Programa de Pós-Graduação em Neurociências e Biologia Celular - PPGNBC/ICB
URI Permanente desta comunidadehttps://repositorio.ufpa.br/handle/2011/2374
O Programa de Pós-Graduação em Neurociências e Biologia Celular (PPGNBC) é parte integrante do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da Universidade Federal do Pará (UFPA), sendo constituído por: Mestrado e Doutorado em Neurociências e Biologia Celular, com área de concentração em Neurociências ou Biologia Celular.
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Navegando Programa de Pós-Graduação em Neurociências e Biologia Celular - PPGNBC/ICB por Linha de Pesquisa "PATOLOGIA DE CÉLULAS E MOLÉCULAS"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Análise da ação cicatrizante dos extratos da folha, pecíolo e caule da Montrichardia linifera (Arruda) Schott in vitro(Universidade Federal do Pará, 2020-02-17) BASTOS, Aline Costa; YAMADA, Elizabeth Sumi; http://lattes.cnpq.br/7240314827308306; BASTOS, Gilmara de Nazareth Tavares; http://lattes.cnpq.br/2487879058181806As lesões crônicas acometem uma grande parcela da sociedade, o tratamento para esses pacientes possui custos financeiros elevados e não se obtém um resultado tão satisfatório. Então, o objetivo desse trabalho foi investigar se os extratos etanólicos do caule, pecíolo e folha da Montrichardia linifera (Arruda) Schott possuem atividade cicatrizante in vitro. Para isso, foi realizado a identificação de classes de substância dos extratos por HPTLC, também foi realizado as análises de: citotoxicidade, cicatrização in vitro, morfologia por hematoxilina e eosina e imunomarção para BrdU. Com isso foi demonstrado a atividade antioxidante e a presença de terpenos nos três extratos e a presença de flavonoides e fenóis no extrato da folha. Também foi realizado uma curva seriada com concentrações de 100 a 0,19μg/ml dos extratos do caule, pecíolo e folha, nos tempos de 24, 48 e 72h, e não apresentaram citotoxicidade. A partir do teste de citotoxicidade foi escolhido para os próximos testes as concentrações de 0,78; 0,39; 0,19 μg/ml dos três extratos. Assim, o grupo controle no tempo de 6, 12 e 24h demonstrou área de lesão de 82,08±12,13, 56,14±15,75, 34,34±10,12%, respectivamente, enquanto que o extrato do caule apresentou área de lesão, no tempo de 6h, de 66,108±23,85, 66,10±13,13, 64,81±20,42%, respectivamente; no tempo de 12h, 38,86 ± 20,66, 40,45 ±14,64, 32,29±16,62, respectivamente; no tempo de 24h, 13,48±11,20, 10,67±7,94, 10,15±7,35%, respectivamente. O extrato do pecíolo apresentou área de lesão, no tempo de 6h, 74,02±15,16%, 80,32±22,50%, 75,56± 20,09%, respectivamente; no tempo de 12h, 38,86±20,66, 46,79±12,46, 40,98±5,45%, respectivamente; no tempo 24h, 13,48±11,21, 27,33 ± 13,86, 12,40±7,72%, respectivamente. Já o extrato da folha apresentou área de lesão, no tempo de 6h, 73,08±21,35, 72,91±18,19, 67,84±17,89%, respectivamente; no tempo de 12h, 48,76±21,17, 48,02±17,30, 44,54±18,70%, respectivamente, no tempo de 24h, 24,59 ± 14,58, 26,07 ± 16,73, 23,75 ± 15,76%, respectivamente. Na coloração por hematoxilina e eosina não houve mudança morfológica significativa. Na quantificação de células BrdU positivas, o grupo controle demonstrou uma média de 19,778 ± 3,80, enquanto os grupos tratados com os extratos nas concentrações de 0,78, 0,39, 0,19 μg/ml demonstraram, para o extrato do caule, média de 20,222±1,855, 37,889±7,407, 29,778±4,521 células BrdU positivas, respectivamente, para extrato do pecíolo, média de 20,222±2,587, 20,444±5,077, 24,889±3,551 células BrdU positivas, respectivamente; para o extrato da folha, média de 20,556±3,504, 23,778±5,974, 22,889±3,1798 células BrdU positivas, respectivamente. Portanto, o extrato do caule e pecíolo da Montrichardia linifera, em pequenas concentrações, demonstraram atividade cicatrizante in vitro.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Avaliação in vitro do potencial genotóxico e citotóxico do extrato do açaí (Euterpe oleracea) clarificado sobre a linhagem celular AGP01 (câncer gástrico)(Universidade Federal do Pará, 2024-01) SANTOS, Thiago Souza; BAHIA, Marcelo de Oliveira; http://lattes.cnpq.br/3219037174956649; BURBANO, Rommel Mario Rodríguez; http://lattes.cnpq.br/4362051219348099; https://orcid.org/0000-0002-4872-234XO açaí (Euterpe oleracea MART) é uma fruta de grande importância para a região Amazônica em termos nutricionais, culturais e socioeconômicos. Nos últimos anos, o açaí tem sido alvo de diversos estudos devido às suas propriedades benéficas à saúde, incluindo efeitos contra células tumorais. Portanto, o presente trabalho teve como objetivo avaliar in vitro os efeitos genotóxicos e citotóxicos do extrato do açaí clarificado em uma linhagem celular de câncer gástrico humano metastático (células AGP01). Para fins de comparação, utilizou-se uma linhagem celular não transformada de células epiteliais renais de macaco verde africano (células VERO). Foram realizados o ensaio de viabilidade por redução de resazurina, o ensaio cometa, a determinação da morte celular por corantes fluorescentes diferenciais e o ensaio de migração Wound Healing o de feridas. Foi observada redução na viabilidade apenas na linhagem AGP01 em 72h. Não houve dano genotóxico ou morte celular (através de apoptose ou necrose) em nenhuma das linhagens celulares. Entretanto, o extrato de açaí induziu redução da motilidade em ambas as linhagens celulares. A redução da viabilidade celular e a indução do efeito anti-migratório na linhagem celular AGP01 abrem perspectivas para explorar o potencial da Euterpe oleracea como adjuvante no tratamento do câncer gástrico.Tese Acesso aberto (Open Access) Avaliação in vivo do potencial efeito protetor da prolactina contra danos causados pelo metilmercúrio(Universidade Federal do Pará, 2022-04) CUNHA, Lorena Araújo da; ROCHA, Carlos Alberto Machado da; http://lattes.cnpq.br/5789536737681588; BURBANO, Rommel Mario Rodriguéz; http://lattes.cnpq.br/4362051219348099; https://orcid.org/0000-0002-4872-234XMetais biodegradáveis, como o mercúrio, acumulam-se nos organismos vivos ao longo de suas vidas (bioacumulação) e também nas teias tróficas (biomagnificação), podendo atingir altas concentrações em humanos. A contaminação de humanos por mercúrio encontrado na água potável e nos alimentos pode ser comum, principalmente em comunidades ribeirinhas que dependem do pescado como principal fonte de proteína. Estudos in vitro, com linhagens celulares humanas expostas aos metilmercúrio mostraram que a prolactina possui propriedades citoprotetoras contra efeitos citotóxicos e mutagênicos deste metal, podendo atuar como fator co-mitogênico e inibidor de apoptose. O presente estudo investigou, in vivo, o potencial protetor da prolactina contra os efeitos tóxicos do metilmercúrio em mamíferos, utilizando o camundongo (Mus musculus) como modelo. Biomarcadores de genotoxicidade (ensaio cometa e teste do micronúcleo) e de estresse oxidativo (peroxidação lipídica e atividade das enzimas CAT e SOD), juntamente com análises histológicas (em amostras de tecidos hepático, renal e encefálico) e bioquímicas (parâmetros renais e hepáticos e dosagem de Hg e PRL no sangue), foram utilizados para verificar o potencial protetor da prolactina em camundongos expostos ao metilmercúrio. Foi observada, de maneira mais expressiva, uma redução nas alterações dos parâmetros bioquímicos renais e hepáticos e dos efeitos mutagênicos na presença da prolactina, em comparação com os efeitos isolados do metal. Quando a prolactina foi usada junto com o metal, também foi observado uma diminuição dos danos histológicos e um aumento da atividade da enzima SOD. Os resultados do estudo indicam que a prolactina possui efeitos protetores contra impactos tóxicos do metilmercúrio.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Impacto da busca ativa especializada no diagnóstico da hanseníase: avaliação longitudinal e comparativa de aspectos clínicos e laboratoriais em áreas endêmicas no Pará e no Maranhão(Universidade Federal do Pará, 2024-08) COSTA, Izabelle Laissa Viana; COSTA, Patrícia Fagundes; http://lattes.cnpq.br/6487407290759330; SALGADO, Claudio Guedes; http://lattes.cnpq.br/2310734509396125A hanseníase é uma doença que representa um importante problema de saúde pública em diversas parte do mundo, incluindo o Brasil. Para melhorar os dados epidemiológicos, ações de busca ativa e pesquisas longitudinais representam um caminho transformador para o controle da doença. Nesse sentido, o presente estudo teve como objetivo avaliar e comparar os aspectos clínicos e laboratoriais de pacientes com hanseníase, seus contatos e escolares em um período de um ano em áreas endêmicas no Pará e no Maranhão. Para isto, realizou-se um estudo longitudinal caracterizado por ações de busca ativa em Imperatriz-MA, São Luís-MA e Marituba-PA, onde se avaliou casos de hanseníase registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), seus contatos, e crianças em idade escolar. Os participantes foram submetidos à avaliação neurodermatológica e à coleta de sangue para a titulação de anticorpos IgM anti-PGL-I, e raspado intradérmico dos lóbulos auriculares e cotovelos para baciloscopia e qPCR. Após um ano, em 2023, os participantes dos municípios de Imperatriz e São Luís foram reavaliados, e novos participantes foram incluídos. Entre 522 indivíduos incluídos neste estudo, 135/522 (25,9%) foram reavaliados clínica e/ou laboratorialmente em 2023, e 387/522 (74,1%) foram avaliados exclusivamente em 2022 ou 2023. Em 2022, identificou-se casos novos entre 66/221 (29,9%) contatos e 23/195 (11,8%) escolares. Além disso, diagnosticou-se 9/34 (26,5%) recidivas e 2/34 (5,9%) pacientes com insuficiência ou falência terapêutica entre casos índices. Em 2023, observou-se casos novos entre 70/126 (55,5%) contatos e 10/29 (34,4%) escolares. Diagnosticou-se, ainda, 7/12 (58,3%) recidivas e 1/12 (8,3%) pacientes com insuficiência ou falência terapêutica entre casos índices. Na avaliação neurodermatológica, entre escolares e contatos submetidos à reavaliação, observou- se que indivíduos com nervo fibular superficial alterado possuíam 4,3 vezes mais chances de integrarem o grupo de casos da doença (p < 0,05; IC-95% = 1.58-12.74; OR = 4.32). O teste de baciloscopia identificou o agente etiológico entre 7/222 avaliados (3,1%), sendo 4/7 (57,1%) entre indivíduos com diagnóstico prévio de hanseníase. Em relação à análise sorológica de indivíduos reavaliados, observou-se soropositividade em 26/106 (24,5%) indivíduos em 2022, e 7/106 (6,6%) em 2023, uma diminuição estatisticamente significativa (p < 0,05). Um alto índice de positividade para a técnica de qPCR foi observada, incluindo-se 9/10 (90%) recidivas, 55/88 (62,8%) de casos novos e 43/151 (48,3%) contatos. Estes dados evidenciam um cenário preocupante caracterizado por um elevado número de casos de hanseníase ocultos nas regiões analisadas, e um crescimento significativo nas taxas de diagnóstico após acompanhamento de 1 ano nas comunidades, destacando a importância de pesquisas longitudinais e a implantação de diferentes técnicas diagnósticas e de monitoramento para a melhor compreensão da hanseníase e seus desdobramentos nas áreas endêmicas.Tese Acesso aberto (Open Access) A infecção por Plasmodium berghei (ANKA) induz um quadro de encefalopatia hepática em modelo murino de malária não complicada(Universidade Federal do Pará, 2024-02) KAUFFMANN, Nayara; SILVA, Anderson Manoel Herculano Oliveira da; http://lattes.cnpq.br/8407177208423247; https://orcid.org/0000-0003-4022-8096; OLIVEIRA, Karen Renata Herculano Matos; http://lattes.cnpq.br/3032008039259369Introdução. A disfunção hepatocelular associada ao quadro de malária tem como principais alterações a insuficiência hepática, hepatoesplenomegalia e aumento das enzimas hepáticas. Diversos estudam já elucidaram que tais alterações hepáticas podem ser ocasionadas pelo aumento dos níveis amônia, que consequentemente pode levar à disfunção no sistema nervoso central (SNC), ocasionando um quadro de encefalopatia hepática, culminando em aumento da resposta inflamatória, edema cerebral, desregulação de neurotransmissores e alterações cognitivas e locomotoras. No entanto, pouco se sabe sobre o quadro da encefalopatia na malária não complicada, o que justifica os estudos voltados para elucidar tais mecanismos envolvidos nesse processo. Objetivo. Caracterizar as possíveis alterações no sistema nervoso central a partir de uma lesão hepática induzida pela infecção por Plasmodium berghei ANKA em modelo murino de malária não complicada. Metodologia. Para isso foram utilizados camundongos da linhagem Balb-c (20-25g) entre 45-54 dias pós-natal (CEUA nº 2229290317), inoculados com ~106 de eritrócitos parasitados via intraperitoneal. O delineamento experimental foi divido em duas partes: Primeiramente foram caracterizadas a curva de sobrevivência, parasitemia, massa corpórea, sinais clínicos, alterações hepáticas e histológicas, neuroquímica, presença de edema cerebral, extravasamento vascular, resposta inflamatória, alterações comportamentais e quantificação dos níveis de amônia nos grupos controle e PbA. Posteriormente, foi realizado um tratamento com lactulose para verificar se as alterações encontradas nos experimentos anteriores eram em decorrência do aumento dos níveis de amônia no cérebro dos animais. Para isso os grupos foram divididos em: grupo controle, lactulose 3mg/kg, PbA e PbA+lactulose 3mg/kg, no qual foi avaliado a curva de sobrevivência, parasitemia e atividade locomotora pelo protocolo SHIRPA. Os resultados foram expressos como média+desvio padrão. Foi realizado o ANOVA (uma via), pós teste Tukey, considerando como significativo p<0,05. Resultados. Os dados demonstraram que o grupo PbA apresentou alterações nas funções hepáticas como aumento dos níveis de AST e ALP, BT e BD, alterações morfológicas como a hepatoesplenomegalia, além das alterações histológicas evidenciar infiltrado inflamatório, deposição do pigmento malárico e hiperplasia das células de Kupffer, demonstrando dessa forma um quadro de falência hepática. Após caracterizar a lesão hepática, buscou-se entender se essas alterações poderiam gerar um comprometimento no SNC, o qual observamos um comprometimento cognitivo e motor, além de alterações nos níveis dos neurotransmissores GABA e glutamato, acompanhado com aumento da resposta inflamatória, edema cerebral e disfunção na barreira hematoencefálica. Uma vez demonstrado a falência hepática e, consequentemente, a presença de alterações cognitiva e comportamentais, buscou-se avaliar os níveis de amônia no cérebro dos animais controle e PbA na fase inicial da infecção. Nesse sentido, a quantificação dos níveis de amônia, evidenciou um aumento no 10º d.p.i., no tecido cerebral quando comparado com o grupo controle, em que os níveis estavam dentro do esperado em relação a atividade locomotora, ao realizar o protocolo SHIRPA no grupo infectado e tratado com lactulose, foi possivel observar que o grupo PbA apresentou alterações no comportamento motor, quando comparado com o grupo controle. Em contrapartida, o grupo PbA+Lactulose 3mg/kg apresentou uma atenuação das alterações cognitivas e comportamentais, evidenciando que a terapia com lacutolose consegue atenuar o quadro cognitivo quanto ao comportamento motor, força e tônus muscular, reflexo e função sensorial. Conclusão. A falência hepática ocasiona um quadro de encefalopatia hepática em modelo murino de malária não complicada, o qual culmina para alterações no sistema nervoso central pelo aumento dos níveis de amônia no cérebro e ao realizar o sequestro da amônia com o auxilio do tratamento com lactulose na dose de 3mg/kg, esta consegue atenuar os danos neurológicos dos animais com malária não complicada, demonstrando que as alterações comportamentais são provenientes de um quadro de encefalopatia hepática, ocasionada pelo aumento dos níveis de amônia no córtex dos animais infectados.Tese Acesso aberto (Open Access) O papel da biologia molecular no diagnóstico, epidemiologia molecular e perfil de sensibilidade de cepas de M. leprae em região endêmica da Amazônia Brasileira(Universidade Federal do Pará, 2023-10) BOUTH, Raquel Carvalho; SILVA, Moises Batista da; http://lattes.cnpq.br/5525661855611118; SALGADO, Claudio Guedes; http://lattes.cnpq.br/2310734509396125A hanseníase é uma doença crônica, incapacitante e de difícil diagnóstico, principalmente nas formas clínicas não clássicas. O objetivo deste estudo foi identificar o marcador laboratorial que apresente maior sensibilidade e especificidade para o diagnóstico, conhecer geneticamente as cepas de M. leprae circulantes no Estado do Pará e avaliar a realidade da droga-resistência na região. Para isso, uma equipe multiprofissional avaliou 833 indivíduos em diferentes estratégias na URE Dr. Marcello Candia, e em 14 municípios do Pará. Todos os indivíduos foram avaliados clinicamente, e coletadas amostras biológicas para análise comparativa dos resultados de baciloscopia de raspado intradérmico, detecção molecular do bacilo pela pesquisa da região RLEP por qPCR em lóbulos auriculares, titulação de anticorpos IgM Anti-PGL-I, e biópsia de pele em quem tinha lesão para exame histopatológico, detecção de RLEP, e sequenciamento do genoma completo do M. leprae. Foram clinicamente diagnosticados 351 casos, divididos nos grupos com manifestação clínica clássica e não clássica, e casos assintomáticos e 482 contatos saudáveis. A análise comparativa dos resultados demonstrou que a detecção molecular de RLEP em lóbulo auricular apresentou maior sensibilidade e especificidade e concordância com o diagnóstico clínico (72,5, 70,4 e Kappa= 0,42 respectivamente), seguida da detecção em biópsia de pele (sensibilidade= 65,8%), sorologia Anti-PGL-I com 61,2% (52,2 de especificidade), baciloscopia (41,7%) e histopatologia (25,0%). Na associação do RLEP com a sorologia, houve o aumento da correlação com a clínica (Kappa= 0,55). Na avaliação do perfil de cepas circulantes, o perfil mais frequente foi o perfil 4N (52/66- 78,8%), seguido do subtipo 4P (4/66- 6,1%), 3I (9/66- 13,6%), e 1D (1/66- 1,5%). Na análise das regiões de droga-resistência, obtivemos 3/101 (3%) de mutação conferindo droga-resistência a dapsona, gene folP1. 1/40 (2,5%) conferindo resistência às quinolonas, em gyrB. A cepa resistente em gyrB, apresentava também mutação em folP1, e nos genes fadD9, ribD, pks4 e nth, considerada hipermutante. Nossos achados direcionam o exame de detecção molecular de RLEP por qPCR associado à sorologia Anti-PGL-I como boas ferramentas para diagnóstico laboratorial da hanseníase, e que as cepas do tipo 4, originárias da África, são o tipo mais frequentes na Amazônia e que existem cepas circulantes com resistência às medicações do esquema de poliquimioterapia atual e às drogas alternativas.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Pesquisa de hanseníase em doadores de sangue(Universidade Federal do Pará, 2024-11) JORGE, Erika Vanessa Oliveira; PALMEIRA, Mauricio Koury; http://lattes.cnpq.br/2785104508455046; SALGADO, Claudio Guedes; http://lattes.cnpq.br/2310734509396125A hanseníase é uma doença infecciosa causada pelo Mycobacterium leprae, com transmissão ativa em áreas endêmicas como o Brasil, que registrou mais de 90% dos casos novos de hanseníase das américas no ano de 2021, e o segundo lugar na escala global. Clinicamente é caracterizada pelo aparecimento de lesões nervosas ou cutâneas com alteração de sensibilidade, que podem evoluir para deficiências. Sua transmissão ocorre principalmente pelas gotículas respiratórias de pessoas infectadas, que ainda não receberam tratamento. O diagnóstico da hanseníase é clínico com tratamento multidroga PQT (poliquimioterapia), sendo crucial para evitar a cadeia de transmissão da doença. O atendimento de casos suspeitos deve ser realizado por um profissional habilitado nas unidades básicas e especializadas de saúde, além de serviços de busca ativa. No processo de doação de sangue, embora cuidadosamente regulamentado, riscos imediatos ou tardios podem ocorrer. A hanseníase é considerada uma doença com inaptidão definitiva para doação de sangue. No entanto, a investigação ocorre apenas através de uma entrevista clínica, sem avaliação laboratorial. No Hemocentro do estado do Pará (HEMOPA) foram selecionados 500 doadores para a pesquisa e coletado sangue para investigação sorológica de anticorpos IgM anti-PGL-I. Dos doadores escolhidos, 4% (20/500) tiveram resultados sorológicos positivos maiores ou iguais a 0,750 DO por ELISA, e apenas oito aceitaram ser examinados clinicamente e realizaram outros exames laboratoriais complementares para o diagnóstico da doença, como baciloscopia e qPCR. Destes oito, cinco (62,5%) foram diagnosticados com hanseníase, um na forma clínica primariamente neural, três como boderline-tuberculóide e um virchowiano. No qPCR do sangue periférico foi comprovada a presença do DNA do bacilo em dois indivíduos, este fato pode ser uma possível via de transmissão da doença, ainda a ser esclarecida. Esses achados enfatizam a necessidade crítica de triagem cuidadosa em doadores de sangue, principalmente em regiões endêmicas para a hanseníase, dado o risco potencial de transmissão representado pela presença do M. leprae em sangue periférico, inferindo provável presença em bolsas de sangue.
