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    Artigo de PeriódicoAcesso aberto (Open Access)
    Babaçu livre e queijo serrano: histórias de resistência à legalização da violação a conhecimentos tradicionais
    (2014-06) PORRO, Noemi Sakiara Miyasaka; MENASCHE, Renata; SHIRAISHI NETO, Joaquim
    Este artigo analisa experiências protagonizadas por comunidades cujos modos de vida geram e se sustentam em conhecimentos tradicionais em face de tentativas de implementação de um regime global de propriedade intelectual. Estudos de caso sobre quebradeiras de coco babaçu, no estado do Maranhão, e produtores de queijo serrano, no Estado do Rio Grande do Sul, revelam significados da tradição implícita no conhecimento que se pretende proteger. Dados empíricos, analisados jurídica e antropologicamente, evidenciam, apesar de aparente progresso na legislação, ameaças a múltiplas dimensões de modos de vida fundados em territórios tradicionais. Argumenta-se que, sem a imediata e integral aplicação da Convenção OIT 169, invertem-se os efeitos da incorporação de convenções internacionais no ordenamento jurídico nacional, a exemplo da Convenção da Diversidade Biológica. Conclui-se que as comunidades tradicionais resistem à ilegal apropriação de seus conhecimentos, enquanto setores privados neles interessados utilizam-se do estado de direito para legalizar sua pilhagem.
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    TeseAcesso aberto (Open Access)
    Cientistas, visitantes e guias nativos na construção das representações de ciência e paisagem na Floresta Nacional de Caxiuanã
    (Universidade Federal do Pará, 2007) BEZERRA, Maria das Graças Ferraz; ANTONAZ, Diana; http://lattes.cnpq.br/7547028254641362
    Estudo analisa o processo de produção do conhecimento científico tendo como contraponto o conhecimento tradicional e as inter-relações entre cientistas e guias de campo nativos, na Floresta Nacional (Flona) de Caxiuanã, no Município de Melgaço, Pará, Amazônia, Brasil, onde o Museu Paraense Emílio Goeldi mantém base de pesquisas científicas aberta a pesquisadores brasileiros e estrangeiros. A análise leva em consideração tanto o ambiente onde os guias de campo trabalham como a estrutura acadêmica em que se inserem os pesquisadores.
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    Artigo de PeriódicoAcesso aberto (Open Access)
    Os conhecimentos tradicionais dos(as) erveiros(as) da Feira do Ver-o-Peso (Belém, Pará, Brasil): um olhar sob a ótica da Ciência da Informação
    (2013-06) DANTAS, Cleide Furtado Nascimento; FERREIRA, Rubens da Silva
    Estudo sobre os conhecimentos tradicionais detidos pelos(as) erveiros(as) da Feira Livre do Ver-o-Peso, em Belém, Pará, Brasil. Em termos gerais, busca-se contribuir com o tema, na perspectiva da Ciência da Informação. Do ponto de vista da investigação, utiliza a pesquisa bibliográfica e etnográfica, em direção à compreensão dos processos de aquisição, armazenamento e transferência de informações sobre plantas, cascas e raízes medicinais comercializadas pelos atores em foco. Verifica que a aquisição e a transmissão desse saber se dá pela observação e pela oralidade no contato cotidiano do trabalho com esses produtos, seguindo armazenado apenas na memória de seus detentores. Por fim, aponta os riscos que permeiam os conhecimentos tradicionais dos(as) erveiros(as) da Feira do Ver-o-Peso e as possibilidades que o tema oferece à Ciência da Informação.
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    DissertaçãoAcesso aberto (Open Access)
    Gente do estuário: mudanças e permanências dos saberes e técnicas tradicionais de pescadores artesanais de Vigia (PA)
    (Universidade Federal do Pará, 2020-10-28) SILVA, José Matheus Barata; FERNANDES, José Guilherme dos Santos; http://lattes.cnpq.br/7023812449790431; https://orcid.org/0000-0001-9946-4961
    A pesca artesanal na Costa Norte brasileira é uma das principais atividades econômicas da região. O presente estudo consiste em analisar as técnicas de pesca dos pescadores artesanais estuarinos de Vigia-PA, com ênfase nas transformações e ressignificações da pesca artesanal e do saber tradicional para a comunidade local. Este estudo aponta as principais artes de pesca utilizadas na microrregião do salgado paraense, sua importância para o cenário local, regional e nacional. Pondera-se a contribuição do saber tradicional dos pescadores artesanais, por meio de suas readaptações à geografia territorial do lugar em constante mutação. Demonstra-se a relevância da pesca artesanal, as implicações da pesca industrial para a categoria e suas tensões. Dessa forma, propõe-se a inclusão dos saberes dos pescadores artesanais nas políticas públicas para a pesca na região, dado o seu profundo conhecimento da atividade, além de ensejar a aproximação entre o saber acadêmico e o saber tradicional, ou saber-fazer dos povos locais. Para tanto, buscou-se realizar levantamentos bibliográficos e aprofundamento teórico sobre o tema. Da metodologia, foram aplicados 300 formulários e entrevistas semiestruturadas, análise do discurso, pesquisa de campo com os sujeitos locais, com perguntas referentes à pesca, suas transformações, permanências e perspectivas. Adiante, produziu-se tabelas, gráficos e imagens, de forma colaborativa, levando-se em consideração os apontamentos dos pescadores artesanais, suas reflexões, narrativas, saberes e percepções sobre sua própria prática. Por fim, algumas categorias foram basilares para a pesquisa, como: pesca artesanal, saber tradicional, saber-fazer e técnicas. Alguns autores foram fundamentais, como: Ramalho (2011, 2012, 2014), Diegues (1983, 1988, 2001, 2004), Cunha (1993, 2000, 2004), Furtado (1987, 1990, 2001) e Isaac (1998, 2003, 2006). Desse modo, buscou-se a tradução dos saberes dos pescadores artesanais estuarinos como forma de auxiliar futuras proposições de estudos e políticas públicas para a microrregião do salgado paraense.
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    DissertaçãoAcesso aberto (Open Access)
    Indicações geográficas, produtos tradicionais e desenvolvimento territorial na Amazônia: um olhar sobre o projeto de indicação geográfica da farinha de Bragança
    (Universidade Federal do Pará, 2015) OLIVEIRA, Amanda Borges de; MOREIRA, Eliane Cristina Pinto; http://lattes.cnpq.br/7471628624621314
    Investigar o potencial das Indicações Geográficas para a proteção de produtos da agrobiodiversidade, derivados de conhecimento tradicional, é o objetivo central deste trabalho acadêmico. Trata-se de uma análise de caso, a partir do projeto de Indicação Geográfica que está sendo desenvolvido para a farinha tradicionalmente produzida em Bragança, no estado do Pará. Foram realizadas pesquisas bibliográficas e de campo. A pesquisa bibliográfica, através da leitura de produções científicas, destinou-se a compreender os principais conceitos abordados neste trabalho, tais quais a noção de agrobiodiversidade, indicações geográficas, produtos de conhecimento tradicional e desenvolvimento territorial, além disso foram analisados documentos fornecidos por alguns dos atores envolvidos no processo de construção do projeto de Indicação Geográfica. A pesquisa de campo visou à coleta de informações sobre como o projeto está sendo desenvolvido e em que estágio se encontra. A partir dos estudos e da análise das informações coletadas em campo, chegou-se à conclusão de que, para a concretização da proteção de produtos da agrobiodiversidade, obtidos a partir de conhecimento tradicional, faz-se necessário que o projeto de Indicação Geográfica e sua gestão posterior estejam pautados em uma ideia de desenvolvimento territorial, vislumbrando os diversos aspectos que circundam o produto, sendo, pois, o registro da Indicação Geográfica uma consequência da observação das necessidades de toda a cadeia produtiva da farinha e da realidade da região que se pretende determinar como delimitação geográfica.
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    DissertaçãoAcesso aberto (Open Access)
    Miriti: o Açaí do Inverno? extrativismo, comercialização e consumo de frutos de Mauritia flexuosa L.f. no Estuário Amazônico
    (Universidade Federal do Pará, 2016) SOUSA, Fagner Freires de; Silva, Camila Vieira da; BARROS, Flávio Bezerra; http://lattes.cnpq.br/4706140805254262; https://orcid.org/0000-0002-6155-0511
    Visando analisar o potencial do extrativismo de frutos de miriti para a reprodução social ribeirinha e conservação da biodiversidade frente à “açaização” dos estabelecimentos de produção familiares (EPF’s) do estuário amazônico, empreendemos pesquisa de campo junto a 22 famílias ribeirinhas na ilha Sirituba, Abaetetuba – PA, onde o extrativismo de miriti ainda é recorrente. Na condução da pesquisa utilizamos o estudo de caso como estratégia metodológica, nos valendo de observação participante, aplicação de questionários semiestruturados, entrevistas não diretivas e diário de produção, os quais oportunizaram apreender as práticas utilizadas nesse sistema, a divisão social do trabalho, a formação de circuitos de comercialização e a utilização do miriti na alimentação diária. Com intuito de conhecer os usos alimentares do fruto na cidade de Abaetetuba, realizamos entrevistas com mingauleiros de miriti e observação participante na praça de alimentação das duas últimas edições do Miriti Fest. Os resultados revelaram um vasto conhecimento por parte dos ribeirinhos sobre o miriti e a existência de uma relação de reciprocidade entre homens e palmeiras, as quais sinalizam para a conservação da espécie. No aspecto produtivo, constatamos a intensa participação da família no trabalho com o miriti que é realizado conjuntamente, oportunizando a troca de saberes entre gerações, o que favorece o fortalecimento da tradição em torno do extrativismo desta palmeira. O potencial econômico da atividade também foi evidenciado, com forte demanda pelo fruto e seus derivados na cidade de Abaetetuba, principal mercado acessado pelos extrativistas, comercializa-se cerca de 125 t. por mês, destacando-se os circuitos curtos de comercialização (venda na feira e por encomenda), os quais possibilitam uma renda média mensal superior ao salário mínimo e faturamento médio por safra semelhante ao da extração do açaí. Os usos alimentares do fruto foram registrados tanto no contexto rural, onde integra todas as refeições, contribuindo significativamente para segurança e soberania alimentar, quanto no contexto urbano, onde é consumido no dia-a-dia, principalmente na forma de mingau e, ressignificado, torna-se “comida de festa” durante o Miriti Fest. Assim, concluímos que o extrativismo do miriti é uma atividade produtiva tradicional com potencial para garantir a reprodução ribeirinha durante a entressafra do açaí e contribuir para a conservação da biodiversidade, caso realizado de forma sustentável. Acrescentamos ainda, a necessidade de investimentos em políticas públicas voltadas ao incentivo dessa prática e ao fortalecimento da cadeia produtiva do miriti.
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    DissertaçãoAcesso aberto (Open Access)
    Modo de vida ribeirinho e conhecimento tradicional: uma análise das ações do PAE Nossa Senhora do Livramento na ilha Tabatinga para fins de desenvolvimento local Abaetetuba-PA
    (Universidade Federal do Pará, 2014-08-27) SALGADO, Mayany Soares; LOPES, Luís Otávio do Canto; http://lattes.cnpq.br/1013147545099173; MORAES, Sérgio Cardoso de; http://lattes.cnpq.br/4568311568729454
    A pesquisa teve como objetivo investigar a influência das ações efetivadas através do Projeto de Assentamento Agroextrativista no desenvolvimento local da ilha Tabatinga, localizada no município de Abaetetuba-PA. Para análise destas ações foram utilizados indicadores que possibilitaram verificar o nível de desenvolvimento local na comunidade a partir da implantação deste tipo de projeto. Ressaltou-se como elemento de análise os conhecimentos tradicionais presente na ilha Tabatinga, vinculado à pesca artesanal. Foi feita a caracterização do Projeto de Assentamento Agroextrativista, bem como a realização de uma análise da realidade da ilha Tabatinga, no que diz respeito ao modo de vida ribeirinho e por fim a realização da análise dos indicadores de desenvolvimento local a partir da implantação do PAE. No que diz respeito à metodologia o estudo teve um direcionamento qualitativo e quantitativo além de se ter utilizado a técnica de entrevista semiestruturada e da pesquisa participante. Os sujeitos da pesquisa foram os membros da ASPANLI (Associação PAE Nossa Senhora do Livramento), além dos assentados/pescadores, atuantes na realidade investigada. Os dados qualitativos foram analisados através da técnica de análise do discurso. Utilizando o método de análise temática, e, para que esses encaminhamentos fossem possíveis, fez-se necessário, primeiramente, a transcrição integral das entrevistas realizadas em campo e, por fim, os agrupamentos de dados de acordo com as categorias. Nesse cerne, os dados levantados com base nas análises de materiais coletados constataram que as ações relativas às atividades do PAE têm influenciado, parcialmente, no desenvolvimento local da ilha Tabatinga. A partir das análises conclusivas, apresentamos algumas sugestões que visam contribuir com a organização social dos moradores, sugerindo, dentre outras coisas, a criação de uma cooperativa de pescadores.
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    DissertaçãoAcesso aberto (Open Access)
    Participação e conhecimentos femininos na inserção de novas espécies de pescado no mercado e na dieta alimentar dos pescadores da RESEX Mãe Grande em Curuçá/PA
    (Universidade Federal do Pará, 2013-04-30) PALHETA, Marllen Karine da Silva; RAVENA CAÑETE, Voyner; http://lattes.cnpq.br/9961199993740323
    Este trabalho tem como objetivo principal descrever como o conhecimento tradicional da mulher marisqueira e pescadora de rio e mar, da localidade de Caratateua, RESEX Marinha Mãe Grande de Curuçá - PA, contribui na inserção e comercialização no mercado de novas espécies de pescado. Para tanto, o trabalho utiliza uma metodologia quali-quantitativa, dispondo de dados que apontam para um quadro de escassez das espécies há muito apreciadas no mercado local, assim como apresenta o conhecimento tradicional feminino sobre as espécies chaves que compõe a dieta dos pescadores como uma das formas de inserção de novas espécies no mercado local. O trabalho descreve, ainda, as espécies que foram inseridas no sistema a partir do conhecimento feminino. A coleta dos dados ocorreu no período de março a agosto de 2012. As técnicas metodológicas foram entrevistas semiestruturadas e observação participante. Para caracterizar a comunidade socioeconomicamente foram aplicados 76 questionários junto aos moradores. As entrevistas semiestruturadas foram realizadas com as pescadoras/marisqueiras da comunidade, sendo aplicados 10 questionários e no mercado do município de Curuçá foram aplicados 9 questionários junto aos vendedores de pescado. As entrevistas apresentaram as mudanças ocorridas ao longo dos anos, evidenciando a escassez das espécies tradicionais, tanto da mesa do pescador quanto do mercado consumidor. Salienta, especialmente, como a mulher apresenta um papel fundamental na inserção de novas espécies em ambos os setores, por haver uma maior percepção acerca dos recursos naturais disponíveis ao consumo.
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    DissertaçãoAcesso aberto (Open Access)
    Peixes ornamentais: conhecimento tradicional e regulamentações sobre o manejo da atividade pesqueira no território indígena remanso - Chorrobocón, Guainía - Colômbia
    (Universidade Federal do Pará, 2012-09-29) LOPEZ, Juan David Guzman; ALMEIDA, Oriana Trindade de; http://lattes.cnpq.br/0325909843645279
    Esta pesquisa oferece uma análise do processo de manejo comunitário implementado por um grupo de pescadores indígenas sobre a atividade pesqueira ornamental, e sua relação com as instituições responsáveis do ordenamento desta atividade, ressaltando: os fatores que têm facilitado e/ou impedido a participação dos pescadores na iniciativa do manejo; os sistemas de uso dos recursos naturais e sua incidência na economia familiar; a relação que existe entre os arranjos locais e as normas legais sobre o uso do recurso ornamental, assim como as relações geradas entres os atores envolvidos no ordenamento desta atividade. Este estudo caracteriza-se por ter um enfoque analítico descritivo desde uma aproximação qualitativa baseada na pesquisa participativa, sendo implementada através do uso de ferramentas do diagnóstico rural participativo e entrevistas semiestruturadas; a informação foi ordenada e examinada a partir de categorias de análise e a implementação de dois tipos de triangulação (inter e intra) da informação. Os resultados identificados estabelecem que das diversas atividades extrativistas desenvolvidas pela comunidade, a mineração de garimpo e a pesca ornamental têm sido as mais constantes; no entanto, as condições de ilegalidade da primeira hão levado a seu declínio, enquanto que a pesca consolida-se como a principal fonte de ingressos econômicos para seus habitantes. Entre os fatores que têm incidido no nível de participação dos pescadores no processo de manejo encontram-se: a intervenção institucional, a diminuição do recurso, a desigualdade nas relações comerciais, os conflitos internos, os regimes de propriedade e o declínio da mineração. A implementação do sistema de manejo adquirido pelos pescadores está constituída pelo sincretismo entre as normas locais sustentadas no conhecimento tradicional e a regulamentação estatal, em resposta à necessidade de manter uma fonte econômica estável em vez do detrimento gerado pela transgressão das normas tradicionais sobre o manejo do território. Em referência ao âmbito governamental, os planos de manejo não apresentam programas contínuos sobre o setor, suas gestões limitam-se ao desenvolvimento de programas em curto prazo, além de apresentar constantes reformas que dificultam o cumprimento de suas responsabilidades e o reconhecimento de suas funções por parte da população local. Entre as principais conclusões ressaltam: as economias extrativistas que introduziram novos elementos, os quais deterioraram os esquemas tradicionais da organização, além de criar novas alternativas de uso dos recursos naturais; embora esteja baseado na associação sob princípios democráticos, seu desempenho esta mediado pelas rivalidades entre clãs que predominam na comunidade; os pescadores dependem da intervenção institucional para consolidação do sistema de manejo iniciado, portanto, a descontinuidade da gestão destas entidades tem gerado o enfraquecimento do processo organizativo; a aplicação efetiva do estatuto pesqueiro e os acordos locais entre os pescadores são limitados, por um lado, a falta de recursos, pessoal idôneo e a vontade política restringem seu agir, por outro, a demanda externa e a necessidade de benefícios econômicos determinam eficácia dos arranjos implementados; não existe também, uma instância clara de coordenação que permita harmonizar a gestão das instituições para o ordenamento desta atividade
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    DissertaçãoAcesso aberto (Open Access)
    Propriedade intelectual como instrumento do etnodesenvolvimento: oportunidades na Região Imediata Soure-Salvaterra, Marajó, Pará
    (Universidade Federal do Pará, 2022-11-29) RODRIGUES, Kildren Pantoja; SILVA, Christian Nunes da; http://lattes.cnpq.br/4284396736118279; CARVALHO, André Cutrim; http://lattes.cnpq.br/1089731342748216
    A teoria do etnodesenvolvimento pode ser utilizada como diretriz de governança para gestão territorial de espaços onde haja povos e/ou comunidades tradicionais, com o intuito principal de que se trate a cultura dessas populações como insumo fundamental para o seu desenvolvimento, respeitando-as, protegendo-as e mantendo a autonomia gerencial de tais comunidades. Desta forma, é defendido nesta dissertação que os conhecimentos tradicionais sejam utilizados em benefício dos próprios povos que os detêm, e que tal iniciativa ocorra através de um direcionamento e assessoramento por parte do Estado. Para que tal diretriz seja utilizada de forma eficiente, faz-se necessária a realização de um planejamento, elencando de forma estratégica como tal gestão poderá ser realizada. Nesta perspectiva, este estudo apresenta a gestão da Propriedade Intelectual desses povos como sendo um instrumento eficaz para a aplicação do principal pilar etnodesenvolvimentista, qual seja, a observância e utilização da cultura tradicional fundamentalmente em proveito do desenvolvimento local do território onde tais povos e comunidades tradicionais habitam. É demonstrado como tal direcionamento se apresenta como uma verdadeira reparação histórica no que diz respeito à história do Brasil quanto ao tratamento das culturas originárias e às vindas do continente africano, bem como elencando, de forma pormenorizada, o conteúdo jurídico que dá base para a utilização do etnodesenvolvimento em territórios onde se encontram povos e comunidades tradicionais. É explanado ainda como as ferramentas de Propriedade Intelectual presentes na legislação brasileira podem ser utilizadas para tal fim. Sob essa ótica, aborda-se a pesquisa de campo realizada em duas comunidades do arquipélago do Marajó, localizadas na região imediata Soure-Salvaterra, demonstrando, a partir de fatos constatados, como esta gestão da Propriedade Intelectual pode ser benéfica para a região marajoara e, consequentemente, amazônica. Por fim, apresentam-se os resultados da presente pesquisa demonstrando quais são os produtos potenciais embasados no conhecimento tradicional marajoara que têm força mercadológica a partir da aplicação da gestão de Propriedade Intelectual. Chega-se à conclusão de que há uma necessidade latente de que haja políticas públicas que utilizem a legislação de Propriedade Intelectual em prol do desenvolvimento local de povos e comunidades tradicionais, como demonstrado nas localidades marajoaras na presente pesquisa estudada, fortalecendo tal afirmação com base em todo o arcabouço jurídico pátrio relativo à matéria. Ao final, por se tratar de um mestrado profissional, toda elaboração cartográfica da pesquisa, deu origem a um mini atlas sobre a região estudada.
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    DissertaçãoAcesso aberto (Open Access)
    Sapurahái de Karuára: mitos, instrumentos musicais e canto entre os Suruí Aikewára
    (Universidade Federal do Pará, 2007-09-24) SILVA, Gilmar Matta da; MASTOP-LIMA, Luiza de Nazaré; http://lattes.cnpq.br/1067737666679586; BELTRÃO, Jane Felipe; http://lattes.cnpq.br/6647582671406048
    Os conhecimentos tradicionais se ligam a processos de aprendizagem baseados na interação dos grupos humanos com o meio ambiente, envolvendo experimentação, especulação e experiência de seus membros que sistematizam um conjunto de concepções e práticas de socialização intergeracional. O estudo desenvolvido entre os Suruí Aikewára, no estado do Pará, aborda a constituição desses conhecimentos e práticas relativas ao canto ligando-o aos mitos e aos processos de construção dos instrumentos musicais, como via de entrada para o entendimento do universo cultural indígena, acionados na dança do Sapurahái e no rito Karuára.
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    TeseAcesso aberto (Open Access)
    Tjina ydubry gap pom mo (Nosso território com morro grande): histórias, memória coletiva e percepções sobre o território e a biodiversidade entre os Arara (Karib) da TI Cachoeira Seca
    (Universidade Federal do Pará, 2025-01-28) BUILES PUERTAS, Diego Fernando; FOLHES, Ricardo Teophilo; http://lattes.cnpq.br/5612208724254738
    O povo Arara (Karib) do Pará foi particularmente célebre na década de 1980, quando notícias sobre os conflitos entre os grupos deste povo com colonos e trabalhadores não indígenas, que chegaram acompanhando as iniciativas de colonização e desenvolvimento do governo militar da década 1960, se espalharam na mídia local até as esferas nacionais e internacionais. Para dar continuidade às obras e aos projetos, o governo criou a Frente de Atração Arara (FAA) em 1971. Em 1982 e 1983, se conseguiu o contato com os grupos Arara, que conformam a atual TI Arara, e 1987, com o grupo que conforma a TI Cachoeira Seca. Apesar de a homologação da TI Cachoeira Seca ter sido concedida em 2016, a regularização não foi concluída, pelos percalços do processo de desintrusão dos não indígenas que permanecem na TI. Aproveitando as lacunas do processo, invasores ilegais desmatam, traficam com madeira, grilam terra, fazem criação pecuária e exploram os recursos de usufruto exclusivo, desconhecendo as disposições constitucionais e legais. Outra questão estrutural, consistente na legitimação de ações assimétricas de invasão, se toma do território dos povos indígenas, a partir dos discursos retóricos de “território vazio” ou habitado por “povos despossuídos de conhecimento útil para a civilização”, isso também se tem efetivado na imposição dos interesses econômicos e políticos. Devido à interação de todos esses elementos, e de sua continuidade, apesar das denúncias comunitárias permanentes e das ações das instituições encarregadas da proteção do território e da biodiversidade, a situação se enquadra como um problema de falta de eficiência e eficácia nas políticas e ações de proteção territorial da TI Cachoeira Seca. Para contribuir com a melhoria desta situação, decidiu-se analisar as formas de uso do território e da biodiversidade, a partir das informações documentais, a recuperação da memória coletiva e a documentação das percepções do acervo de conhecimento tradicional do povo Arara da TI Cachoeira Seca, para produzir insumos qualificados, que melhoraram as ações de proteção territorial. Usaram-se revisão documental, convívio nas aldeias e registro em diário de campo. Também se realizaram oficinas participativas e colaborativas, mapeamentos e zoneamentos, conversas, entrevistas e acompanhamento de expedições às áreas de uso da biodiversidade. No capítulo I, se apresentam os elementos históricos analisados, com foco no povo Arara (Karib) e o recorte territorial mencionado acima. No capítulo II, se apresentam os elementos da diáspora e da mobilidade dos grupos Arara em diálogo com o resgate da memória coletiva da Tjibie Arara e sua filha Iogo Arara sobre o contato com os karei (não indígenas). No capítulo III, se apresentam os elementos sobre as percepções e o acervo de conhecimento tradicional para o uso do território e a biodiversidade para a alimentação e sobrevivência. Apresentam-se mapas e figuras com as reconstruções da mobilidade histórica; detalhes do esquartejamento do território dos grupos Arara pelos projetos de colonização e desenvolvimento; calendários culturais e de alimentação e sobrevivência; e o etnozoneamento das Áreas de Manejo Especial Indígena (AMEIs) e das Áreas Territoriais de Recorrentes Invasões após a Transamazônica (ATRITs).
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