Dissertações em Geologia e Geoquímica (Mestrado) - PPGG/IG
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.ufpa.br/handle/2011/2604
O Mestrado Acadêmico pertence ao Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica (PPGG) do Instituto de Geociências (IG) da Universidade Federal do Pará (UFPA).
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Navegando Dissertações em Geologia e Geoquímica (Mestrado) - PPGG/IG por Linha de Pesquisa "MINERALOGIA E GEOQUÍMICA"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Adequação de método para avaliação de risco de contaminação ambiental em áreas de estocagem de combustíveis(Universidade Federal do Pará, 2002-02-28) CHAVES, Cláudio Cezar Cunha de Vasconcelos; CORRÊA, José Augusto Martins; http://lattes.cnpq.br/6527800269860568Dissertação Acesso aberto (Open Access) Adsorção de cromato em materiais sintetizados a partir de rejeito de caulim do rio Capim(Universidade Federal do Pará, 2008-05-13) MORAES, Milena Carvalho de; LEMOS, Vanda Porpino; http://lattes.cnpq.br/1829861620854008Resíduos industriais e domésticos causam sérios problemas ao meio ambiente. Empresas de beneficiamento de caulim vem depositando rejeitos em grandes lagoas de sedimentação e isto tem causado acidentes, como ocorreu em agosto de 2007 e fevereiro do corrente. O grande volume de rejeito nas lagoas de sedimentação resultou no rompimento da barragem com derrame de caulim para lagos e rios da região do Rio Capim do Estado do Para. Este fato provocou a poluição das aguas dos rios e morte de peixes. Este problema pode ser minimizado com o uso do rejeito de caulim (RC) na síntese de novos materiais. Neste trabalho foi usado RC tratado com acido orgânico (glicina em concentrações de 5%, 10% e 15%, sendo obtidos os adsorventes: RCgli-5; RC-gli-10; RC-gli-15, respectivamente) e com a mistura NaClO4:HClO4 (proporções de 1:50 e 1:75, sendo obtidos os adsorventes: RC-NaClO4:HClO4-1:50 e RC- NaClO4:HClO4- 1:75, respectivamente ) e RC como fonte de Al e Si na síntese de zeolitas. Os materiais foram caracterizados através da composição química e de dados de DRX, espectros IV com transformada de Fourier, curvas ATD-TG e MEV. Os materiais foram avaliados como adsorventes na retenção de CrO4 2- em soluções aquosas. Os resultados indicaram que o CrO4 2- e adsorvido pelo rejeito de caulim e os outros materiais obtidos a partir do RC na seguinte ordem: RC-gli-10> RC-gli-5>RC-gli-15> RC- NaClO4:HClO4- 1:75> zeolitas.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Adsorção simultânea de íons níquel, zinco e cobre em sedimentos argilosos da Formação Solimões no estado do Acre(Universidade Federal do Pará, 2011-09-02) CARDOSO, Vivian Mariana Miranda; LEMOS, Vanda Porpino; http://lattes.cnpq.br/1829861620854008As chuvas torrenciais na região Amazônica propiciam grande lixiviação de micronutrientes, que pode ser controlada a partir de reações de adsorção em minerais de argila. Estudos sobre as propriedades geoquímicas de sedimentos argilosos nas reações de adsorção de micronutrientes é um tema de pesquisa de grande relevância haja vista ao uso comprovado de minerais de argila com amplo espectro de aplicação em vários processos comerciais e em processos de adsorção envolvendo a remediação de solos, purificação do ar e águas. Com intuito de dar contribuições sobre as propriedades físico-químicas e aplicabilidade dos sedimentos da Formação Solimões do Estado do Acre foi realizado um estudo visando simular processo de adsorção competitiva natural de micronutrientes cobre, zinco e níquel em diferentes sítios adsorventes presentes nestes sedimentos e avaliar a influência dos atributos mineralógicos, químicos e físico-químicos nestes processos. Dados preliminares sobre a mineralogia permitiram selecionar quatro amostras distribuídas entre 4 estações nomeadas como H1RA, H6B, H9F e H23A, localizadas ao longo das rodovias BR 364 e BR 317, assim como nos afloramentos às margens do rio Acre. Análises das amostras o foram realizadas por DRX (método do pó no intervalo de 2θ= 5-75 ; análises da fração argila em lâminas orientadas secas ao ar, em atmosfera de etileno glicol e aquecidas a 550ºC em (2θ= 3-35º); análise química total por ICP-OES; análises de elementos trocáveis a fim de determinar parâmetros de fertilidade. Nos experimentos de adsorção as concentrações de equilíbrio do cobre, níquel e zinco foram determinadas por AAS. Foram usados os modelos de isotermas de Langmuir, Sips, Toth, Redlich-Petersen e Temkin no ajuste dos dados experimentais de adsorção. Os resultados indicaram que as amostras apresentam como minerais principais o quartzo e minerais de argila dos grupos da esmectita, mica e caulinita e o mineral a 14Å (H6B) preliminarmente apontado como interestratificado mica-clorita, esmectita-illita ou clorita-vermiculita. Os outros minerais identificados nas amostras foram o gipso em H1RA, microclinio em H6B e albita e microclinio em H9F. A composição química média é representada por 60,99 % de SiO2, 15,91% de Al2O3, 5,84 % de Fe2O3, 2,21 % de K2O , 0,34 %, de Na2O, 1,26 % de MgO, 0,86% de CaO e 0,86 % de TiO2. Os seguintes intervalos foram obtidos para os parâmetros de fertilidade: pHH2O= 5,24 a 8,36; pHKCl= 3,16 a 7,02; CTCefetiva= 3,37 a 25,42 Cmolc/Kg; %V(saturação por bases)= 83,08 a 97,63; saturação %Ca= 4,28 a 69,21; saturação %Mg= 11,32 a 76,42; saturação %K= 2,32 a 17,32;. Nos experimentos de adsorção foram obtidos os seguintes intervalos para a quantidade de cada elemento adsorvido (qe em mg/g) nas amostras de sedimento selecionadas: Cu) 91,30 a 147,46 em H1RA; 47,25 a 83,93 em H6B; 67,13 a 137,36 em H9F; 73,01 a 141,35 em H23A; Ni) 49,97 a 93,81 em H1RA; 42,51 a 113,44 em H6B; 62,52 a 134,86 em H9F; 54,13 a 172,58 em H23A; Zn) 50,11 a 104,50 em H1RA; 44,31 a 64,12 em H6B; 60,21 a 89,91 em H9F; 73,84 a 135,60 em H23A. Nestes experimentos foram obtidos os seguintes valores para o pH inicial das suspensões aquosas das amostras H1RA em pHinicial = 3,88 a 5,38; H6B em pHinicial =2,71 a 3,27; H9F em pHinicial =3,16 a 4,24 e H23A em pHinicial =2,61 a 3,29. Os valores de pH de equilíbrio foram 4,38 a 5,2 na amostra H1RA, 2,71 a 3,16 na amostra H6B, 3,24 a 4,2 na amostra H9F e 2,51 a 3,14 na amostra H23A. Foi concluído que as amostras de sedimento analisadas apresentam propriedades adsortivas adequadas na retenção simultânea de íons cobre, níquel e zinco em meio aquoso; Nas amostras em que o mineral esmectita (estação H23A) e o mineral a 14Å (H6B) são predominantes a adsorção de metais de transição se dá em valores de pH entre 2,5 a 3,1. Nas amostras H1RA e H9F com diferentes grupos de minerais de argila (esmectita, mica e caulinita) a adsorção de metais de transição se dá em valores de pH entre 3,2– 5,5. A força iônica aumenta com o decréscimo do pH final. Os melhores modelos para descrever os processos de adsorção do cobre, níquel e zinco nos sedimentos estudados foram os de Langmuir e Sips. Os valores de ns de Sips indicaram que a maior parte dos sistemas de adsorção enquadram-se entre sistemas homogêneos a heterogêneos. Os dados de equilíbrio e termodinâmico dos processos de interação simultânea entre estes íons e os minerais adsorventes indicaram que os processos são favoráveis, espontâneos e o tipo de adsorção é específica (adsorção química) com formação de complexos de esfera interna.Dissertação Acesso aberto (Open Access) As águas subterrâneas de Belém e adjacências: influência da Formação Pirabas e parâmetros físico-químicos para medidas de qualidade(Universidade Federal do Pará, 1996-04-08) SAUMA FILHO, Michel; LIMA, Waterloo Napoleão de; http://lattes.cnpq.br/1229104235556506Na Região Metropolitana de Belém (PA) o abastecimento de água à população é proveniente de mananciais (área fisiográfica do Utinga) e de uma rede de poços tubulares posicionais, em geral, em zonas urbanas mais afastadas ou onde o bombeamento é precário. Este trabalho avalia as águas subterrâneas utilizadas na Região Metropolitana de Belém, correlacionando dados de parâmetros físicos, físico-químicos e químicos, na tentativa de compor um quadro compreensível sobre a qualidade dessas águas, e verificar a influência que sofrem das unidades geológicas nas quais estão situados os aquíferos que as preservam. Para a execução dos trabalhos, procedeu-se a coleta de amostras de água em dois períodos sazonais diferentes: de estiagem e chuvoso. Após exaustiva consulta aos arquivos de empresas, instituições e de pesquisadores, foram selecionados 17 poços tubulares, sendo 9 em Belém, 5 em Icoaraci, 2 em Mosqueiro e 1 em Ananindeua (Anexo A). Os índices mais frequentes de turbidez situaram-se entre 9 e 14 unidades (ppm de SiO2), mas alguns poços apresentaram valores mais elevados (33, 41 e 71 ppm de SiO2. Somente em alguns casos, essa turbidez pode ser imediatamente correlacionada com o teor de sílica obtidos por análise química. As medidas de cor mais frequentes se encontram no intervalo de zero a 7,5 U.C., predominando o índice zero. No entanto, alguns poços apresentaram valor acima de 100 U.C. e outros, menos frequentes, com índices variando entre 20 e 60 U.C. Constituíram-se parâmetros bastante diferenciados o pH e a condutividade elétrica. Assim, foram verificados os índices mais elevados de pH e de condutividade elétrica nos aquíferos da Formação Pirabas. Nesses casos, o pH se apresentou em torno de 6,4 a 7,6 e a condutividade entre 231 e 362 µS/cm, com uma descontinuidade em 87,5 µS/cm, também atribuída a um poço associado à supracitada Formação. Águas mais ácidas (pH abaixo de 6,38 e acima de 4,01) são, certamente, atribuídas aos aquíferos do Grupo Barreiras e Pós-Barreiras. Os constituintes químicos, notadamente os teores de Ca2+, Mg2+, Na+ e K+, são condizentes com a interpretação dos valores numéricos de pH e condutividade elétrica. Sem exceção, as concentrações de Ca2+ são superiores às dos demais cátions, estabelecendo-se uma ordem decrescente segundo Ca2+> Mg2+> Na+>K+, com alguma inversão entre Na+ e Mg2+. As concentrações mais elevadas de Ca2+ (logo seguidas pelas de Mg2+) são resultantes da dissolução de carbonatos presentes no calcário Pirabas. Aliás, confirmando esta assertiva, também as concentrações de HCO-3 são bem mais elevadas dos que as concentrações de Cl- e SO2-4. É de se esperar, portanto, que a dissolução de sedimentos Pirabas produzem concentrações mais elevadas de Ca2+ e HCO-3. Os teores de sílica e ferro também discriminam tais águas. Em geral, os teores mais elevados de sílica correspondem às maiores profundidades, como, aliás, seria de se esperar, levando-se em conta a ação do intemperismo químico em minerais de silicato. Quanto ao ferro, este constitui um parâmetro diferenciador das águas da Formação Pirabas, quase sempre em teores bem mais baixos do que os valores correspondentes associados aos aquíferos Barreiras e Pós-Barreiras, havendo, no entanto, exceções, nas quais se registraram índices apreciáveis de ferro relacionado aos sedimentos Pirabas. Saliente-se que a Formação Pirabas aparece na Região Metropolitana de Belém quase sempre às profundidades maiores do que 100 m, havendo registro, no entanto, de profundidades menores, mas são situações, aparentemente, mais raras, como são os casos do poço número 3, no Campus Universitário, às proximidades do rio Guamá, com 76 m de profundidade, e o poço de 94 m do Museu Paraense Emílio Goeldi, em zona central da cidade (Anexo A). A exaustiva consulta aos já mencionados arquivos de instituições, empresas e pesquisadores levou à constatação de que muitos poços tubulares instalados na zona urbana aproveitam águas associadas aos aquíferos Barreiras e Pós-Barreiras, onde os valores de pH são quase sempre, abaixo de 6 unidades, e as medidas de condutividade elétrica raramente atingem 100 µS/cm. Constata-se, finalmente, que há necessidade de maiores investimentos no sentido de aumentar a prospecção e a utilização de águas subterrâneas na região, pois estas, além de dispensarem tratamento prévio à distribuição, ainda são uma fonte de recursos, não dimensionados, mas de grande potencial.Dissertação Acesso aberto (Open Access) A ametista de Pau d' Arco e Alto Bonito no Pará e a do Alto Uruguai no Rio Grande do Sul(Universidade Federal do Pará, 1998-03-23) CASSINI, Carlos Tadeu; COSTA, Marcondes Lima da; http://lattes.cnpq.br/1639498384851302Dissertação Acesso aberto (Open Access) Uma análise de cluster via CiteSpace a propósito da espectrometria WDXRF para geocientistas (2001-2021)(Universidade Federal do Pará, 2023-08-17) CASTANHO, Rebeca Soares; PAZ, Simone Patrícia Aranha da; http://lattes.cnpq.br/5376678084716817O presente estudo bibliométrico trata acerca da espectrometria de fluorescência de raios-X por dispersão de comprimento de onda (Wavelength Dispersive X-Ray Fluorescence, WDXRF) aplicada a analise geoquímica a fim de avaliar as tendências cientificas ao longo de um recorte temporal de vinte anos – entre 2001 e 2021 – usando o software acadêmico e gratuito CiteSpace. Foram recolhidos 941 artigos científicos internacionais envolvendo WDXRF na plataforma Web of Science (WoS) a partir das expressões “wdxrf” ou “wavelength dispersive x-ray fluorescence”. A avaliação dos dados ocorreu em duas partes: na primeira, buscou-se compreender e interpretar os aspectos quantitativos da produção cientifica relacionada a técnica e, na segunda parte, realizou-se uma analise de concorrência de palavras-chaves dos trabalhos recuperados. Apesar das flutuações, houve um aumento constante do numero de artigos relacionados a essa espectrometria, sendo 2020 o ano de maior produtividade da serie histórica (105 publicações). Os Estados Unidos da América são lideres na classificação por países (110 artigos), contudo, a distribuição relativamente homogênea desses estudos revela que a WDXRF e uma técnica bastante difundida no mundo. O Brasil esta entre os dez países mais influentes da área, ocupando a oitava posição com 59 publicações. O periódico X-Ray Spectrometry, que conta com 82 artigos, predomina a divulgação sobre esta técnica analítica. No total, foram encontradas 569 palavras-chave conectadas por 2002 ligações de concorrência, destacando-se o termo trace elemento (“elemento traço”), que denota um interesse solidificado, mas sempre em voga, em relação ao uso da WDXRF para este nível de analise química. Por outro lado, nanoparticle (“nanopartícula”) e a palavra-chave de maior explosão de citações nestas duas décadas, especialmente entre os anos de 2015 e 2021, trazendo a luz uma tendência mais atual a caracterização elementar de compostos nanoestruturados. O programa CiteSpace identificou 13 grupos temáticos, sendo cinco os mais notáveis no emprego da instrumentação: caracterização de nanomateriais (cluster #0); analise de metais pesados em nível traço (cluster #1); especiação química (cluster #2); analise de materiais particulados em filtros (cluster #5) e proveniência de cerâmicas históricas (cluster #6). Em suma, pode-se concluir que a química dos materiais geológicos não constitui um corpo de estudos estreitamente definido em relação a WDXRF, porem esta e uma fronteira cientifica que se expande através da interdisciplinaridade, o que pode fornecer novas e integradas abordagens metodológicas as pesquisas dos geocientistas que se aprofundarem na técnica.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Análises sequenciais para o ouro em solo do salobo 3A, Serra dos Carajás(Universidade Federal do Pará, 1989-06-07) FRANCO, Maria Esmeralda Bravo Esteves Bouça; RAMOS, José Francisco da Fonseca; http://lattes.cnpq.br/8189651755374537A área do Salobo 3A. na Serra dos Carajás no Estado do Pará pertence a uma faixa alongada. segundo direção WNW-E SE.de idade Arqueana, que bordeja o flanco norte do sinclinório de Carajás. Esta área tem sido objeto de diversos estudos, tendo como finalidade a prospecção e extração dos minérios de cobre e aproveitamento dos seus subprodutos. Com este trabalho pretende-se investigar a distribuição do ouro em solos da área do deposito de sulfetos de cobre do Salobo 3A. Foram coletadas 18 amostras em perfis horizontal e vertical junto à galeria G1 e outras dezesseis dos poços PA-O8 e PA-23. As concentrações de ouro nos solos foram determinadas segundo a abertura parcial sequencial de Gatehouse et al. (1977), que foi complementada pela extração orgânica. devido as baixas concentrações desse metal em solos. As fases consideradas isoladamente foram os óxidos e hidróxidos de ferro e manganês (amorfos e cristalinos), matéria orgânica e os silicatos argilominerais e quartzo. A fração granulométrica < 120 mesh foi escolhida. para evitar a presença de partículas maiores de ouro metálico. Além da análise sequencial. realizou-se o ataque de outras 5 gramas da mesma amostra com HF+HCl04 e de outras 5 gramas com HF+HCl04 seguido de ataque com água régia (Au-total). Todos os resultados foram comparados com os obtidos pela análise por ativação com nêutrons instrumental e com análises da DOCEGEO feitas através da abertura com água régia. O objetivo principal desse trabalho é mostrar a adequação de análises sequenciais para ouro em solos e, através dos resultados obtidos para as fases estudadas, aprofundar o conhecimento sobre o comportamento do ouro em ambiente supergênico. Desses, vale salientar a boa correlação entre a concentração de ouro determinada na matéria orgânica e a concentração de Au-total no solo (ou mesmo apenas com água régia. ou com valores obtidos por INAA). O estudo da quantidade de matéria orgânica relacionada com o ouro nela adsorvido parece estar de acordo com os mecanismos de mobilidade e transporte do ouro em ambiente supergênico conhecidos até ao momento. Das análises efetuadas conclui-se que, em geral, pouco ouro se encontra no estado nativo, se feita a comparação das concentrações obtidas pelas extrações parciais com a concentração de Au-total das amostras. Este elemento encontra-se preferencialmente nos silicatos (argilominerais e quartzo), na matéria orgânica e na goethita (nesses em menor quantidade).Dissertação Acesso aberto (Open Access) Argila de Belterra das coberturas de bauxitas da Amazônia como matéria-prima para a produção de cerâmica vermelha(Universidade Federal do Pará, 2018-01-10) BARRETO, Igor Alexandre Rocha; COSTA, Marcondes Lima da; http://lattes.cnpq.br/1639498384851302A região Amazônica detém as maiores reservas de bauxitas do Brasil, cujos depósitos estão capeados por um espesso pacote de material argiloso, conhecido por Argila de Belterra (ABT). A larga distribuição, ocorrência superficial, portanto acessível, e natureza argilosa ABT suscitaram o interesse deste trabalho em avaliar sua viabilidade técnica para a produção de cerâmica vermelha. Para o presente estudo selecionou ABT dos grandes depósitos de bauxita de Rondon do Pará, amostras de solos amarelos de Mosqueiro, argila illítica, argilas gibbsíticas e uma amostra de siltito argiloso. Essas amostras foram caracterizadas por Difração de Raios-X (DRX), Fluorescência de Raios-X (FRX), Análise Térmica Gravimétrica (TG), Calorímetro Exploratória Diferencial (DSC), Espectrometria de Massa com Plasma Indutivamente Acoplado (ICP-MS), Espectrometria de Emissão Ótica com Plasma Acoplado (ICP-OES), Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) e Analisador de Partícula a Laser (APL).Para a determinação das propriedades físicas e mecânicas foram produzidas misturas distintas de corpos de prova com as amostras de Argila de Belterra e porcentagens de solo amarelo, siltito argila, argila gibbsíticas e argila illítica. Os corpos de prova foram calcinados em 5 momentos distintos de temperatura (800, 950, 1000, 1100 e 1200°C). Em seguida foram mensuradas: retração linear, absorção de água, porosidade aparente, densidade aparente e tensão de ruptura a flexão. A ABT é constituída essencialmente caulinita, tendo quartzo, goethita, anatásio e gibbsita como minerais acessórios. A ABT pura e simples não apresentou aspectos tecnológicos favoráveis para a produção de produtos cerâmicos, no entanto a mesma com adição de argila illítica, solo amarelo e siltito argiloso melhoraram significativamente as características tecnológicas das ABT.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Aspectos geoquímicos de gleissolos em pântanos salinos da região Bragantina, Pará(Universidade Federal do Pará, 2011-06-08) CAMARGO, Paloma Maria Pinto; CORRÊA, José Augusto Martins; http://lattes.cnpq.br/6527800269860568O conhecimento sobre a natureza dos processos deposicionais atuantes nas planícies de maré, em que os pântanos salinos estão incluídos, são de grande importância para entender o ecossistema costeiro tropical. A presença de minerais evaporitos, como nos sabkhas, é observada no pântano salino de Bragança durante o período de estiagem. Halita é depositada sobre a superfície do solo e gipso e pirita precipitados no subsolo através de ação capilar de salmouras trazidas do lençol freático. Os processos pedogenéticos no pântano salino são dominados por reações químicas de hidromorfismo, halomorfismo e sufato redução. O objetivo deste estudo é caracterizar o solo do pântano salino de Bragança através das características texturais, mineralógicas e composição geoquímica dos sedimentos. A amostragem foi realizada em dois transectos localizados em ambos os lados da rodovia PA-458. Cada transecto tem 3 perfis com 1 metro de profundidade. As amostras foram coletadas com um trado holandês indicado para profundidades rasas (20 cm). A granulometria dos sedimentos foi obtida com um granulômetro a laser e a composição mineralógica foi realizada por técnicas de difração de raios-X. Os grãos de areia foram observados em microscópio petrográfico com captura de imagem digital. Os minerais neoformados e a fração argila+silte foram descritas usando um microscópio eletrônico de varredura (MEV). No solo também foram estudados o pH, condutividade elétrica, salinidade, teor de matéria orgânica, elementos maiores, menores e traço usando métodos químicos clássicos, espectrometria por fluorescência de raios X e de absorção atômica. O gleissolo presente no pântano salino mostrou textura síltico-argilosa, ser maciço, ligeiramente pegajoso a pegajoso, muito plástico a ligeiramente plástico e friável a firme. A mineralogia foi composta de quartzo, caulinita, esmectita, ilita, pirita, jarosita, polihalita e halita. Os valores de pH variaram de acidez alta para ácido e o menor valor encontrado foi na profundidade de 70-90 cm (pH = 3,85), P4 perfil. Alguns perfis apresentavam mosqueados amarelos a laranjas na Zona 2, onde o pH é ácido e que corresponde à oxidação da pirita. Baseado na composição do complexo de adsorção, os perfis de solo estudados apresentaram alta CTC, devido à grande quantidade de matéria orgânica e minerais de argila. A predominância de Na+ e Mg2+, seguido por Ca2+ e K+atribuem ao solo o caráter eutrófico. Apenas o perfil P4, transecto B, mostrou caráter distrófico. Todos os perfis mostraram alta concentração de sódio, caracterizando o solo do pântano salino como "Solonchak" e, portanto, pode ser classificado como Gleissolo Sálico Sódico. O solo do pântano salino contém altos valores de Al2O3, SiO2 e Fe2O3, que refletem os seus minerais principais. Ilita, esmectita, polihalita halita e pirita refletem o ambiente de sedimentação do pântano salino, que ocorre sob a influência da água do mar que contribui com Na+, K+, Ca2+ e Mg2+. A presença de jarosita indica a oxidação dos sulfetos. A elevada quantidade de Na2O reflete as altas taxas de evaporação a que o ambiente do pântano está submetido, que favorece a neoformação de halita em diferentes profundidades ao longo dos perfis. Os resultados e as observações de campo sugerem que essas novas fases minerais são essencialmente o resultado da alta taxa de evaporação, transformação de matéria orgânica e de fases minerais primárias.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Aspectos granulométricos, mineralógicos e químicos de sedimentos de praias (Barras em Pontal) do Rio Acre e sua relação com a fertilidade(Universidade Federal do Pará, 2004-10-30) VIANA, Érica Cristina Acácio; COSTA, Marcondes Lima da; http://lattes.cnpq.br/1639498384851302Dissertação Acesso aberto (Open Access) Aspectos mineralógicos geoquímicos da laterita niquelífera da área do Vermelho, Serra dos Carajás(Universidade Federal do Pará, 1982-12-29) CORRÊA, Sandra Lia de Almeida; SCHWAB, Roland GottliebO estudo mineralógico-geoquímico da laterita niquelífera da área do Vermelho, Serra dos Carajás, foi feito com base em 64 amostras obtidas em uma sondagem na rocha mãe e um poço no perfil de alteração. O perfil laterítico, desenvolvido sobre rochas ultrabásicas serpentinizadas, é constituído de três horizontes distintos; da base para o topo: horizonte saprolítico, com mais de 4 metros de espessura, horizonte argiloso, com 6,1 metros, e horizonte limonítico com 8,3 metros. Mineralogicamente, o horizonte saprolítico é constituído de serpentina, clorita, quartzo, hematita e goethita, o horizonte argiloso de smectita, clorita e goethita e o horizonte limonítico de quartzo, goethita, hematita, clorita e caulinita. A maghemita está presente, desde a base até o topo desse perfil. Durante a ação do intemperismo, os elementos principais e traços, sofreram atuação dos processos de lixiviação, transporte e reprecipitação, resultando na concentração desses elementos nos diferentes horizontes do perfil, com excessão do magnésio, que foi lixiviado em grande extensão. Apesar da baixa mobilidade do cromo no meio laterítico, esse elemento foi lixiviado do horizonte saprolítico e daí para cima se enriquece, comportando-se assim como um elemento relativamente móvel. Os cálculos de ganhos e perdas foram difíceis de fazer porque nenhum elemento mostrou enriquecimento relativo contínuo da base para o topo do perfil. Considerando os teores médios dos horizontes do perfil laterítico e do serpentinito fresco, apenas o ferro e o cobalto apresentam enriquecimento relativo contínuo. A concentração do níquel no horizonte argiloso ocorreu possivelmente através de processo de troca iônica entre a smectita e o nível migrado por soluções descendentes, após sua liberação da goethita. A rocha mãe contém 0,3 % de Ni, enquanto que o horizonte argiloso apresenta um teor médio de 4,5 % de Ni. O cobalto e o zinco também foram fortemente enriquecidos durante o processo de laterização. O cobalto concentrou-se no horizonte limonítico, onde atinge teor médio de cerca de 0,1 % em peso, sofrendo com isso um enriquecimento de quase nove vezes em relação ao seu teor na rocha mãe. A distribuição do cobalto no perfil laterítico é controlada pelos minerais de ferro e de manganês. O zinco concentrou-se no horizonte saprolítico, onde apresenta teor médio de aproximadamente 0,05 % em peso, enriquecendo-se cerca de 10 vezes em relação a seu teor na rocha mãe.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Aspectos termodinâmicos relacionados com a gênese e alteração de minerais de cobre em clima tropical úmido (região da Serra dos Carajás-PA(Universidade Federal do Pará, 1990-01-14) FERREIRA, Rosângela Sales; LIMA, Waterloo Napoleão de; http://lattes.cnpq.br/1229104235556506Os depósitos de cobre pertencentes à sequência vulcano-sedimentar (Salobo 3 A e Bahia) e o depósito de enriquecimento supergênico da Serra Verde são objetos de estudo deste trabalho, estando localizados na Província Mineral de Carajás (Município de Parauapebas, Estado do Pará). Para a caracterização químico-mineralógica, procedeu-se: (1) à difratometria de raios X; (2) à análise química (colorimetria e espectrofotometria de absorção atômica); e (3) o emprego do cálculo estequiométrico, fornecendo dados capazes de contribuir para o esclarecimento do comportamento geoquímico das espécies de cobre e dos minerais associados nos perfis de intemperismo. Para se examinar mais detalhadamente as alterações geoquímicas inferidas nos ambientes geológicos dos três depósitos (Salobo 3A, Bahia e Serra Verde), procedeu-se a um estudo teórico sobre parâmetros termodinâmicos, compilados na literatura e manipulou-se tais dados nos cálculos das energias livres de Gibbs e das constantes de equilíbrio das reações para os sistemas químicos considerados. Tal estudo envolveu as relações de equilíbrio entre os minerais biotita (Fe), clorita (Fe), montmorillonita (Fe), tremolita (actinolita), caulinita, geothita, pirita, calcopirita, bornita, brochantita, azurita, malaquita e pseudomalaquita, oriundos dos depósitos de cobre na região da Serra dos Carajás. Objetivou-se a elaboração de diagramas de estabilidade destes minerais. Procedeu-se, também, um breve estudo experimental, através da realização de medidas de Eh e pH, em laboratório, mediante dissolução do material amostrado em água destilada, com a finalidade de enquadrar tais dados em diagrama Eh-pH, existente na literatura científica, na tentativa de se obter informações sobre as características ácidas, básicas, oxidantes e redutores das espécies contidas nas amostras em estudo. O estudo termodinâmico teórico diz respeito à aplicabilidade dos cálculos relacionados com o produto da solubilidade e a energia livre de Gibbs. A composição final resultante do uso conjunto do trabalho experimental com a investigação teórica permitiu averiguar as estabilidades das espécies minerais detectadas, sendo possível confirmar as observações de campo. Para Serra Verde, os cálculos termodinâmicos demonstraram claramente que a estabilidade dos minerais supergênicos de cobre detectados crescem segundo a ordem malaquita-azurita-brochantita-pseudomalaquita. As reações sugeridas no trabalho revelam que tanto a bornita como a calcopirita sofreram alterações em meio oxidante (Eh positivo e algo elevado), produzindo os referidos minerais supergênicos. Para o Salobo tal estudo mostra a possibilidade de se determinar os campos de estabilidade dos silicatos primários e alterados, provenientes da rocha hospedeira do cobre, bem como os campos de estabilidade dos sulfetos de cobre e de ferro (bornita e calcopirita), possibilitando a formação da brochantita,, que ocorre localmente na área de estudo. Para a ocorrência do Bahia a determinação do campo de estabilidade foi feita do mesmo modo que para o Salobo, sendo a calcopirita aí encontrada em forma disseminada.Dissertação Acesso aberto (Open Access) A associação geoquímica Au-As-B-W-Cu-(Sn) em solos, colúvios, crosta laterítica e gossans no alvo Águas Claras-Carajás(Universidade Federal do Pará, 1997-05-07) COSTA, Newton Cunha da; COSTA, Marcondes Lima da; http://lattes.cnpq.br/1639498384851302; https://orcid.org/0000-0002-0134-0432A área estudada denominada Alvo Águas Claras, está situada na Província Mineral de Carajás, sudoeste do Estado do Pará, que representa uma das maiores províncias minerais do Mundo. É uma importante área para a pesquisa de ouro, que vem sendo prospectada desde 1991 pela DOCEGEO, subsidiária da Companhia Vale do Rio Doce – CVRD. Este alvo está situado em região de densa cobertura de floresta chuvosa, cujos perfis geológicos encontram-se fortemente intemperizados, mostrando semelhanças com os jazimentos auríferos descritos em várias outras regiões do oeste Africano e Austrália. Na região Amazõnica, os perfis lateríticos mais antigos estão sofrendo intensa alteração desde o final da sua formação no Terciário Inferior, com conseqüente distribuição desses perfis e formação de solos ou colúvios. O objetivo desse trabalho é o estudo detalhado do comportamento do ouro, na superfície desse terreno laterítico truncado, e sua relação com os elementos-traço como B, W, Sn e Cu, em latossolos, colúvios e crostas laterito-gossânicas aflorantes na área. Assim, desenvolveu-se um estudo geoquímico e mineralógico detalhado desse material, a fim de auxiliar na identificação das assinaturas geoquímicas indicativas da natureza primária das mineralizações e rochas associadas, além da avaliação da dispersão e mobilidade desses elementos durante as transformações das crostas lateríticas e gossans em latossolos e colúvios, para o estabelecimento de critérios na prospecção geoquímica desses corpos em regiões profundamente intemperizadas. A metodologia de trabalho constou de uma fase de campo, desenvolvida sobre os corpos mineralizados denominados pela DOCEGEO de Corpo da Anomalia Au/As e Corpo do F-23, com o objetivo de reconhecimento geológico da área, descrição das unidades e coleta de amostras de superfície. As amostras coletadas foram na sua maioria latossolos, colúvios, crostas lateríticas, gossans, além das rochas encaixantes (arenitos e siltitos) e veios de quartzo. O tratamento analítico constou de várias fases como: secagem, quarteamento e separação de alíquotas de 200g para pulverização e 100g para separação dos minerais pesados e insolúveis de amostras pré-selecionadas, através dos teores mais elevados de boro e ouro. As análises petrográficas foram realizadas com microscópio ótico com luz refletida e transmitida. Todas as amostras foram submetidas a análise por difração de raios-X, onde foi analisado tanto a composição de amostra total, como dos diferentes domínios de amostras complexas e minerais isolados. Um estudo mineralógico de detalhe foi desenvolvido sobre as turmalinas, envolvendo o cálculo e refinamento dos parâmetros da cela unitária. As análises quantitativas dos minerais, assim como as fotografias de detalhe, foram realizadas por Microscopia Eletrônica de Varredura, com Sistema de Energia Dispersiva, envolvendo as partículas de ouro e outros minerais pesados associados. Nas análises geoquímicas, os seguintes elementos maiores foram analisados: Fe2O3, TiO2, P2O5 através de colorimetria; SiO2 e perda ao fogo (P.F.) por gravimetria; o Al2O3 por titrimetria; Na, Mn, K, Mg por absorção atômica, e alguns elementos-traço, incluindo o Au. No tratamento estatístico dos dados, utilizou-se principalmente os estudos de correlação, baseado no coeficiente de correlação de Parson (r), através de diagramas binários de correlação, matrizes de correlação e dendogramas da análise de agrupamentos em modo-R. Foram confeccionados mapas de isovalores para Au, B, W, e As, a fim de melhor visualizar a dispersão em superfície desses elementos. A geologia da área é caracterizada por diferentes materiais supergênicos aflorantes e sub-aflorantes, os quais podem ser justapostos na forma do seguinte perfil composto, do topo para a base: Horizonte de solo (latossolo), Horizonte de colúvio, Crosta laterítica e Gossans, sendo esses últimos, os principais corpos mineralizados em ouro, prospectados na área Águas Claras. A mineralogia de todo o perfil é representada basicamente por quartzo, caulinita e óxidos-hidróxidos de ferro, em diferentes proporções. Minerais acessórios como turmalina, wolframita, cassiterita e muscovitas são freqüentemente encontrados, ocorrendo em quantidades variadas, praticamente em todas as amostras. A composição mineralógica encontrada nos vários materiais analisados e bastante simples em termos de variedade de minerais, mas as proporções das fases mineralógicas, variam muito, mesmo dentro de amostras de um mesmo horizonte. Os minerais que representam maior distribuição entre as amostras são o quartzo e a hematita. O primeiro ocorre abundantemente no latossolo, diminuindo sensivelmente nas amostras de crosta laterítica com quase total desaparecimento nas amostras de gossans, enquanto o comportamento da hematita é o inverso. As associações geoquímicas obtidas através das análises multi-elementares: Latossolos: 1) As – Cu – B – Au – W - (Mn) - (Pb); 2) Cr – V – Ga – Mo – Ni – Zn; Colúvios: 1) As – Y – Cu – Mn – Pb – Mo; 2) Au – W – B – F; Crosta laterítica: 1) As – W – Au – B – F – Sn; 2) Cu – Ni – Pb – Zn – Sc. A associação geoquímica mais característica em todos os horizontes é aquela representada por Au-B-W-As, eventualmente com Sn-Cu-F devem refletir a assinatura geoquímica das mineralizações primárias Au-sulfetadas, além da influência das sedimentares encaixantes além das intrusões graníticas. Outras associações ou pares de correlações que envolvam Cr-V-Ga-Mo-Zn estão relacionadas a facilidade desses elementos serem incorporados na estrutura dos óxidos e hidróxidos de ferro, abundantes em todos os horizontes estudados. As partículas de ouro encontrada nos vários horizontes, apresentam morfologia e pureza bastante variadas, podendo indicar a presença de várias fases de mobilização desse metal no ambiente supergênico. Quanto aos elementos-traço, ocorrem anomalias fortes de W, Sn e B, tendo como minerais responsáveis pelos altos teores, respectivamente, a wolframita, a cassiterita e a turmalina, sendo esta última pertencente ao campo composicional da dravita-schorlita, ricas em ferro, se aproximando bastante ao campo das ferridravitas. Dentro do exposto, pode-se dizer que apesar da simplicidade mineralógica, a concentração dos elementos-traço é bastante heterogênea, mas com assinaturas características que permanecem nos diferentes horizontes e que permitem deliinear os corpos supergênicos mineralizados e inferir a composição dos corpos primários. O entendimento da dispersão e a caracterização dessas assinaturas geoquímicas revela-se de grande importância na prospecção geoquímica, na exploração de outro corpos de natureza semelhante na região.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Avaliação ambiental das vias de drenagem da região metropolitana de Belém (PA) quanto à distribuição dos elementos Ca, Cd, Cr, Cu, Fe, Hg, K, Mg, Mn, Na, Ni, Pb e Zn(Universidade Federal do Pará, 1991-01-07) MAZZEO, Tereza Elizabete; RAMOS, José Francisco da Fonseca; http://lattes.cnpq.br/8189651755374537A investigação das concentrações dos metais pesados nas sete principais vias de drenagem da cidade de Belém, com vistas à questão ambiental, é o conteúdo central deste trabalho. Nos capítulos introdutórios enfoca-se a geologia, geomorfologia, solos, clima, vegetação e hidrologia da cidade de Belém, caracterizando as condições naturais do meio ambiente nas drenagens estudadas. Sob o aspecto metodológico, o trabalho apresenta duas fases: a primeira consiste no reconhecimento, localização e determinação dos metais (Ca, Na, K, Mg, Fe, Cr, Zn, Cu, Cd, Pb, Ni e Mn) e suas principais fontes, naturais ou antropogênicas, ou ambas; a segunda, no detalhamento da distribuição e do comportamento químico de cada metal no igarapé Tucunduba, que apresenta maior concentração destes elementos. O igarapé Tucunduba apresenta, além das fontes de metais comuns a todas outras drenagens, como o esgoto doméstico, descarga pluvial e a influência das marés estuarinas, o efluente de uma indústria do tratamento do couro, manifestando por isso valores anômalos para o elemento cromo. A investigação dos parâmetros físico-químicos das águas das vias de drenagens estudadas, tem por objetivo caracterizar e identificar o comportamento dos compostos metálicos formados, ressaltando-se a variação sazonal - função da intensidade pluviométrica -- e a ação das marés lançantes. O igarapé Tucunduba é o único a ser considerado poluído por metais - devido a alta concentração de cromo encontrado em suas águas e sedimentos - se comparado com rios e lagos poluídos do Brasil, Europa e Estados Unidos. Apesar do pequeno número de amostras de cada drenagem e da grande variança dos resultados, foram observadas algumas correlações lineares entre as concentrações de metais, entre si e com os parâmetros físico-químicos, que caracterizam a intensa influência das marés da baía do Guajará e do rio Guamá nas drenagens. Estas correlações evidenciam também a existência de grandes quantidades de agentes surfactantes derivados dos sabões e detergentes sintéticos.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Avaliação da influência dos cátions Na+, Ca2+ e Mg2+ na desativação de Ca, Mg-Bentonitas(Universidade Federal do Pará, 2015-04-28) CARMO, Andre Luiz Vilaça do; ANGÉLICA, Rômulo Simões; http://lattes.cnpq.br/7501959623721607No brasil nao ha ocorrencia de bentonitas sodica, por conta disso, as empresas que explorameste insumo mineral recorrem a um processo denominado de ativacao sodica, que consiste natroca dos cations no espaco intercamada por Na+. Atraves deste processo, as bentonitasapresentam melhoras consideraveis em suas propriedades reologicas. Entretanto, apos umdeterminado periodo, estas propriedades diminuem, o que vem sendo chamado dedesativacao. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a influencia dos cations Na+, Mg2+ eCa2+, na desativacao de bentonitas. Para isso, tres argilas bentoniticas consideradas calcicas,proveniente do estado da Paraiba, e uma magnesiana, oriunda do estado do Maranhao, foramestudados na forma natural, ativada e lavada. As fases mineralogicas das amostras foramidentificadas por Difratometria de Raios X (DRX), a composicao quimica por InductivelyCoupled Plasma Mass Spectrometry (ICP-MS) e os cations presentes na intercamada foramidentificados pela analise da Capacidade de Troca Cationica (CTC). Os ensaios deinchamento foram realizados para o estudo das propriedades reologicas. Os difratogramasrevelaram que a esmectita dioctaedrica e a fase mineralogica predominante. Observou-se amelhora dos resultados de inchamento de todas as bentonitas apos a ativacao sodica, assimcomo posterior diminuicao do valor de inchamento ao longo de 95 dias (desativacao). Apenasuma das bentonitas manteve-se ativada. Os resultados de inchamento das amostras que foramlavadas apresentaram aumento durante, aproximadamente, os 35 primeiros dias, comsubsequente diminuicao. Os resultados da composicao quimica mostraram que uma pequenaquantidade de Na+ e retirada das bentonitas lavadas. Alem disso, tais resultados indicam quenao somente o Na+ influencia no inchamento, mas tambem os cations Mg2+ e Ca2.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Avaliação da poluição por flúor em solos e plantas das redondezas da fábrica de alumínio Albrás, Barcarena-Pa(Universidade Federal do Pará, 1995-10-31) BENVENUTI, Sara Maria Pinotti; RAMOS, José Francisco da Fonseca; http://lattes.cnpq.br/8189651755374537A indústria do alumínio é considerada como uma das principais fontes de contaminação industrial por fluoreto, que geram poluição atmosférica. Nesta pesquisa fez-se uma avaliação quantitativa da distribuição do flúor nos diversos compartimentos ambientais na área de influência do Complexo Industrial ALBRÁS/ALUNORTE, situado no município de Barcarena (PA). Para tanto, foram realizadas análises químicas de flúor total em solos, plantas e águas. Nos solos, também foram feitas análises complementares de Al, Fe, Ca e Mg, determinação do pH e da composição mineralógica. Além dos dados obtidos em laboratórios, também foram utilizados os postos à disposição pela fábrica de alumínio ALBRÁS. Para a interpretação dos dados foram empregadas técnicas geoestatísticas e de análise visual de mapas de isoteores, que permitiram observar a distribuição, ainda que de forma preliminar, dos teores de flúor em solos, águas subterrâneas e gramíneas. Verificou-se que há um impacto da indústria sobre o meio ambiente, na sua área de influência, comprovado pelo aumento de teores com o tempo e pela distribuição “concêntrica” dos níveis de flúor encontrados.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Avaliação da qualidade dos sedimentos de fundo do Rio Murucupi, Barcarena-PA.(Universidade Federal do Pará, 2011-07-15) REIS, Rafael Melo dos; CORRÊA, José Augusto Martins; http://lattes.cnpq.br/6527800269860568O crescimento de núcleos urbanos e do pólo industrial em Barcarena tem causado alterações substancias nos corpos hídricos que os cercam, sobretudo na qualidade da água, decorrentes de inputs de elementos-traço potencialmente tóxicos, conforme mostraram os trabalhos de Pereira et. al. (2007), Víglio (2008), Porto (2009) e Pereira (2009). Em acréscimo, grandes acidentes ambientais têm sido registrados, ligados principalmente ao rompimento ou transbordamento de barragens de acumulação de rejeitos industriais. Neste contexto, nos anos de 2003 e de 2009, a bacia do rio Murucupi, que comporta os núcleos urbanos de Vila dos Cabanos e Laranjal, foi contaminada por rejeitos do processo de beneficiamento de bauxita, conhecido como “lama vermelha”. O objetivo deste trabalho foi avaliar preliminarmente a qualidade dos sedimentos de fundo do rio Murucupí e a distribuição de elementos maiores (Al2O3, Fe2O3, TiO2 e Na2O) e traço (Zr, V, Cr, Th, Hf, Ga, La, Sc, Pb, Nb, As, Cd, Cu, Hg, Ni e Zn), enriquecidos na lama vermelha, ao longo do rio. Para isto, foram coletadas triplicatas de testemunhos de 50 cm de profundidade nos sedimentos de fundo, em sete pontos ao longo do rio Murucupi, no trecho de 5,3 Km compreendido entre a ponte de acesso à Vila dos Cabanos (ponto M-1) e a foz do rio (ponto M-7). Cada testemunho coletado em campo foi subdividido em laboratório em cinco intervalos de profundidade: 0-10 cm (intervalo A), 10-20 cm (intervalo B), 20-30 cm (intervalo C), 30-40 cm (intervalo D) e 40-50 cm (intervalo E). As triplicatas de testemunhos de cada ponto amostrado de respectivas profundidades foram totalmente homogeneizadas, posteriormente, sendo realizadas análises análises granulométricas, mineralógicas e químicas em cada amostra. Os resultados demonstraram que os sedimentos são compostos principalmente de quartzo, minerais do grupo das micas, principalmente muscovita, e albita, além de argilominerais – caulinita, esmectita e ilita. As concentrações superficiais dos elementos maiores P2O5 e S, e dos elementos-traço V, Cr, Ga, Pb, Hg e Zn, foram elevadas no ponto M-1 com forte diminuição em direção à foz, indicando contaminação por descargas de runoff urbano e esgotos domésticos provenientes de Vila dos Cabanos e Laranjal. Por outro lado, as concentrações suerficiais de S, As e Pb, foram altas no ponto M-7, indicando contribuições destes elementos provenientes do “furo” do Arrozal, advindos possivelmente do porto de Barcarena e adjacencias, trazidas para a foz do rio Murucupi por meio dos movimentos de maré. As concentrações destes elementos-traço nos sedimentos superficiais estiveram muito abaixo dos valores medidos por Braga (2007) na lama vermelha. Este fato está associado a diferença metodológica utilizada na análise química e à espessura da amostra. Porém, as correlações estatísticas obtidas entre o Al e Cr, V, Ga e Th, e entre Mg, K e Hf, La, Sc e Zr, assim como, entre Mg, K e a fração granulométrica “silte + argila” no decorrer da profundidade, demonstram que há uma “assinatura geoquímica” dos eventos de contaminação por lama vermelha, registrada nos sedimentos no intervalo A dos testemunhos coletados no leito do rio Murucupi. Os resultados obtidos pela distribuição dos elementos com a profundidade mostram que, de maneira geral, os elementos maiores Al2O3, MgO e K2O estão associados a fração granulométrica “silte + argila”, enquanto que, as variações das concentrações dos elementos-traço, refletem principalmente condições ambientais mais favoráveis para a mobilização ou persistência desses elementos ao longo da profundidade. No que se refere à qualidade de sedimentos, as concentrações medidas para cada elemento foram comparadas com os índices de qualidade de sedimento, conhecidos como Sediment Quality Guide Lines – SQG, desenvolvidos pelo Canadá e adotados pelo Brasil pela resolução CONAMA nº 344/2004, e com os índices “baseados no consenso”, desenvolvidos por Macdonald et al. (2000), e ainda, com valores de referência do background da região. Em alguns locais, os sedimentos de fundo do rio Murucupi apresentaram concentrações acima de ISQG e abaixo de PEL para os seguintes elementos: 1) Cr no ponto M-1, intervalos A (38,4 mg.Kg-1) e E (43,1 mg.Kg-1); 2) Ni no ponto M-6, intervalo E (18,9 mg.Kg-1), e no ponto B-1, intervalos A (18,6 mg.Kg-1), B (18,3 mg.Kg-1), C (18,4 mg.Kg-1) e E (18,3 mg.Kg-1); 3) As no ponto M-1, intervalo C (5,9 mg.Kg-1); e 4) Hg no ponto M-1, intervalo E (0,199 mg.Kg-1), e no ponto M-2, intervalo E (0,233 mg.Kg-1). Estes resultados indicam que, nestes locais, efeitos adversos aos organismos bentônicos podem ocorrer em virtude das altas concentrações de Cr, Ni, As e Hg nos sedimentos de fundo, o que enseja estudos complementares de biodisponibilidade nos sedimentos e toxicidade nos organismos aquáticos. Destaca-se que os elementos Pb, Cu, Ni, As, Hg e Zn estão enriquecidos em relação ao valor adotado como referência do background regional em todos os pontos amostrados no rio Murucupi, sendo que, o Cr também apresentou enriquecimento em relação às concentrações medidas por Nascimento (2007) nos sedimentos de fundo do rio Guamá. De maneira geral, os resultados obtidos mostram que a contaminação nos sedimentos do rio Murucupi está muito mais associada a fontes difusas de poluição, provavelmente provenientes do runoff urbano e descargas de esgotos domésticos a céu aberto, do que com os acidentes ambientais envolvendo a lama vermelha.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Avaliação das características físicas, químicas e mineralógicas da matéria-prima utilizada na indústria de cerâmica vermelha nos municípios de Macapá e Santana-AP(Universidade Federal do Pará, 2008-09-30) SOUTO, Flávio Augusto França; ANGÉLICA, Rômulo Simões; http://lattes.cnpq.br/7501959623721607A atividade oleira cerâmica do Estado do Amapá ainda apresenta-se bastante incipiente, não conseguindo atender ao mercado local. Dentre os principais entraves diagnosticados, podemos citar os seguintes: 1) problemas na locação de novas jazidas; 2) desconhecimento das características física, química e mineralógica da matéria-prima (argila); e 3) a falta de critérios técnicos na extração da matéria-prima. Os objetivos do trabalho são: 1) Fazer o levantamento, cadastrar e estudar o contexto geológico das principais ocorrências de argilas para cerâmica vermelha do estado do Amapá, as quais estão concentradas nos arredores dos municípios de Macapá e Santana; 2) Em ocorrências selecionadas, avaliar as características químicas e mineralógicas da matéria-prima, além das propriedades tecnológico-cerâmicas, através do qual se deseja o melhoramento dos produtos de cerâmica vermelha (tijolos e telhas). O trabalho foi desenvolvido na área que abrange os municípios de Macapá e Santana no Amapá, limitado pelas latitudes (0º0’30”S e 0º3’30”S) e longitudes (51º12’30”W e 51º5’30”W), onde estão localizados os maiores números de olarias do Estado. Os materiais utilizados são provenientes de argilas aproveitadas por 4 cerâmicas: Calandrine (CA), Amapá Telhas (AT), União (U), Fortaleza (F) e Corte de Estrada (CE), as duas primeiras estão localizadas em Macapá e as restantes no Município de Santana. No total foram utilizadas 12 amostras dos 5 pontos citados. A metodologia constituiu-se em pesar 1 kg de amostra bruta, secando-se a 50ºC em estufa, desagregando e homogenizando a mesma. Após este tratamento inicial, quarteou-se separando 500 g para arquivo e o restante para análise granulométrica. Da fração argila realizou-se difração de raios-X (DRX), análise térmica diferencial (DTA), análise termogravimétrica (TG), espectroscopia na região do infravermelho com transformada de Fourier (espectros FTIR), análise química (SiO2, Fe2O3, Al2O3, TiO2, CaO, Na2O, K2O, MgO e perda ao fogo). Para os ensaios tecnológicos utilizaram-se normas ABNT e foram confeccionados corpos de provas de 6x2x0,5cm para determinação dos seguintes parâmetros: cor, absorção de água (AA) , porosidade aparente (PA), retração linear (RL), densidade aparente (DA), tensão de ruptura à flexão (TRF), limite de liquidez (LL), limite de plasticidade (LP) e índice de plasticidade (IP). Os dados obtidos através da análise química mostram grande quantidade de SiO2, Al2O3 + H2O, associados ao quartzo e caulinita. Valores de Fe2O3, TiO2 sugerem redução da refratariedade e mudanças na coloração quando queimados a 950ºC, além de estarem ligados aos minerais acessórios goethita, anatásio e hematita. Observouse que CaO e MgO são elementos que baixam a refratariedade e ligados a montmorolonita e muscovita. Já Na2O e K2O, são fundentes importantes no processo de vitrificação. A difração de raios-X, análise térmica e espectroscopia na região do infravermelho revelaram a presença dos seguintes minerais: quartzo, illita, caulinita, esmectita (montmorilonita), goethita, anatásio. As argilas ensaiadas se caracterizam por apresentarem elevada plasticidade com índice de plasticidade (IP) >15% e alta porcentagem de fração silte. As medidas de absorção de água, porosidade aparente, retração linear e tensão de ruptura à flexão após queima em forno nas temperaturas de 950ºC e 1050ºC, apresentaram valores adequados para o uso das argilas em indústria de cerâmica vermelha. De acordo com as medidas obtidas nos ensaios tecnológico cerâmicos para os corpos de provas queimados nas temperaturas de 950ºC e 1050ºC, contataram se as seguintes aplicações nas argilas estudadas: 1) Temperatura de queima a 950ºC - Para tijolos de alvenaria 10 amostras serviram (U-01, U-02, U-03, F-01, F-02, AT-01, AT-02, CA-01, CA-02, CA-03); para tijolos estruturais 8 amostras serviram (U-01, U-02, U-03, F-01, F-02, AT-02, CA-01, CA-03); e para telhas apenas 5 amostras apresentaram-se dentro dos padrões (U-01, U- 03, F-02, F-01, AT-02). 2) Temperatura de queima a 1050ºC - 10 amostras apresentaram-se dentro dos padrões exigidos para produção de telhas, tijolos de alvenaria e estrutural (U-01, U-02, U-03, F-01, F-02, AT-01, AT-02, CA-01, CA-02, CA-03).Dissertação Acesso aberto (Open Access) Avaliação geoquímica da contaminação por mercúrio dos sedimentos de correntes e solos do distrito mineiro de Zaruma-Portovelo, república do Equador(Universidade Federal do Pará, 1996-05-31) MALDONADO RAMIREZ, Roque Vicente; RAMOS, José Francisco da Fonseca; http://lattes.cnpq.br/8189651755374537São conhecidas ocorrências auríferas na área de Zaruma-Portovelo, Equador, desde o período pré-colombiano, mas só a partir do fim da década de 70 passou-se a desenvolver uma atividade de garimpagem bastante intensa. Os garimpeiros do setor realizam as atividades de exploração, explotação e beneficiamento do minério polimetálico utilizando técnicas rudimentares, o que causa a contaminação os rios, solo e atmosfera por mercúrio e outros metais pesados, além do cianeto. Ainda desmatam a área, pois utilizam madeira nas estruturas de segurança das galerias minerais. A jazida do distrito mineiro de Zaruma-Portovelo é de origem hidrotermal, polimetálica, ocorrendo num complexo de rochas vulcânicas andesíticas da Formação Celíca. O minério é composto pelos sulfetos pirita, calcopirita, galena, esfalerita e bornita, entre outros, além dos minerais de ganga quartzo e calcita. Os metais Cd, Zn, Pb e Cu são liberados a partir destes minerais. O mercúrio é de origem antropogênica, pois ele é usado na metalurgia extrativa do ouro, assim como o cianeto, que é utilizado numa segunda fase do processo de recuperação do ouro. O presente trabalho teve como objetivo a identificação e avaliação geoquímica e a descrição das atividades das fontes de poluentes, especialmente do mercúrio, através da coleta e análises de amostras de sedimentos de fundo, solos e rejeitos mineiros, além de fazer uma breve descrição das atividades do garimpo. Foi realizada uma campanha de amostragem no final da estação de estiagem, tendo-se coletado 26 amostras de sedimentos de fundo, 23 de solo e 4 de rejeitos. Em 5 pontos foram tomadas amostras de solo em perfis com intervalos de 2 cm até uma profundidade de 14 cm. Também foi realizado um estudo da distribuição dos metais nas diferentes frações granulométricas dos sedimentos. Em três pontos foram coletados amostras em triplicata para determinar a variabilidade dos resultados. As concentrações do Hg(total) em solos indicam que 83% das amostras estão acima do background (103ppb) com valores mínimos e máximos de 109 e 9.546 ppb e uma média de 662 ppb, sendo que as maiores concentrações ocorrem nas amostras às proximidades das fontes de emissão, que são os moinhos (plantas de beneficiamento). Em todos os perfis, verificou-se que os teores maiores ocorrem na sua parte superior, diminuindo gradualmente com a profundidade. Nos sedimentos de fundo além do Hg(total) foram analisados na fração trocável os elementos Pb, Zn, Cd e Cu, observando-se valores anômalos para todos estes valores anômalos se concentram principalmente nas drenagens dos rios Calera e Amarillo, após a junção com o rio Calera, que tem em suas margens a maioria das plantas de beneficiamento da área. Nas amostras de rejeitos de garimpagem foram observados teores elevados de Hg, Zn, Pb, Cd e Cu, confirmando que os processos de beneficiamento artesanais além de gerar poluição causam perdas econômicas, devido a baixa recuperação dos metais. Os testes para verificação das quantidades de mercúrio usadas pelos garimpeiros para a amalgamação mostram que 95 a 97% do mercúrio são liberados á atmosfera na etapa de queima do amálgama. O restante, é lançada em forma líquida nos solos e drenagens da área. Isto mostra a importância do desenvolvimento de uma política de educação dos garimpeiros, oferecendo novas alternativas e tecnologias para evitar a queima do amálgama ao ar livre, o que contribuiria grandemente à diminuição da contaminação por mercúrio.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Bauxita, horizonte nodular e cobertura argilosa da região de Paragominas e Juruti, estado do Pará.(Universidade Federal do Pará, 2011-12-20) CRUZ, Gilberto da Silva; COSTA, Marcondes Lima da; http://lattes.cnpq.br/1639498384851302O clima tropical quente e úmido durante o Cenozóico proporcionou a formação principalmente de laterito-bauxíticos na Amazônia com ocorrência frequente de horizonte concrecionário ou nodulares constituídos ambos de bauxitas e/ou crostas ferro-aluminosas. A relação entre o horizonte concrecionário e/ou nodular com o perfil laterítico e a origem da cobertura argilosa na Amazônia foram os objetivos de estudo neste trabalho, assim foram estudados três perfis lateríticos, sendo dois perfis lateríticos localizados na região de Paragominas (platô Jabuti e PA-256 km 17) derivadas das rochas siliclásticas da Formação Ipixuna e/ou Grupo Itapecuru do Cretáceo Superior, e um perfil na mina de Juruti gerada a partir das rochas siliclásticas da Formação Ater do Chão, todos no estado do Pará. Neste estudo foram aplicadas as técnicas de difração de raios-X, microscopia óptica, microscopia eletrônica de varredura e sistema de energia dispersiva (MEV/SED), além de análises químicas. Os perfis lateríticos da região de Paragominas são constituídos da base para o topo: horizonte saprolítico com estruturas laminares composta essencialmente por caulinita além grãos de quartzo fraturados e corroídos; Horizonte mosqueado de coloração variegada composta por caulinita, hematita e goethita; Horizonte bauxítico de coloração lilás, aspecto maciço, poroso, e cortado por estruturas colunares de aspecto argiloso no platô Jabuti, enquanto na PA-256 o horizonte bauxítico é de coloração rosada, aspecto colunar e poroso; Crosta ferro-aluminosa porosa com núcleos digeridos ou não pela matriz aluminosa; Horizonte concrecionário, composto por uma matriz argilosa de composição caulinítica, formado na base por concreções ferruginosas subesféricos, poroso, zonado, com núcleo avermelhado e bordas goethíticas, enquanto no topo o mesmo para partículas de aspecto porcelanado que exibe um zoneamento difuso sublinhado na parte externa pela cor branca ou rosa, em seguida, uma cor amarela e um núcleo mais ferruginoso de cor vermelha que às vezes tem cor marrom; Cobertura argilosa formada essencialmente por uma matriz caulinítica com nódulos gibbsíticos, grãos de quartzo e fragmentos lateríticos disseminados. Os elementos traços mostram uma relação com os oxi-hidróxidos de ferro (Pb, V, As e Mo), anatásio (Nb, Ta, W, Sn e Sc), zircão (Zr, Hf, Y e U) e gibbsita (Ga), enquanto os elementos terras apresentam o mesmo comportamento ao longo do perfil que demonstra uma grande relação genética entre os horizontes do perfil. O perfil laterítico da mina de Juruti é constituído da base para o topo: Horizonte mosqueado de coloração variegada; Horizonte bauxítico de aspecto sacaroidal formada por grânulos de gibbsita e grãos de quartzo fraturados e corroídos e bauxita com plasma ferruginoso arredondado imerso em matriz aluminosa gerando um aspecto brechóide; Crosta ferruginosa aspecto maciço, poroso com cavidades preenchidas por cutãs goethíticos e gibbita, além da ocorrência de grãos de quartzo fraturados e corroídos; Horizonte nodular ferruginoso com nódulos de granulometria decrescente em direção ao topo, aspecto maciço, poroso com cavidades preenchidas por gibbsita e cutãs goethíticos, grãos de quartzo, sendo imersos em matriz argilosa de composição caulínítica; Horizonte nodular bauxítico com nódulos de granulometria decrescente em direção ao topo, aspecto irregular, porosos com cavidades preenchidas por gibbsita, já na porção do topo os nódulos são digerido pela matriz aluminosa; Cobertura argilosa de coloração amarelada com nódulos gibbsíticos. Já os elementos traços no perfil da mina de Juruti mostram concentrações mais baixa do que Paragominas e relação química com os oxi-hidróxidos de ferro (Pb, V, As, Cr e Mo), anatásio (Nb, Ta, W, Sn e Sc), zircão (Zr, Hf, Y e U) e gibbsita (Ga), enquanto que os elementos terras raras ocorrem na forma em V quando normalizados com os condritos pelo enriquecimento dos elementos terras raras leves (La e Ce) como dos elementos terras raras pesados (Yb e Lu) e depressão acentuada no intervalo de Nd, Sm, Eu e Gd, além do paralelismo das curvas de distribuição que demonstra a mesma relação genética entre os perfis como em Paragominas. A evolução dos perfis lateríticos das duas regiões são caracterizados pelas seguintes fases: 1 – formação da crosta a partir das rochas da Formação Alter do Chão para mina de Juruti, enquanto em Paragominas derivada da Formação Ipixuna e/ou Grupo Itapecuru; 2 – bauxitização da crosta; 3 – degradação e desmantelamento parcial da crosta e, possivelmente, seguida de erosão e deposição para partes mais rebaixadas no caso da PA-256; 4 – bauxitização dos nódulos e/ou concreções e, por fim, 5 – formação da cobertura argilosa, denominada Argila de Belterra. As características mineralógicas e químicas dos perfis estudados permitem indicar que estes perfis são formados a partir de uma evolução in situ para o horizonte concrecionário e/ou nodular e a cobertura argilosa em relação às crostas lateríticas. As variações climáticas e periódicas ativações tectônicas são as principais responsáveis por esta evolução.
