Dissertações em Geologia e Geoquímica (Mestrado) - PPGG/IG
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.ufpa.br/handle/2011/2604
O Mestrado Acadêmico pertence ao Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica (PPGG) do Instituto de Geociências (IG) da Universidade Federal do Pará (UFPA).
Navegar
Navegando Dissertações em Geologia e Geoquímica (Mestrado) - PPGG/IG por Linha de Pesquisa "PETROLOGIA E EVOLUÇÃO CRUSTAL"
Agora exibindo 1 - 20 de 64
- Resultados por página
- Opções de Ordenação
Dissertação Acesso aberto (Open Access) Adsorção de molibdato em minerais de argila delaminados e amorfizados(Universidade Federal do Pará, 2012-04-15) PEREIRA, Patricia Magalhães; LEMOS, Vanda Porpino; http://lattes.cnpq.br/1829861620854008A busca por metodologias eficientes no controle da poluição ambiental, assim como o desenvolvimento de tecnologias nos âmbitos químico, físico e biológico têm sido amplamente discutida a fim produzir alternativas eficientes na melhoria da qualidade de vida e controle de poluentes químicos (orgânicos ou inorgânicos), que ao longo dos anos estão sendo despejados no meio ambiente de forma inconseqüente por residências e indústrias. Desta forma, é importante o conhecimento acerca do comportamento adsortivo de metais nos solos, pois elevadas concentrações de metais geram efeitos desfavoráveis ao meio ambiente. O molibdênio é um elemento essencial para funções biológicas de plantas e animais, porém em altas concentrações no organismo pode gerar deformidades ósseas, anemia, anomalias no fígado e levar a morte. A possibilidade de interação de compostos orgânicos-inorgânicos (Ácido Húmico, Uréia e H2SO4) em sedimentos “in natura” provenientes da região do Acre, foi investigada, com intuito de se avaliar a possibilidade de aplicação destes materiais em processos de adsorção de molibdato em soluções aquosas. As amostras naturais utilizadas neste estudo possuem elevado teor de minerais de argila, principalmente esmectita, baixo teor de caulinita e minerais primários como feldspato e quartzo. Todas as amostras “in natura” foram caracterizadas por DRX, FRX, FTIR, MEV e pHH2O e pHKCl. A modificação com ácido inorgânico nas concentrações (0.25; 0.5; 1 e 1,5 Mol.L-1), a temperatura e o tempo de contato foram parâmetros importantes no processo de delaminação desses minerais de argila. Assim como o uso de compostos orgânicos como uréia e ácido húmico foram eficientes no processo de amorfização. O estudo por DRX nas amostras modificadas evidenciam a modificação da estrutura quando utilizado H2SO4 nas quatro concentrações, porém tal fato é observado somente para o pico 15Å, característico da esmectita, todos os outros picos não apresentaram significativa alteração. A síntese com compostos orgânicos promoveram a amorfização do pico referencial da esmectita. Desta forma, como o sedimento naturalmente possui argilominerais (esmectita, caulinita) confirmado por DRX, assim como a presença de ferro, indicando uma possível transição da montmorilonita para nontronita, com substituição isomórfica do ferro, espera-se uma maior interação da adsorção do molibdato na fração modificada com relação à natural. A inserção de H+ devido o processo de modificação com ácido sulfúrico, promoveu a substituição dos íons cálcio na estrutura, confirmado pela análise semi-quantitativa realizada por EDS. Análise por MEV indicaram nas amostras naturais a presença de morfologia placoíde, tal fato não foi observado nas amostras modificadas, no qual foi observado delaminação e amorfização. As condições de equilíbrio no processo de adsorção foram investigados, no qual foi estabelecido, tempo de 2h e pH foi medido nas soluções antes e após o processo de adsorção. Os dados de equilíbrio foram representados pelos modelos de isotermas de Langmuir, Freundlich e Sips. O processo de adsorção teve melhor desempenho nas primeiras concentrações para as amostras S10H15 e S10UH. As amostras modificadas com ácido húmico possuíram maior qmáx = 3.43, os valores de regressão ajustados ao modelo de Freundlich obtidos apontam um eficiente processo de adsorção, as amostras modificadas adsorveram eficazmente o ânion molibdato em comparação a amostra natural.Dissertação Acesso aberto (Open Access) As águas subterrâneas de Belém e adjacências: influência da Formação Pirabas e parâmetros físico-químicos para medidas de qualidade(Universidade Federal do Pará, 1996-04-08) SAUMA FILHO, Michel; LIMA, Waterloo Napoleão de; http://lattes.cnpq.br/1229104235556506Na Região Metropolitana de Belém (PA) o abastecimento de água à população é proveniente de mananciais (área fisiográfica do Utinga) e de uma rede de poços tubulares posicionais, em geral, em zonas urbanas mais afastadas ou onde o bombeamento é precário. Este trabalho avalia as águas subterrâneas utilizadas na Região Metropolitana de Belém, correlacionando dados de parâmetros físicos, físico-químicos e químicos, na tentativa de compor um quadro compreensível sobre a qualidade dessas águas, e verificar a influência que sofrem das unidades geológicas nas quais estão situados os aquíferos que as preservam. Para a execução dos trabalhos, procedeu-se a coleta de amostras de água em dois períodos sazonais diferentes: de estiagem e chuvoso. Após exaustiva consulta aos arquivos de empresas, instituições e de pesquisadores, foram selecionados 17 poços tubulares, sendo 9 em Belém, 5 em Icoaraci, 2 em Mosqueiro e 1 em Ananindeua (Anexo A). Os índices mais frequentes de turbidez situaram-se entre 9 e 14 unidades (ppm de SiO2), mas alguns poços apresentaram valores mais elevados (33, 41 e 71 ppm de SiO2. Somente em alguns casos, essa turbidez pode ser imediatamente correlacionada com o teor de sílica obtidos por análise química. As medidas de cor mais frequentes se encontram no intervalo de zero a 7,5 U.C., predominando o índice zero. No entanto, alguns poços apresentaram valor acima de 100 U.C. e outros, menos frequentes, com índices variando entre 20 e 60 U.C. Constituíram-se parâmetros bastante diferenciados o pH e a condutividade elétrica. Assim, foram verificados os índices mais elevados de pH e de condutividade elétrica nos aquíferos da Formação Pirabas. Nesses casos, o pH se apresentou em torno de 6,4 a 7,6 e a condutividade entre 231 e 362 µS/cm, com uma descontinuidade em 87,5 µS/cm, também atribuída a um poço associado à supracitada Formação. Águas mais ácidas (pH abaixo de 6,38 e acima de 4,01) são, certamente, atribuídas aos aquíferos do Grupo Barreiras e Pós-Barreiras. Os constituintes químicos, notadamente os teores de Ca2+, Mg2+, Na+ e K+, são condizentes com a interpretação dos valores numéricos de pH e condutividade elétrica. Sem exceção, as concentrações de Ca2+ são superiores às dos demais cátions, estabelecendo-se uma ordem decrescente segundo Ca2+> Mg2+> Na+>K+, com alguma inversão entre Na+ e Mg2+. As concentrações mais elevadas de Ca2+ (logo seguidas pelas de Mg2+) são resultantes da dissolução de carbonatos presentes no calcário Pirabas. Aliás, confirmando esta assertiva, também as concentrações de HCO-3 são bem mais elevadas dos que as concentrações de Cl- e SO2-4. É de se esperar, portanto, que a dissolução de sedimentos Pirabas produzem concentrações mais elevadas de Ca2+ e HCO-3. Os teores de sílica e ferro também discriminam tais águas. Em geral, os teores mais elevados de sílica correspondem às maiores profundidades, como, aliás, seria de se esperar, levando-se em conta a ação do intemperismo químico em minerais de silicato. Quanto ao ferro, este constitui um parâmetro diferenciador das águas da Formação Pirabas, quase sempre em teores bem mais baixos do que os valores correspondentes associados aos aquíferos Barreiras e Pós-Barreiras, havendo, no entanto, exceções, nas quais se registraram índices apreciáveis de ferro relacionado aos sedimentos Pirabas. Saliente-se que a Formação Pirabas aparece na Região Metropolitana de Belém quase sempre às profundidades maiores do que 100 m, havendo registro, no entanto, de profundidades menores, mas são situações, aparentemente, mais raras, como são os casos do poço número 3, no Campus Universitário, às proximidades do rio Guamá, com 76 m de profundidade, e o poço de 94 m do Museu Paraense Emílio Goeldi, em zona central da cidade (Anexo A). A exaustiva consulta aos já mencionados arquivos de instituições, empresas e pesquisadores levou à constatação de que muitos poços tubulares instalados na zona urbana aproveitam águas associadas aos aquíferos Barreiras e Pós-Barreiras, onde os valores de pH são quase sempre, abaixo de 6 unidades, e as medidas de condutividade elétrica raramente atingem 100 µS/cm. Constata-se, finalmente, que há necessidade de maiores investimentos no sentido de aumentar a prospecção e a utilização de águas subterrâneas na região, pois estas, além de dispensarem tratamento prévio à distribuição, ainda são uma fonte de recursos, não dimensionados, mas de grande potencial.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Caracterização geológica da suíte ofiolítica Serra do Tapa, SE do Pará – Cinturão Araguaia(Universidade Federal do Pará, 2015-04-30) BARROS, Luisa Dias; GORAYEB, Paulo Sérgio de Sousa; http://lattes.cnpq.br/4309934026092502No norte do Cinturão Araguaia (CA) ao longo de seu domínio de baixo grau metamórfico, a região conhecida como Serra do Tapa, entre municípios de Sapucaia e Xinguara, SE do Pará expõe um dos maiores corpos ofiolíticos do CA interpretado como fragmento da litosfera oceânica do Neoproterozoico da Bacia Araguaia. A Suíte Ofiolítica Serra do Tapa (SOST), denominada neste trabalho, constitui um conjunto de corpos alongados com extensão de 48 km orientando-se preferencialmente na direção N-S. Representa uma sequência ofiolítica desmembrada que compreende peridotitos serpentinizados, basaltos maciços e almofadados, rochas vulcanossedimentares, formações ferríferas e cherts. Todo esse conjunto encontra-se embutido, por meio de zonas de cavalgamentos, nas rochas metassedimentares de baixo grau metamórfico da Formação Couto Magalhães. Os peridotitos serpentinizados apresentam cor verde escura ou clara, granulação grossa e representam a porção basal da sequência estratigráfica da suíte. Originalmente foram peridotitos, provavelmente do tipo harzburgito e dunitos. Os harzburgitos possuem textura protogranular, com a presença marcante de texturas pseudomórficas do tipo bastite e mesh, em que resultam de transformações do ortopiroxênio; e olivina para lizardita, respectivamente. Os dunitos possuem textura mesh predominante, com a presença de finos grãos de cromita dispersos na matriz de serpentina (lizardita). A unidade vulcânica da suíte é representada por derrames submarinos de basalto maciços e com estruturas de almofadas. Os basaltos ocorrem como derrames homogêneos, maciços e nas porções superiores apresentam marcantes estrutura em almofada, e localmente, brechas de superfície de derrame (hialoclastitos). As almofadas apresentam zoneamento, em que o núcleo é constituído por basalto maciço de cor marrom esverdeada, afanítico, com textura intersertal composta por cristais ripiformes de plagioclásio, clinopiroxênio e vidro vulcânico. Na zona de borda estão presentes basaltos hipovítreos de cor verde amarelada, afaníticos e texturas características de resfriamento ultrarrápido como esferulitos, cristais aciculares e radiais de plagioclásio, além de texturas tipo "rabo de andorinha". Os hialoclastitos ocorrem na zona mais externa da almofada e representam brechas de superfícies de derrames basálticos. Finalmente, vidro basáltico de cor verde escura constitui a superfície dos derrames (zona interalmofada). A interface vulcanossedimentar da sequência representa a interação entre os derrames basálticos e rochas sedimentares argilosas. O metapelito tufáceo é constituído por uma matriz pelítica com fragmentos líticos de metabasalto estirados e rompidos. A porção sedimentar da Suíte é constituída por formações ferríferas e cherts e representam os registros de sedimentação química em ambiente oceânico marinho profundo, constituindo a porção superior desta suíte ofiolítica. O arcabouço tectônico da área é caracterizado como um sistema de cavalgamentos frontal e levemente oblíquo e é a feição estrutural mais expressiva na área com direção preferencial NNW-SSE e mergulhos para E e NE. Outra feição marcante é a presença de zonas de cisalhamento transcorrente sinistrais e destrais de extensões quilométricas com orientação preferencial NE-SW e E-W. Todas as estruturas são truncadas por falhas normais de direção NW-SE. Os efeitos deformacionais e metamórficos sobre as rochas da Suíte e rochas encaixantes são incipientes e suas estruturas e texturas primárias mostram-se preservadas. Nas rochas da Formação Couto Magalhães os indícios do metamorfismo são mais evidentes nas ardósias e filitos (formação de sericita e clorita), nos peridotitos serpentinizados ocorre geração de serpentinas não pseudomórficas sobrepondo-se às pseudomórficas, nos basaltos maciços, a associação metamórfica é definida por Ab+Tr-act+Cl+Ep±Stp; as paragêneses dessas rochas indicam transformação metamórfica na fácies xisto verde baixo. Para os estudos litoquímicos foram priorizadas as porções do núcleo das almofadas, que permaneceram, em muitos casos, protegidas das transformações metassomáticas. Dados divergentes obtidos em algumas amostras podem ser explicados por serem amostras coletadas mais próximas às bordas das almofadas, que sofreram intensas transformação devido ao metamorfismo oceânico. Geoquimicamente, os basaltos revelam natureza subalcalina, toleítica, compatíveis com o tipo MORB. Anomalias negativas de Sr podem indicar retenção de plagioclásio durante os eventos de fusão parcial a partir de fonte mantélica empobrecida. O diagrama ETR mostra comportamentos ligeiramente empobrecidos dos ETR leves e enriquecidos em ETR pesados e suave anomalia de Eu; sendo esse padrão confirmado pelas razões (La/Yb)N e (La/Sm)N <1 também apontam para magmas do tipo N-MORB. A evolução da Suíte está ligada ao desenvolvimento da Bacia Oceânica Araguaia com a geração de uma litosfera oceânica antiga com ascensão e talvez exposição do manto superior; vulcanismo formando o substrato oceânico profundo, e sedimentação (argilito tufáceo, formação ferrífera bandada e cherts). Posteriormente, processos de descolamento do substrato crosta/manto levaram à inversão tectônica da sequência levando a fase tectônica compressional, que levou a obducção dos corpos ofiolíticos, gerando um sistema de cavalgamentos e transcorrências tardias com movimentação em direção ao Cráton Amazônico, segmentando os corpos ofiolíticos e misturando-os às rochas da Formação Couto Magalhães acompanhado de metamorfismo regional na fácies xisto verde baixo.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Caracterização geológica, petrográfica e geoquímica de Granitos Arqueanos da Folha Marajoara, Terreno Granito-Greenstone de Rio Maria Sudeste do Pará(Universidade Federal do Pará, 2009-07-08) DIAS, Samantha Barriga; DALL'AGNOL, Roberto; http://lattes.cnpq.br/2158196443144675Na Folha Marajoara foram distinguidos três grupos de granitos arqueanos: Suíte Guarantã, Granito Rancho de Deus e corpos leucogranítico. O primeiro grupo é formado por três corpos graníticos, intrusivos no Tonalito Arco Verde (TAV), que receberam a denominação de Granito Guarantã (Gg), Granodiorito Azulona (GDaz) e Granodiorito Trairão (GDt), sendo formados por rochas muito similares em termos geológicos, petrográficos e geoquímicos, agrupadas no presente trabalho sob a denominação de Suíte Guarantã. O Granito Rancho de Deus possui forma amendoada, apresenta contato a sul com o Granodiorito Rio Maria, e a norte com o Granito Guarantã, porém controlado por extensa zona de cisalhamento. O terceiro grupo corresponde a pequenos corpos leucograníticos intrusivos no TAV e no Granodiorito Rio Maria. Os granitóides da Suíte Guarantã são formados por epidoto-biotita monzogranitos a granodioritos, com foliação mineral discreta, textura porfirítica e fenocristais grossos (5 a 20 mm) de feldspato potássico imersos em matriz equigranular média. O Granito Rancho de Deus é constituído por monzogranitos com incipiente foliação mineral e textura porfirítica, com fenocristais grossos (5 a 30 mm) de feldspato potássico em matriz equigranular média. O anfibólio ocorre como fase varietal juntamente com a biotita. Os leucogranitos são rochas hololeucocráticas, equigranulares de granulação média.Os dados geoquímicos mostram que a suíte Guarantã e os corpos leucograníticos possuem características dominantemente peraluminosas, enquanto que o Granito Rancho de Deus varia de metaluminoso a peraluminoso. Os três grupos de granitos exibem diferenças composicionais marcantes. As amostras da Suíte Guarantã são enriquecidas em Al2O3, CaO, Na2O, Ba, Sr e Ga e empobrecidas em Fe2O3, K2O, MgO, Rb e Th comparativamente ao Granito Rancho de Deus. Já os corpos leucograníticos, comparados aos dois grupos anteriores, são enriquecidos em SiO2 e K2O e empobrecidos em Fe2O3, MgO, Na2O, CaO, P2O5, Ba, Sr, Zr. Os padrões de ETR dos três grupos apresentam fracionamento expressivo de ETRP, sendo que os da Suíte Guarantã são desprovidos de anomalias de Eu ou apresentam anomalias discretas, ora positivas, ora negativas, enquanto que as amostras do Granito Rancho de Deus tendem a apresentar discretas anomalias negativas de Eu e os leucogranitos anomalias negativas marcantes. As rochas do Granito Rancho de Deus e da Suíte Guarantã são análogas geoquimicamente aos granitos arqueanos cálcico-alcalinos do tipo CA2. Porém, os contrastes geoquímicos entre os dois grupos não podem ser explicados por processos de diferenciação magmática, tendo em vista apresentarem teores de SiO2 superpostos e não seguirem o mesmo trend de diferenciação, sendo improvável, portanto, que esses dois grupos tenham se formado a partir de um mesmo magma parental, apesar de sua associação espacial. A hipótese assumida é que estas rochas se originaram de fontes ou por processos distintos e que seus magmas evoluíram independentemente.Comparações entre os três grupos de granitos estudados e corpos afins do TGGRM revelaram que as rochas da Suíte Guarantã apresentam maior similaridade com os granodioritos e monzogranitos dos corpos satélites do pluton Xinguara, podendo também representar termos menos evoluídos do Granito Guarantã, tal como originalmente definido. O Granito Rancho de Deus apresenta maiores afinidades petrográficas e geoquímicas com o Granodiorito Rio Maria e rochas sanukitóides afins, podendo corresponder a um termo mais evoluído da associação sanukitóide. Os corpos leucograníticos, por sua vez, possuem afinidade petrográfica e geoquímica com o Granito Mata Surrão.O estudo realizado demonstra que, além dos leucogranitos cálcico-alcalinos ricos em potássio, representados pelos granitos Xinguara e Mata Surrão, leucogranodioritos e monzogranitos menos evoluídos, aqui definidos como Suíte Guarantã, tiveram um papel importante na evolução do TGGRM. Esta suíte encontra-se melhor exposta na Folha Marajoara, mas corpos com características similares, tais como os corpos satélites do pluton Xinguara, já foram identificados.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Caracterização petrográfica, geoquímica e geocronológica U-PB das rochas de alto grau metamórfico do Complexo Tartarugal Grande, sudeste do Escudo das Guianas, Amapá(Universidade Federal do Pará, 2016-10-26) PAIVA, Hanna Paula Sales; GORAYEB, Paulo Sérgio de Sousa; http://lattes.cnpq.br/4309934026092502O Complexo Tartarugal Grande é representado por uma associação de rochas de alto grau metamórfico do Paleoproterozoico com relíquias arqueanas, que ocorre na borda norte do Bloco Amapá, no contexto da Província Maroni-Itacaiúnas, sudeste do Escudo das Guianas. Nesta região, o Complexo Tartarugal Grande reúne gnaisses e rochas granulíticas, onde predominam tipos enderbíticos e charnockíticos constituindo corpos alongados e balizados por lineamentos de direção NW-SE caracterizados como zonas de cisalhamento transcorrentes ou de cavalgamento. Como esta unidade é formada por uma intrincada associação de rochas de alto grau metamórfico, o presente trabalho objetivou caracterizar essas rochas petrograficamente, geoquimicamente e geocronologicamente, bem como discutir os processos neste terreno metamórfico. Análises petrográficas identificaram cinco tipos de rochas classificadas como Granulito charnockítico, Granulito charnoenderbítico, Granulito enderbítico, Granulito máfico e Leucognaisses. Feições de migmatização, como neossomas, também estão presentes nos granulitos félsicos (charnockíticos, enderbíticos e charnoenderbíticos) e gnaisses. Os granulitos félsicos são as rochas dominantes na área, enquanto que os granulitos máficos ocorrem como corpos menores, de dimensões métricas, encaixados nos outros granulitos e gnaisses. Os leucognaisses estão comumente associados aos granulitos enderbíticos/charnockíticos, exibindo contatos bruscos com estes litotipos. Os estudos litogeoquímicos realizados nessas rochas indicaram que no Complexo Tartarugal Grande há predominância de rochas ácidas, com teores de sílica entre 61 e 75%, e peraluminosas, em razão da presença de minerais como biotita, granada e cordierita. Os granulitos máficos são tipos dominantemente básicos (SiO2 entre 48 e 55%) com teores elevados de Fe2O3 (12 a 26%), MgO (5 a 19%) e CaO (2 a 12%). Nos diagramas de classificação geoquímica os granulitos félsicos e leucognaisses situam-se no campo do granito, enquanto que os granulitos máficos plotam no campo do gabro. Em diagrama AFM, os granulitos félsicos possuem características de suíte colisional cálcio-alcalina e, os granulitos máficos são tipos basálticos da suíte toleítica. Nos diagramas de multielementos os granulitos félsicos destacam anomalias mais expressivas de Ti e P, além da forte anomalia negativa de Nb, característica de ambientes de subducção. Os granulitos máficos mostram, em sua maioria, assinaturas com padrão sub-horizontal. Para os elementos terras raras (ETR) os granulitos félsicos apresentam moderado enriquecimento de ETR leves, em relação aos ETR pesados, com baixas anomalias de Eu (razão Eu/Eu* de 0,19 a 5,51). Os granulitos máficos apresentaram menor grau de fracionamento e registraram anomalias insignificantes de Eu (razão Eu/Eu* de 0,44 a 1,07). Os leucognaisses mostram assinatura muito parecida com a dos granulitos félsicos, porém possuem gênese distinta. Nos diagramas de discriminação de ambientes tectônicos, foi estabelecido ambiente de arco magmático relacionado à zona de subducção. As análises geocronológicas U-Pb in situ em cristais de zircão por LA-ICP-MS realizadas em granulito charnoenderbítico, granulito enderbítico, granada-biotita leucognaisse e granulito charnockítico, forneceram idades médias de 2045 ± 14 Ma, 2084 ± 7,9 Ma, 2617 ± 25 Ma e 2671 ± 10 Ma respectivamente. Esses resultados representam as idades de formação dos protólitos dessas rochas. Idades obtidas por outros trabalhos por Sm-Nd em rocha total-granada entre 2,02 e 1,98 Ga apontam para um evento de alto grau metamórfico próximo à idade de colocação dos plútons. As paragêneses características das rochas encontradas na área de pesquisa são representadas por: Mc mesopertítica + Qtz + Pl + Opx + Bt (granulito charnockítico); Pl + Qtz + Mc mesopertítica + Opx ± Bt (granulito charnoenderbítico); Pl + Qtz + Mc mesopertítica + Opx + Bt ± Cpx ± Hbl (granulito enderbítico); Pl (An60) + Opx + Cpx + Hbl (granulito máfico) e; Qtz+ Mc + Pl ± Bt ± Grt ± Crd (leucognaisses) e essas associações indicam que as rochas foram submetidas a condições de metamorfismo regional na fácies granulito em condições de temperatura entre 780 e 850 ºC e pressão entre 5 e 7 kbar. Fusões não extensivas (anatexia) também são comuns na área, onde foram originadas massas de composições sienograníticas sob altas condições de temperatura a partir dos granulitos e gnaisses. Além disso, características indicativas do arrefecimento foram encontradas nessas rochas, como a substituição parcial ou total dos piroxênios por biotita e/ou hornblenda, granada pela biotita e cordierita por pinita. Desta forma, em concordância com resultados de trabalhos já desenvolvidos na área e indicados pelas datações realizadas nesse presente estudo, se concluiu que o Complexo Tartarugal Grande engloba rochas que foram envolvidas durante eventos magmáticos no Neoarqueano e Riaciano, logo seguido por metamorfismo de alto grau no final do Paleoproterozoico e relacionado ao evento termo-tectônico Transamazônico. Este evento deformou tipos pré-existentes, bem como reequilibrou os minerais nas rochas, tendo como resultado uma complexa associação composta por granulitos e gnaisses com diferentes idades, origens e intensidades de deformação.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Caracterização petrográfica, mineralógica e litoquímica das rochas vulcânicas do Gráben Jaibaras-CE(Universidade Federal do Pará, 2000-05-03) NASCIMENTO, Rosemery da Silva; GORAYEB, Paulo Sérgio de Sousa; http://lattes.cnpq.br/4309934026092502; https://orcid.org/0000-0003-1877-9756A área estudada situa-se na região noroeste do Ceará, no domínio da Província Borborema e compreende dois setores ao longo do Gráben Jaibaras. O estudo deteve-se na Suíte Parapuí que compreende uma sucessão de rochas vulcânicas relacionadas ao Neoproterozóico. Na suíte foram identificados três grupos principais de rochas, incluindo basaltos alcalinos (andesina-basaltos, ilmenita-basaltos e traquibasaltos), riolitos e rochas vulcanoclásticas que ocorrem intercaladas à arenitos arcosianos do Grupo Jaibaras. Os basaltos alcalinos, tipos mais abundantes na suíte, ocorrem em sucessões de extensos derrames de lavas maciças e amigdaloidais, compreendendo variações holocristalinas ou hipovítreas com texturas porfiríticas, seriadas ou afíricas. Feições indicativas de resfriamento muito rápido com cristais aciculares, tipo rabo de andorinha, esqueletais e de reabsorção, mergulhados em vidro, demarcam interfaces entre os vários níveis de derrames. Os minerais principais compreendem a labradorita com variações para andesina, titanoaugita e subordinadamente álcali-feldspato, olivina, ilmenita, pirita, titanita e apatita. Os minerais presentes nas amigdalas são carbonatos, zeolitas, quartzo, epidoto, clorita e prehnita. Quimicamente os basaltos caracterizam-se por apresentar altos teores de álcalis, TiO2 e P2O5, e elementos terras raras com padrão inclinado, mostrando enriquecimento em ETR leves, pequena anomalia negativa de európio e razão (La/Lu)N moderada e alta. Nos diagramas classificatórios situam-se no campo dos basaltos alcalinos e/ou na interfase entre basaltos toleíticos e alcalinos. Nos aranhogramas dos elementos traços e terras raras as várias amostras analisadas apresentam assinatura geoquímica similar, apesar das transformações em baixo grau metamórfico existentes nessas rochas, o que revela uma homogeneidade composicional desse magmatismo. Interpretações de paleoambiência tectônica sugerem corresponder a um magmatismo intraplaca continental. Os riolitos representam derrames pouco expressivos e raros na suíte constituindo rochas porfiríticas em que destacam fenocristais de quartzo bipiramidais, corroídos, mergulhados em matriz microcristalina felsítica, esferulítica e com estruturas fluidais. Quimicamente são ricos em SiO2 e álcalis, apresentando baixas razões Na2O/K2O. O comportamento dos elementos menores e traços nos aranhogramas destacam que as assinaturas geoquímicas destas rochas contrastam com os basaltos. A Suíte Parapuí foi estabelecida através de um intenso vulcanismo durante a tectônica extensional de instalação da Bacia de Jaibaras no estágio rifte. Representa um magnetismo alcalino intracontinental com contribuição bimodal fundamentalmente de natureza basáltica e riolítica alcalina, em ambiente subaéreo com efusões e explosões.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Charnoquitos de Ourilândia do Norte (PA): geologia, natureza e implicações tectônicas para a Província Carajás.(Universidade Federal do Pará, 2019-10-02) FELIX, Williamy Queiroz; OLIVEIRA, Davis Carvalho de; http://lattes.cnpq.br/0294264745783506Estudos desenvolvidos nos granitoides com piroxênio e rochas máficas associadas que ocorrem na região de Ourilândia do Norte permitiram a individualização de 4 variedades petrográficas: (i) ortopiroxênio granodiorito, (ii) clinopiroxênio monzogranito e (iii) anfibólio monzogranito, e (iv) gabronorito. Este último ocorre espacialmente associado à variedade ortopiroxênio granodiorito. Tais rochas configuram cinco corpos alongados na direção NESW e E-W, onde o plúton principal atinge ~12 km de extensão. É formado pelas variedades clinopiroxênio monzogranito e ortopiroxênio granodiorito, enquanto a variedade anfibólio monzogranito forma três pequenos corpos lenticulares com cerca de 3 km de comprimento. Estes são alongados na direção E-W, mostram foliações na direção NE-SW e E-W e mergulhos subverticais (70-80º). Tais rochas exibem textura magmática bem preservada, são leucocráticas (M’=21,1 – 32,9), e de granulação média a grossa. Os minerais acessórios primários são allanita, epídoto, zircão, apatita, magnetita e ilmenita, sendo que a titanita ocorre somente nos monzogranitos e a olivina é restrita à variedade gabronorítica. São rochas metaluminosas de afinidade magnesiana, seguem o trend cálcio alcalino e cálcio alcalino de alto K. As razões Fe/(Fe+Mg) tanto nas biotitas quanto nos anfibólios, indicam condições intermediarias de fO2, que é corroborado pela razão Fe3+/(Fe3++Fe2+) nos anfibólios que indica moderadas condições de fO2 durante a cristalização (acima do tampão QFM). As temperaturas de cristalização para os piroxênios variam entre 855 a 1061 °C, 713 a 800 nos anfibólios, e a pressão de cristalização é de 1,9 a 3,1 kbar. A atividade de água no magma varia de 4,1 a 6,5. Textura em coroa formada por anfibólios bordejando piroxênios é comum em todas as variedades, o que pode ser explicado pela reação do melt anidro com água em estágio magmático, que resultaria na ausência de piroxênio na fácies anfibólio monzogranito. As microestruturas de recristalização em quartzo e feldspatos permitem inferir uma temperatura final de deformação cristal-plástica em torno de 400-450 ºC. Microfraturas submagmáticas preenchidas por quartzo e álcali feldspato também são encontradas, indicando que os charnoquitos de Ourilândia do Norte sofreram deformação na presença de melt. Isto está de acordo com a natureza sin-tectônica para colocação de seus magmas. O empobrecimento de HFSE em relação às rochas neoarqueanas de Carajás indica que a associação estudada possui uma fonte distinta e/ou sofreram diferentes processos de evolução. Modelamento geoquímico indica que tais granitoides evoluíram por cristalização fracionada a partir de um magma parental máfico, em contraponto à fusão parcial, admitida como principal processo responsável pela origem dos demais granitoides neoarqueanos de Carajás.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Estudo das relações de contato do granodiorito rio Maria com os granitos musa e jamon e com diques do proterozóico(Universidade Federal do Pará, 1996-08-10) SOARES, Claudomiro de Melo; DALL'AGNOL, Roberto; http://lattes.cnpq.br/2158196443144675Dissertação Acesso aberto (Open Access) Evolução magmático-hidrotermal do granito mocambo, Província Estanífera do Sul do Pará: um estudo morfológico e composicional de quartzo e cassiterita(Universidade Federal do Pará, 2018-10-02) BARROS NETO, Rubem Santa Brígida; LAMARÃO, Claudio Nery; http://lattes.cnpq.br/6973820663339281A presente pesquisa abordou os aspectos morfológicos, texturais e composicionais de cristais de quartzo e cassiterita do Granito Mocambo e de corpos de greisens associados, pertencentes à Suíte Intrusiva Velho Guilherme, Província Carajás, e sua relação com a mineralização estanífera. O estudo foi realizado com auxílio de um microscópio eletrônico de varredura, utilizando imagens de catodoluminescencia, análises semiquantitativas por espectroscopia por dispersão de energia e por microssonda eletrônica. Foram estudadas diferentes fácies e rochas greisenizadas do Granito Mocambo, onde foi possível identificar cinco tipos de quartzo, denominados de Qz1, Qz2, Qz3, Qz4 e Qz5. O Qz1 é considerado o tipo precoce, de origem magmática, presente em todas as fácies, sendo menos frequente nos greisens. Aparece como fenocristais anédricos a subarredondados luminescentes (cinza claro) com grau de fraturamento variável, bem como cristais finos a médios dispersos na matriz. Núcleos luminescentes com zonamentos claro-escuro alternados ou reabsorvidos são comuns. O Qz2 é posterior ao Qz1 e pouco luminescente (cinza escuro); está presente em todas as fácies, porém é pouco frequente no greisen. Ocorre geralmente como manchas irregulares descontínuas ou preenchendo fraturas e veios que seccionam o Qz1, sugerindo processo de intensa substituição. O Qz3 não apresenta luminescência. Ocorre praticamente em todas as fácies preenchendo fraturas que seccionam o Qz1 e Qz2. O Qz4 está presente nas rochas mais evoluídas e intensamente alteradas, no greisen e em veios ou cavidades intersticiais, geralmente associado a cristais de cassiterita. Forma cristais euédricos a subédricos médios, pouco fraturados, com zonamento claro-escuro bem definido e espessura variável. O Qz5 ocorre seccionando e formando manchas irregulares sobre o Qz4, associando-se geralmante com wolframita ou wolframita + cassiterita em veios de quartzo. São cristais anédricos, de granulação média a grossa, pouco fraturados e luminescentes. Análises de microssonda eletrônica mostraram que o Qz1 e Qz2 da fácies sienogranito a monzogranito porfirítico (SMGP), apresentaram maiores concentrações de Ti (9 - 104 ppm) e menores de Al (10 - 149 ppm). Cristais de Qz1, Qz2 e Qz3 da fácies aplito-álcali feldspato-granito (AAFG) apresentaram conteúdos menores de Ti (5 - 87 ppm), comparados aos valores dos quartzos do SMGP, e valores de Al que chegam a 2065 ppm. Nos Qz1, Qz2 e Qz3 das rochas greisenizadas, o Ti apresentou teores mais baixos (0 e 62 ppm) e o Al conteúdos variáveis (0 - 167 ppm). Nos cristais de Qz4 das rochas greisenizadas mineralizadas em cassiterita, o Ti não ultrapassou 20 ppm, enquanto o Al apresentou enriquecimento acentuado, ultrapassando 3000 ppm. Nos veios de quartzo mineralizados em wolframita ou wolframita + cassiterita, constituído basicamente por Qz5, as concentrações de Ti e Al apresentaram, baixos valores, com conteúdos máximos de 7 e 77 ppm, respectivamente. A cassiterita é representada por cristais finos a grossos, anédricos a subédricos, associados à clorita, muscovita, fengita e siderofilita nas rochas greisenizadas ou comumente inclusas em cristais de wolframita em veios de quartzo. Apresenta coloração castanho clara a avermelhada e cores de interferência alta. Cristais mais desenvolvidos mostram zonamentos concêntricos. Análises realizadas por ME mostraram que além de Sn, as cassiteritas apresentam concentrações menores de Fe, Ti, W, Nb e traços de Mn. As concentrações de Fe, Nb, Ti e W são maiores nas manchas mais escuras, enquanto o Sn apresenta maior pureza nas partes mais claras dos cristais. Cassiteritas associadas ao Qz5 (hidrotermal), estão muitas vezes inclusas em cristais de wolframitas ou são parcialmente substituídas por estas. O presente estudo mostrou que o quartzo foi um excelente marcador da evolução magmática e das alterações decorrentes dos processos hidrotermais que atuaram no GM, no qual foi possível distinguir uma geração magmática e quatro tipos hidrotermais. As imagens de CL indicam que a mineralização estanífera está presente nas rochas mais evoluídas e alteradas hidrotermalmente, como nas rochas greisenizadas e veios de quartzo, onde a cassiterita está associada ao Qz4 ou Qz5 + wolframita. O Qz5 sugere um possível evento hidrotermal mineralizante de wolframita, posterior ao que originou a cassiterita associada ao Qz4.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Evolução petrológica e estrutural do gnaisse estrela, Curionópolis, PA(Universidade Federal do Pará, 1991-12-18) BARROS, Carlos Eduardo de Mesquita; DALL'AGNOL, Roberto; http://lattes.cnpq.br/2158196443144675A leste da Serra dos Carajás, na Região de Curianópolis, aflora um conjunto de rochas granitóides fortemente deformadas, o que tudo indica de idade arqueana, que são enquadrados sob a designação de Gnaisse Estrela. Esta unidade litológica é constituída petrograficamente por piroxênio-hornblenda gnaisse monzogranítico, hornblenda gnaisse monzogranítico, biotita gnaisse monzogranito e por termos transicionais entre os dois últimos. De modo subordinado, encontram-se variações petrográficas de composição tonalítica, granodiorítica e sienogranítica. estas rochas são cortadas por frações pegmatóides com anfibólio ou por veios aplíticos hololeucocráticos. Essas variações petrográficas foram interpretadas como sendo associadas às feições originais do corpo granitóide do qual derivaram-se os ortognaisses. Na região em que aflora o Gnaisse Estrela instalaram-se zonas de cisalhamento dúctil de natureza transcorrente e oblíqua compressional. as primeiras predominam na parte sul da área e possuem dioreção E-W, ao passo que as últimas ocorrem na parte norte e possuem direção aproximadamente N-S. Como resultado da deformação, as rochas estudadas mostram uma estruturação gnáissica à milonítica, lineações minerais e, localmente, bandamnto tectônico. Outras feições estruturais são representadas por dobras assimétricas, dobras ptigmáticas e estruturais tipo "pinch-and-swell". As análises químicas do Gnaisse Estrela revelaram que as suas diversas fácies possuem composição granítica e características subalcalinas, sendo possível a individualização de dois grupos geoquimicamnte distintos: um metaluminoso e o outro peraluminoso. O primeiro envolve as rochas cujo mineral máfico predominante é a hornblenda. O segundo grupo compreende as rochas ricas em biotita. As altas razões K2O/Na2, Rb/Sr e Fe/Mg, bem como os altos valores de Y, Zr e Nb, fazem com que o Gnaisse Estrela tenha afinidade geoquímica com granitos intraplacas ou do tipo A, cuja assinatura é totalmente diferente daquela verificada nas rochas granitóides da região de Rio maria, onde predominam termos da associação tonalítica-trondhjemítica-granodiorítica do Arqueano.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Geocronologia U-Pb, classificação e aspectos evolutivos do Granito Marajoara – Província Carajás(Universidade Federal do Pará, 2018-01-24) SANTOS, Rodrigo Fabiano Silva; OLIVEIRA, Davis Carvalho de; http://lattes.cnpq.br/0294264745783506O Granito Marajoara (GrMj) possui dimensões de stock (~50 Km2) e é intrusivo em granitoides mesoarqueanos do Domínio Rio Maria. Este é formado por rochas leucocráticas, representadas pelas fácies biotita monzogranito equigranular (BMzE) e heterogranular (BMzH). Textura rapakivi e a ocorrência de enclaves de granito porfirítco (EGp) e microgranulares (EMg) são restritas à fácies BMzH. Tais variedades possuem mineralogia similar: microclina, quartzo e plagioclásio ocorrem como minerais essenciais; biotita cloritizada em diferentes intensidades como a única fase varietal; zircão, titanita, opacos, apatita e allanita como acessórios primários; e clorita, sericita-muscovita, epidoto, fluorita e argilominerais como fases secundárias. Os valores de susceptibilidade magnética (SM) elevados (2,3–6,5 x10-3) e a presença frequente de magnetita, aproximam a fácies BMzH dos granitos da série magnetita, enquanto que a variedade BMzE mostra afinidade com aqueles da série ilmenita por apresentar conteúdos modais de opacos ≤0,5%, baixos valores de SM (<0,15x10-3), e ilmenita como único óxido de Fe-Ti. Tais variedades são, em geral, peraluminosas e apresentam altos valores da razão FeOt/(FeOt+MgO), similares aos granitos ferroan. Mostram ainda, afinidades geoquímicas com os granitos intraplaca do tipo-A de origem crustal, sendo que a significativa variação da razão FeOt/(FeOt+MgO) encontradas para estas rochas [EGp (>0,82); BMzH (>0,86); BMzE (>0,97)], permitem classificá-las como granitos do tipo-A oxidado (BMzH e EGp) e reduzido (BMzE), e que as mesmas são afins dos plútons das suítes Jamon e Velho Guilherme, respectivamente. Diferentemente disto, as amostras que pertencem aos EMg mostram clara afinidade com os granitos magnesianos e da série cálcio-alcalina. As evidências de mistura de magma e os cálculos da modelagem geoquímica, demonstram que que os EGp são originados a partir da interação do líquido EMg (60%) e o líquido BMzH (40%). Os gaps composicionais existentes entre as diversas variedades que constituem o GrMj, assim como seus contrastes composicionais, sugerem que seus magmas não são cogenéticos. Os EMg são considerados como representantes de um magmatismo básico oriundo do manto litosférico enriquecido e que teriam sido injetados na câmara magmática durante o processo de underplating e em diferentes fases de cristalização do magma granítico. As análises isotópicas U-Pb em zircão (SHRIMP) forneceram idade de 1885 ±6Ma, interpretada como a idade de cristalização do GrMj. O GrMj foi colocado em níveis crustais rasos (epizona) em um ambiente de tectônica extensional com o esforço seguindo o trend NNE-SSW a ENE-WSW. A zonalidade concêntrica do GrMj e o comportamento reológico das rochas encaixantes e a influência reduzida ou nula dos esforços regionais durante a colocação do corpo indicam que o transporte do magma se deu através de diques. Sugere-se dessa forma que a edificação do GrMj é resultante de ascensão vertical de magmas através de fraturas e acomodação ao longo dos planos da foliação regional E-W, seguida de uma mudança do fluxo vertical por um espalhamento lateral do magma, em um modelo análogo ao admitido para a colocação dos batólitos tabulares da Suíte Jamon.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Geologia e geoquímica do maciço granítico arqueano Xinguara e de sua encaixantes, sudeste do estado do Pará(Universidade Federal do Pará, 1995-12-12) LEITE, Albano Antônio da Silva; DALL'AGNOL, Roberto; http://lattes.cnpq.br/2158196443144675Dissertação Acesso aberto (Open Access) Geologia e geoquímica dos granitóides Arqueanos da área de Bannach (PA): uma reavaliação das áreas de ocorrência do trondhjemito mogno e granodiorito Rio Maria(Universidade Federal do Pará, 2018-08-21) MACHADO, Jean Ricardo Mesquita; OLIVEIRA, Davis Carvalho de; http://lattes.cnpq.br/0294264745783506A área de Bannach localiza-se na porção centro-oeste do Domínio Rio Maria, Provincia Carajás, Cratón Amazônico. Com base em relações de campo, petrografia e comportamentos geoquímicos foi possível a individualização de seis de rochas variedades na área de trabalho, divididas em dois grupos: (i) grupo de alta sílica e baixo Mg, representado por rochas trondhjemíticas associadas ao Trondhjemito Mogno (TdhMg), leucogranodioritos e granitoide finos e (ii) grupo de baixa sílica e alto Mg, representado pelos biotita granodioritos, tonalitos com anfibólio e biotita tonalitos (enclaves). Os trondhjemitos, leucogranodioritos são os batólitos mais extensos da região, com aproximadamente 90% da área de trabalho, apresentando textura heterogranular média a grossa e feições de deformação dúctil E-W a NW-SE. Os biotita granodioritos ocorrem como um pequeno stock no nordeste da área de trabalho, sendo formado por rochas mais enriquecidas em minerais máficos do que a variedade granodiorítica predominante. Os tonalitos com anfibólio (± quartzo dioritos) ocorrem alojados ao longo de zonas de cisalhamento que intersectam a porção central área, sendo mais deformados que as demais rochas e os únicos granitoides portadores de anfibólio. Em menores proporções, os biotita tonalitos representam mega-enclaves das rochas trondhjemíticas, enquanto que os granitoides finos intersectam as demais rochas da região. Essas variedades são divididas em dois grupos. Geoquimicamente, o grupo de alta sílica (SiO2 > 70%) apresenta altos teores de Al2O3, CaO e Na2O (especialmente os leucogranodioritos) em detrimento de Fe2O3, MgO, Ni e Cr. Além disso, essas variedades apresentam altas razões La/Yb e Gd/Er, anomalias negativas de Eu discretas ou ausentes e padrão ETR fortemente fracionado. Os leucogranodioritos se destacam das demais rochas de alta sílica pelo seu enriquecimento em sódio, Ba e Sr. Por outro lado, os granitoides de baixa sílica apresentam alto conteúdo de Fe2O3, MgO, Ni e Y, com destaque para os elevados teores de K-Ba-Sr dos biotita granodioritos em relação aos demais granitoides da área, além de suas moderadas a altas razões La/Yb, enquanto os demais granitoides de baixa sílica apresentam baixas razões La/Yb devido ao elevado conteúdo de ETRP, o que proporciona um padrão ETR sub-horizontalizado. Tais diferenças remontam a processos distintos de formação para os granitoides de Bannach. Apesar da formação dos trondhjemitos e leucogranodioritos ocorrer na zona de estabilidade da granada, suas diferenças químicas remontam a sensíveis diferenças em seu magma formador. A origem dos trondhjemitos é associada a fusão parcial de granadas anfibolitos, sob condições de alta pressão em ambiente de subducção. Já os leucogranodioritos, dado seu maior enriquecimento em Na, Ba e Sr, têm seu controle composicional associado a diferentes graus de fusão de basalto sob diferentes níveis de pressão e por uma fonte mais enriquecida em sedimentos subductados da crosta oceânica para produzir magmas com composição similar ao leucogranodiorito. Sendo assim, supõe-se que essas rochas teriam se originado pela fusão de basaltos toleítos enriquecidos instalados abaixo de uma crosta TTG mais antiga que teria sido assimilada por esses fundidos. Os aspectos geoquímicos, como o alto LILE e presença elevada de elementos de afinidade mantélica (Mg, Ni e Cr) dos biotita granodioritos e tonalitos com anfibólio denunciam suas afinidades com as rochas da Suíte Sanukitoide Rio Maria. O caráter geoquímico ambíguo dos biotita granodioritos associados aos mais altos conteúdo de SiO2 quando comparados aos quartzo dioritos, assim omo seus teores mais elevados de Rb e Ba, Sr, Y e das razões La/Y e Sr/Y, indicam um caráter mais evoluído e condições de formação em mais alta pressão e que possui magmas parentais félsicos, bem como um componente máfico atuando em sua origem, se aproximando dos granitos tipo-Closepet. Desta maneira, essas afinidades composicionais indicam uma forte analogia petrogenética, com uma origem a partir de um manto enriquecido ou de uma fonte máfica de alto-K. Por sua vez, o caráter menos evoluído dos tonalitos com anfibólio, bem como as baixas razões La/Yb e Sr/Y indicam que estas possuem uma maior afinidade mantélica e que se formaram em baixas profundidades. Admite-se que a origem destas rochas teria sido a partir de um manto metassomatizado por fluidos da slab em um ambiente de subducção.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Geologia e Geoquímica dos Granitoides Mesoarqueanos da Porção Noroeste do Domínio Rio Maria da Província Carajás: individualização e contexto tectônico das rochas da área de Tucumã.(Universidade Federal do Pará, 2019-09-16) SILVA, Luana Camile Silva; OLIVEIRA, Davis Carvalho de; http://lattes.cnpq.br/0294264745783506A Província Carajás (PC) representa o maior núcleo Arqueano preservado do Cráton Amazônico. A área de Tucumã está inserida na porção noroeste do Domínio Rio Maria (DRM), próximo ao limite tectônico com o Domínio Carajás, e é marcada pela ocorrência de diferentes tipos de granitoides de idade mesoarqueana. Este estudo trata da discriminação e individualização dos granitoides desta área, a qual segundo estudos anteriores (de escala regional) é dominada pela Suíte Rio Maria, por rochas do Complexo Xingu e metamáficas pertencentes às sequências greenstone belts. A partir de dados obtidos no mapeamento geológico em escala de detalhe (1:50.000), verificou-se que o quadro geológico da área de Tucumã é mais diversificado e complexo. Com isso, a unidade mais expressiva na área de Tucumã passa a ser representada pelas rochas leucomonzograníticas de alto-K que formam um batólito associado a pequenas intrusões granitoides de naturezas diversas. Tais intrusões ocorrem na forma de sigmoides, controladas por zonas de cisalhamentos anastomosadas de direção NE-SW e E-W. A discriminação geoquímica destes corpos levou ao reconhecimento de cinco grupos: i) Leucomonzogranito alto-K; ii) Granitos alto-HFSE, subdivididos em médio-Ba e alto-Ba; iii) Granodiorito Pórfiro médio-K; iv) Granodiorito alto-Mg; e v) Tonalito. Tais granitoides apresentam afinidade com a série cálcio-alcalina, excetuando-se a unidade tonalítica que seguem o trend trondhjemítico de afinidades TTG. Esta é composta por rochas magnesianas de baixa razão K2O/Na2O, que também se diferenciam das demais intrusões por conta de seu padrão estrutural N-S mais antigo, coincidente com aquele encontrado nas rochas metamáficas (sequência greenstone belt). O padrão ETR destas rochas é moderadamente fracionado (média razão La/Yb e Sr/Y) com ausência de anomalia negativa de Eu (típico de granitoides TTG). Tais características são afins daquelas atribuídas às rochas do Trondhjemito Mogno de média razão La/Yb. Dentre as unidades cálcio-alcalinas, o Granodiorito Pórfiro médio-K difere dos demais pelo caráter magnesiano e maior enriquecimento em Na2O (moderada razão K2O/Na2O), o que demonstra certa afinidade com as suítes TTG. No entanto, o Granodiorito Pórfiro médio-K possui maiores teores de Ba, K e Th em relação as rochas de composição TTG, indicando fortes semelhanças com as chamadas suítes TTGs Transicionais ou Enriquecidas do Cráton Yilgarn. Sua origem estaria relacionada à fusão de uma crosta heterogênea com intercalação de basaltos enriquecidos e rochas félsicas, enquanto que a unidade tonalítica seria produto da fusão parcial de uma fonte máfica hidratada (metabasaltos). Os Granodioritos de alto-Mg ocorrem de maneira restrita, distinguem-se por serem mais enriquecidos em Sr e elementos mantélicos (Mg, Cr e Ni), e empobrecidos em ETRP em relação aos demais granitoides. Estas características assinalam fortes afinidades com as suítes sanukitoides (Granodiorito Rio Maria), ligados à fusão parcial do manto metassomatizado em altas profundidades. Os granitos alto-HFSE (médio- e alto-Ba) compartilham características geoquímicas com as Suítes Sanukitoide e Leucomonzogranito alto-K, semelhantes aos Granitos Híbridos do Cráton Dharwar (tipo-Closepet). Estas suítes podem representar a atuação de processos de interação em diferentes graus (mingling ou mixing) na crosta média, entre líquidos crustais (tonalitos/metassedimentos) e magmas diferenciados do manto enriquecido. Já o Leucomonzogranito alto-K representa o grupo de rochas mais evoluído da região, onde o enriquecimento em LILEs (Ba, K e Rb) e anomalia negativa de Eu indicam processos de retrabalhamento de uma crosta félsica (provavelmente tonalítica) antiga em níveis crustais intermediários (transição crosta rúptil-dúctil). Esta unidade apresenta fortes afinidades com o Granito Xinguara do DRM. A variedade tonalítica também se distingue das demais por apresentar maior grau de deformação, contrastando com o padrão estrutural dos granitoides cálcio-alcalinos que registram uma deformação incipiente a moderada, com desenvolvimento de uma foliação tectônica WNW-ESSE, tornando-se mais intensa nas porções afetadas pelas zonas de cisalhamento. As texturas observadas (mantonúcleo e microcracks) indicam a atuação de processos deformacionais durante a cristalização do magma sob altas temperaturas (>500ºC), típico de granitoides sintectônicos. Granitoides pouco deformados apresentam evidências de recristalização dinâmica em temperaturas abaixo de 400ºC. De acordo com o modelo adotado para a porção sul do DRM, os granitoides da área de Tucumã representam duas fases de magmatismo. A primeira fase (2,98 -2,92 Ga) está relacionada à formação de uma crosta TTG a partir de fusão de um platô oceânico ou crosta máfica espessada, com fusão em diferentes níveis crustais e metassomatização do manto por magmas TTG. A segunda fase de magmatismo (~2.87 Ga) se inicia a partir de eventos termais (slab breakoff, delaminação ou plumas) que fundem o manto metassomatizado com produção de magmas sanukitoide e granitos híbridos, que ao se alojarem na base da crosta servem como fonte de calor para a fusão das rochas sobrejacentes (geração de granitos alto-K).Dissertação Acesso aberto (Open Access) Geologia e petrologia do extremo norte da Serra do Estrondo (GO)(Universidade Federal do Pará, 1984-05-02) SOUZA, Antonio Celso Costa de; DALL'AGNOL, Roberto; http://lattes.cnpq.br/2158196443144675Dissertação Acesso aberto (Open Access) Geologia e petrologia dos enxames de diques máficos da região de Santa Maria das Barreiras-Conceição do Araguaia: evidências de eventos distintos de magmatismo intracontinental no Centro- Norte do Brasil.(Universidade Federal do Pará, 2019-10-28) CRUZ, Danilo José do Nascimento; GORAYEB, Paulo Sérgio de Sousa; http://lattes.cnpq.br/4309934026092502Enxames de diques máficos subparalelos de direção N-S e NNW-SSE ocorrem intrudindo as rochas metassedimentares do Grupo Tocantins, Cinturão Araguaia, centro-norte do Brasil. Eles são pouco estudados, não havendo nenhuma informação acerca da natureza de sua fonte mantélica e dos processos petrológicos envolvidos em sua gênese, além de uma incerteza quanto à sua idade. Para discutir essas questões, foram estudados diques máficos representativos da região de Santa Maria das Barreiras-Conceição do Araguaia, na fronteira entre os estados do Pará e Tocantins. Foi possível separar os diques em dois grupos: um consistindo de diabásios afetados pelo metamorfismo regional neoproterozoico do Cinturão Araguaia com grau variado de transformações e deformação mineral; e outro contendo diabásios e leucodiabásios sem metamorfismo e deformação. Os diques estudados foram composicionalmente classificados como basaltos sub-alcalino de afinidade toleítica. No entanto, os metadiabásios apresentam uma assinatura arco-like caracterizada por uma anomalia negativa de Nb-Ta, enquanto que os leucodiabásios e diabásios não apresentam anomalia negativa de Nb-Ta e exibem padrões enriquecidos de LREE, que se assemelha às assinaturas de rochas basálticas geradas por plumas mantélicas. Ambos os grupos de diques foram interpretados como sendo originados em ambiente tectônico intracontinental com a ajuda de diagramas de discriminação Ti–V, Zr–Zr/Y e Zr–Ti. Há indícios de importante contribuição de componentes mantélicos enriquecidos (EN) na fonte dos metadiabásios e significante contribuição de componentes do manto primitivo (PM) na fonte dos leucodiabásios e diabásios. Sugeriu-se que os metadiabásios representam os condutos expostos de basaltos intracontinentais com assinatura arc-like que precedem o metamorfismo Neoprotezoico da área e que os leucodiabásios e diabásios representam os condutos expostos de basaltos intracontinentais cujo magmatismo é posterior ao evento metamórfico. As rochas do evento mais antigo compartilham similaridades com rochas máficas Neoproterozoicas do leste do Cinturão Araguaia, enquanto que as rochas do evento mais recente são bastante similares com basaltos e diques de diabásios da CAMP que se encontram próximos à área de estudo.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Geologia, geoquímica e geocronologia das vulcânicas do grupo Uatumã, região de São Félix do Xingu (PA), Província Mineral de Carajás(Universidade Federal do Pará, 2005) FERNANDES, Carlos Marcello Dias; LAMARÃO, Claudio Nery; http://lattes.cnpq.br/6973820663339281Dissertação Acesso aberto (Open Access) Geologia, geoquímica e geocronologia do granito Boa Sorte, Município de Água Azul do Norte (PA), Província Carajás(Universidade Federal do Pará, 2013-08-30) RODRIGUES, Daniel Silvestre; OLIVEIRA, Davis Carvalho de; http://lattes.cnpq.br/0294264745783506O Granito Boa Sorte ocorre na região sudeste do estado do Pará, no contexto geológico do Domínio Carajás ou, mais precisamente, no Subdomínio de Transição entre o Domínio Rio Maria e a Bacia Carajás. Forma um batólito alongado na direção E-W, constituído por biotita leucomonzogranitos, com granodioritos e sienogranitos subordinados, que apresentam variados graus de deformação. As texturas observadas nas rochas com foliação dúctil mais pronunciada sugerem condições de médio grau (450°C - 600°C e 6±1 kbar) durante a deformação do Granito Boa Sorte. Este faz contato a sul com o Granodiorito Água Limpa, é intrusivo em TTGs e Greenstone belts, sendo ainda intrudido por plútons de composição máfica a intermediária do Diopsídio-Norito Pium, granitos da Suíte Planalto e por diques máficos. Geoquimicamente ocorrem quatro grupos distinguidos pelos diferentes padrões de ETR: (1) é o grupo predominante, sendo caracterizado pelas altas razões (La/Yb)N, moderadas anomalias negativas de Eu e padrão côncavo dos ETR pesados; (2) possui baixas razões (La/Yb)N e acentuadas anomalias negativas de Eu; (3) é empobrecido em ETR leves, com razões (Gd/Yb)N próximas da unidade e anomalias negativas de Eu moderadas; e (4) caracteriza-se pelo baixo conteúdo total de ETR, com razões (La/Yb)N altas a moderadas. Tais grupos possuem características compatíveis com as de granitos tipo-I, cálcico-alcalinos e fracamente peraluminosos. São rochas com alto conteúdo de K2O, baixo de elementos ferromagnesianos, moderado de CaO e Na2O e moderado a alto de Al2O3. As razões K2O/Na2O variam entre 1 e 2. Apesar da grande superposição, em média existe um aumento no conteúdo de SiO2 entre os grupos de alta razão (La/Yb)N (1), baixa razão (La/Yb)N (2) e baixa razão (Gd/Yb)N (3). Em diagramas de Harker, o primeiro e o segundo grupo tendem a se alinhar em trends bem definidos, com o terceiro, em média, mostrando valores mais altos de Na2O e mais baixos de K2O, Zr e Hf, e o quarto grupo, que, além destas diferenças, apresenta conteúdos em média mais elevados de CaO, Ba e Sr e menores de Rb e da razão FeOt/(FeOt+MgO). A colocação do Granito Boa Sorte se deu ainda no Mesoarqueano, com idade mínima de 2857±2 Ma, e por diferentes processos de fusão de protólitos crustais, cujas idades mais antigas são de ~ 3,00 Ga. Distingue-se do grupo de Leucogranodioritos-granitos do Domínio Rio Maria, mostrando maior afinidade com os Leucogranitos Potássicos tipo Xinguara e Mata Surrão. Na região de Canaã dos Carajás, os grupos de alta e baixa razão (La/Yb)N apresentam boa correspondência com as rochas do Granito Cruzadão e, em alguns aspectos, com aquelas do Granito Bom Jesus. Já o grupo de baixa razão (Gd/Yb)N se assemelha ao Granito Serra Dourada, enquanto que o grupo com baixo conteúdo de ETR possui maior afinidade com o Granito Canaã dos Carajás. Tais correspondências sugerem que toda a região localizada entre a cidade de Canaã dos Carajás e a porção nordeste do município de Água Azul do norte, tenha sido afetada por processos similares durante a evolução mesoarqueana do Domínio Carajás, sendo posteriormente modificada pela tectônica neoarqueana responsável pelo fechamento da Bacia Carajás.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Geologia, geoquímica e mineralogia dos corpos anfibolíticos de Água Azul do Norte: condições metamórficas e implicações tectônicas para o Domínio Sapucaia - Província Carajás(Universidade Federal do Pará, 2016-11-09) SOUZA, Diwhemerson Barbosa de; MONTEIRO, Lena Vírginia Soares; http://lattes.cnpq.br/6455990478032543; OLIVEIRA, Davis Carvalho de; http://lattes.cnpq.br/0294264745783506Os distintos corpos metamáficos identificados na área de Água Azul do Norte, porção centro-sul do Domínio Carajás, são intrusivos em um conjunto de granitoides TTG e compreendem duas variedades: (i) actinolita anfibolito, que ocorre como um corpo alongado de orientação N-S e inflexão para NE, com ~17 km de extensão, constituído essencialmente por plagioclásio e anfibólio, com relíquias de cristais de piroxênio e plagioclásio ígneos caracterizando textura blasto-subofítica; e (ii) diopsídio anfibolito, de ocorrência restrita, que aflora como pequenos corpos lenticulares, anastomosados e de orientação NW-SE, que apresenta textura nematoblástica e porfiroblástica, foliação milonítica e pares S-C. As paragêneses minerais reconhecidas nessa unidade incluem: Plg+Amph+Di+Ilm, que representa o pico metamórfico, e Plg+Amph+ Ep+Clz+Tit+Ap+Qtz+Ser, relacioanda ao retrometamorfismo. O plagioclásio do actinolita anfibolito varia de oligoclásio cálcico a labradorita cálcica (An28-65), sendo que as composições mais cálcicas destes cristais representam heranças ígneas. O plagioclásio do diopsídio anfibolito possui composição química mais homogênea e é classificado como andesina sódica (An31-35). O anfibólio do actinolita anfibolito apresenta-se zonado, com razão Mg/Fe mais elevada em relação ao anfibólio do diopsídio anfibolito, sendo classificado como Mg-hornblenda, tschermakita, actinolita e edenita. No diopsídio anfibolito, o anfibólio apresenta razão Mg/Fe levemente menor, além de conteúdos de AlVI de ~0,4 e de Fe3+ entre 0,7 e 0,8, o que permite classificá-lo como Mg-hastingsita. Considerando os dados químicos, o protólito dessas rochas apresenta composição compatível com a de basaltos toleíticos, padrão multielementar de toleítos continentais (diopsídio anfibolito) e toleítos de baixo K (actinolita anfibolito), as razões de elementos incompatíveis (HFSE) sugerem fonte derivada do manto primitivo, com mudanças significativas na composição do magma devido à interação com a crosta continental e/ou a litosfera subcontinental. As evidências químico-mineralógicas e texturais indicam que o protólito do actinolita anfibolito sofreu deformação em estágio submagmático e, posteriormente, deformação no estado sólido em profundidades rasas. Em contrapartida, o diopsídio anfibolito foi submetido a regime de deformação dúctil em maior profundidade. A trajetória metamórfica do actinolita anfibolito revela descompressão isotermal (com pico metamórfico em 2,7 kbar e 430 °C e equilíbrio retrometamórfico a 1,2 kbar e 425 °C), associada à sua exumação e/ou à colocação de corpos de leucogranito, enquanto o diopsídio anfibolito foi submetido a metamorfismo sob fácies anfibolito em nível crustal intermediário e ambiente de crosta relativamente fria (5 kbar; 540 oC). Esses dados denunciam a exposição de uma crosta arqueana relativamente profunda, entre 9 e 16 Km, na região de Água Azul do Norte.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Geologia, geoquímica e petrologia magnética do granito paleoproterozóico redenção, se do Cráton Amazônico(Universidade Federal do Pará, 2001-06-29) OLIVEIRA, Davis Carvalho de; DALL'AGNOL, Roberto; http://lattes.cnpq.br/2158196443144675
