Programa de Pós-Graduação em Neurociências e Biologia Celular - PPGNBC/ICB
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O Programa de Pós-Graduação em Neurociências e Biologia Celular (PPGNBC) é parte integrante do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da Universidade Federal do Pará (UFPA), sendo constituído por: Mestrado e Doutorado em Neurociências e Biologia Celular, com área de concentração em Neurociências ou Biologia Celular.
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Navegando Programa de Pós-Graduação em Neurociências e Biologia Celular - PPGNBC/ICB por Assunto "Açaí"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Avaliação do efeito protetor da Euterpe oleracea (açaí) na resposta eletrofisiológica da retina de ratos expostos ao metilmercúrio(Universidade Federal do Pará, 2013-03-19) COSTA, Alódia Brasil; ROCHA, Fernando Allan de Farias; http://lattes.cnpq.br/3882851981484245; HERCULANO, Anderson Manoel; http://lattes.cnpq.br/8407177208423247O metilmercúrio (MeHg) é a forma mais tóxica do mercúrio. A exposição ao MeHg gera estresse oxidativo, podendo afetar a retina, pois esta possui alta vulnerabilidade em função do seu elevado conteúdo de ácidos graxos poliinsaturados e consumo de oxigênio. Nesse contexto, a administração de antioxidantes exógenos obtidos pela dieta, como os presentes na Euterpe oleracea (açaí), poderia ser uma forma de prevenir esse desequilíbrio e suas consequências. Portanto, o objetivo deste trabalho foi avaliar o possível efeito protetor da Euterpe oleracea nas alterações eletrofisiológicas causadas pelo MeHg na retina. Para tal, foi realizada gavagem com MeHgCl (5 mg/Kg) ou solução salina (NaCl 0,9%) durante 7 dias e pré-tratamento com ração enriquecida com polpa de açaí (10%) por 28 dias. Foram utilizados ratos Wistar divididos em 4 grupos: Grupo MeHg (recebeu ração padrão e MeHgCl); MeHg+Açaí (ração enriquecida com açaí e MeHgCl); Açaí (ração enriquecida com açaí e NaCl); Veículo (ração padrão e NaCl). Um dia após a última gavagem os animais foram submetidos ao eletrorretinograma de campo total (ffERG) para obtenção da resposta escotópica (de bastonetes, mista 1 e mista 2) e fotópica (de cones e de flicker em 12; 18; 24 e 30Hz). No dia seguinte ao ffERG foi aplicado o teste campo aberto para avaliar a atividade locomotora dos animais. Posteriormente, foi feita medição de peroxidação lipídica no tecido retiniano pelo método TBARS. A análise estatística foi feita pelo teste ANOVA de uma via com pós-teste de Tukey, considerando significativo p<0,05. Os resultados do campo aberto e da massa corporal não apresentaram diferença entre os grupos. O MeHg reduziu a amplitude das seguintes respostas: onda-b da resposta de bastonetes (Veículo: 114,6±23,6 μV e MeHg: 41,2±9,6 μV); onda-a (Veículo: 8,4±1,4 μV e MeHg: 3,4±0,3 μV) e onda-b (Veículo: 176,7±17,8 μV e MeHg: 69,5±12,0 μV) na resposta mista 1; onda-a (Veículo: 103,1 ±23,3 μV e MeHg: 40,2±9,6 μV) e onda-b (Veículo: 281±,38,3 μV e MeHg: 138,6±14 μV) da resposta mista 2; onda-a (Veículo: 27,2 ±3,6 μV e MeHg: 7,5±1,8 μV) e onda-b (Veículo: 139,3±16,1 μV e MeHg: 54,4±10 μV) da resposta de cones; onda-b nas frequências 12 Hz (Veículo: 67,7±10μV e MeHg: 28,6±6,9 μV), 18 Hz (Veículo: 31,3±3,4 μV e MeHg: 14,2± 2,3 μV) e 24 Hz (Veículo: 21,0±1,8μV e MeHg: 11,0± 1,1μV) e 30 Hz (Veículo: 10,9±0,6μV e MeHg: 6,0± 1,1μV). O tempo implícito das ondas não foi alterado em nem uma das respostas. O pré-tratamento com Euterpe oleracea evitou a redução de amplitude de ambas as ondas nas respostas mista 1 (onda-a: 8,3±0,6 μV; onda b: 144,1±7,1 μV) e mista 2 (onda-a: 106,4±13,6μV; onda b: 275,2±27,6 μV), assim como da onda-b da resposta de cones (104,5±5,9 μV) e fotópica de flicker em 12 Hz (67,2±9,1 μV), 18 Hz (29,5±4,8 μV) e 24 Hz (21,9±2,4 μV). A peroxidação lipídica no tecido retiniano do grupo MeHg (294,9±205,8%) foi maior que a do Veículo (100±25,1%) e o açaí protegeu contra esse dano oxidativo (MeHg+Açaí: 111,2±26,1%). Nossos resultados demonstraram alteração difusa na resposta eletrofisiológica e aumento na peroxidação lipídica da retina induzidos pelo MeHg e proteção exercida pelo açaí nesses dois parâmetros. Assim, a Euterpe oleracea poderia ser utilizada como importante alternativa para amenizar as alterações causadas pelo MeHg na retina.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Efeito do tratamento com Euterpe Oleracea (Açaí) no processo de reparo do tendão de aquiles em ratos(Universidade Federal do Pará, 2016-09-09) SILVA, Dlânio Gabriel Figuêredo; MORAES, Suellen Alessandra Soares de; http://lattes.cnpq.br/6278397231382779O tendão de Aquiles é o maior e mais forte tendão do corpo humano, seu uso em excesso induz o surgimento de microtraumas e ativação de vias de sinalização que levam a uma resposta inflamatória. O extrato etanólico de Euterpe Oleracea(açaí)é um produto natural extraído do fruto dessa palmeira. Apesar de evidências apontarem um efeito anti-inflamatório e antioxidante desse produto, não há dados na literatura sobre tais efeitos na lesão tendínea. Assim, o objetivo do trabalho foi investigar o efeito anti-inflamatório e pró-regenerativo do extrato etanólico de Euterpe oleracea em modelo de ruptura total do tendão de Aquiles em ratos. Esse trabalho foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa animal da instituição (CEPAE-UFPA/206-14). Os animais foram distribuídos em quatro grupos (n=24): controle; veículo (salina 0,9%); extrato de E. oleracea (extrato etanólico de Euterpe oleracea,125μg/ml) e metilprednisolona (30 mg/ml). Após os respectivos tratamentos, o tecido foi analisado em 7, 14 ou 21 dias pós-injúria (dpi) por histoquímica com hematoxilina eosina e autofluorescência do colágeno. Imunofluorescência para COX2 e mensuração dos níveis de nitrito pelo método de Griess foi realizado em 7dpi. O tratamento com o extrato de E. Oleracea acelerou a organização tecidual e melhorou a orientação das células, um efeito semelhante ao anti-inflamatório esteroidal metilprednisolona. O tratamento com o produto natural levou a um alinhamento precoce das fibras de colágeno, bem como na matriz, de modo geral, se comparado aos demais grupos, o que foi observado no 7dpi e mantido em 14 e 21 dpi. O tratamento com o extrato de E. oleracea ou metilprednisolona reduziram a marcação para COX2 se comparado ao veículo em 7 dpi. Redução nos níveis teciduais de nitrito foi observado em 7dpi nos grupos tratados com extrato de E. oleracea(20.80 ± 2.54 μm/ml) e metilprednisolona (19.40 ± 2.31 μm/ml) se comparado ao grupo veículo (29.33 ± 3.98μm/ml). O tratamento com extrato de E. oleracea melhorou o padrão de organização tecidual, reduziu a marcação para COX2 e os níveis de nitrito, sugerindo efeito anti-inflamatório e antioxidante. Nossos achados destacam que o extrato de E. oleracea representa um produto natural com potencial aplicação no reparo do tendão de Aquiles.Tese Acesso aberto (Open Access) Novas ferramentas terapêuticas contra a convulsão e o comportamento tipo depressivo: ensaios pré-clínicos com açaí clarificado(Universidade Federal do Pará, 2016-09-28) MONTEIRO, José Rogério Souza; CRESPO LÓPEZ, Maria Elena; http://lattes.cnpq.br/9900144256348265O açaí (Euterpe Oleracea Mart.) é uma palmeira típica do norte do Brasil, rica em compostos fenólicos e antocianinas, substâncias com elevada atividade antioxidante, anti-inflamatória e de comprovados efeitos benéficos à saúde. O estresse oxidativo e a inflamação estão envolvidos na geração e propagação de crises convulsivas, principal característica clínica da epilepsia, e na patogenia da depressão. Neste trabalho investigamos o potencial efeito neuroprotetor, anticonvulsivante e antidepressivo de amostras comerciais de açaí clarificado (AC). Apenas 4 doses de AC foram suficientes para aumentar as latências para crises convulsivas mioclônicas e tônico-clônicas e para diminuir a duração total das crises tônicoclônicas induzidas pelo Pentilenotetrazol (PTZ). Alterações eletrocorticográficas induzidas pelo PTZ foram prevenidas de forma significativa pelo AC. Já no modelo de comportamento tipo depressivo induzido pelo lipopolissacarídeo (LPS), o AC reduziu o tempo de imobilidade e aumentou significativamente o consumo de sacarose dos animais, indicando que o AC possui atividade preventiva sobre o aparecimento de comportamentos que são característicos da depressão clínica. Tanto no modelo de PTZ quanto de LPS o AC exibiu potente atividade preventiva em relação ao estresse oxidativo. O AC preveniu a peroxidação lipídica e a elevação dos níveis de nitritos no córtex cerebral, hipocampo, estriado e córtex pré-frontal. Estes resultados demonstram pela primeira vez que o açaí é uma fruta que exerce potente atividade protetora frente ao desenvolvimento de crises convulsivas, do comportamento tipo depressivo e do estresse oxidativo, o que representa uma proteção adicional para indivíduos que consomem essa fruta.
