Dissertações em Farmacologia e Bioquímica (Mestrado) - FARMABIO/ICB
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Navegando Dissertações em Farmacologia e Bioquímica (Mestrado) - FARMABIO/ICB por Assunto "Biofármacos"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Efeito da temperatura e molaridade na avaliação das atividades antimicrobiana, citotóxica e antioxidante do bio-óleo da semente do açaí (Euterpe oleracea, Mart.)(Universidade Federal do Pará, 2024-08) SILVA, Iago Castro da; MACHADO, Nélio Teixeira; http://lattes.cnpq.br/5698208558551065; MONTEIRO, Marta Chagas; http://lattes.cnpq.br/6710783324317390; https://orcid.org/0000-0002-3328-5650O açaí, uma fruta da Amazônia, é valioso tanto do ponto de vista econômico quanto nutricional. Suas sementes, geralmente descartadas, podem ser transformadas em bio-óleo por meio da pirólise (Processo de degradação termoquímica de biomassa residual), oferecendo uma alternativa sustentável aos combustíveis fósseis. Este estudo investiga como a temperatura e a molaridade com Hidróxido de Potássio (KOH) e Ácido clorídrico (HCl) que são reagentes de impregnação química no processo, influenciam as atividades antimicrobiana, antioxidante e citotóxica do bio- óleo produzido. Foram realizados testes utilizando Cromatografia Gasosa acoplada à Espectrometria de Massas (CG-MS) e ensaios para avaliar a atividade antimicrobiana, antioxidante e citotóxica em diferentes temperaturas (350, 400 e 450 °C) e molaridades (0,5 M, 1,0 M e 2,0 M). Os compostos fenólicos foram os mais abundantes no bio-óleo (55,70%), seguidos por hidrocarbonetos cíclicos e aromáticos (11,89%) e hidrocarbonetos lineares (9,64%). Apesar da redução nos compostos oxigenados, o bio-óleo manteve atividade bacteriostática contra Escherichia coli e Staphylococcus aureus em várias faixas de temperatura, destacando-se a 350 °C. A atividade antioxidante foi maior a 350 °C e em molaridades menores. Além disso, concentrações mais baixas de impregnação ácida apresentaram efeito citotóxico em altas temperaturas. Assim, o bio-óleo de sementes de açai gerados pelo processo de pirólise demonstra potencial para atividades antioxidantes e antimicrobianas, sugerindo viabilidade para testes adicionais em diluições com menor citotoxicidade.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Efeitos citotóxicos e mecanismo de ação da eleuterina isolada de Eleutherine plicata em modelo in vitro de células c6(Universidade Federal do Pará, 2024-05) SHINKAI, Victória Mae Tsuruzaki; NASCIMENTO, José Luiz Martins do; http://lattes.cnpq.br/7216249286784978; https://orcid.org/0000-0003-3647-9124O glioblastoma multiforme (GBM) é o tumor primário maligno mais prevalente do sistema nervoso central (SNC). As células de GBM são caracterizadas por rápida proliferação e migração. Há uma forte demanda por novas terapias para o tratamento desse tumor, em virtude das limitações terapêuticas atuais. Derivados de quinona de plantas têm recebido maior interesse como potenciais drogas antiglioma, devido às suas diversas atividades farmacológicas, como inibição do crescimento celular, invasão tumoral, ação anti-inflamatória e promoção da regressão tumoral. A erva Eleutherine plicata, conhecida popularmente como Marupazinho, possui ampla utilização na medicina popular devido às suas propriedades farmacológicas, possuindo derivados de quinonas, mais especificamente, naftoquinonas. Estudos anteriores demonstraram que a atividade antiglioma da Eleutherine plicata está relacionada a três compostos principais de naftoquinonas – eleutherine, isoeleutherine e eleutherol – contudo, seu mecanismo de ação permanece indefinido. Assim, o objetivo do trabalho é investigar o potencial efeito citotóxico e antiproliferativo da eleuterina em modelo in vitro de glioblastoma (linhagem C6). A citotoxicidade in vitro foi avaliada pelo ensaio MTT; alterações morfológicas foram avaliadas por microscopia de contraste de fase. Apoptose foi determinada pelo ensaio de anexina V-FITC-iodeto de propídio e os efeitos antiproliferativos foram avaliados pelo ensaio de formação de colônias. A expressão da proteína cinase B (AKT/pAKT) foi determinada por western blot, e o mRNA da transcriptase reversa da telomerase foi medido por reação quantitativa em cadeia da polimerase em tempo real (qRT-PCR). Os resultados obtidos indicaram que a eleuterina, isolada a partir da fração Hexânica, apresentou efeito citotóxico na linhagem C6. Foram observadas alterações estruturais pela captura de imagem, com uma redução expressiva da formação de colônias, indução de apoptose, inibição de pAKT e redução da expressão de telomerase após o tratamento. Dessa forma, nosso estudo mostrou que a molécula eleuterina apresenta atividade citotóxica em glioma de linhagem C6.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Efeitos da Curcuma longa em modelo murino de acidente vascular cerebral(Universidade Federal do Pará, 2024-09) SANTOS, Vitória Corrêa; RÊGO, Dielly Catrina Favacho Lopes; http://lattes.cnpq.br/1810961422826950; https://orcid.org/0000-0002-6226-4269O acidente vascular cerebral (AVC) é terceira principal causa de morte e a principal causa de comprometimento funcional em adultos. Pode ser de natureza hemorrágica, quando há ruptura de um vaso sanguíneo no cérebro, ou isquêmica, quando ocorre obstrução do fluxo sanguíneo arterial cerebral. O AVC isquêmico é responsável por 87% dos casos, sendo caracterizado por excitotoxicidade, estresse oxidativo, neuroinflamação e morte celular. Atualmente, o tratamento para o AVC isquêmico é limitado à terapia com ativador do plasminogênio tecidual (tPA) ou trombectomia mecânica, o que torna crucial a busca por novas abordagens farmacológicas. Nesse cenário, a Curcuma longa Linn (C. longa), conhecida como cúrcuma, açafrão-da-terra ou tumérico, é uma planta popularmente usada na culinária e na medicina tradicional e tem como principal composto ativo a curcumina, responsável por conferir à C. longa efeito anti-inflamatório, antioxidante, antimicrobiano, antitumoral, anticancerígeno, entre outros. Na literatura, a C. longa demostrou atividade promissora frente as lesões causadas pela isquemia cerebral, no entanto, os efeitos prolongados do composto permanecem desconhecidos. Nesse sentido, este trabalho avaliou os possíveis efeitos neuroprotetores da C. longa em modelo murino de isquemia cerebral focal transitória. Para isso, 20 ratos machos adultos da linhagem Wistar (com 8 semanas de idade, pesando 300 20 g; CEUA-UFPA nº 6868300622 [ID 001229]) foram submetidos à cirurgia de oclusão da artéria cerebral média (OACM) por 30 minutos e tratados com C. longa (MOTORE®) na dose de 80 mg/kg de 12 em 12 horas por 14 dias. Os animais foram divididos em 4 grupos (n = 4-5 animais por grupo): 1) Sham + V (animais com cirurgia simulada que receberam veículo [NaOH 0,5M + PBS]), 2) Sham + CL (animais com cirurgia simulada que receberam C. longa), 3) OACM + V (animais submetidos a cirurgia de OACM que receberam veículo) e 4) OACM + CL (animais submetidos a cirurgia de OACM que receberam C. longa). Parâmetros metabólicos como ganho de peso e consumo de água e ração foram avaliados, assim como comportamentais através do escore de déficit neurológico e teste de caminhada na barra, bem como parâmetros histopatológicos com a mensuração da área e o volume de infarto. Em nossos resultados não foram encontradas diferenças no ganho de peso corporal entre os grupos experimentais. Por outro lado, o grupo sham + CL consumiu mais água do que os grupos sham + V, OACM + V e OACM + CL, assim como o grupo OACM + CL consumiu menos ração no 11º e 13º pós-isquemia. Quanto aos déficits comportamentais, tanto na análise do déficit neurológico quanto no teste de caminhada na barra, os prejuízos motores evidenciados pelos grupos OACM + V e OACM + CL não foram atenuados pelo tratamento com a C. longa. Ainda, o tratamento com a C. longa não atenuou as lesões causadas pela isquemia cerebral em nossas análises histológicas. Dessa forma, concluímos que o tratamento com a Curcuma longa por 14 dias não exerceu efeito neuroprotetor no modelo murino de acidente vascular cerebral isquêmico, sob nossas condições experimentais.
