Abstração, moeda e dívida: uma análise das relações sociais capitalistas a partir de O Anti-Édipo de Deleuze e Guattari

Imagem de Miniatura

Data

05-06-2025

Afiliação

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

item.page.theme

Tipo de acesso

Acesso AbertoAttribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 Internationalaccess-logo

Contido em

Citar como

SANCHES, Diego de Carvalho. Abstração, moeda e dívida: uma análise das relações sociais capitalistas a partir de O Anti-Édipo de Deleuze e Guattari. Orientadora: Maria dos Remédios de Brito. 2025. 134 f. Dissertação (Mestrado em Filosofia) - Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal do Pará, Belém, 2025. Disponível em: https://repositorio.ufpa.br/handle/2011/17831. Acesso em:.

DOI

No presente trabalho, buscamos investigar a atualidade da interpretação de Deleuze e Guattari acerca das relações sociais na máquina capitalista no contexto atual do capitalismo financeiro. Partindo de uma análise de O Anti Édipo (1972) e do papel desempenhado pelas noções de "desterritorialização ”, "axiomática" e "reterritorialização" como elementos constituintes do socius capitalista, objetivamos mostrar em que sentido o plano de imanência desta formação econômica faz com que as suas relações sociais passem necessariamente por um processo de abstração determinado, em última instância, pela natureza de sua forma monetária e por uma política da dívida. Sendo assim, analisamos, em primeiro lugar, os pressupostos filosóficos e antropológicos que subjazem à argumentação dos autores a respeito dos tipos de socius. Trata- se de fixar o sentido de opor Nietzsche a Mauss e Lévi Strauss quando da determinação das relações sociais como relações de dívida e não de troca; de demonstrar como podemos compreender a singularidade do sistema capitalista por meio de uma história universal das contingências; e de analisar os conceitos e noções pelos quais Deleuze e Guattari definem o que é uma sociedade e como ela funciona. A demais, vemos como os autores descrevem a formação do Estado, e como este acontecimento modifica radicalmente a forma e a qualidade das relações sociais. Dando ênfase no papel mediador do Estado entre a classe despótica e o povo, nos detemos nas práticas e tecnologias que daí derivam, como a moeda, a lei, o imposto e a sobrecodificação. Em terceiro lugar, nos voltamos para o socius capitalista, objetivando mostrar os pontos de conjunção entre Deleuze e Guattari e Marx no que concerne à sua formação. Assim, frisamos a sua relação particular com a história; a natureza descodificada e desterritorializada de seus fluxos, e como isso o diferencia substancialmente dos socii pré capitalistas; o seu funcionamento por meio de uma dualidade da forma monetária; e a importância de noções como “mais vali a”, “renda”, “salário”, “lei da baixa tendencial da taxa de lucro” e “antiprodução” para a determinação de seu campo de imanência. Por fim, fazemos um balanço das contribuições do pensamento de Deleuze e Guattari em O Anti-Édipo para a crítica do capitalismo, destacando que, não obstante a limitação histórica de suas análises, as categorias e as principais teses por eles formuladas são essenciais para darmos sentido à configuração atual do capitalismo financeirizado.

browse.metadata.ispartofseries

Área de concentração

País

Brasil

Instituição(ões)

Universidade Federal do Pará

Sigla(s) da(s) Instituição(ões)

UFPA

item.page.isbn

Fonte

item.page.dc.location.country

Fonte URI

Disponível na internet via correio eletrônico: bibhumanas@ufpa.br