Dissertações em Farmacologia e Bioquímica (Mestrado) - FARMABIO/ICB
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Apocinina reverte fibrose e disfunção elétrica cardíaca induzida pelo aumento sistêmico de MMP-2 em camundongos adultos(Universidade Federal do Pará, 2024-09) PONTES, Maria Helena Barbosa Pontes; RODRIGUES, Keuri Eleutério; http://lattes.cnpq.br/0030683756521893; PRADO, Alejandro Ferraz do; http://lattes.cnpq.br/7016475842644161; https://orcid.org/0000-0001-7495-9837A insuficiência cardíaca (IC) se caracteriza pela inabilidade do coração de manter o fluxo sanguíneo tissular, associado ao déficit de contração e relaxamento, devido a um evento lesivo agudo ou crônico. A metaloproteinase de matriz 2 (MMP-2) está associada à patogênese e fisiopatologia da IC, promovendo proteólise de proteínas contráteis e estresse oxidativo. Terapias de resgate que modulem a atividade de MMP-2 de forma direta ou indireta podem contribuir na melhora do remodelamento e disfunção cardíaca. A apocinina, apresenta efeito inibitório sobre NADPH, atenuando o estresse oxidativo. Desta forma, esse estudo levanta a hipótese que a apocinina reverta o remodelamento e disfunção elétrica cardíaca induzida pela MMP-2 por impedir o desequilíbrio oxidativo. O presente estudo tem como objetivo avaliar o efeito da apocinina sobre o desequilíbrio oxidativo e remodelamento cardíaco induzido pelo aumento sistêmico de MMP-2 em camundongos adultos. Camundongos machos adultos C57BL/6 foram submetidos a dois protocolos experimentais, primeiramente os animais foram submetidos ao protocolo time course e divididos em dois grupos: O grupo veículo recebeu solução salina 0,9% via ip e o grupo MMP-2 recebeu MMP-2 150 ng/g de peso do animal via ip, por um período de até 4 semanas. Posteriormente foi realizado o protocolo de tratamento com apocinina adicionando 4 semanas após o término de administração da MMP-2, nesse período os animais foram distribuídos em quatro grupos experimentais: 1) veículo (recebeu água via gavagem); 2) apocinina (50mg/Kg via gavagem); 3) MMP-2 (recebeu água via gavagem); e 4) MMP-2 + apocinina (50mg/Kg via gavagem). Ao final dos protocolos todos os animais passaram pelo eletrocardiograma, em seguida o coração foi coletado para avaliação morfológica e bioquímica. Durante o time course o grupo MMP-2 apresentou maior atividade gelatinolítica, desequilíbrio oxidativo, fibrose, diminuição da frequência cardíaca, acompanhada de aumento dos intervalos RR, PQ, QT e QTc a partir da primeira semana de administração, efeitos que se mantiveram ao longo de quatro semanas, mesmo sem administração de MMP-2. O tratamento com apocinina reverteu o aumento na atividade e a expressão de MMP-2 no coração, assim como, o desequilíbrio oxidativo, peroxidação lipídica, hipertrofia, fibrose cardíaca e disfunção elétrica cardíaca. Concluímos que o aumento de MMP-2 sistêmica é capaz de promover remodelamento cardíaco pelo aumento da atividade e expressão de MMP-2 no tecido cardíaco, levando ao desequilíbrio redox e disfunção elétrica e que o tratamento com apocinina foi capaz de reverter os efeitos induzidos pela MMP-2 sugerindo que estes efeitos são dependentes do desequilíbrio oxidativo e NADPH oxidase.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Efeito citoprotetor e cicatrizante gástrico do extrato padronizado de Euterpe oleracea Mart.(Universidade Federal do Pará, 2024-05) SOUZA, Keyla Rodrigues de; MELLO, Vanessa Jóia de; http://lattes.cnpq.br/9437589201689717A úlcera gástrica é uma lesão péptica ácida do trato digestivo resultante do desequilíbrio entre os fatores que danificam a mucosa e aqueles que a protegem. É uma doença prevalente no mundo inteiro e os medicamentos utilizados no seu tratamento, embora eficientes, apresentam efeitos colaterais. Nesse contexto, a busca por novas alternativas terapêuticas que sejam eficazes seguras e com menos efeitos colaterais é de suma importância e tem havido grande interesse na pesquisa por produtos naturais. Entre estes, o açaí (Euterpe oleracea Mart.), apresenta alta capacidade antioxidante e anti-inflamatória devido à sua composição de fitoquímicos bioativos que incluem a classe das antocianinas, proantocianidinas e outros flavonóides com efeitos promissores à saúde. O presente trabalho investigou a atividade citoprotetora e cicatrizante gástrica do extrato padronizado de Euterpe oleracea Mart. (EO). Inicialmente foi avaliada a capacidade do EO promover o aumento da migração celular de células do tipo epiteliais (Vero) no modelo de cicatrização in vitro. No espectro de avaliação da atividade antiúlcera in vivo, inicialmente a atividade citoprotetora do EO foi determinada nos modelos de úlcera gástrica induzida por etanol e por indometacina. Além disso, foi investigada a ação do EO sobre a secreção gástrica. O efeito cicatrizante in vivo foi avaliado em modelo de úlcera gástrica induzida por ácido acético. O tratamento com EO na concentração de (1 μg/mL) promoveu aumento significativo na migração celular após 48 horas. O pré-tratamento com EO nas doses de (2,5 μL/g e 10 μL/g) reduziu a área da lesão gástrica nos modelos de úlcera induzida por etanol e por indometacina. O EO não foi capaz de aumentar o pH, reduzir a acidez ou o volume de secreção gástrica para níveis semelhantes aos animais tratados com omeprazol (20 mg/kg) em modelo de ligação de piloro. No modelo de úlcera gástrica induzida por ácido acético, tratamento com EO nas doses de (2,5 μL/g e 10 μL/g) por oitos dias, reduziu a área da úlcera gástrica induzida pelo ácido, aumentando a taxa de cicatrização quando comparado aos animais sem tratamento (ANOVA “one way”, pós- teste Tukey p < 0,0001). O tratamento com EO no modelo de ácido acético também aumentou a atividade da catalase, aumentou os níveis de glutationa total e reduziu os níveis de malondialdeído, e nitrito em comparação com animais não tratados. De acordo com os resultados, o extrato padronizado de Euterpe oleracea Mart. (EO) apresentou efeito cicatrizante tanto nos estudos in vitro quanto in vivo. Apresentou efeito citoprotetor que provavelmente não deve estar relacionado a uma capacidade moduladora da secreção gástrica, mas possivelmente relacionada a redução do estresse oxidativo e seus efeitos cicatrizantes.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Efeito da temperatura e molaridade na avaliação das atividades antimicrobiana, citotóxica e antioxidante do bio-óleo da semente do açaí (Euterpe oleracea, Mart.)(Universidade Federal do Pará, 2024-08) SILVA, Iago Castro da; MACHADO, Nélio Teixeira; http://lattes.cnpq.br/5698208558551065; MONTEIRO, Marta Chagas; http://lattes.cnpq.br/6710783324317390; https://orcid.org/0000-0002-3328-5650O açaí, uma fruta da Amazônia, é valioso tanto do ponto de vista econômico quanto nutricional. Suas sementes, geralmente descartadas, podem ser transformadas em bio-óleo por meio da pirólise (Processo de degradação termoquímica de biomassa residual), oferecendo uma alternativa sustentável aos combustíveis fósseis. Este estudo investiga como a temperatura e a molaridade com Hidróxido de Potássio (KOH) e Ácido clorídrico (HCl) que são reagentes de impregnação química no processo, influenciam as atividades antimicrobiana, antioxidante e citotóxica do bio- óleo produzido. Foram realizados testes utilizando Cromatografia Gasosa acoplada à Espectrometria de Massas (CG-MS) e ensaios para avaliar a atividade antimicrobiana, antioxidante e citotóxica em diferentes temperaturas (350, 400 e 450 °C) e molaridades (0,5 M, 1,0 M e 2,0 M). Os compostos fenólicos foram os mais abundantes no bio-óleo (55,70%), seguidos por hidrocarbonetos cíclicos e aromáticos (11,89%) e hidrocarbonetos lineares (9,64%). Apesar da redução nos compostos oxigenados, o bio-óleo manteve atividade bacteriostática contra Escherichia coli e Staphylococcus aureus em várias faixas de temperatura, destacando-se a 350 °C. A atividade antioxidante foi maior a 350 °C e em molaridades menores. Além disso, concentrações mais baixas de impregnação ácida apresentaram efeito citotóxico em altas temperaturas. Assim, o bio-óleo de sementes de açai gerados pelo processo de pirólise demonstra potencial para atividades antioxidantes e antimicrobianas, sugerindo viabilidade para testes adicionais em diluições com menor citotoxicidade.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Efeitos citotóxicos e mecanismo de ação da eleuterina isolada de Eleutherine plicata em modelo in vitro de células c6(Universidade Federal do Pará, 2024-05) SHINKAI, Victória Mae Tsuruzaki; NASCIMENTO, José Luiz Martins do; http://lattes.cnpq.br/7216249286784978; https://orcid.org/0000-0003-3647-9124O glioblastoma multiforme (GBM) é o tumor primário maligno mais prevalente do sistema nervoso central (SNC). As células de GBM são caracterizadas por rápida proliferação e migração. Há uma forte demanda por novas terapias para o tratamento desse tumor, em virtude das limitações terapêuticas atuais. Derivados de quinona de plantas têm recebido maior interesse como potenciais drogas antiglioma, devido às suas diversas atividades farmacológicas, como inibição do crescimento celular, invasão tumoral, ação anti-inflamatória e promoção da regressão tumoral. A erva Eleutherine plicata, conhecida popularmente como Marupazinho, possui ampla utilização na medicina popular devido às suas propriedades farmacológicas, possuindo derivados de quinonas, mais especificamente, naftoquinonas. Estudos anteriores demonstraram que a atividade antiglioma da Eleutherine plicata está relacionada a três compostos principais de naftoquinonas – eleutherine, isoeleutherine e eleutherol – contudo, seu mecanismo de ação permanece indefinido. Assim, o objetivo do trabalho é investigar o potencial efeito citotóxico e antiproliferativo da eleuterina em modelo in vitro de glioblastoma (linhagem C6). A citotoxicidade in vitro foi avaliada pelo ensaio MTT; alterações morfológicas foram avaliadas por microscopia de contraste de fase. Apoptose foi determinada pelo ensaio de anexina V-FITC-iodeto de propídio e os efeitos antiproliferativos foram avaliados pelo ensaio de formação de colônias. A expressão da proteína cinase B (AKT/pAKT) foi determinada por western blot, e o mRNA da transcriptase reversa da telomerase foi medido por reação quantitativa em cadeia da polimerase em tempo real (qRT-PCR). Os resultados obtidos indicaram que a eleuterina, isolada a partir da fração Hexânica, apresentou efeito citotóxico na linhagem C6. Foram observadas alterações estruturais pela captura de imagem, com uma redução expressiva da formação de colônias, indução de apoptose, inibição de pAKT e redução da expressão de telomerase após o tratamento. Dessa forma, nosso estudo mostrou que a molécula eleuterina apresenta atividade citotóxica em glioma de linhagem C6.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Efeitos da Curcuma longa em modelo murino de acidente vascular cerebral(Universidade Federal do Pará, 2024-09) SANTOS, Vitória Corrêa; RÊGO, Dielly Catrina Favacho Lopes; http://lattes.cnpq.br/1810961422826950; https://orcid.org/0000-0002-6226-4269O acidente vascular cerebral (AVC) é terceira principal causa de morte e a principal causa de comprometimento funcional em adultos. Pode ser de natureza hemorrágica, quando há ruptura de um vaso sanguíneo no cérebro, ou isquêmica, quando ocorre obstrução do fluxo sanguíneo arterial cerebral. O AVC isquêmico é responsável por 87% dos casos, sendo caracterizado por excitotoxicidade, estresse oxidativo, neuroinflamação e morte celular. Atualmente, o tratamento para o AVC isquêmico é limitado à terapia com ativador do plasminogênio tecidual (tPA) ou trombectomia mecânica, o que torna crucial a busca por novas abordagens farmacológicas. Nesse cenário, a Curcuma longa Linn (C. longa), conhecida como cúrcuma, açafrão-da-terra ou tumérico, é uma planta popularmente usada na culinária e na medicina tradicional e tem como principal composto ativo a curcumina, responsável por conferir à C. longa efeito anti-inflamatório, antioxidante, antimicrobiano, antitumoral, anticancerígeno, entre outros. Na literatura, a C. longa demostrou atividade promissora frente as lesões causadas pela isquemia cerebral, no entanto, os efeitos prolongados do composto permanecem desconhecidos. Nesse sentido, este trabalho avaliou os possíveis efeitos neuroprotetores da C. longa em modelo murino de isquemia cerebral focal transitória. Para isso, 20 ratos machos adultos da linhagem Wistar (com 8 semanas de idade, pesando 300 20 g; CEUA-UFPA nº 6868300622 [ID 001229]) foram submetidos à cirurgia de oclusão da artéria cerebral média (OACM) por 30 minutos e tratados com C. longa (MOTORE®) na dose de 80 mg/kg de 12 em 12 horas por 14 dias. Os animais foram divididos em 4 grupos (n = 4-5 animais por grupo): 1) Sham + V (animais com cirurgia simulada que receberam veículo [NaOH 0,5M + PBS]), 2) Sham + CL (animais com cirurgia simulada que receberam C. longa), 3) OACM + V (animais submetidos a cirurgia de OACM que receberam veículo) e 4) OACM + CL (animais submetidos a cirurgia de OACM que receberam C. longa). Parâmetros metabólicos como ganho de peso e consumo de água e ração foram avaliados, assim como comportamentais através do escore de déficit neurológico e teste de caminhada na barra, bem como parâmetros histopatológicos com a mensuração da área e o volume de infarto. Em nossos resultados não foram encontradas diferenças no ganho de peso corporal entre os grupos experimentais. Por outro lado, o grupo sham + CL consumiu mais água do que os grupos sham + V, OACM + V e OACM + CL, assim como o grupo OACM + CL consumiu menos ração no 11º e 13º pós-isquemia. Quanto aos déficits comportamentais, tanto na análise do déficit neurológico quanto no teste de caminhada na barra, os prejuízos motores evidenciados pelos grupos OACM + V e OACM + CL não foram atenuados pelo tratamento com a C. longa. Ainda, o tratamento com a C. longa não atenuou as lesões causadas pela isquemia cerebral em nossas análises histológicas. Dessa forma, concluímos que o tratamento com a Curcuma longa por 14 dias não exerceu efeito neuroprotetor no modelo murino de acidente vascular cerebral isquêmico, sob nossas condições experimentais.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Efeitos do estresse crônico sobre o estado redox e tecidual das glândulas salivares parótida e submandibular: um estudo in vivo(Universidade Federal do Pará, 2025-03) MONTEIRO, Deiweson de Souza; LIMA, Rafael Rodrigues; http://lattes.cnpq.br/3512648574555468; https://orcid.org/0000-0003-1486-4013O estresse é uma reação à pressão mental e emocional, ansiedade ou traumas. O estresse crônico é definido como a exposição constante a esses eventos. Ele pode afetar diversos sistemas do corpo, aumentar a pressão arterial e enfraquecer a imunidade, interferindo assim nos processos de saúde fisiológica. Sob essa perspectiva, diversos órgãos podem apresentar repostas ou alterações em estado de estresse crônico. Portanto, este estudo objetivou avaliar os efeitos do estresse crônico sobre as glândulas salivares de ratos, investigando sua bioquímica oxidativa e parâmetros histomorfológicos. Para isso, 32 ratos machos albinos da linhagem Wistar foram divididos aleatoriamente em dois grupos: estresse crônico e controle. Os animais submetidos ao estresse crônico passaram por um protocolo de imobilização, sendo alocados em um tubo de polivinil por 4 horas diárias durante 28 dias, o que limitava seus movimentos. Posteriormente, os animais foram eutanasiados para coleta das glândulas salivares parótida e submandibular. O estado redox das glândulas foi avaliado por meio dos ensaios de capacidade antioxidante contra radicais peroxil (ACAP) e substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS). A análise histológica foi realizada por morfometria dos tecidos corados com hematoxilina e eosina e histoquímica através da técnica de PicroSirius Red. Tanto as glândulas parótida quanto as submandibulares dos ratos estressados apresentaram estresse oxidativo, caracterizado por uma redução nos níveis de ACAP e um aumento nos níveis de TBARS. No entanto, as glândulas parótidas mostraram-se mais suscetíveis a alterações prejudiciais nos tecidos, como aumento da área do estroma e da fração de área de colágeno, redução da área acinar e menor tamanho dos ácinos e ductos. Enquanto as glândulas submandibulares não apresentaram nenhuma alteração histomorfológica. Nossos resultados sugerem que o estresse crônico pode causar uma modulação prejudicial do estado redox das glândulas salivares, com diferentes repercussões histológicas entre as glândulas.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Evaluation of the acute toxicity and antioxidant activity of Justicia secunda methanolic extract in a murine sepsis model(Universidade Federal do Pará, 2024-09) DAVIS, Kelly; LIMA, Kely Campos Navegantes; http://lattes.cnpq.br/7998567135164137; HTTPS://ORCID.ORG/0000-0001-8613-3223; MONTEIRO, Marta Chagas; http://lattes.cnpq.br/6710783324317390; https://orcid.org/0000-0002-3328-5650A sepse é uma condição clínica que envolve uma resposta imune desregulada a uma infecção, levando a complicações como disfunção orgânica. A condição começa com hiperinflamação, seguida por um aumento no estresse oxidativo e esgotamento das defesas antioxidantes. As taxas de sepse e choque séptico aumentaram acentuadamente nas últimas duas décadas. Portanto, a busca por novas terapias para auxiliar no tratamento da sepse é importante. Justicia secunda Vahl é uma espécie amplamente utilizada na medicina tradicional. Possui propriedades anti-inflamatórias, antinociceptivas, antioxidantes, antianêmicas, antidiabéticas e antimicrobianas devido a metabólitos secundários, como flavonoides, polifenóis, alcaloides e terpenos. Avaliamos um extrato metanólico de J. secunda (JSLS) em um teste de toxicidade oral aguda e como pré-tratamento em um modelo de sepse de ligadura e perfuração cecal murina (CLP). No teste de toxicidade oral aguda, avaliamos os parâmetros clínicos por 14 dias após uma dose única de 2000 mg JSLS/kg de peso corporal, bem como o parâmetro de estresse oxidativo em amostras de órgãos. Posteriormente, avaliamos a sobrevida e os parâmetros antioxidantes de camundongos sépticos pré-tratados com 400 mg de JSLS/kg de peso corporal. No teste de toxicidade oral aguda, não houve sinais de toxicidade, sugerindo que o JSLS tem uma dose letal mediana superior a 2000 mg / kg de peso corporal. O pré-tratamento com JSLS melhorou a taxa de sobrevida, os parâmetros clínicos, os níveis de antioxidantes e o perfil hematológico de camundongos sépticos. Concluímos que o JSLS pode ser aplicado como agente coadjuvante no tratamento de doenças relacionadas ao estresse oxidativo. Estudos adicionais são necessários para melhor elucidar os mecanismos, bem como a dose efetiva dos compostos químicos presentes na JSLS.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Existe uma relação entre as frequências dos polimorfismos do gene TSHR e os marcadores de ancestralidade genética em pacientes com hipotireoidismo congênito primário?(Universidade Federal do Pará, 2024-10) LOURENÇO, Victor Henrique Botelho; ALVES, Erik Artur Cortinhas; http://lattes.cnpq.br/9125390243566397; HTTPS://ORCID.ORG/0000-0001-8824-8075; SILVA, Luiz Carlos Santana da; http://lattes.cnpq.br/6161491684526382; https://orcid.org/0000-0003-1017-6221A literatura mostra uma correlação entre etnias e as variantes patogênicas do gene do Receptor do Hormônio Estimulante da Tireoide (TSHR). Alguns desses polimorfismos podem ser fatores de risco para o desenvolvimento de Hipotireoidismo Congênito Primário (HCP). Neste estudo, foi investigada a relação entre as frequências dos polimorfismos do gene TSHR e a influência genética de marcadores informativos de ancestralidade africana, ameríndia e europeia em pacientes diagnosticados com HCP em uma população amazônica no Brasil. A identificação de Marcadores Informativos de Ancestralidade (MIA) foi realizada usando um painel de 48 marcadores, e os resultados foram comparados com populações parentais ameríndias, europeias ocidentais e africanas subsaarianas usando o software Structure v2.3.4. A distribuição dos marcadores de ancestralidade testados entre 106 pacientes indicou uma diferença significativa nas porcentagens de ancestralidade ameríndia (32,2%), europeia (41,8%) e africana (25,9%). Foram identificadas quatro alterações de nucleotídeos entre 49 pacientes. A análise de regressão logística não mostrou associação significativa entre os polimorfismos rs2075179 e rs1991517 e a ancestralidade genética. Este estudo não encontrou evidências de uma relação entre as variantes do gene TSHR e os marcadores de ancestralidade genética em pacientes com HCP.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Potencial neuroprotetor da atividade física em populações ribeirinhas da Amazônia expostas ao mercúrio(Universidade Federal do Pará, 2025-05) NAZARÉ, Caio Gustavo Leal de; OLIVEIRA, Marcus Augusto de; http://lattes.cnpq.br/6036530007649294; HTTPS://ORCID.ORG/0000-0002-4772-9929; LOPEZ, Maria Elena Crespo; http://lattes.cnpq.br/9900144256348265; https://orcid.org/0000-0002-1335-6853O mercúrio é um metal altamente tóxico e está entre as três substâncias com maior potencial de ameaça à saúde humana. Sua espécie orgânica, o metilmercúrio, é especialmente perigosa para a saúde humana devido sua facilidade em atravessar barreiras biológicas. Sendo assim, o cérebro é um alvo crítico para o metilmercúrio, onde é capaz de causar distúrbios neurológicos, incluindo déficit motor, visual, auditivo, comportamental e cognitivo. As células gliais estão intimamente implicadas nos mecanismos que medeiam tais distúrbios, e podem atuar protegendo ou danificando o SNC, dependendo do contexto. Além disso, nenhum tratamento farmacológico mostrou-se eficaz contra intoxicação mercurial até então, e a literatura já mostrou que tanto o exercício físico quanto a atividade física são capazes de modular aspectos gliais envolvidos na fisiopatologia comum entre diversas condições neurológicas e intoxicação por metilmercúrio. Assim, uma abordagem potencialmente terapêutica e não-farmacológica, como exercício físico – e até mesmo a atividade física – seria conveniente para populações vulnerabilizadas que se encontram econômica, social e geograficamente em desvantagem, como as populações ribeirinhas amazônicas que estão cronicamente expostas ao metilmercúrio através da ingestão de peixes contaminados. Este trabalho tem por objetivo verificar se o perfil de atividade física pode influenciar a sintomatologia da intoxicação mercurial em ribeirinhos da região do lago de Tucuruí. Entrevistas foram realizadas para obter um perfil de atividade física e sintomas neurológicos autodeclarados, e mercúrio total foi mensurado a partir de amostras de cabelo. Nossos resultados apontam para uma possível e complexa relação entre os níveis de mercúrio capilar e a prática de atividade física, sugerindo que a prática de exercícios físicos pode ser uma alternativa viável a ser inserida no cotidiano.Dissertação Acesso aberto (Open Access) A sinalização adenosinérgica na regulação da gravidade da sepse e da liberação de armadilhas extracelulares de neutrófilos (NETs)(Universidade Federal do Pará, 2024-09) PAMPOLHA, Ana Flavia Oliveira; CUNHA, Fernando de Queiroz; http://lattes.cnpq.br/2869737621338203; HTTPS://ORCID.ORG/0000-0003-4755-1670; MONTEIRO, Marta Chagas; http://lattes.cnpq.br/6710783324317390; https://orcid.org/0000-0002-3328-5650Neutrófilos expressam diferentes receptores purinérgicos, incluindo quatro receptores P1 de adenosina, que regulam suas funções primárias, como migração e produção de mediadores inflamatórios, incluindo armadilhas extracelulares de neutrófilos (NETs). Na sepse, as NETs desempenham um papel duplo: possuem propriedades microbicidas, mas também contribuem para o dano orgânico, levando à falência múltipla de órgãos e agravando a condição clínica. Neste estudo, investigamos o papel da adenosina na liberação de NETs e na progressão da sepse experimental induzida pelos modelos de Ligadura e Punção do Ceco (CLP) ou endotoxemia. Observamos que o tratamento de camundongos submetidos a ambos os modelos com adenosina deaminase (ADA), que metaboliza adenosina em inosina, agrava o dano orgânico e reduz a taxa de sobrevida dos animais sépticos. Apoiado por esses achados, demonstramos que a produção de NETs in vitro por neutrófilos estimulados com PMA foi aumentada pelo tratamento com ADA e reduzida por NECA, uma molécula que mimetiza as ações da adenosina. A modulação da produção de NETs pela adenosina foi atribuída à ativação dos receptores A2AAR. Em conclusão, nossos resultados sugerem que, durante a sepse, a adenosina é liberada e diminui a produção de NETs via ativação do receptor A2AAR.
