Dissertações em Psicologia (Mestrado) - PPGP/IFCH
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.ufpa.br/handle/2011/2330
O Mestrado Acadêmico iniciou-se em 2005 e pertence ao Programa de Pós-Graduação em Psicologia (PPGP) do Instituto de Filosofia de Ciências Humanas (IFCH) da Universidade Federal do Pará (UFPA).
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Navegando Dissertações em Psicologia (Mestrado) - PPGP/IFCH por Linha de Pesquisa "FENOMENOLOGIA, TEORIA E CLÍNICA"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Ansiedades: relatos e sentidos da experiência ansiosa(Universidade Federal do Pará, 2024-08-30) ARAÚJO, Beatriz Evangelista de; SEIBT, Cezar Luis; http://lattes.cnpq.br/7464213317216078; https://orcid.org/0000-0003-0166-0919A ansiedade é uma fenômeno inerente à experiência humana, trata-se de uma emoção primária que tem função de proporcionar a autopreservação. Atualmente, a ansiedade tem estado cada vez mais em foco devido às diferentes demandas relacionais desencadeadoras de intenso sofrimento emocional, assim como a exposição a eventos estressores como: à proliferação de doenças, catástrofes naturais e/ou ocasionadas por ações humanas etc. Contudo, há uma predominância em se pensar a ansiedade prioritariamente pela ótica biomédica hegemônica elencando-a a um patamar nosológico e atestando um status de enfermidade “insuportável”, e por conta disso, têm-se a percepção de que a ansiedade é algo negativo e precisa ser curada/eliminada o mais rapidamente possível. Nesta perspectiva, a experiência subjetiva, os sentidos atribuídos, a maneira como a pessoa se reconhece neste processo, e mesmo o contexto histórico e social são desconsiderados, logo a pessoa não é compreendida em sua complexidade. Diante disso, esta pesquisa teve por objetivos descrever como as pessoas compreendem a própria experiência ansiosa e conhecer quais os desdobramentos decorrentes dos diferentes modos de experienciar e significar a ansiedade. Assim como, expandir a visão sobre a experiência ansiosa a partir da perspectiva de Laura Perls. A fim de alcançar tais objetivos, realizamos uma pesquisa qualitativa-fenomenológica, no qual foi aplicado o método fenomenológico de Amedeo Giorgi e a discussão fundamentada na perspectiva fenomenológica e na abordagem gestáltica. Durante a discriminação das unidades de significado foram identificados nove constituintes, sendo algum destes: ansiedade relacionada a sensações negativas, ansiedade relacionada a performance, a vivência ansiosa afetando a forma de se relacionar com o outro e com o mundo, sentimentos ambivalentes em relação a medicação e ampliando da visão de ansiedade. Concluímos que os objetivos da pesquisa foram alcançados, corroborando com a compreensão de que a experiência ansiosa pode se expressar de diferentes maneiras, tendo em conta que a ansiedade se configura como um fenômeno relacional, manifestando-se como resposta às demandas do meio, sendo, portanto, necessário nos atentarmos para a complexidade das situações que compõem a experiência humana. Neste sentido, frisamos a relevância de considerarmos as dimensões interseccionais que atravessam a experiência da pessoa e que modificam sua forma de se perceber e se relacionar no mundo. Além disso, foi possível aprofundar alguns conceitos da abordagem gestáltica sob o ponto de vista de Laura Perls, evidenciando também a sua importância para a consolidação da Gestalt-terapia, que apesar de ter escrito poucos materiais, também sofreu um processo de invisibilização na abordagem.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Compreensão das vivências de psicólogas sobre o trabalho no hospital durante a Covid-19(Universidade Federal do Pará, 2023-12-07) LIMA, Natasha Cabral Ferraz de; PIMENTEL, Adelma do Socorro Gonçalves; http://lattes.cnpq.br/4534230240595626A pesquisa focaliza a compreensão das vivências de psicólogas que trabalharam em um hospital em Belém/Pará, capital situada na Região Norte do Brasil, durante a pandemia de Covid-19 – que, de forma específica, apresentou repercussões significativas na vida dos que a experimentaram. Como em todos os setores sociais, a atuação psicológica no período pandêmico viu-se necessitada em ajustar a sua prática aos desafios emergentes dispostos pela Covid-19. Com o objetivo de realizar um estudo sobre as percepções de profissionais de psicologia que atuaram na área hospitalar durante a pandemia de Covid-19, esta dissertação é um estudo qualitativo fundamentado na teoria fenomenológica existencial. O método de análise de dados parte da perspectiva de Amedeo Giorgi. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da UFPA. O perfil das participantes da pesquisa delimitou-se a cinco psicólogas, maiores de 18 anos, residentes da grande Belém/PA, que atenderam pessoas infectadas e hospitalizadas por Covid-19 entre março de 2019 e março de 2022. A partir da análise da estrutura da experiência, identificamos sentidos comuns em todas as entrevistas: 1. a volatilidade das informações, velocidade das mudanças cotidianas, características intrínsecas à emergência de saúde; 2. problemática dos EPI's afetando o atendimento e o contato físico e humanizado; 3. do paciente à equipe de saúde, a pandemia afetou a saúde mental de todos, em diferentes formas e graus de sofrimento; 4. na pandemia, as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC’s) se tornaram imprescindíveis aos atendimentos; 5. a Psicologia clínica foi considerada um serviço essencial; 6. os profissionais de saúde expressaram a necessidade de autocuidado. Também a partir da contextualização dos aspectos singulares da subjetividade entre as entrevistas, desvelamos os aspectos variantes: 1. capacidade de ajustamento criativo pessoal baseado na autopercepção e autoconhecimento; 2. pandemia e questões de gênero; 3. fragilização da saúde pós-pandemia. Considera-se a pesquisa relevante devido ao desvelamento de achados subjetivos e intersubjetivos da vivência das psicólogas na pandemia. Concluímos que o estudo apontou indicadores para novas pesquisas em saúde mental e estratégias de cuidado, bem como o aprofundamento das modalidades de realizar atendimentos psicológicos por meio das TIC's.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Itinerário, cuidado e vivência de profissionais de saúde na atenção à pessoa em risco e crise suicida(Universidade Federal do Pará, 2024-06-06) PAIVA, Samara Machado; SILVA, Maria de Nazareth Rodrigues Malcher de Oliveira; http://lattes.cnpq.br/8378348738142000; https://orcid.org/0000-0003-4405-7378O suicídio é um fato social, considerado um problema de saúde pública, de alta complexidade e multicausal, que comumente gera impactos significativos na sociedade, em grupos e a nível individual, seja, em aspectos biológicos, psicológicos, econômicos, sociais e/ou pessoais. Buscou-se por meio deste estudo, conhecer o itinerário percorrido pelo usuário em risco ou crise suicida na RAPS de Belém, como também conhecer a percepção de profissionais de saúde que atuam em pontos de atenção da rede de cuidado à crise suicida. Para isso, utilizou-se como método uma pesquisa qualitativa exploratória descritiva, de estratégia fenomenológica, em duas etapas: (1) estudo teórico, na literatura científica e em documentos governamentais e não governamentais; e (2) estudo empírico com profissionais que atuam com pessoas em risco e crise suicida. Os dados do estudo teórico foram organizados em planilhas temáticas e analisados quanto ao conteúdo; enquanto o estudo empírico foi analisado conforme o método de análise do discurso proposto por Amedeo Giorgi. O itinerário de cuidado ao usuário em risco e crise suicida na RAPS de Belém-Pa é desenhado de modo desarticulado entre os dispositivos, os pontos de atenção apresentam ausência/carência de comunicação entre si, devido a barreiras tecnológicas, mas também relacionais. Enquanto, que os profissionais apresentam vivências pragmáticas em relação a cada papel operacional que exercem no dispositivo em que atuam, e mostraram sua subjetividade sobre seu processo de trabalho experienciado no cuidado de uma crise. Finalmente, este estudo evidenciou a necessidade de expansão da Rede de Atenção Psicossocial no cuidado da pessoa em risco de suicídio que extrapole o enfoque hospitalar, de internação, para um cuidado com dispositivos que foquem nas dimensões e demandas reais da pessoa, no território e em sociedade, por meio de uma clínica ampliada.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Percepções, vivências e repercussões psicossociais a partir de um diagnóstico oncológico(Universidade Federal do Pará, 2024-07-31) SILVEIRA, Taynara Fidelis dos Reis; SILVA, Maria de Nazareth Rodrigues Malcher de Oliveira; http://lattes.cnpq.br/8378348738142000; https://orcid.org/0000-0003-4405-7378O câncer é uma das doenças mais temidas e que mais cresce no Brasil. As estimativas em institutos representativos apontam que são esperados 704 mil novos casos da doença no país, para cada ano do triênio 2023-2025. Desse modo, receber um diagnóstico oncológico trará novas possibilidades em projetar-se e existir-no-mundo. O objetivo geral deste estudo foi conhecer as percepções e vivências de pessoas que foram acometidas por um diagnóstico oncológico e suas repercussões psicossociais a partir deste diagnóstico. O percurso metodológico foi de caráter qualitativo descritivo de estratégia fenomenológica ocorrida em duas etapas: (1) estudo teórico literário e documental; e (2) estudo empírico sobre a temática. O cenário escolhido para a realização da pesquisa foi a Casa de Apoio Amar é Servir, que abriga pacientes e seus acompanhantes, em tratamento oncológico na Unidade de Alta Complexidade em Oncologia, no município de Tucuruí - Pará. Os participantes da pesquisa foram três homens e três mulheres, todos idosos, com baixa escolaridade e que receberam diagnóstico oncológico no período entre quatro e dez meses. O instrumento utilizado para a coleta de dados foi a entrevista semiestruturada e o tratamento dos dados foi pelo método fenomenológico de Amedeo Giorgi e análise fundamentada em Martin Heidegger. Os resultados apontaram para unidades do discurso sobre a ressignificação da vivência ao diagnóstico oncológico pela espiritualidade e transcendência do diagnóstico; sentimento de ambivalência, mesmo com sentimentos de angústia em relação as coisas do mundo experienciado; e apresentaram na nova realidade mudanças em três aspectos: cuidados com a saúde e bem-estar corporal, ocupação, vida financeira e rede de apoio. Corroborando com Heidegger que afirma que somos jogados no mundo, assim, somos jogados em meio a facticidade e cabe ao nosso Ser-aí projetar-se e encontrar novas possibilidades temporais, em transcender e existir. Finalmente, observou-se que diante do diagnóstico oncológico a percepção e vivência são atravessadas por contextos socioeconômicos e nas significações das relações interpessoais, demonstrando-se como secundário e não impactante. Este estudo é inovador, relevante e fundamental no âmbito social e científico, pois evidenciou a narrativa da vivência de um diagnóstico de uma doença considerada fatal e o desvelamento de seu mundo, podendo, portanto, auxiliar em estratégias no cuidado de profissionais que focalize nas dimensões do sujeito e não apenas dos diagnósticos em si, de forma integralizada e humanizada.
