Navegando por Assunto "Medicinal plants"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Atividade citoprotetora e cicatrizante da espécie Conocarpus erectus l em lesões gástricas induzidas em ratos Wistar adultos(Universidade Federal do Pará, 2017-09-06) VIEIRA, Vaneza Rodrigues; MELLO, Vanessa Joia de; http://lattes.cnpq.br/9437589201689717A pesquisa farmacológica têm se voltado ao conhecimento da medicina popular, a fim de estabelecer as bases científicas dos seus efeitos farmacológicos. Entre as diversas fontes naturais utilizadas em nossa região destaca-se a espécie Conocarpus erectus L, popularmente conhecida como ―mangue botão‖ pertencente à família Combretaceae. Diferentes partes da planta como folhas, caule, frutos e flores têm descrito sua atividade biológica, dentre estas anticancerígena e antimicrobiana. Relatos etnofarmacológicos obtidos na região de Salinópolis - PA descreveram potencial utilização em desordens digestivas. Apesar do grande avanço na terapêutica medicamentosa utilizada nos quadros de úlceração gástrica se faz importante a realização de estudos que possam comprovar sua validação. Este trabalho tem como objetivo verificar a atividade citoprotetora e cicatrizante do liofilizado do chá das cascas obtido por decocto da espécie Conocarpus erectus L (LCE) em lesões gástricas agudas e crônicas. Como metodologias para avaliação do efeito citoprotetor foram utilizados indução de lesões agudas por indometacina e etanol, enquanto o efeito cicatrizante foi avaliado por lesões crônicas induzidas cirurgicamente por ácido acético em ratos wistar adultos. A variação do pH intragástrico foi aferida pelo ensaio de ligamento de piloro. Foi avaliada atividade antioxidante do LCE pelo ensaio de DPPH, bem como os níveis de peroxidação lipídica pelo método de TBA-RS em lesões crônicas induzida por ácido acético à 5% e 10%. Os resultados revelaram atividade citoprotetora do LCE no modelo de indução por indometacina reduzindo o índice de ulceração (IU) nos grupos tratado com LCE em 51,49%, omeprazol em 51,33% e sucralfato em 71,28% quando comparados ao grupo controle. Já no modelo de indução por etanol o grupo tratado com o LCE reduziu a área lesionada em 90,94% e 75,88% no grupo sucralfato, ambos quando comparados ao grupo controle. Já na atividade cicatrizante o grupo tratado com o LCE reduziu as lesões gástrica (5%) em 80,11%, o grupo omeprazol em 52,75% e o grupo sucralfato em 66,33%, já as lesões gástricas (10%) o grupo tratado LCE reduziu 72,11%, o grupo omeprazol 57,47% e o grupo sucralfato 43,77% (p>0,05 Anova, pos test Dunnett's e Turkey’s). O tratamento com o LCE revelou um aumento de 39% sobre o pH intragástrico quanto comparado ao controle (p>0,05 Anova, pos test Dunnett's e Turkey’s) e não apresentou-se estatisticamente diferente do grupo que recebeu omeprazol no modelo de ligadura de piloro. A atividade antioxidante do LCE foi comprovada no ensaio de DPPH, pois o mesmo foi diluído em 10x, 50x e 100x apresentando um percentual de (67,65 % ± 0,52) , (73,22 % ±0,17) e (72,70% ±1,39), repectivamente, quando comparado ao antioxidante ácido ascórbico (AA) usado como padrão que apresentou 33,74% já a concentração remanescente de DPPH encontrada no AA foi de (92,84 ±1,20) e nas diluições do LCE foram de 10x (53,84±0,60), 50x (47,44±0,20) e 100x (48,04±1,60) ambos (p<0,05 Anova, post test Turkey’s). A peroxidação lipídica avaliada nas lesões induzidas no modelo de indução por ácido acético a 5% demonstrou que a média dos níveis de MDA nos grupos nave, controle e tratado LCE foi (0,492±0,0849), (1,579±0,219) e (0,399±0,092), respectivamente, demonstrando que o LCE reduziu a peroxidação lipidica em 74,73% com relação ao grupo controle (p<0,05 Anova, post test Dunnett's) não apresentando-se diferente do grupo nave estatisticamente. Já na indução a 10% a média dos níveis de MDA observado nos grupos nave, controle e tratado LCE foi de 0,628 ± 0,042, 1,567± 0,234 e 0,441±0,12 respectivamente. O grupo tratado LCE reduziu em 71,85 % a peroxidação lipídica quando comparado ao grupo controle (p<0,05 Anova, post test Dunnett's). Estes resultados confirmam o efeito citoprotetor e cicatrizante do LCE sugerindo possíveis mecanismos de ação associados a seu potencial antioxidante bem como uma possível inibição da secreção ácida.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Boas práticas na produção de fitoterápicos artesanais: estudo de caso no grupo erva vida de Marapanim, estado do Pará-br.(Universidade Federal do Pará, 2023-12-14) LEAL, Felipe Salomão Valente; LOPES, Luis Otávio do Canto; http://lattes.cnpq.br/1013147545099173; https://orcid.org/0000-0002-6209-9646; BARBOSA, Wagner Luiz Ramos; http://lattes.cnpq.br/1372405563294070; https://orcid.org/0000-0002-2421-8245Em um país multicultural como o Brasil, com uma flora extensa e diversificada, diferentes grupos humanos específicos ainda preparam fitoterápicos artesanais com base em conhecimentos predominantemente empíricos, considera-se que tais grupos possuem a sabedoria necessária para esse fim. Estas comunidades aplicam esta sabedoria como uma alternativa eficaz e acessível para tratar as suas doenças, associando-a às plantas medicinais. Apesar de antiga, a fitoterapia ainda está em plena expansão na sociedade moderna, dada a significativa necessidade de opções terapêuticas mais acessíveis. Contudo, para garantir a qualidade e segurança destes medicamentos fitoterápicos produzidos artesanalmente, são necessários procedimentos que reflitam as Boas Práticas de Fabricação (BPF). Assim, o objetivo geral deste trabalho foi compreender a regulamentação da produção de fitoterápicos para propor procedimentos operacionais adequados à produção qualificada de fitoterápicos artesanais por organizações comunitárias. Para tanto, foi realizado um estudo de caso com o grupo Erva Vida em Marapanim/PA para compreender os saberes envolvidos na produção artesanal de fitoterápicos. Foi realizada pesquisa bibliográfica para compreender, analisar e interpretar as regulamentações oficiais e avaliar os elementos contidos nos instrumentos regulatórios de boas práticas de produção que podem ser introduzidos na fabricação de medicamentos fitoterápicos pela comunidade, adaptando-os sem desvirtuar o caráter artesanal do processo. Após essas etapas e, com base nos resultados obtidos, foram desenvolvidos e propostos dois produtos tecnológicos como instrumentos de orientação: o “Roteiro para avaliação das condições higiênico-sanitárias das boas práticas na manipulação de fitoterápicos artesanais” mais técnico, e a cartilha de “Boas Práticas na Manipulação de fitoterápicos artesanais em estabelecimentos comunitários” com características mais didáticas. O primeiro produto foi aplicado no grupo Erva Vida, e os resultados foram quantificados e posteriormente analisados qualitativamente para construção do segundo produto. Por fim, propõe-se implementar elementos de boas práticas de fabricação para contribuir para a continuidade e tradicionalidade desta produção, incorporando elementos que possam tornar seus produtos mais seguros e eficazes sem desgastar as características culturais do grupo produtivo artesanal.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Ethnoveterinary knowledge of the inhabitants of Marajó Island, Eastern Amazonia, Brazil(Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, 2011) MONTEIRO, Maria Vivina Barros; BEVILAQUA, Claudia Maria Leal; PALHA, Maria das Dores Correia; BRAGA, Roberta Rocha; SCHWANKE, Katiane; RODRIGUES, Silvane Tavares; LAMEIRA, Osmar AlvesEm várias partes do mundo existem relatos etnoveterinários sobre a utilização de plantas em protocolos terapêuticos, entretanto não existem informações disponíveis sobre a etnoveterinária praticada na Amazônia brasileira. Desta forma, objetivou-se documentar o conhecimento etnoveterinário de habitantes da Ilha do Marajó, Amazônia Oriental. Foram realizadas 50 entrevistas individuais com aplicação de questionários semi-estruturados que foram analisados quantitativamente através de estatística descritiva utilizando freqüência de distribuição. O valor de uso foi calculado para determinar as espécies mais importantes. Amostras de plantas com relatos de uso medicinal foram coletadas e identificadas botanicamente. Cinqüenta plantas, distribuídas em 48 gêneros e 34 famílias, foram indicadas para 21 diferentes usos medicinais. A família Asteraceae foi a que teve maior número de espécies citadas e Carapa guianensis Aubl, Crescentia cujete L., Copaifera martii Hayne, Caesalpinia ferrea Mart., Chenopodium ambrosioides L., Jatropha curcas L. e Momordica charantia L. foram as espécies com maiores valor de uso. As partes das plantas mais utilizadas para preparo dos medicamentos etnoveterinários foram folhas (56%), cascas (18%), raizes (14%), sementes (14%) e frutos (8%). Quanto à forma de uso o chá foi citado por 56% dos entrevistados e a maioria das preparações (90,9%) utiliza uma só planta. Além das plantas medicinais, os entrevistados relataram o uso de produtos de origem animal e mineral. Esse trabalho contribui para realização de um inventário das plantas utilizadas na etnoveterinária marajoara que pode servir de base de dados para futuros estudos de validação científica.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Poranduba: uma experiência docente pela sabedoria das plantas medicinais nos rios da Amazônia(Universidade Federal do Pará, 2024-02-02) Santos, Dioemili Sá dos; Raposo, Elinete Oliveira; http://lattes.cnpq.br/6737474841439654; https://orcid.org/0000-0001-8995-0296Esta é uma pesquisa qualitativa, transformada em um relato (auto)biográfico, baseandose em minhas experiências como professora de alunos do 5º ano do ensino fundamental em uma escola ribeirinha da rede pública municipal de Ponta de Pedras, Pará, Brasil. Objetivou-se protagonizar as experiencias de ensino e de aprendizagens de uma professora e seus alunos no processo de desenvolvimento de uma Sequência Didática - SD de base etnobotânica nas aulas de Ciências no 5º ano do ensino fundamental. A pesquisa foi conduzida utilizando meu diário de formação e os diários dos estudantes, com registros de atividades das aulas, entrevistas semiestruturadas, registros fotográficos e outros. Utilizei a Análise Textual Discursiva (ATD) como metodologia de análise do material empírico e, após um processo de imersão, sistematizei dois eixos temáticos de análise: i) CHÁ PARA QUÊ? Uma abordagem com plantas medicinais nos anos iniciais em uma escola ribeirinha da Amazônia, e ii) A ETNOBOTÂNICA PELOS JARDINS DA DECOLONIALIDADE: lançando sementes para (re)pensar a formação docente em ciências. Os resultados e discussões foram apresentados em dois artigos, que permitem discussões e reflexões a respeito dos papéis do/a professor/a e do/a aluno/a nesses processos, em especial quanto ao uso da etnobotânica na sala de aula. É possível considerar que a proposta docente possui premissas para uma Abordagem Decolonial no ensino de Ciências, propicia aprendizagem significativa, Alfabetização Científica Intercultural com valorização do conhecimento tradicional e contribui para uma Educação Cidadã. Como fruto deste estudo, disponibilizei um livro em formato digital (e-book), denominado de PARA ALÉM DOS CHÁS: a etnobotânica através das plantas medicinais, que apresenta aos/às professores/as e alunos/as novas formas e possibilidades simples de ensinar e aprender botânica, cultura e educação científica. Essas experiências inovadoras no ensino de Ciências são fáceis de serem aplicadas e replicadas no cotidiano escolar, podendo ser ressignificadas pelos docentes conforme as necessidades de cada turma.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Processo de estabelecimento de cultivo in vitro de plântulas de simaba cedron planch (simaroubaceae)(Universidade Federal do Pará, 2020-11-16) LIRA, Marcia Santos de Freitas; LEITE, Jandecy Cabral; http://lattes.cnpq.br/7279183940171317Simaba cedron, conhecida popularmente como "cedron", é amplamente utilizada para o tratamento de febres e picadas de cobras. Suas sementes são utilizadas no tratamento de problemas estomacais e infecções hepáticas. Os frutos são usados para cólica e tratamento da malária, enquanto a casca é usada como antiespasmódica. É amplamente distribuída na região amazônica estendendo-se até o sudeste do Brasil (Espírito Santo) e ao norte alcançando parte da América Central (até a Costa Rica). É uma espécie que habita principalmente áreas florestadas, porém também ocorre em áreas não florestadas como capoeiras e encraves de mata dentro do cerrado. Na Serra dos Carajás ocorre na área transicional entre a vegetação rupestre e a floresta de terra firme adjacente. A Simaba cedron é geralmente propagada por sementes, mas com sucesso limitado, pois a baixa viabilidade da mesma restringe a sua propagação. Diante de tal dificuldade, torna-se necessário o estudo de condições adequadas à produção em larga escala destas mudas. Sabendo-se que em diversas espécies, o uso da micropropagação tem possibilitado a obtenção de grande quantidade de mudas livres de doenças e mais homogêneas, em tempo e espaço físico reduzidos, em comparação aos métodos de propagação convencionais, objetivou-se com este trabalho a obtenção de plantas matrizes assépticas, como primeira etapa no desenvolvimento de um protocolo de micropropagação para a simaba. As sementes foram coletadas de uma planta matriz localizada no Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA), em Manaus/AM. O experimento foi instalado no Laboratório de Cultura de Tecidos Vegetais do CBA, onde os explantes foram cultivados em meio de cultura segundo Murashige e Skoog (MS) e em Wood Plant Medium (WPM), durante 60 dias. A taxa de desinfestação foi de 75% e, das sementes desinfestadas, 100% germinaram. A taxa de multiplicação máxima foi obtida com o meio MS (8,0:1), cujas plântulas atingiram, em média 4,8 cm e 75% de enraizamento.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Processo de secagem de Morinda citrifolia L. em secador de radiação com lâmpadas refletoras, utilizando planejamento composto central rotacional(Universidade Federal do Pará, 2015-10-16) BARROS, Hellen Carvalho; BRASIL, Davi do Socorro Barros; http://lattes.cnpq.br/0931007460545219; FARIA, Lênio José Guerreiro de; http://lattes.cnpq.br/7428609361678173Morinda citrifolia Linn, conhecida popularmente como Noni, é uma planta da família Rubiaceae, usada por muitos séculos na medicina popular. A descoberta da planta se deu pelos ancestrais dos polinésios e tem sido largamente reportada por suas propriedades terapêuticas e nutricionais. Por esse motivo, resolveu-se realizar pesquisa com os frutos da espécie Morinda citrifolia L.,.Observar as propriedades do produto seco para o consumo na dieta alimentar, bem como, comprovar o potencial funcional pós-secagem. Neste trabalho foi realizado o estudo da secagem dos frutos de Noni, avaliação e quantificação dos compostos fenólicos e atividade antioxidante dos extratos obtidos. No processo de secagem, foi utilizado um secador com lâmpadas refletoras em escala laboratorial. Na análise do processo tomou-se por base o modelo estatístico, quantificando-se os efeitos das variáveis de entrada nas Respostas, por meio das análises de regressão através do planejamento composto central rotacional (PCCR) com duas variáveis de entrada, e cinco níveis. Empregando-se temperatura, e tamanho das polpas como variáveis de entrada e Teor de umidade final, capacidade antioxidante e teor de fenólicos totais como resposta.Observou-se que o aumento da temperatura de secagem, causou um decréscimo no teor de umidade final nos frutos de Morinda citrifolia L.A faixa de conteúdo de umidade final variou de 0,01 a 3,50 kg de água/kg de sólido seco e 1,32% a 38,8%, em base úmida. Os valores médios de compostos fenólicos totais variaram de 12,54 a 26,56 mgEAG/g,e capacidade Antioxidante foi de 23,12 a 77,86mg de Trolóx /g de amostra,dentro do domínio experimental. Somente variável de entrada isolada X1 (temperatura) na forma linear e quadrática, foi estatisticamente influente sobre a variável de resposta Xbs.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Recursos específicos e sua ativação para o desenvolvimento territorial: o caso da fitoterapia popular em Marapanim-PA(Revistas Brasileiras Publicações de Periódicos e Editora Ltda., 2020-04) PINHEIRO, Ailton Castro; BARBOSA, Wagner Luiz Ramos; VASCONCELLOS SOBRINHO, MárioO artigo tem como objetivo analisar a formação e ativação de Recursos Específicos na área de Fitoterapia Popular na Amazônia Paraense. Para isso foi realizada uma pesquisa participante, documental e bibliográfica com foco na cidade de Marapanim-PA que se destaca por possuir uma associação de mulheres que a mais de 20 anos pratica a fitoterapia popular e por ter aprovado, em 2019, o seu programa municipal de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. O resultado evidencia que o Recurso Específico foi fruto de um longo aprendizado onde a parceria com a universidade foi fundamental para a criação de tecnologias apropriadas, a exemplo da biotecnologia social, porém a ativação efetiva desse recurso é ainda um desafio neste território.Dissertação Acesso aberto (Open Access) O uso da planta “pata–de–vaca” (Bauhinia Forficata) no tratamento do diabetes mellitus: um estudo na feira do Ver–o–Peso em Belém–Pará, Amazônia, Brasil(Universidade Federal do Pará, 2021-12-14) SILVA, Bruna Leticia Rosário da; SILVA, Iracely Rodrigues da; http://lattes.cnpq.br/5393264898435715; OLIVEIRA, Euzébio de; http://lattes.cnpq.br/1807260041420782; https://orcid.org/0000-0001-8059-5902A feira do Ver–o–Peso, localizada em Belém do Pará, é considerada a maior feira livre da América Latina. Nela encontra–se à venda um grande número de espécies vegetais com variadas propriedades medicinais, sendo utilizadas pelos moradores da cidade de Belém e região metropolitana para o tratamento de inúmeras doenças. Apesar disso, muitas plantas ainda não tiveram identificados/registrados ou patenteados cientificamente pela indústria farmacêutica os seus variados usos e propriedades medicinais, que vem sendo usados, muitas vezes a séculos, por meio dos conhecimentos e formas tradicionais. Este trabalho objetiva caracterizar as formas dos usos terapêuticos/medicinais da espécie da planta conhecida como “pata–de–vaca” (Bauhinia Forficata), no tratamento do Diabetes Mellitus, na região urbana da cidade de Belém do Pará, verificando ainda, quais são os princípios ativos desta espécie vegetal que influenciam na sua eficácia para o tratamento desta doença. A pesquisa possui abordagem metodológica qualitativa, realizada por meio da pesquisa de campo, utilizando–se como instrumentos de coleta de dados, a aplicação de free listing, entrevistas com informantes chaves, aplicação de formulários/questionários, observação direta, gravação de áudio dos entrevistados e registros fotográficos da planta estudada. Os resultados desta pesquisa apontam que a região urbana da cidade de Belém do Pará possui grande arcabouço de saberes tradicionais sobre plantas medicinais e conhecem com muita propriedade as práticas empregadas para o uso das plantas medicinais que são utilizadas para o cuidado em saúde. Com isso, a conclusão deste trabalho que neste caso o foco da pesquisa foi a Bauhinia Forficata, mostrou que esta planta apresenta grande comercialização e relevada eficácia quando utilizada para o tratamento do Diabetes Mellitus. Os achados contribuíram ainda com o reconhecimento e valorização dos saberes e práticas locais sobre a “pata–de–vaca” (Bauhinia Forficata) que estão presentes na região urbana, e estão sendo aplicados/utilizados para o tratamento e consequente promoção da qualidade de vida dos pacientes diabéticos.Dissertação Acesso aberto (Open Access) O uso de plantas medicinais no tratamento de leshimaniose tegumentar no município de São Domingos do Capim, Pará(Universidade Federal do Pará, 2024-03-28) LEAL, Helen Betânia Lobato; OLIVEIRA, Euzébio de; http://lattes.cnpq.br/1807260041420782; https://orcid.org/0000-0001-8059-5902Doenças Tropicais Negligenciadas (DTNs) referem-se a um grupo de doenças que afetam principalmente áreas de extrema pobreza. Muitas vezes essas não recebem a devida atenção e investimento em pesquisa, prevenção e tratamento. A região Norte do Brasil é responsável pelo maior número de casos notificados, em especial o município de São Domingos do Capim/PA. O que motivou a necessidade de compreender quais os meios terapêuticos naturais usados no tratamento das DTNs, em especial a Leishmaniose Tegumentar (LT) neste município. Este estudo teve como objetivo avaliar o número de casos positivos da doença em estudo, durante os últimos 5 anos no município, bem como, identificar o uso de plantas medicinais que são mais usadas para o tratamento da LT em indivíduos portadores da doença. Trata-se de um estudo descritivo, transversal e observacional, qualitativo e quantitativo realizado com base na aplicação de questionários para avaliar as condições socioeconômicas e estruturais além do conteúdo envolvendo o uso de plantas medicinais da amostra estudada. Após informações serem fornecidas pelo setor de Vigilância em Saúde do Município, encontrou-se o total de 06 pessoas positivadas nos últimos 5 anos para LT. Este estudo mostra que os números de pessoas notificadas como positivas para LT no Município de São Domingos do Capim entre 2019 a 2023 são menores quando comparados com outros municípios da região norte, apesar disso o Pará ainda permanece no ranque de um dos maiores estados que mais notificam LT no Brasil. Após, notou-se que quatro pessoas (04) relataram não ter utilizado nenhuma planta medicinal como medida terapêutica, e apenas duas (02) pessoas relataram ter usado alguma planta medicinal no início do tratamento da doença, no entanto as mesmas ainda referiram não usarem mais que uma semana, haja vista que não obtiveram bons resultados, e que além disso as plantas utilizadas colaboraram para o agravo dos sintomas. Este estudo mostra que apesar de o Município de São Domingos do Capim ainda contar com um sistema de saneamento básico precário, e alta vulnerabilidade social dentre outros fatores agravantes, a LT teve uma queda significativa em casos notificados pela Vigilância do local. É importante mencionar que, a maioria dos participantes referiram ser muito bem assistidos por esse setor, com tratamentos medicamentosos adequados a doença. Por isso, a utilização de plantas medicinais como uma alternativa de cura ou tratamento a essa doença foi considerada algo pouco utilizado, sendo considerada neste estudo uma prática pouco eficaz pelos portadores de LT neste município.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Uso de recursos naturais por seis comunidades ribeirinhas da Volta Grande do Xingu(Universidade Federal do Pará, 2023-09-29) SOUZA, Thais Santos; SERRA , Anderson Borges; http://lattes.cnpq.br/9878285735905103; SANTOS, Graciliano Galdino Alves dos; http://lattes.cnpq.br/8085271321555747; HERNÁNDEZ-RUZ, Emil José; http://lattes.cnpq.br/9304799439158425A bacia Amazônica possui um potencial de aproveitamento de seus recursos hídricos, que vem sendo explorado por construções de hidrelétricas para atender à crescente demanda na geração de energia. Contudo, as hidrelétricas causam grandes transformações, no uso dos recursos naturais, como na pesca e nos usos dos recursos florestais. É o caso da construção da hidrelétrica (UHE) Belo Monte no Rio Xingu, sudoeste do Pará. Na pesquisa, investigamos as mudanças que ocorreram no uso de plantas medicinais, pesca e caça após a construção da UHE Belo Monte, em seis comunidades na região da Volta Grande do Xingu. Foram feitas 45 entrevistas semiestruturadas, com as famílias que vivem próximas ao rio e que exercem ou já tenham exercido atividades utilizando a flora, caça e a pesca, tanto para fins comerciais ou para consumo doméstico. Foram obtidas a frequência de uso de cada espécie vegetal ou animal. Houve redução de espécies apreciadas para o consumo de peixes e de animais silvestres (caça). No uso de plantas medicinais, andiroba obteve a maior frequência de uso. Com os resultados obtidos, o uso de plantas medicinais nas famílias ribeirinhas reduziu após a construção da UHE Belo Monte, para a pesca e caça, e consequentemente esses fatores provocam mudanças no modo de vida das famílias ribeirinhas.
