Dissertações em Ecologia (Mestrado) - PPGECO/ICB
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.ufpa.br/handle/2011/8938
O Mestrado Acadêmico foi criado em 2015 e pertence ao Programa de Pós-Graduação em Ecologia (PPGECO) do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da Universidade Federal do Pará (UFPA) em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA).
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Navegando Dissertações em Ecologia (Mestrado) - PPGECO/ICB por Linha de Pesquisa "ECOLOGIA DE ORGANISMOS E POPULAÇÕES"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Clima, solo e água: importância de variáveis ambientais na determinação da distribuição potencial de peixes de rios e riachos amazônicos(Universidade Federal do Pará, 2017-10-19) ALVAREZ, Facundo; MONTAG, Luciano Fogaça de Assis; http://lattes.cnpq.br/4936237097107099; GERHARD, Pedro; http://lattes.cnpq.br/5621269098705408Estimar as distribuições espaciais das espécies é um dos principais objetivos da macroecologia, ainda mais quando os esforços amostrais não conseguem atingir os conhecimentos sobre os padrões demográficos das espécies alvo. Neste sentido os modelos de distribuição de espécies (MDE) aproximam o nicho fundamental das espécies a partir da extrapolação de variáveis predictoras relacionadas com dados de presença ou presença/ausência das espécies. A bacia Amazonas-Tocantins está caracterizada por uma forte dinâmica ambiental que condiciona de forma diferencial a ictiofauna regional à diferentes escalas espaciais. Para caracterizar à percepção diferencial dos hábitats por parte das espécies os modelos foram configurados com base nas distribuições espaciais de quatro espécies de rio, Ageneiosus inermis, Acestrorhynchus falcatus, Pygocentrus nattereri e Plagioscion squamosissimus e quatro de riachos, Crenuchus spilurus, Helogenes marmoratus, Helogenes marmoratus e Trichomycterus hasemani. Os objetivos do trabalho foram: (i) Determinar qual conjunto de variáveis preditoras permitem obter melhores representações espaciais para as espécies de rios e riachos empregando MDE e, (ii) Avaliar o poder preditivo de MaxEnt para gerar MDE de rios e riachos empregando diferentes conjuntos de variáveis preditoras. Os registros espaciais que apresentaram autocorrelação espacial foram processados a partir do pacote spThin. Para caracterizar a dinâmica ambiental foram incorporados 78 variáveis divididas em três tratamentos: PCA1 (variáveis climáticas), PCA2 (variáveis climáticas, declividade e fluxo acumulado) e PCA3 (variáveis climáticas, declividade, fluxo acumulado, topográficas e edáficas). Foi empregado o software MaxEnt, configurado a partir do pacote ENMeval. Dois aspectos podem ser observados nos resultados, para espécies de rios a incorporação de variáveis hidrológicas, topográficas e edáficas permite obter representações mais precisas e restritas espacialmente do que somente empregando variáveis climáticas. E em segundo lugar, independente da complexidade dimensional do sistema, MaxEnt permite obter MDEs com alto poder preditivo tanto para espécies de rios como para espécies de riachos. No caso de espécies de rios os preditores macroscópicos (variáveis climáticas - PCA1) permitiram representar seus requisitos ambientais e suas amplas distribuições espaciais. Enquanto que, variáveis climáticas, hidrológicas, topográficas e edáficas (PCA3) atuaram como filtros ambientais restringindo as distribuições espaciais de ambas às espécies de rios e riachos. A complexidade dimensional do sistema não afeta a capacidade de representação espacial de Maxent, observando que, no caso de espécies de riachos MaxEnt mostrou maior capacidade de representação espacial.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Ecologia populacional de Ocypode quadrata (Brachyura: Ocypodidae) em uma praia arenosa exposta de macromaré da costa amazônica do Brasil(Universidade Federal do Pará, 2017-03) SOUZA, Diego Garcia Cordeiro; POMBO, Maíra; http://lattes.cnpq.br/0599201977466564; PETRACCO, Marcelo; http://lattes.cnpq.br/6834814201680920; https://orcid.org/0000-0001-6501-0099Este trabalho propõe-se a analisar aspectos da ecologia populacional da espécie Ocypode quadrata (Brachyura: Ocypodidae) em uma praia arenosa exposta, dissipativa e de macromaré situada no nordeste do estado do Pará, Brasil, no período de um ano. A população foi amostrada por métodos indiretos (contagem e mensuração de tocas) e diretos (escavação das tocas e análise dos indivíduos). Analisou-se a variação na abundância das tocas ao longo do tempo e em função de variáveis ambientais relevantes em ambientes de praia e na região (propriedades do sedimento, precipitação, temperatura do ar e água do mar e salinidade). Descreveu-se a zonação a partir da distribuição das tocas em relação à distância da linha de maré alta. O diâmetro das tocas foi aplicado na estimativa de parâmetros de crescimento individual da população. Estimou-se a taxa de ocupação das tocas, razão sexual e relação entre diâmetro da toca e medidas dos indivíduos (largura, comprimento e largura da carapaça). Houve diferença na abundância entre as duas estações amazônicas, sendo maior na estação chuvosa (0,78 ± 0,24 tocas.m-1) que na de estiagem (0,37 ± 0,13 tocas.m-1). Houve influência apenas de precipitação e tamanho do grão do sedimento arenoso. A população praticamente restringiu-se ao supralitoral da praia. Os parâmetros de crescimento individual estimados (L∞=53,36 mm, K=0,76 yr-1, t0=0,014 yr, Φ=3,34) descrevem uma curva com bom ajuste à progressão temporal das coortes. A ocupação das tocas variou entre 12,5% a 28,7%. A razão sexual manteve equilíbrio na estação chuvosa, com mudança para predominância de machos na estiagem. O diâmetro das tocas relacionou-se sobretudo com a largura da carapaça. Essas são informações iniciais sobre o comportamento de Ocypode quadrata em ambientes amazônicos de macromaré. Quando comparadas com dados de outras regiões, fornecem insights sobre tendências latitudinais de parâmetros populacionais.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Efeito dos ambientes estuário e reservatório na fecundidade de Macrobrachium amazonicum (Decapoda: Palaemonidae) (Heller, 1862)(Universidade Federal do Pará, 2019-02-27) SILVA, Breno Richard Monteiro; FERREIRA, Maria Auxiliadora Pantoja; http://lattes.cnpq.br/1832728101486131Estudos apontam que as atividades antropogênicas e alterações climáticas influenciam diretamente as condições ambientais da região amazônica, nos crustáceos essas mudanças podem influenciar o crescimento e a reprodução. Entre os parâmetros reprodutivos a fecundidade é utilizada para estimar o potencial reprodutivo e o tamanho do estoque de uma população natural. Macrobrachium amazonicum é uma espécie de importância socioeconômica na região amazônica, que apresenta ampla distribuição geográfica, plasticidade ecológica e morfológica. Desse modo, o objetivo do estudo foi determinar a influência dos fatores físicos e químicos sobre a fecundidade relativa de populações de M. amazonicum em estuário e reservatório. Baseado na hipótese que as diferentes condições do ambiente (estuário e reservatório) influenciam na estratégia de reprodução adotadas pela espécie. Para isso, os parâmetros físicos e químicos da água foram obtidos com auxílio de sonda multiparâmetro e os dados de precipitação foram fornecidos pelo INMET, com o estabelecimento de quatro períodos sazonais: estiagem, transicional estiagem-chuvoso, chuvoso, transicional chuvoso-estiagem. Foram capturadas um total de 255 fêmeas ovígeras,181 provenientes de estuário e 75 de reservatório. Os espécimes foram destinados a análises biométricas, morfometria dos ovos e fecundidade ao longo do ano. As analises morfométricas foram realizadas em ovos de acordo com as fases de desenvolvimento embrionários. Ao avaliar o efeito das variáveis ambientais sobre as fêmeas ovígeras turbidez e precipitação foram as que mais influenciaram somente no estuário. A relação massa-comprimento das fêmeas foi representada pelas seguintes equações, Mt=0.017xCt2.630 (R² = 0.880) para o estuário e Mt = 0.021xCt2.441 (R² = 0.810) para o reservatório. A analise evidenciou que no estuário as fêmeas ovígeras eram maiores e apresentaram maior massa corporal quando comparadas às de reservatório. A relação entre fecundidade e biometria do animal, de ambos os locais, apresentou correlação positiva alta, entre o comprimento (r=0.788), o peso (r=0.843) das fêmeas ovígeras, e na relação morfométrica dos ovos. O ambiente de estuário apresentou fêmeas com a maior quantidade de ovos, nos períodos estiagem-chuvoso e chuvoso em relação às fêmeas oriundas do reservatório que apresentou maior fecundidade nos períodos chuvoso-estiagem e estiagem. Em nossos dados observamos quatro estágios de desenvolvimento levando em consideração a presença e o aspecto do olho, e os ovos do reservatório apesar de serem em menor número apresentaram maiores tamanhos em ralação ao estuário. A correlação observada se os fatores físicos e químicos influenciam na fecundidade de M. amazonicum oriundos do estuário foi confirmada, sendo a precipitação e turbidez os fatores que mais contribuíram para o melhor desempenho reprodutivo da espécie no estuário. No reservatório, o comportamento reprodutivo da espécie sugere que há uma combinação entre os fatores ambientais, promovendo assim a adaptação do animal ao ambiente para manter o seu ciclo de vida.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Filtros ambientais determinando caracteres funcionais de assembleias de Odonata(Universidade Federal do Pará, 2017-03-24) PEREIRA, Diego Fernandes Gomes; JUEN, Leandro; http://lattes.cnpq.br/1369357248133029A distribuição de espécies pode ser afetada pela disponibilidade de ambientes que se encaixam dentro do limite de variação do seu nicho e pela interação com outras espécies. Modificações no ambiente, especialmente os de origens antrópicas, são cada vez mais comuns, e a modificação de habitat resultante dessas atividades é considerada uma das principais causas de extinções de espécies. Ecossistemas aquáticos são considerados um dos mais vulneráveis do globo em virtude de sua dependência da paisagem circundante e da rede de drenagem. No entanto, a resposta das espécies a essas alterações não é aleatória, podendo seguir padrões que são dependentes de funcionalidade ou da morfologia especifica de cada táxon. O objetivo deste trabalho foi avaliar se os fatores ambientais funcionam como filtro para o estabelecimento de espécies de Odonata por meio de seus caracteres funcionais e morfológicos, testando as hipóteses de que: a) o ambiente funciona como um filtro sobre as espécies, por meio da facilitação ou impedimento de caracteres e b) que devido aos requerimentos de termorregulação e reprodução, indispensáveis para a colonização e manutenção da população, a largura do tórax e o tipo de oviposição serão as variáveis biológicas mais afetadas. Para isso, amostramos 97 igarapés na Amazônia oriental, distribuídos em um gradiente de condições ambientais que contempla desde áreas totalmente preservadas a muito modificadas pela pecuária e agricultura. Foram utilizados seis caracteres funcionais (comprimento total, comprimento da asa, largura da asa, largura do tórax, comprimento do abdome e categoria de oviposição) e sete variáveis ambientais (índice de integridade ambiental, oxigênio dissolvido, temperatura da água, cobertura de dossel, cobertura de macrófitas, pH e condutividade). Para avaliar se as variáveis ambientais influenciam as assembleias de Odonata, utilizamos uma combinação de análises RLQ e Fourth Corner, na qual avaliamos as relações de sete variáveis. Dentre as variáveis ambientais estudadas, o Índice de Integridade Ambiental apresentou o maior efeito sobre a assembleia de Odonata, tendo relação negativa com a largura da asa, largura do tórax e de oviposição exofítica, e relação positiva com oviposição endofítica. Cobertura de macrófitas foi a segunda variável ambiental mais representativa, apresentando relação negativa com comprimento do abdome e positiva com oviposição exofítica e largura do tórax. Os resultados mostram que ambientes poucos preservados facilitam a ocorrência de organismos com tórax largo e a substituição da categoria de oviposição endofítica pela exofítica. Uma vez que impactos normalmente não modificam a riqueza de libélulas, apenas sua composição, tais resultados indicam que ocorre favorecimento de grupos com estes caracteres, tais como a família Libellulidae, em detrimento de outras famílias e grupos (especialmente de Zygoptera), o que pode resultar em homogeneização da assembleia e perda filogenética e funcional. A preservação de ambientes prístinos é, portanto, indispensável para manter a diversidade de Odonata, sendo a melhor maneira de conservar os muitos grupos ecofisiológicos e comportamentais da ordem. A resposta das assembleias de libélulas, direcionada por caracteres morfológicos e comportamentais, elucida padrões de respostas ecológicas, e a incorporação de hábitos de oviposição em políticas de conservação da ordem se apresenta indispensável para torná-las mais adequadas, pois são críticos para a manutenção de populações e colonização de novos locais.
