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Miriti: o Açaí do Inverno? extrativismo, comercialização e consumo de frutos de Mauritia flexuosa L.f. no Estuário Amazônico

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01-01-2016

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CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior

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SOUSA, Fagner Freires de. Miriti: o Açaí do Inverno? extrativismo, comercialização e consumo de frutos de mauritia flexuosa L.f. no Estuário Amazônico. Orientador: Flávio Bezerra Barros; Coorientadora: Camila Vieira-da-Silva. 2016 . 133 f. Dissertação (Mestrado em Agriculturas Familiares e Desenvolvimento Sustentável) – Núcleo de Ciências Agrárias e Desenvolvimento Rural, Universidade Federal do Pará, Belém, 2016. Disponível em: . Acesso em:.

DOI

Visando analisar o potencial do extrativismo de frutos de miriti para a reprodução social ribeirinha e conservação da biodiversidade frente à “açaização” dos estabelecimentos de produção familiares (EPF’s) do estuário amazônico, empreendemos pesquisa de campo junto a 22 famílias ribeirinhas na ilha Sirituba, Abaetetuba – PA, onde o extrativismo de miriti ainda é recorrente. Na condução da pesquisa utilizamos o estudo de caso como estratégia metodológica, nos valendo de observação participante, aplicação de questionários semiestruturados, entrevistas não diretivas e diário de produção, os quais oportunizaram apreender as práticas utilizadas nesse sistema, a divisão social do trabalho, a formação de circuitos de comercialização e a utilização do miriti na alimentação diária. Com intuito de conhecer os usos alimentares do fruto na cidade de Abaetetuba, realizamos entrevistas com mingauleiros de miriti e observação participante na praça de alimentação das duas últimas edições do Miriti Fest. Os resultados revelaram um vasto conhecimento por parte dos ribeirinhos sobre o miriti e a existência de uma relação de reciprocidade entre homens e palmeiras, as quais sinalizam para a conservação da espécie. No aspecto produtivo, constatamos a intensa participação da família no trabalho com o miriti que é realizado conjuntamente, oportunizando a troca de saberes entre gerações, o que favorece o fortalecimento da tradição em torno do extrativismo desta palmeira. O potencial econômico da atividade também foi evidenciado, com forte demanda pelo fruto e seus derivados na cidade de Abaetetuba, principal mercado acessado pelos extrativistas, comercializa-se cerca de 125 t. por mês, destacando-se os circuitos curtos de comercialização (venda na feira e por encomenda), os quais possibilitam uma renda média mensal superior ao salário mínimo e faturamento médio por safra semelhante ao da extração do açaí. Os usos alimentares do fruto foram registrados tanto no contexto rural, onde integra todas as refeições, contribuindo significativamente para segurança e soberania alimentar, quanto no contexto urbano, onde é consumido no dia-a-dia, principalmente na forma de mingau e, ressignificado, torna-se “comida de festa” durante o Miriti Fest. Assim, concluímos que o extrativismo do miriti é uma atividade produtiva tradicional com potencial para garantir a reprodução ribeirinha durante a entressafra do açaí e contribuir para a conservação da biodiversidade, caso realizado de forma sustentável. Acrescentamos ainda, a necessidade de investimentos em políticas públicas voltadas ao incentivo dessa prática e ao fortalecimento da cadeia produtiva do miriti.

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Palavras-chave

Buriti – comercialização - Abaetetuba (PA) (PERGAMUM)AgroextrativismoConhecimento tradicionalMercado localSegurança e soberania alimentarDesenvolvimento sustentávelAgroextractivism; Traditional knowledgeLocal marketFood security and sovereigntySustainable development

Área de concentração

AGRICULTURAS FAMILIARES E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Linha de pesquisa

DINÂMICAS ECONÔMICAS, CULTURAIS E SOCIOAMBIENTAIS NO DESENVOLVIMENTO RURAL NA AMAZÔNIA, SUSTENTABILIDADE DA AGRICULTURA FAMILIAR NA AMAZÔNIA

CNPq

CNPQ::CIENCIAS AGRARIAS

País

Brasil

Instituição

Universidade Federal do Pará, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

Sigla da Instituição

UFPA, EMBRAPA

Instituto

Instituto Amazônico de Agriculturas Familiares

Programa

Programa de Pós-Graduação em Agriculturas Amazônicas

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Fonte

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