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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Abstração, moeda e dívida: uma análise das relações sociais capitalistas a partir de O Anti-Édipo de Deleuze e Guattari(Universidade Federal do Pará, 2025-06-05) SANCHES, Diego de Carvalho; BRITO, Maria dos Remédios de; http://lattes.cnpq.br/6896268801860211; https://orcid.org/0000-0002-0478-5285; BARROS, Roberto de Almeida Pereira de; BARBOSA, Mariana de Toledo; http://lattes.cnpq.br/4521253027948817; http://lattes.cnpq.br/0360247935656905; https://orcid.org/0000-0001-6142-450X; https://orcid.org/0000-0002-1589-0021No presente trabalho, buscamos investigar a atualidade da interpretação de Deleuze e Guattari acerca das relações sociais na máquina capitalista no contexto atual do capitalismo financeiro. Partindo de uma análise de O Anti Édipo (1972) e do papel desempenhado pelas noções de "desterritorialização ”, "axiomática" e "reterritorialização" como elementos constituintes do socius capitalista, objetivamos mostrar em que sentido o plano de imanência desta formação econômica faz com que as suas relações sociais passem necessariamente por um processo de abstração determinado, em última instância, pela natureza de sua forma monetária e por uma política da dívida. Sendo assim, analisamos, em primeiro lugar, os pressupostos filosóficos e antropológicos que subjazem à argumentação dos autores a respeito dos tipos de socius. Trata- se de fixar o sentido de opor Nietzsche a Mauss e Lévi Strauss quando da determinação das relações sociais como relações de dívida e não de troca; de demonstrar como podemos compreender a singularidade do sistema capitalista por meio de uma história universal das contingências; e de analisar os conceitos e noções pelos quais Deleuze e Guattari definem o que é uma sociedade e como ela funciona. A demais, vemos como os autores descrevem a formação do Estado, e como este acontecimento modifica radicalmente a forma e a qualidade das relações sociais. Dando ênfase no papel mediador do Estado entre a classe despótica e o povo, nos detemos nas práticas e tecnologias que daí derivam, como a moeda, a lei, o imposto e a sobrecodificação. Em terceiro lugar, nos voltamos para o socius capitalista, objetivando mostrar os pontos de conjunção entre Deleuze e Guattari e Marx no que concerne à sua formação. Assim, frisamos a sua relação particular com a história; a natureza descodificada e desterritorializada de seus fluxos, e como isso o diferencia substancialmente dos socii pré capitalistas; o seu funcionamento por meio de uma dualidade da forma monetária; e a importância de noções como “mais vali a”, “renda”, “salário”, “lei da baixa tendencial da taxa de lucro” e “antiprodução” para a determinação de seu campo de imanência. Por fim, fazemos um balanço das contribuições do pensamento de Deleuze e Guattari em O Anti-Édipo para a crítica do capitalismo, destacando que, não obstante a limitação histórica de suas análises, as categorias e as principais teses por eles formuladas são essenciais para darmos sentido à configuração atual do capitalismo financeirizado.
