Navegando por Assunto "Ética"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) A banalidade do mal e a faculdade de pensar: política e ética nas reflexões de Hanna Arendt(Universidade Federal do Pará, 2017-04-07) MOREIRA, Elzanira Rosa Mello; BARROS, Roberto de Almeida Pereira de; http://lattes.cnpq.br/4521253027948817Esse trabalho apresenta a compreensão de Hannah Arendt acerca do mal, e sua conexão com as faculdades de pensar e julgar, que ganharam um novo impulso por ocasião do julgamento do nazista Adolf Eichmann. A partir das reflexões sobre o problema do mal, Arendt volta-se para as atividades do espírito, suscitando questões acerca do pensamento, relacionados ao fenômeno do mal. Na análise de Arendt o pensamento tem como atividade a busca por significados e sua finalidade é a comunicação consigo mesmo. Afastando-se da ortodoxia dos textos Kantianos, em suas investigações sobre o juízo, Arendt depreende no juízo estético de Kant a condição política do juízo. Em interlocução constante com a obra de Kant, Arendt se ocupa de vários conceitos constantes na Crítica da Faculdade do Juízo, obra que considera abrigar a filosofia política de Kant. Hannah Arendt reinterpreta a faculdade do juízo no sentido de demonstrar sua função política, que serve aos cidadãos para distinguir o certo do errado. A obra kantiana nos permite a compreensão da percepção e do movimento interpretativo de Arendt. Por meio da análise das reflexões de Hannah Arendt buscamos compreender a percepção da autora acerca do funcionamento da faculdade de pensar e julgar os fatos políticos.Dissertação Acesso aberto (Open Access) O belo e o sublime em Kant nas fases pré-critica e crítica: ruptura ou continuidade?(Universidade Federal do Pará, 2017-04-17) SOUSA, Jeandersonn Pereira de; SOUZA, Luís Eduardo Ramos de; http://lattes.cnpq.br/7892900979434696O objetivo deste estudo é investigar os conceitos do belo e do sublime em Kant por meio do confronto entre duas obras da sua filosofia estética: uma do período pré-crítico, as Observações sobre o sentimento do belo e do sublime de 1764, e a outra do período crítico, a Crítica da Faculdade de Julgar de 1790. A questão central que se pretende investigar nesta pesquisa é a seguinte: há ruptura ou continuidade conceitual na reflexão de Kant sobre o belo e o sublime nestas duas obras pertencentes a períodos distintos da sua filosofia? O caminho seguido para esclarecer este problema foi dividido em três etapas: 1) analisar e discutir como os conceitos do belo e do sublime se constituem na obra da fase pré-crítica; 2) examinar e dissertar como os conceitos do belo e do sublime se constituem na obra da fase crítica; 3) Identificar e apresentar, as semelhanças e as dessemelhanças, no tratamento da matéria nas duas obras em particular. Ao final deste estudo, defender-se-á aqui a tese de que, apesar da subjetividade aparecer no primeiro escrito e ser parte essencial no segundo escrito, por caracterizar o fundamento de determinação no sujeito por meio do sentimento de prazer e desprazer, o cotejo entre os dois escritos considera haver uma ruptura, muito mais que uma continuidade, no modo de Kant pensar os conceitos do belo e do sublime nas referidas obras.Tese Acesso aberto (Open Access) A biologia e a invenção de um corpo normal(Universidade Federal do Pará, 2019-12-13) TAVARES, Geórgia de Souza; CHAVES, Sílvia Nogueira; http://lattes.cnpq.br/9353964127402937; https://orcid.org/0000-0002-9771-4610Vida! Fala tanto de uma qualidade inerente aos vivos quanto do que os vivos fazem. Sem dar conta as duas perspectivas são misturadas, e mais, são atreladas uma à outra. É o que nos torna vivo que diz como devemos nos comportar? É a anatomo-fisiologia que determina qual a conduta correta para viver a vida? Os termos gregos bíos (formas de vida) e zoé (vida comum dos animais, homens e deuses) aparecem para cortar a certeza de que a biologia estuda a vida, tida dessa perspectiva como unidade coesa. A tese aqui defendida é a de que o tripé forma - função - reprodução é a base de uma biologia da norma/moral, sustentando a construção de um modo de vida padrão. Com as ferramentas analíticas de Michel Foucault, o corpo humano e os espaços de entrelaçamento de vida, vivo e vivência se colocam como protagonistas. Como critério para a escolha dos materiais que compõe a tese, emergiram aqueles que fazem ver como a biologia da norma faz parte de nossas vidas, direcionando nossas ações, validando o que dizem e dizemos ser as ações corretas. O foco foi colocado no dito sobre uma moral para o comportamento humano que faz uso da biologia como argumento de validação. Por isso a diversificação de elementos que viraram documentos. O material utilizado perpassou o ensino formal (livros didáticos; acadêmicos); a mídia (jornais televisivos, revistas); espaços de lazer (filmes, literatura); leis e decretos. A partir daí construimos argumentos para responder as perguntas: Que vida é essa que a Biologia diz estudar? Como esse tripé (forma – função – reprodução) sustenta a vida bíos (vida qualificada) tal qual é apresentada hoje? Que vivos estamos fabricando com essa perspectiva? Entendendo que a vida que diz muito mais dos aspectos políticos do que puramente dos anatomo-fisiologicos, chegamos na construção de dois novos termos para dar conta da diversificação: zoélogia e bíoslogia, lugar de corpos vivos, que escapam, não cravam as curvas das médias por inteiro. E a pluralidade dos modos de vida perpassam a zoélogia. Se em sua superfície vemos uma vida comum, natural, vida-bicho, é que em sua base a contingencia garante as possibilidades tão caras ao vivo.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Ciência e ética em Karl Popper(Universidade Federal do Pará, 2022-03-24) DIAS, Leandro José dos Passos; DIAS, Elizabeth de Assis; http://lattes.cnpq.br/9610357600630781; https://orcid.org/0000-0003-0951-6313Os estudos mais tradicionais acerca da filosofia de Popper têm se concentrado em aspectos de sua teoria da ciência ou de sua filosofia política, ou então em estabelecer elos de ligação entre essas duas vertentes de seu pensamento. Mais recentemente, surgiram novos estudos que têm se direcionado para uma nova hermenêutica que procura evidenciar que a ética está na raiz de sua filosofia. Nosso trabalho, pressupondo que há uma ética na base de seu pensamento, pretende analisá-la sob uma perspectiva mais específica, a da própria ciência. Nesse sentido investigaremos a seguinte questão: podemos afirmar que a concepção de ciência de Popper envolve uma dimensão ética? Ou melhor, há uma relação entre ciência e ética no pensamento do filósofo? Iremos considerar que sua concepção de ciência pressupõe uma ética, que se manifesta, em suas pretensões de demarcar a ciência, nos princípios que a norteiam e nas responsabilidades que ele imputa aos cientistas. Nossa análise da questão pretende, partir do próprio racionalismo popperiano, que ele considera como fruto de uma decisão ética. Nesse sentido pretendemos analisar o seu caráter, distingui-lo de outras formas de racionalismo, contrapô-lo ao irracionalismo e trazer à tona seus fundamentos éticos tendo por base os estudos de Kiesewetter, Artigas e Oliveira. E também, estabelecer suas relações com a ética. Elucidados esses aspectos característico do racionalismo de Popper, procuraremos evidenciar de que forma a ética se faz presente em sua concepção de ciência. Iremos mostrar que o filósofo ao propor seu critério de cientificidade e complementá-lo com certas regras metodológicas, deixa transparecer que a adoção de tais regras envolve decisões dos cientistas pautadas em valores e que geram certos compromissos éticos. Pretendemos mostrar também, que a ética se faz presente nos princípios éticos que norteiam a ciência, como falibilidade, discussão sensata, busca da verdade, honestidade e que tais princípios estão intimamente relacionados à ideia de autocrítica e de tolerância. E por fim, iremos ainda tratar das responsabilidades éticas dos cientistas, dando ênfase, as ciências aplicadas. Iremos mostrar que Popper propõe uma nova ética para a ciência tendo por base o juramento de Hipócrates.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Comunidade e eticidade: uma contribuição à aventura sociológica no pensamento de Martin Buber(Universidade Federal do Pará, 2006-02) GOMES, Jones da Silva; MENDONÇA, Kátia Marly Leite; http://lattes.cnpq.br/5325063796266136Nossa investigação deve fazer uma reflexão sobre o conceito de Comunidade em M. Buber, tentando aproximá-lo de uma perspectiva a qual podemos denominar Eticidade, considerando sua respectiva contribuição: a Dialogia, como fonte central de qualquer relação humana. Trataremos aqui especificamente a forma como autor aborda o tema da Comunidade em confronto com o mundo moderno e suas forças despersonalizante e anônimas, sobre as quais, temos um indivíduo sem morada. Para isso, nos valeremos das contribuições dos clássicos da sociologia, tais como: Tönnies, Durkheim e Weber. Desta forma, tentaremos avançar num segundo momento, analisando a Comunidade na Modernidade líquida, a partir das orientações teóricas de Zigmunt Bauman. Neste vislumbraremos a inviabilidade da comunidade numa sociedade onde a individualidade e a identidade são fluidas, e as únicas formas de comunidades existentes não passam de comunidades de solitários. Contudo, partiremos para o momento que consideramos decisivo em nossa análise, faremos uma reflexão sobre a perspectiva dialógica de comunidade, no intuito de abrirmos caminhos para uma reflexão mais antropológica e fenomenológica do conceito, e, principalmente, trazendo à sociologia, a importante contribuição do pensamento de Martin Buber. Sua perspectiva aponta para a Comunidade como um caminho de diálogo, de reconhecimento do outro, bem como, de realização da pessoa no espaço público. Nisto consiste nossa a contribuição à aventura sociológica no que concerne ao tema da comunidade.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Contributos hermenêutico-filosóficos para uma fundamentação ética dos direitos humanos: a epocalidade e o cotidiano sob o pensamento de Heidegger e Gadamer(Universidade Federal do Pará, 2010-07-01) AROUCK, João Henrique Vasconcelos; COSTA, Paulo Sérgio Weyl Albuquerque; http://lattes.cnpq.br/4135075517359609Este trabalho procura desenvolver algumas temáticas essenciais da Hermenêutica Filosófica em prol da uma fundamentação ética dos direitos humanos. Parte-se de problemas referentes ao discurso representativo da ciência jurídica e de metodologias canônicas de interpretação que acreditamos não serem capazes de determinar a razão de ser de direitos humanos enquanto um fundamento ético coerente da prática jurídica contemporânea. Trabalha-se, então, o sentido filosófico do cotidiano como tematização vinculada à vivência intuitiva dos intérpretes do direito: a qualificação ética dos direitos humanos emergiria, ademais, como parte constitutiva daquilo que, intuitivamente, reputamos como mais justo ou mesmo como um direito “melhor” já que eticamente fundamentado. Sob as premissas do pensamento ontológico de Heidegger, tratamos, pois, da fundamentação de direitos humanos enquanto um acontecimento necessário de nossa epocalidade. Doutra maneira, é dizer: tais direitos corresponderiam, de todo modo, ao movimento simbólico de nossa própria convivência – do ser-com epocal que nos determina ontologicamente no mundo. Para a viabilidade deste pensamento na prática jurídica; trabalhamos, já com Gadamer, sobre alguns conceitos humanísticos resgatados pela Hermenêutica Filosófica: nada mais oportuno, neste viés, do que pensarmos o direito enquanto uma filosofia prática. É pela atualidade hermenêutica da antiga phronésis que, então, a prática interpretativa pode corresponder ao seu substrato ético mais fundamental. Ainda sob as diretrizes da filosofia hermenêutica – e da Hermenêutica filosófica – tratamos, ao final, sobre em como intuições cotidianas do justo e as convicções que disto criamos poderiam corresponder à temática das estruturas pré-conceituais. Tal é o mote para se trabalhar, mais especificamente, a problemática da interpretação no direito. Em suma, visamos ressaltar, neste trabalho, a viabilidade ontológica dos direitos humanos na forma de valores contemporâneos vinculados à própria tradição da justiça: o sensus ético que fazemos em nosso cotidiano mais elementar torna-se, pois, mais um modo de sugerir a premência epocal destes direitos para o ethos de nossa convivência.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) O cuidado de si em Michel Foucault: um dispositivo de problematização do político no contemporâneo(Universidade Federal Fluminense, 2018-08) GOMES, Marcel Maia de Oliveira; FERRERI, Marcelo de Almeida; LEMOS, Flávia Cristina SilveiraO presente artigo tem por objetivo discutir a noção do cuidado de si apresentada por Michel Foucault em seus estudos acerca da civilização greco-romana, analisando como as práticas do cuidado para consigo e para com os outros – quando articuladas à dimensão ética e às práticas de liberdade – conduzem a uma problematização do político, naquilo que incide sobre o governo dos outros. Por outro lado, os escritos foucaultianos também relacionam o cuidado de si a uma postura ativa (ético-política) do sujeito, caracterizando, assim, uma possibilidade de resistência ao biopoder – comumente atrelado às tecnologias de controle e vigilân cia dos corpos. Como referencial bibliográfico este artigo utiliza tomos da História da sexualidade, interligando-os aos cursos A hermenêutica do sujeito e O governo de si e dos outros, ministrados por Foucault no Collège de France, bem como a algumas de suas relevantes entrevistas e análises de comentadores.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Estoicismo imperial e estética da existência em a Hermenêutica do sujeito, de Michel Foucault(Universidade Federal do Pará, 2022-12-21) SAMPAIO, Ronald Valentim Gomes; CHAVES, Ernani Pinheiro; http://lattes.cnpq.br/5741253213910825; https://orcid.org/0000-0002-8988-1910Em seus últimos estudos, Michel Foucault (1926-1984) se debruçou sobre a questão do cuidado de si, retornando à Antiguidade Clássica para (re)pensar a ética moderna nos termos de uma ontologia crítica do momento presente. Foucault nos revela que o processo de subjetivação do indivíduo clássico, na tomada de uma posição ética, caminha na direção de uma estética da vida. Os fundamentos para essa assertiva serão encontrados na leitura e interpretação atenta dos filósofos antigos, sobretudo das principais obras de Sêneca (Séc. I d. C), Epiteto (Séc. I d. C) e Marco Aurélio (Séc. II d. C), conhecidos como filósofos do estoicismo romano imperial, encarando-as como dotadas de função “etopoiética”, isto é, função transformadora do sujeito que as examina. Não obstante ter tratado das práticas éticas dos antigos em outros trabalhos (livros, entrevistas e conferências), é em A Hermenêutica do sujeito (1981-1982) que Foucault apresenta, passo a passo, todo o labor da filosofia antiga, a partir da identificação das “práticas de si”, “técnicas da existência” e “cuidado de si”, na elaboração de um modo de vida pautado em escolhas pessoais capazes de engendrar um estilo de vida como “obra de arte”. Assim, a ética que Foucault extrai dos antigos é uma verdadeira estética da existência, uma liberdade possível no fazer-se existir.Artigo de Evento Acesso aberto (Open Access) Ética da alteridade na obra literária de Dalcídio Jurandir(Executiva Paraense dxs Estudantes de Pedagogia, 2017) VIANA, Bruno da Silva; MIRANDA, José Valdinei AlbuquerqueA arte literária constituise como fator primordial na compreensão e direcionamento da humanidade, a reconfiguração do pensamento artístico por intermédio dos diálogos entre a Arte e outras áreas do conhecimento propicia o surgimento de possíveis estudos, antropológicos, historiográficos, hermenêuticos e muitos outros, construindo assim, uma associação de ideias que se entrelaçam e se comprometem na produção de um saber de qualidade. A partir deste pressuposto a composição literária ganha uma dupla dimensão; à estética e a ética. Coube a nossos estudos compreender melhor a responsabilidade do escritor Dalcídio Jurandir ao escrever o ciclo literário “Extremo Norte” e perceber por meio de suas personagens, suas manifestações e diálogos, o pleno exercício de comprometimento ético do respectivo escritor em meio aos seus contextos, (rural/ribeirinho, urbano e educacional/formativo). Tal compreensão se fez possível por meio de uma peneira sinuosa em alguns romances do ciclo, entre eles; Chove nos Campos de Cachoeira, Três casas e um Rio e Primeira Manhã, navegando inclusive por suas entrelinhas, amparado pela Filosofia de Emmanuel Levinas em paralelo com a Educação. Junto a esta proposta e em meio ao deleite nas obras do escritor, surge o seguinte questionamento: a quem se destina a composição literária de Dalcídio?... E através das leituras interpretativas das suas obras chegouse a seguinte resposta: “destinase ao destino dos (outros)” que assumem junto a Dalcídio a construção de uma formação não egoísta, mas, compartilhada.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Ética e estética da alteridade em Horkheimer, Adorno e Freud: comentários a partir de “elementos do anti-semitismo” e “o inquietante”(2014-08) SOUZA, Maurício Rodrigues de; BIRMAN, JoelAo adotar como foco inicial a referência, feita por Horkheimer e Adorno em "Elementos do Anti-Semitismo: limites do esclarecimento", ao texto de Freud denominado "O Inquietante", o presente trabalho pretende estabelecer alguns pontos de contato entre si no que se refere ao importante campo de estudos voltado ao preconceito. Nestes termos, propõe uma ética e uma estética da alteridade que, voltadas à dissonância de uma estranha-familiaridade, aparecem pautadas pela valorização da negatividade em detrimento de uma filosofia positiva cujas luzes podem conduzir à mais absoluta cegueira totalitária. A aposta aqui reside na possibilidade de que, remetendo às fraturas do contato do homem com o que lhe parece real, tal movimento traga consigo o resgate de uma tragicidade que resista em se deixar apropriar pelos anseios de domínio e comodidade representativa tão caros à razão instrumental e, com ela, aos discursos de intolerância para com as diferenças.Dissertação Acesso aberto (Open Access) O formalismo no direito e a ética dos valores: teoria dos valores em Hans Kelsen e Max Scheler(Universidade Federal do Pará, 2018-05-04) FONSECA, Yuri Ikeda; MATOS, Saulo Monteiro Martinho de; http://lattes.cnpq.br/1755999011402142A filosofia dos valores (Wertphilosophie), surgida no contexto das investigações neokantianas da Escola de Baden no final do século XIX, é uma abordagem teórica focada no estudo do fenômeno chamado valor. No primeiro capítulo deste trabalho, utilizando metodologia de história das ideias, são tratadas a ética formalista de Immanuel Kant, origem da filosofia dos valores nas teorias de Franz Brentano e dos neokantianos Hermann Lotze, Wilhelm Windelband, Heinrich Rickert e Emil Lask, bem como a divisão da teoria dos valores em uma vertente objetivista e uma vertente subjetivista, procurando demonstrar que prevaleceu esta última por influência das concepções sobre valores de Friedrich Nietzsche. No segundo capítulo, abordam-se, representando a visão subjetivista, a ideia de Max Weber de neutralidade axiológica (Wertfreiheit) das ciências e o formalismo jurídico de Hans Kelsen, sustentado por uma teoria dos valores subjetivista e cética. Apresenta-se também o argumento de Carlos Santiago Nino contra a ideia, defendida por Kelsen, de que apenas uma concepção relativista de valores poderia promover os ideais democráticos de tolerância. O terceiro capítulo dedica-se, após uma breve consideração sobre fenomenologia de Edmund Husserl, aos argumentos de Max Scheler contra o formalismo ético kantiano para sustentar uma axiologia objetivista a partir da noção de que os valores são conteúdos materiais cognoscíveis a priori e, portanto, aptos a fundamentar uma ética não-formal. Conclui-se que, embora a fundamentação de Scheler seja problemática ao considerar o conhecimento dos valores como uma função das emoções e não da razão, por outro lado sua formulação do a priori e de um âmbito de axiologia pura com regras semelhantes às da lógica viabilizam objeções aos pressupostos da axiologia subjetivista.Tese Acesso aberto (Open Access) Identificação e quantificação do dano moral: fundamentação da decisão judicial na perspectiva jurídica e ética da lei natural(Universidade Federal do Pará, 2018-11-23) BONNA, Alexandre Pereira; LEAL, Pastora do Socorro Teixeira; http://lattes.cnpq.br/3244282344643324Aborda a hipótese de que a responsabilidade civil, na tarefa corrigir perdas imerecidas e danos injustos envolvendo dano moral - que é a violação a um interesse extrapatrimonial protegido juridicamente - ser fortalecida a partir de uma leitura ética no campo da identificação e quantificação. Adota como pressuposto teórico que o direito possui duas dimensões: a factual e a ideal, na esteira do que defende Robert Alexy em Teoria da Argumentação Jurídica (2014). Esclarece que no tocante ao dano moral, na primeira dimensão (factual) existe o arcabouço jurídico dos bens extrapatrimoniais protegidos juridicamente, ao passo que na segunda (ideal) defende-se que há os bens humanos básicos (ética), os quais complementam e fortalecem a análise dos bens extrapatrimoniais no tocante a identificação e quantificação do dano moral. Investiga a interface dos bens extrapatrimoniais extraídos do direito pátrio com os bens humanos básicos formulados por Bebhinn Donnelly – em A natural law approach to normativity (2007) -, Mark Murphy – em Natural law in jurisprudence and politics (2006) e Natural law and practical rationality (2001) - e John Finnis – em Lei natural e direitos naturais (2007) e Aquinas: moral, political and legal theory (2008). Tem como problema de pesquisa investigar o impacto que a relação de complementariedade entre os bens extrapatrimoniais e os bens humanos básicos possui na identificação e quantificação do dano moral, tendo por objetivos investigar a relevância e a contribuição da ética dos bens humanos básicos na identificação e na quantificação do dano moral, adensar o conteúdo dos valores existenciais que sustentam o dano moral no direito brasileiro, investigar em nível dogmático e jurisprudencial quais os parâmetros para reconhecer o dano moral indenizável, apresentar a justificativa ética do dano moral a partir dos bens humanos básicos, e realizar a fusão do estudo jurídico com o ético, desenvolvendo raciocínio ético-jurídico do dano moral em casos concretos. É orientada pelo método hipotético-dedutivo, partindo de premissas gerais e abstratas sobre a identificação e quantificação do dano moral na lei e dogmática, assim como sobre a teoria dos bens humanos básicos, para em seguida unir essas duas dimensões para o fim de alcançar conclusões particularizadas. Conclui, a partir da análise de algumas decisões judiciais envolvendo dano moral proferidas pelos juízes de primeira instância das varas cíveis e trabalhistas da cidade de Belém, que as mesmas são limitadas do ponto de vista jurídico e ético e que caso endossassem a tese aqui descrita, a responsabilidade civil poderia desempenhar um papel mais relevante na construção de comportamentos virtuosos (identificação do dano moral) e na justa quantificação do valor indenizatório em toda a magnitude do dano sofrido (quantificação do dano moral), assim como poderia ser melhor compreendida por acadêmicos e profissionais do direito, na medida em que a pesquisa em seu sentido global apresenta uma proposta de sistematização do raciocínio envolvendo responsabilidade civil por danos moraisDissertação Acesso aberto (Open Access) A importância do processo de aplicação do Compliance como ferramenta estratégica na gestão de uma organização do terceiro setor(Universidade Federal do Pará, 2021-06-11) MELO, Maria Lidelmar Carvalho de; LEITE, Jandecy Cabral; http://lattes.cnpq.br/7279183940171317Adequação de modelos de integridade que atendam às regras que respeitam as legislações vigentes passou a ser fundamental na gestão das organizações como forma estratégica, principalmente em entidades com fins públicos e não lucrativos, em um âmbito não governamental. Diante disso, tem-se como objetivo a implementação de um modelo de processo de aplicação do programa de compliance em uma instituição do Terceiro Setor. Dessa maneira, o presente estudo pode ser considerado de forma exploratória, de natureza aplicada e qualitativa, sob dois aspectos, pesquisa bibliográfica e estudo de caso, a coleta de dados foi por meio de reunião e entrevista com os profissionais da empresa, relatando sobre a importância do tema. Os resultados mostraram as principais ferramentas e mecanismo de conformidade, propondo ações que possam ser utilizadas na prática com o propósito de fornecer uma ampla visão do funcionamento do modelo proposto, com transparência e ética, aumentando assim a competitividade do negócio.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Levinas e a reconstrução da subjetividade ética aproximações com o campo da educação(2014-06) MIRANDA, José Valdinei AlbuquerqueEste artigo tem por objetivo discutir o conceito de subjetividade em sua relação com a alteridade em educação, com base no pensamento filosófico de Emanuel Levinas. Inicialmente, apresenta a discussão da subjetividade na filosofia moderna e sua forma de concebê-la como ideal de sujeito livre e soberano. Em seguida, desenvolve uma análise crítica que problematiza a pretensa soberania do sujeito e reconstrói uma nova subjetividade ética, situada na condição de refém, capaz de acolher a irredutível alteridade do Outro enquanto ideia do infinito. No contexto de reconstrução da subjetividade, o estudo estabelece aproximações com o campo da educação, destacando a experiência educativa como um acontecimento ético por excelência.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Meio ambiente e ética: entrecruzando olhares no ensino de ciências(Universidade Federal do Pará, 2010-03-12) BARBOSA JUNIOR, Ival Rabêlo; BITTENCOURT, Eugênio Pacelli Leal; http://lattes.cnpq.br/4389005978578348Meio ambiente e Ética são temas recorrentes nas pautas de discussões sobre os desafios da educação brasileira. O mundo está imerso em uma crise ambiental e ética que nos convida ao movimento dialético da ação-reflexão-ação. O objetivo deste trabalho foi investigar as concepções e as relações entre os Temas Transversais Meio Ambiente e Ética dos professores de Ciências, técnicos educacionais e alunos de 5ª a 8ª série do Ensino Fundamental, de uma escola da rede particular de Belém. O estudo apoiou-se em Sauvé, Reigota, Sánchez Vásquez, Leff, Grün, Valls, Bardin, Zabala, Freire, Lüdke, André, entre outros. O caminho metodológico foi o da abordagem qualitativa. Para mergulhar nos diálogos intersubjetivos, que são as práticas pedagógicas, foram utilizadas as técnicas de pesquisa de campo e pesquisa documental. A primeira consistiu na realização de entrevistas semiestruturadas com 16 estudantes, 3 professores e 2 técnicos da Escola - “Alfa”; a segunda envolveu os Parâmetros Curriculares Nacionais, os livros didáticos de Ciências e os documentos entregues aos alunos e professores, em 2008, na Escola. A interpretação dos dados se baseou na análise de conteúdo, em sua modalidade temática. Foram trabalhados dois temas: Concepções de Meio Ambiente e Concepções de Ética. A unidade de contexto, o ―pano de fundo‖ do estudo, foi uma escola da rede particular de ensino, dotada de boa infraestrutura, cuja clientela é formada, em sua maioria, por alunos da classe média alta. Para definição das categorias, foi preparado um caderno com as entrevistas, o que facilitou o agrupamento, a classificação e a análise interpretativa dos dados. Isso resultou na síntese em sete categorias de análise: Concepção de Meio Ambiente como natureza; Concepção de Meio Ambiente como o local onde se vive; Concepção de Meio Ambiente como relação dos seres entre si e deles com o ambiente; Concepção de Meio Ambiente como sustentabilidade; Concepção de Ética como respeito; Concepção associada a princípios e valores e Concepção relacionada ao meio ambiente e ao respeito às pessoas. Os resultados revelam, contraditoriamente, a prevalência da lógica disciplinar nos PCN e na Escola ―Alfa‖; os livros adotados pela Escola não se limitam aos conteúdos factuais e conceituais; em relação às concepções de Meio Ambiente e Ética, os entendimentos do que vem a ser ambiente e ética são reducionistas. Os sujeitos, de uma maneira geral, não estabelecem conexão necessária entre Ambiente e Ética. Nas turmas de 5ª a 8ª série, a Escola não trabalha os Temas de forma efetiva. As reflexões finais pontificam um convite à Escola para refletir e buscar alternativas que revertam o quadro de suas ações educacionais relativas ao Meio Ambiente e à Ética. As escolas precisam se sentir desafiadas a inserir a Educação Ambiental em seu cotidiano, com o fito de colaborar na construção de uma educação cidadã.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) O Mestre e o Psicanalista: tecendo laços nas políticas públicas(Universidade do Estado do Rio de Janeiro, 2016) NICOLAU, Roseane Freitas; MATOS, Roberto Pires CalazansA inserção do discurso psicanalítico nas instituições públicas de saúde gera alguns impasses técnicos e éticos ao confrontar a singularidade do “cada um”, buscada pela psicanálise com a assistência à saúde regida por políticas públicas de atenção e de cuidados aplicados “para todos” os usuários de determinadas categorias. Isso tem levado muitos psicanalistas a se questionarem sobre pontos importantes dessa experiência, como o lugar do sujeito nos serviços de saúde, cuja emergência fica subsumida pelo discurso do mestre, que estrutura os laços institucionais. Como manter a especificidade da práxis psicanalítica no contexto institucional, em que laços são estruturados pelo discurso do mestre? Como se dão os encontros e desencontros entre os discursos do mestre e do psicanalista? A Psicanálise, consoante a orientação freudo-lacaniana, responde a esses problemas levando em consideração a particularidade do discurso do psicanalista e o tratamento do sujeito do inconsciente a partir daquilo que Lacan chamou de Psicanálise aplicada à terapêutica, o que torna possível a inserção da Psicanálise na instituição.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Michel Foucault: a dimensão política do cuidado de si(Universidade Federal do Pará, 2017-05-15) COSTA, Paulo Henrique Pinheiro da; CHAVES, Ernani Pinheiro; http://lattes.cnpq.br/5741253213910825Nos últimos trabalhos de Michel Foucault, nos deparamos com uma virada significativa em sua filosofia, através do estudo da noção grega do “cuidado de si” (epiméleia heautou). A partir dessa nova proposta, o filósofo pensa o sujeito que constrói a si mesmo, que regra suas condutas, que transforma-se através de exercícios, práticas e técnicas de si. Ao mesmo tempo, estabelece um importante desdobramento, ao possibilitar a problematização das questões éticas e políticas do nosso presente. Desse modo, a dissertação tem por objetivo estudar a relação, necessária e fundamental, entre o cuidado de si e as práticas sociais e políticas.Dissertação Acesso aberto (Open Access) A Parresia nos cursos de Foucault de 1982-1984: ética, politica e estética(Universidade Federal do Pará, 2021-09-01) CORDEIRO FILHO, Flávio de Lima; CHAVES, Ernani Pinheiro; http://lattes.cnpq.br/5741253213910825; https://orcid.org/0000-0002-8988-1910A obra de Michel Foucault (1926-1984) é detentora de uma grande envergadura conceitual, perpassando desde de temas como Loucura, Poder e chegando até seu debate sobre a Verdade. O foco desta dissertação será seus escritos finais, referentes aos anos de 1982 a 1984, visto que é dentro dos cursos ministrados no Collège de France onde Foucault trabalhará de forma mais específica noções de ética, estética e verdade. Michel Foucault realiza uma retomada a antiguidade clássica, contudo tal retorno tem em vista um conceito em específico: parresía. Parresía é traduzido por Foucault como “coragem da verdade”, “fala-franca”, “dizer tudo”, porém o foco da análise do filósofo francês se dará como tal conceito encontra-se profundamente vinculado com o fazer filosófico da antiguidade, perpassando desde das consequências políticas do uso da parresía, a construção de um éthos, este por sua vez atriculado com uma estética do “dizer-verdadeiro”. Foucault mostrará que a preocupação com a Verdade não diz respeito somente ao debate epistemológico entre verdade versus falsidade, ou seja, não é do interesse do filósofo francês entrar na discussão do que faz um discurso e/ou conhecimento ser verdadeiro. Foucault quer investigar o que faz do sujeito alguém que diz a verdade e como ele é reconhecido como aquele que porta um discurso verdadeiro. Percebemos que há em Foucault uma preocupação da verdade enquanto formadora do sujeito, como o falar franco é influência na formação de um sujeito? Com isso Foucault afirma que irá deixar de lado as “estruturas epistemológicas” para se preocupar com a analise das “formas aletúrgicas” do ato de proferir a verdade. Foucault irá realizar a diferenciação do “conhece-te a ti mesmo” e o “cuida-te de ti mesmo” ambos formulações socráticas, contudo como cada uma irá desenvolver e formular doutrinas distintas na história da filosofia, enquanto a primeira irá se deter um desenvolvimento mais epistemológico/metafísico da filosofia socrática, a segunda irá se ater a um modo de vida, ou seja, uma ética socrática. Contudo Foucault aponta condições para se efetivar a parresía, além da necessidade de falar tudo, há a urgência de ser um discurso totalmente vinculado com o pensamento daquele que fala, logo não sendo uma fala meramente artificial. Por isso o filósofo francês afirma que a parresía não é uma mera adequação fala e pensamento, como fazem os mestres, é necessário assumir uma espécie de risco vital, que irá ferir e irritar o outro, chegando ao ponto de uma violência extrema, logo se correndo o risco de perder o vínculo com o outro. Por isso é importante ressaltar a essencial diferença entre a retórica e a parresía, colocando as duas atitudes em formas diametralmente opostas, enquanto uma é um discurso sem vínculo nenhum com o interlocutor e com aquilo que está sendo pronunciado, a parresía é ligação entre os interlocutores, ligação tão forte que abre precedentes a rejeição, punição e vingança daquele que disse a verdade.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Platão e Diderot: a crítica ao artista(Universidade Federal do Pará, 2015-10-15) ALCOLUMBRE, Alberto Oliveira; SOUZA, Jovelina Maria Ramos de; http://lattes.cnpq.br/0475424515288539O objetivo deste trabalho é, como o próprio título indica, apresentar a crítica ao artista empreendida por Platão e Diderot. A despeito de Platão desferir sua crítica à poesia em A República dentro de um contexto ético-político; e Diderot, por sua vez, em O Paradoxo sobre o Comediante, dentro de um registro estético, observa-se um posicionamento análogo dos dois filósofos no tocante ao tema. Dentre muitos pontos análogos observados entre eles, concentramos nosso olhar em dois deles que nos pareceu fundamentais às referidas críticas: as noções de páthose de ideal. Tanto em Platão quanto em Diderot observa-se que a figura do artista é sempre pensada em relação com essas noções. Embora, à primeira vista, sejamos tentados a concluir que, nessa relação, o ideal apresenta-se como um antípoda das paixões, percebe-se mais atentamente, que estas oscilam: ora figuram como um empecilho, ora, como uma referência positiva dentro das respectivas críticas; a chave para apaziguar esse conflito será a temperança (sophrosýne). Diante disso, nos propomos, com esse trabalho, investigar e explicitar essa relação cambiante que se encontra de forma análoga nos referidos filósofos.Dissertação Acesso aberto (Open Access) A produção do discurso narrado/comentado: uma proposta de ensino para alunos do nível fundamental a partir do gênero crônica(Universidade Federal do Pará, 2018-03-28) SODRÉ, Maria de Lourdes; ABDON, Iaci de Nazaré Silva; http://lattes.cnpq.br/2212976917586395Este trabalho aborda a produção de textos de base narrativa do 7º ano do ensino fundamental, tomando-se como temática a ética. O ponto de partida é a realização de um diagnóstico sobre problemas de escrita desses alunos com vistas a ajudá-los a compreender estratégias de construção de texto relacionadas à infraestrutura textual (plano geral, articulação de mundos discursivos, tipos de sequências e modos de sua articulação) e à referenciação de personagens. Visa também, por meio de uma proposta de intervenção, baseada na concepção interacionista da linguagem, levar os alunos a refletir sobre condutas éticas a partir de determinadas situações presentes no seu contexto de vivência e na sociedade de modo geral. Acredita-se que expostos a essas experiências, eles possam, por meio da interação e do diálogo, respeitar as atitudes e as diversas opiniões, agir de forma autêntica, enfim, “formar ideias e ser formado” em um processo “íntimo” de produção significativa de conhecimento. O trabalho tem como referencial as construções teóricas de Bronckart (1999) sobre mundos discursivos e sobre as dimensões da organização do texto, apropria-se também da contribuição dos estudos sobre referenciação textual, inclui ainda considerações sobre ética orientando-se por Freire (2015) e Souza (1995), bem como reflete sobre questões de ensino-aprendizagem da escrita com base em Geraldi (1984, 1997, 2011), Antunes (2003, 2010), Oliveira (2010), Koch e Elias (2011, 2015), entre outros. Trata-se de uma pesquisa de observação participante, orientada para uma análise qualitativa dos dados, que consiste de etapas que envolvem o levantamento do corpus: textos produzidos pelos alunos provenientes da aplicação de oficinas de leitura e escrita em textos de base narrativa com ênfase em temas relacionados à ética; a descrição e análise da produção dos alunos; e a construção de uma proposta didática que vise a minimizar os problemas identificados referentes à produção textual dos alunos, assim como a proporcionar discussões sobre diversos temas relacionados à ética. O gênero selecionado para o trabalho é a crônica por se tratar de um gênero vinculado ao cotidiano, comumente acessível às experiências das pessoas, e por sua didatização, com opção por textos que tratem de questões éticas, vir a contribuir com a formação de alunos mais éticos e críticos sobre seu tempo e sua região. Os resultados da pesquisa apontam dificuldades dos alunos relativas à organização da infraestrutura geral dos textos e à articulação dos mundos discursivos, bem como limitações quanto a estratégias de referenciação textual. Mas também revelam que as narrativas que os estudantes produzem atendem a uma relativa organização do conteúdo semântico global, o que implica dizer que é necessário ampliar neles uma competência latente para compor textos bem formados quanto à sua infraestrutura. E esse resultado justifica o investimento que foi feito, neste trabalho, em uma proposta didática idealizada para futura aplicação por aqueles que apostam em mudanças na rotina das aulas de produção de textos.
