam de 1,602 a 5,422¿ e ¿ 8,734 a 0,804¿, respectivamente. Os valores para ¿13C mostram-se compatíveis com os valores obtidos em estudos anteriores para os carbonatos da Formação Itaituba, que apontam um ambiente marinho com a assinatura isotópica típica de rochas carboníferas, já para ¿18O apresentam-se discordantes, logo alterados (¿13C variando entre 2 e 6¿, ¿18O entre -3 a -7¿). Logo, tais carbonatos teriam composições isotópicas primárias, com exceção de algumas amostras, cujas composições foram modificadas por processos diagenéticos, tal qual a dolomitização. A idade de deposição foi obtida a partir da lixiviação de duas carapaças de braquiópodes, que posicionaram as rochas da Formação Itaituba no Pensilvaniano Superior com dois intervalos de idade, entre 296 e 303 Ma (Virgiliano ¿ Missouriano) e entre 293 e 307 Ma (Virgiliano ¿ Desmoinesiano), e Pensilvaniano Inferior, com idade entre 313 e 318 Ma (Morrowano).
