Navegando por Assunto "Recursos pesqueiros"
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Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Alternativas de manejo pesqueiro no lago da usina hidrelética de Tucuruí/PA(Universidade Federal do Pará, 2019-04) ALMEIDA, Neila de Jesus RibeiroEsta pesquisa aborda discussões sobre o uso e acesso aos recursos pesqueiros no Lago da Usina Hidrelétrica de Tucuruí, no sudeste paraense. Busca reflexões sobre a conservação de recurso pesqueiro em Unidades de Conservação de Uso Sustentável a partir de alternativas de manejo comunitário do tucunaré - Cichla spp. A partir da ausência de um plano de manejo na reserva, pretende-se verificar alternativas de criação de um manejo comunitário a partir dos anseios da Associação dos Pescadores do Lago de Tucuruí APLP e observar a importância do plano de manejo comunitário na reserva a partir de acordos de pesca. Desta forma, é necessário recorrer a teóricos que estudam este tema, buscando conceitos a partir das reflexões sobre o uso e acesso dos recursos que apontam para as perspectivas do co-manejo, tanto de forma mais ampla como de experiências em cenários amazônicos, onde a maioria dos estudos apontam para o manejo eficaz pautado na gestão participativa, a partir de acordos de pesca, mas principalmente utilizando-se o manejo comunitário.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Caracterização socioeconômica da pesca artesanal na Resex Marinha de Araí-Peroba (PA)(Universidade Federal do Pará, 2024-08-30) CAVALCANTE, Alessandro dos Santos; JIMENEZ, Érica Kitazono Antunes; http://lattes.cnpq.br/8793273902733669; https://orcid.org/0000-0002-2985-4515; BARBOZA, Roberta Sá Leitão; http://lattes.cnpq.br/9331256487699477; https://orcid.org/0000-0003-2367-553XA pesquisa realizada na Reserva Extrativista Marinha Araí-Peroba, no Pará, teve como objetivo caracterizar socioeconomicamente as famílias pescadoras, avaliar sua resiliência financeira e investigar a percepção sobre a gestão pesqueira. Os dados foram coletados entre março e julho de 2022 em 11 comunidades, totalizando 293 entrevistas. A coleta foi realizada através do Programa Pesca para Sempre, implementado pela Rare Brasil, utilizando um formulário eletrônico que abrangeu tópicos como demografia, subsistência, pesca, resiliência e capital social. Os resultados indicam que a pesca artesanal é a principal fonte de renda, representando 74,7% do total familiar, mas 42,7% dos entrevistados relataram uma diminuição significativa na captura nos últimos dois anos. A pesquisa revelou que a dependência exclusiva da pesca expõe as comunidades a riscos socioeconômicos, especialmente diante de variações ambientais e econômicas. A diversificação das fontes de renda, é apontada como estratégia essencial para aumentar a resiliência econômica. Além disso, a pesquisa destacou a divisão de trabalho por gênero, com homens predominando na captura e mulheres no beneficiamento do pescado. Valorizar o papel das mulheres e promover a igualdade de gênero são fundamentais para melhorar as condições de vida das comunidades. O estudo também evidenciou a importância do capital social, mostrando que a confiança mútua e a cooperação são cruciais para práticas de manejo sustentável. Conclui-se que uma abordagem integrada e multidimensional, que valorize o conhecimento local, promova a inclusão financeira e fortaleça o capital social, é essencial para a gestão sustentável dos recursos pesqueiros na RESEX Araí-Peroba.Tese Acesso aberto (Open Access) Conflito e enfrentamento diante das mudanças ambientais decorrentes da construção de barragem: memória coletiva e pesca artesanal no Lago da UHE de Tucuruí/PA(Universidade Federal do Pará, 2016-04-26) SOUZA, Cleide Lima de; RAVENA CAÑETE, Voyner; http://lattes.cnpq.br/9961199993740323Tem como lócus o lago artificial da Usina Hidrelétrica de Tucuruí/PA. Como problema central, investiga a memória sobre as práticas de acesso e uso dos recursos pesqueiros, procurando responder às seguintes questões: O conhecimento sobre o ecossistema anterior à construção do reservatório, permite o enfrentamento das populações locais, no caso os pescadores artesanais ao ambiente fortemente modificado? Em que medida conhecimentos relativos aos recursos aquáticos se aliam a novos, gerando diferentes estratégias de acesso e uso dos recursos pesqueiros? Quais mudanças socioambientais interferem na memória coletiva? Objetiva identificar e analisar a memória coletiva, considerando as mudanças no ambiente natural, decorrentes dos fortes impactos gerados pela UHE Tucuruí/PA, bem como a dinâmica entre atores (nativos) antigos e novos (imigrantes) e possíveis cenários de conflitos instalados envolvendo a atividade da pesca artesanal. Os procedimentos metodológicos se dão, a partir da escolha de três dos principais portos de desembarque pesqueiro (Santa Rosa, Polo Pesqueiro e Onze), utilizando técnicas quanti-qualitativas com aplicação de 80 questionários e 50 entrevistas semiestruturadas somados ao levantamento documental e bibliográfico de informações anterior à criação do lago, assim como o referencial teórico que discorre sobre sociedade e natureza, memória coletiva e pesca artesanal. Os resultados evidenciam a dimensão dos impactos socioambientais causados, marcados pelo uso da memória coletiva que permite a lembrança do ambiente anterior (rio Tocantins) gestada pela natureza, no processo de enfrentamento ao novo ambiente (lago artificial) que permite a atividade da pesca artesanal em outro território, agora (re)construído pelos sujeitos com uso da memória coletiva. Conclui-se que as formas de vida desses pescadores frente às mudanças que envolve a transformação de um rio para lago, imprime uma ruptura no saber e na relação com a natureza. A memória coletiva representa uma fundamental ferramenta de continuidade, embora com incertezas, à medida que vincula passado e presente na reconstrução de um novo território da pesca.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Diagnóstico da pesca no litoral paraense(Universidade Federal do Pará, 2004-02) SILVA, Bianca Bentes da; ISAAC, Victoria Judith; http://lattes.cnpq.br/3696530797888724Na Região Norte, convivem vários sistemas de pesca que vão desde os de subsistência até pescarias industriais com embarcações mais sofisticadas na captura e, em cujas empresas receptoras há maior apoio tecnológico para o beneficiamento do pescado. Um levantamento do estado atual da pesca no litoral do Estado do Pará, segundo aspectos econômicos, sociais e ecológicos, foi realizado visando estabelecer linhas de ação para o melhoramento sustentável deste setor. Foram delimitados sistemas de produção através de um processo de subdivisão sucessiva da atividade pesqueira segundo características da frota, prática ou arte de pesca, recurso explorado, ambiente alvo, residência, relações de trabalho e renda do pescador e o grau de isolamento da localidade onde há concentração de atividade pesqueira. Para tal foram elaborados e aplicados questionários às lideranças locais, empresas pesqueiras, mercados e pescadores. Foram realizadas 575 entrevistas distribuídas entre os pescadores dos sistemas (524), comunidades (13), mercados (5), colônias (8), associações (13) municípios (9) e empresas pesqueiras (3). Assume-se a coexistência de 20 sistemas de produção dos quais 3 são industriais, 3 artesanais de larga escala e 14 artesanais de pequena escala. Os sistemas industriais são voltados à captura do pargo, piramutaba e camarão rosa, e todos se apresentam em estado de sobre-exploração. Utilizam petrechos como redes de arrastões, covos ou manzuás, em embarcações com casco de aço com autonomia média de 30 dias de pesca e com alguma tecnologia para comunicação e busca de cardumes, além da mecanização da captura. As pescarias industriais produzem grande quantidade de "rejeito" que é descartado na maioria das vezes. Os pescadores destes sistemas são em geral associados às colônias de pescadores, e têm maior poder aquisitivo e social (escolarização, instrução profissional, moradia e assistência à saúde) que a média da classe, porém atuam apenas como mão de obra na atividade já que não são detentores de embarcações e/ou apetrechos de pesca. As pescarias de larga escala atuam na captura do pargo e da lagosta utilizando embarcações de médio porte (maiores que 12m com casco de madeira) com autonomia média de 15 dias de viagem e alguma (rara) tecnologia de comunicação e/ou localização dos cardumes. Os pescadores destes sistemas são em sua maioria colonizados, não são detentores de embarcações e/ou petrechos e são fortemente dependentes dos atravessadores. A pesca tradicional, artesanal ou de pequena escala realizada em toda a costa, responde por 90% das pescarias do Estado do Pará e atua em regiões estuarinas e costeiras, voltadas principalmente para a captura da serra, cioba, cavala, pescada amarela, gurijuba, pescada-gó, além de recursos estuarino-fluviais como a dourada e a pescada branca. São pescarias que utilizam uma grande variedade de artes, com diferentes graus de seletividade e por produtores autônomos ou com relações de trabalho baseadas em parcerias. Os pescadores destes sistemas representam a parcela mais empobrecida de toda a população pesqueira do Estado do Pará. De modo geral, grande parte da comercialização do pescado não gera impostos nem para o Estado nem para os municípios. O Estado do Pará permanece ainda como exportador de matéria-prima e conta com um atual cenário de sobre-explotação de mais de 2/3 dos estoques pesqueiros de interesse comercial, conseqüência de um modelo de livre acesso aos recursos, excessivos investimentos em tecnologia de pesca e a sobre-capitalização das empresas. O fortalecimento das organizações sociais dos pescadores, a disseminação de técnicas de conservação e manuseio do pescado, educação ambiental e garantia do cumprimento da legislação pesqueira, poderiam ser tomadas como metas para o ordenamento do setor pesqueiro no Estado do Pará.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Dinâmica espaço-temporal da pesca industrial de camarão-rosa Farfantepenaeus subtilis na plataforma continental do Amazonas(Universidade Federal do Pará, 2011-05-18) MARTINS, Déborah Elena Galvão; SOUZA FILHO, Pedro Walfir Martins e; http://lattes.cnpq.br/3282736820907252; CAMARGO-ZORRO, Mauricio; http://lattes.cnpq.br/5423657235023988O conhecimento da distribuição espacial dos recursos pesqueiros e um fator essencial no ordenamento pesqueiro. O camarão-rosa Farfantepenaeus subtilis (Perez-Farfante, 1967) e uma espécie de importância econômica, capturado pela pesca industrial na Plataforma Continental do Amazonas. Este estudo teve como objetivo avaliar padrões espaços-temporais da abundancia relativa desse recurso a partir de uma serie de capturas realizadas por barcos da frota industrial, especializadas com o uso de ferramentas de sistema de informações geográficas. A abundancia relativa de camarão-rosa (CPUE) foi relacionada a batimetria, as características do substrato, a vazão do rio Amazonas e as variáveis oceanográficas obtidas por sensoriamento: temperatura da superfície do mar e concentração de clorofila-a. Entre as categorias de tipo de substrato, observou-se maior intensidade de arrastos na região de lama mosqueada. Nessa região, características como tipo de substrato (lama), relevo submarino, taxa de sedimentação (<1 cm.ano-1), e salinidade (>30) constituem o habitat ideal para o camarão-rosa. Maiores valores de CPUE estiveram associados a menores temperaturas e a maiores valores de concentração de clorofila-a, características que ocorrem no período de maior vazão do rio Amazonas, no primeiro semestre. Foi observada a ocorrência de três períodos com diferentes níveis de produção: fevereiro a abril (maior vazão), com maior abundancia relativa de camarão-rosa; maio a julho; e agosto a setembro (menor vazão), com menor abundancia. Os resultados mostraram que a abundancia relativa de F. subtilis não se distribui de modo uniforme no espaço nem na variação sazonal.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Gestão de recursos pesqueiros na RESEX Mãe Grande de Curuçá: comunidade de Arapiranga de Dentro(Universidade Federal do Pará, 2013-03-04) CRUZ, Mariana Neves; RAVENA CAÑETE, Voyner; http://lattes.cnpq.br/9961199993740323Este estudo aborda a gestão compartilhada dos recursos pesqueiros em Áreas Protegidas, enfatizando a RESEX Mãe Grande de Curuçá e objetiva analisar como a delimitação da RESEX corrobora para a gestão dos recursos pesqueiros, através do estudo de caso da comunidade de Arapiranga de Dentro. O estudo foi realizado através de levantamento bibliográfico sobre os temas Território, pesca artesanal e recursos de uso comum. A pesquisa qualitativa se respaldou na aplicação de questionários semi – estruturados, no levantamento de dados de campo acerca da atividade de pesca, na elaboração de carta e de 2 croquis objetivando demonstrar a área de uso do recurso pesqueiros pela comunidade de Arapiranga. Este estudo pretende analisar não somente as Normativas Legais, parâmetros de ação em Áreas Protegidas, mas como estas normativas são inseridas e incorporadas pelas populações que delas fazem uso e como as práticas locais de pesca são afetadas por essa forma de mediação da relação território – população – recurso.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Grandes projetos e a relação com os recursos naturais na fronteira amazônica: os acordos de pesca como instrumentos moderadores de conflitos em Limoeiro do Ajuru(Instituto Histórico e Geográfico do Pará, 2021-06) RODRIGUES, Suzi Carolina Moraes; CARVALHO, André Cutrim; SILVA, Fernanda Kelly Valente daDesde a década de 60-70, a Amazônia brasileira sofre com diversas transformações territoriais, resultado imediato do processo de integração e federalização institucional pelo regime militar. Os impactos causados por esse modelo de desenvolvimento, baseado em grandes projetos de empreendimentos, recaíram sobre o meio social, afetando diretamente as populações locais e os povos tradicionais, assim como sobre o meio ambiente ao infringir uma série de danos irrecuperáveis aos recursos naturais da região. A implantação e a operação destes grandes projetos na fronteira da Amazônia, contudo, passaram a apresentar uma dinâmica territorial marcada por intensos conflitos, em especial no Estado do Pará. Os recursos pesqueiros compõem uma parte considerável dos recursos naturais que foram prejudicados pelos grandes projetos de mineração e de hidrelétricas, ocasionando poluição dos corpos hídricos, assoreamento de rios e diminuição dos estoques pesqueiros, considerada a principal fonte alimentar-econômica dessas comunidades tradicionais. É nessa perspectiva que surgiram os acordos de pesca, atuando como instrumentos emponderadores das comunidades de pescadores e moderadores de conflitos nos territórios pesqueiros. O objetivo fundamental do presente artigo, portanto, é compreender como os acordos de pesca podem atuar na moderação dos conflitos sobre os recursos pesqueiros, resultante da implantação de grandes projetos, procurando avaliar a repercussão disso no município paraense de Limoeiro do Ajuru. A principal conclusão é que os acordos de pesca são capazes de atuar na governança do território ao fortalecerem uma série de ações no âmbito do manejo sustentável dos recursos pesqueiros e de desenvolvimento local em seus aspectos sociais, econômicos e ambientais.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Manejo comunitário de lagos de várzea e o desenvolvimento sustentável da pesca na Amazônia(1998) MCGRATH, David Gibbs; CASTRO, Fábio de; CÂMARA, Evandro; FUTEMMA, CéliaDissertação Acesso aberto (Open Access) Modo de vida e uso dos recursos pesqueiros na localidade do Beiradão, município de Limoeiro do Ajuru, Pará(Universidade Federal do Pará, 2020-12-11) SILVA JUNIOR, Davi Martins da; BARBOSA, Wagner Luiz Ramos; http://lattes.cnpq.br/1372405563294070; SILVA, Christian Nunes da; http://lattes.cnpq.br/4284396736118279Na percepção geral de uma comunidade tradicional, a utilização dos recursos naturais é entendida como ilimitada. Porém, há uma contradição observada pelos próprios ribeirinhos, quanto à escassez de sua matéria de subsistência. Para mitigar a carência desse material, a utilização sustentável dos recursos naturais seria uma opção para reduzir os impactos ambientais provocados pela má organização na obtenção desses recursos. Desta forma, este trabalho tem, como objetivo, evidenciar como vem ocorrendo o desenvolvimento da atividade pesqueira na Comunidade do Beiradão, em Limoeiro do Ajuru (PA), e de que forma os pescadores vêm se organizando, frente à escassez dos recursos pesqueiros na região. Para tanto, realizaram-se pesquisas bibliográficas, além de pesquisas de campo, na Comunidade do Beiradão, em que se procedeu ao uso de entrevistas estruturadas e semiestruturadas, de observações com registros fotográficos e de aplicação da Cartografia Social. A partir da análise dos dados, entendeu-se que a pesca artesanal é o principal meio de sustento da Comunidade em tela, a qual terá de adaptar a vida e o trabalho à realidade atual, onde a demanda por peixes afeta diretamente a disponibilidade deste recurso. No entanto, os pescadores demonstraram resistência e limitações, sobretudo, no que se refere à adoção dos Acordos de Pesca, ficando isso claro nas entrevistas e, até, na literatura sobre a pesca artesanal na região. Assim, conclui- se que a pesca, na Comunidade estudada é de grande importância, como fonte de renda para os moradores locais e como meio de abastecimento de pescado para as sedes municipais regionais.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Pesca artesanal no Parque Nacional do Cabo Orange: contextos de conflito socioambiental e estratégias de manejo alternativo(Universidade Federal do Pará, 2014-08-26) RAVENA CAÑETE, Uriens Maximiliano; SANTOS, Sônia Maria Simões Barbosa Magalhães; http://lattes.cnpq.br/2136454393021407Este trabalho tem como objetivo principal compreender e descrever como pescadores artesanais, que tradicionalmente exploram as áreas do entorno e dentro de uma unidade de conservação, mais especificamente o Parque Nacional do Cabo Orange localizado no município do Oiapoque, costa do Amapá, têm se ordenado politicamente e ambientalmente no que se refere à cenários de conflito socioambiental em águas costeiras - por territórios de pesca. Para tanto, o trabalho utiliza uma metodologia qualitativa e privilegia os agentes envolvidos no cenário da pesca no município de Oiapoque, estes são: pescadores paraenses, ICMBio, pescadores amapaenses. Os resultados da pesquisa demonstram que boa parte dos pescadores artesanais associados à Colônia de Pescadores do Oiapoque são remanescentes de uma comunidade pesqueira que era localizada no interior do Parque, chamada Vila de Taperebá. Os Parques Nacionais são um modelo de unidade de conservação de proteção integral à natureza, não permitindo a presença humana ou exploração de seus recursos. Consequentemente, essa população foi expropriada e a partir das entrevistas realizadas foi possível perceber como os pescadores artesanais do Oiapoque, juntamente com a Colônia de Pescadores do Oiapoque, traçaram e propõem um manejo e uma medida compensatória pela expropriação que ocorreu a partir da criação do referido Parque.Tese Acesso aberto (Open Access) Produtividade e rentabilidade da frota artesanal que captura serra, (Scomberomorus brasiliensis, Collette, Russo & Zavalla-Camin, 1978), na costa norte do Brasil(Universidade Federal do Pará, 2012-04-25) ESPÍRITO SANTO, Roberto Vilhena do; NAHUM, Victoria Judith Isaac; http://lattes.cnpq.br/3696530797888724A pesca no litoral norte brasileiro, bem como a de serra (S. brasiliensis), possui uma grande importância econômica para as comunidades pesqueiras da região. Este recurso apresenta variações sazonais na sua produção, acompanhando as mudanças na precipitação, havendo migrações tanto em sentido do hemisfério norte, como também para o nordeste brasileiro. Sua pesca é compartilhada por diversas frotas de vários estados e países, não existindo políticas de manejo para este estoque. O litoral do estado do Amapá é comparativamente mais produtivo que o do Pará e Maranhão, porém a pesca no litoral do Pará promove um retorno econômico melhor para barcos de pequeno porte. Barcos de médio porte tem um melhor retorno econômico quando estão pescando no litoral do Amapá. Financiamentos para a aquisição de embarcações devem ser acompanhados por profissionais capacitados que levem informações técnicas e econômicas que direcionem o pescador a uma atividade de pesca com melhores retornos financeiros. O atravessador atualmente tem um papel fundamental na captura de serra, capitalizando a atividade de pesca, e são os principais agentes de comercialização da produção. Uma mudança no perfil econômico da cadeia de produção e comercialização é necessária, passando de uma atividade desorganizada, artesanal e pouco rentável para os pescadores, para uma economia de escala com menos custos e maior renda. Isso se daria através da formação de associações e/ou cooperativas. A capacitação profissional só se desenvolverá mediante o aumento do nível de escolaridade, já que a educação é um fator limitante para a formação técnica dos pescadores.Tese Acesso aberto (Open Access) Os recursos pesqueiros marinhos e estuarinos do Maranhão: biologia, tecnologia, socioeconomia, estado da arte e manejo(Universidade Federal do Pará, 2008) ALMEIDA, Zafira da Silva de; NAHUM, Victoria Judith Isaac; http://lattes.cnpq.br/3696530797888724O estado do Maranhão possui um grande potencial pesqueiro; entretanto, a pesca foi excluída das prioridades governamentais e científicas. Considerando as lacunas de conhecimento existentes, este trabalho realizou um diagnóstico dos dados pretéritos e atuais disponíveis sobre a pesca no Estado, abordando o estado da arte, caracterização das embarcações e artes de pesca, além da análise de produção, espécies de valor comercial e socioeconomia dos atores sociais envolvidos. A partir do quadro visualizado foi possível delimitar a existência de 21 unidades, aqui denominadas de Sistema de Produção Pesqueira, por meio de um processo de subdivisões sucessivas da atividade pesqueira de acordo com a frota, prática ou arte de pesca, recursos explorados, ambiente, residência, relação de trabalho e renda do pescador e grau de isolamento da área de pesca. Para tanto, foram aplicados questionários com os diferentes atores sociais e vivência em campo. Os sistemas foram caracterizados segundo os aspectos econômicos, sociais, tecnológicos, ecológico e manejo, evidenciando-se uma ampla variedade de práticas e frotas, que atuam, predominantemente, em ambientes costeiros, com pequenas embarcações e artes de pescas simples, capturando diferentes espécies-alvo, principalmente das famílias Scianidae e Aridae. O quadro socioeconômico dos pescadores é de pobreza e abandono, com baixa organização social e pequena renda, precárias condições de moradia e nível educacional e acesso à saúde limitado. O mercado e a legislação têm propiciado o livre acesso aos recursos e práticas predatórias, comprometendo os recursos pesqueiros, que são explotados sem qualquer preocupação com a sustentabilidade, demonstrando insuficiências nas ações de manejo e gerenciamento. Na tentativa de detectar indicadores que estimem o estado de “saúde” dos sistemas utilizou-se a metodologia do Rapfish, através de um conjunto de atributos agrupados em cinco áreas temáticas: ecológica, econômica, social, tecnológica e manejo. Os resultados destacaram como bons indicadores: organização social, número de pescadores explorando o sistema; grau de escolaridade; uso de petrechos destrutivos; medidas de manejo governamentais e tradicionais. A relação de trabalho e renda foram bons critérios para diferenciar três tendências na finalidade das pescarias: subsistência, intermediárias e “semi-indutrial”. Alguns sistemas se destacaram como menos sustentável a exemplo das capturas de siris, que tem declinado por falta de manejo, deficiente organização social e a comercialização de fêmeas ovadas; e das pescarias de lagosta, que utilizam artes consideradas destrutivas. O sistema que envolve a captura de caranguejo sobressaiu-se pela existência de medidas de manejo tradicional e melhor gerenciamento do recurso pelos órgãos públicos. Assim, este estudo permitiu o uso de um sistema de referência para análise e monitoramento da sustentabilidade das pescarias regionais, com em indicadores científicos e/ou etnoconhecimento, que induziu ao surgimento de propostas de manejo norteadas pelo gerenciamento da pesca, organização social e educação ambiental. A seguir, foi realizado estudo de caso do sistema de produção que utilizam as embarcações de médio porte nas pescarias de Cynoscion acoupa utilizando como arte o malhão, para entrar em detalhes de um dos sistemas de produção. Essa escolha teve como base, os grandes volumes de captura, a grande abrangência da área de atuação desse sistema em todo o litoral do Estado, além do grande número de pescadores envolvidos nele, representando importante fonte de renda para o Estado. O estudo de caso prestou especial atenção aos saberes tradicionais da população no uso e na manutenção do recurso, complementados com estudos sobre a pesca e biologia reprodutiva de Cynoscion acoupa, capturadas na região da baía de São Marcos e adjacências. As capturas das pescadas-amarela ocorreram durante todo o ano com safra no início do período chuvoso, e produção estadual estimada em 10.600.00 kg/ano. Verificou-se que este sistema vem sofrendo intensa e desordenada exploração, sendo possível inferir pelas características biológicas da espécie, que o crescente nível de esforço não é compatível com a capacidade de suporte ambiental nem como as necessidades dos pescadores. Quanto aos parâmetros reprodutivos, verificou-se que o comprimento médio de primeira maturação sexual (L50) para os machos foi de 39,9 cm e para as fêmeas a primeira maturação sexual ocorreu com tamanho ligeiramente superior, 41,6 cm de comprimento total. A proporção sexual foi de 1:1,4 favorável aos machos. Constatou-se que a espécie em questão completa todo o seu ciclo de vida na área estudada; o processo reprodutivo ocorre durante todo o ano, com dois picos de desova, um no bimestre novembro/dezembro e outro em março/maio. Acredita-se que por meio das informações obtidas é possível subsidiar melhores propostas e ações de sustentabilidade desta pescaria, combinando o etno-conhecimento e o conhecimento científico deste sistema.Dissertação Acesso aberto (Open Access) A relação trabalho e educação no contexto dos acordos de pesca em Cametá/PA: uma alternativa econômica ou uma prática de resistência?(Universidade Federal do Pará, 2013-06-28) BARRA, José Domingos Fernandes; SILVA, Gilmar Pereira da; http://lattes.cnpq.br/7624395840820523A partir da relação Trabalho e Educação estabelecida dentro de uma comunidade de pescadores artesanais no município de Cametá, são analisados os acordos de pesca, enquanto formas estratégicas para a gestão dos recursos pesqueiros presentes nos rios e para o dia a dia desses trabalhadores. Buscamos, assim, na voz desses sujeitos (pescadores artesanais) identificar os problemas, as dificuldades e os ganhos com esses acordos, mas também como esses documentos são capazes de incitar mecanismos de organização coletiva, através da cogestão dos recursos pesqueiros entre os moradores das comunidades onde a experiência é realizada. Inicialmente buscando seu próprio reconhecimento e depois o reconhecimento como categoria, enquanto classe social, os sujeitos pescadores são estudados nesse processo de constituição quer em sua luta individual quer inseridos em movimentos sociais. Objetivamos, dessa forma, apreender a importância do seu trabalho e como ele está impregnado no seu saber e nas suas práticas econômicas e/ou organizacionais. Do mesmo modo, tendo como ponto de partida concepções que descrevem lógicas comunitárias que permeiam formas de acesso e exercem a manutenção e a gestão de seus espaços, queremos compreender quais os fundamentos que viabilizam o uso compartilhado dos recursos pesqueiros.Tese Acesso aberto (Open Access) Saberes da pesca em unidade de conservação: os pescadores da RDS Alcobaça no Lago da Usina Hidrelétrica de Tucuruí/PA(Universidade Federal do Pará, 2016-09-26) ALMEIDA, Neila de Jesus Ribeiro; RAVENA CAÑETE, Voyner; http://lattes.cnpq.br/9961199993740323Esta tese trata da relação entre seres humanos e o ambiente em Unidade de Conservação (UC). Faz uso, como instrumento analítico, das abordagens sobre os saberes tradicionais aplicados à população pesqueira no lago da Usina Hidrelétrica de Tucuruí, no estado do Pará. O trabalho trata especificamente do cotidiano de pescadores da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Alcobaça que residem na área após a formação do reservatório. A tese analisa como, diante da oscilação das águas do reservatório originadas na ação humana (abrir e fechar das comportas da UHT), saberes e práticas dos pescadores da RDS Alcobaça se definem, redefinem e redesenham, no processo de acesso e uso dos recursos pesqueiros. Busca, ainda, compreender e descrever as diversas formas de interações da população pesqueira com o ambiente. A metodologia da pesquisa fez uso de uma abordagem qualitativa com base nos procedimentos de observação direta e survey a partir de entrevistas informais semiestruturadas. O trabalho conclui que os pescadores conseguem se adaptar no ambiente artificial a partir da redefinição de seus saberes tradicionais construídos e forjados em ambientes naturais e que, mesmo diante das fortes alterações criadas no ambiente do Lago e nas pressões da gestão da UC, a população da reserva Alcobaça consegue readequar seus saberes para desenvolver suas habilidades na atividade pesqueira.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Temporal patterns in the occurrence of selected tropical fishes in mangrove creeks: implications for the fisheries management in north Brazil(2009-06) GIARRIZZO, Tommaso; KRUMME, UweCom o objetivo de examinar padrões temporais em recrutamento de uma ictiofauna tropical, pescarias experimentais foram realizadas entre setembro 2003 e Julio 2004 em canais de maré com vegetação de mangue no estuário do rio Curuçá, Pará, Norte do Brasil. Juvenis ocorreram durante todo o ano, entretanto com maior intensidade no período de recrutamento, durante a transição da estação chuvosa para a seca (Anchovia clupeoides, Cetengraulis edentulus, Rhinosardinia amazonica, Mugil sp.). O recrutamento foi continuo para Colomesus psittacus e Anchoa hepsetus. Sciades herzbergii apresentou dois picos de recrutamento (estação chuvosa e seca), entretanto Cathorops sp. teve somente um (estação chuvosa). A presença contínua de juvenis nos manguezais sugere que o manejo da pesca em regiões tropicais com vegetação de mangue deveria se direcionar em definir grandes áreas de proteção ao lugar de épocas de defeso.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Território e territorialidade de pescadores nas localidades Céu e Cajuúna Soure-PA(Universidade Federal do Pará, 2009-04-20) GUEDES, Eneias Barbosa; PIMENTEL, Márcia; http://lattes.cnpq.br/3994635795557609; PALHETA, João Márcio; http://lattes.cnpq.br/5356047514671129O estudo apresenta o debate sobre a problemática da pesca nas localidades Céu e Cajuúna no município de Soure, na micro-região do Ararí na mesorregião do Marajó- Estado do Pará. A pesca é desenvolvida no contexto rural do âmbito territorial amazônico, sendo o resultado da interação dos componentes: Sazonalidades ambientais, recursos naturais e capacidade pesqueira da região. É pertinente salientar a dimensão territorial da pesca para entendimento dos territórios e territorialidades dos pescadores. Os pescadores das localidades Céu e Cajuúna têm na atividade pesqueira a centralidade da produção de seus espaços de vivência e reprodução, sendo as vilas rurais dos pescadores expressão do poder local daquelas coletividades. Questiona-se neste trabalho como é entendido, na ciência geográfica, a apropriação, o domínio e o uso do espaço pelos pescadores. Para tanto, buscou-se compreender, por meio de pesquisas, as ações dos diferentes atores sociais envolvidos na problemática abordada, entendendo o sentido da territorialidade dos pescadores locais, suas formas de relação com a natureza e de organização do trabalho para melhor visibilidade dos territórios dos pescadores. Esses territórios são definidos e apropriados no meio aquático, tendo sua configuração imprecisa e por ser vasta sua “posse” é muito fluida, devido a dinâmica sazonal da água e do pescado. Para os pescadores, a pesca é mais que uma atividade, visto que envolve uma complexidade de relações e fenômenos, entre homem e natureza, influenciando nas formas de organizações sociais desses grupos. As técnicas de produção dos pescadores fazem parte de seu complexo cultural de domínio e apropriação da natureza. Essas técnicas são os elementos definidores do gênero de vida nos processos de territorialização e construção da identidade do pescador.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Variação diária e caracterização morfológica das larvas de peixes do complexo estuarino do Rio Amazonas - PA(Universidade Federal do Pará, 2009) ZACARDI, Diego Maia; NAKAYAMA, Luiza; http://lattes.cnpq.br/3771896759209007A grande importância dos recursos pesqueiros para a Amazônia, aliada à necessidade de ampliar os conhecimentos básicos sobre identificação das larvas de peixes (coletadas em ambiente natural), justifica o desenvolvimento deste trabalho, que tem como objetivo expandir as informações sobre o ictioplâncton, relacionando as com as tendências de variação diária e entre marés, do complexo estuarino do rio Amazonas – PA. As coletas foram realizadas durante o período diurno e noturno, no segundo semestre de 2007, pelo Projeto PIATAM mar II, sob ponto fixo na subárea 1 (estuário do rio Paracauari) e na subárea 2 (baía do Guajará) nas marés de sizígia e quadratura, em arrastos horizontais na sub-superfície da coluna d‟água com rede de plâncton cônico-cilíndrica e malha de 300μm. As amostras foram acondicionadas em recipientes contendo formalina a 4%. Os fatores hidrológicos foram obtidos in situ pelo Grupo de Oceanografia Química do Museu Paraense Emilio Goeldi. As amostras foram triadas e identificadas por meio de características morfológicas, morfométricas e merísticas, baseando-se na técnica de sequência regressiva de desenvolvimento e em bibliografias especializadas. As principais estruturas e características das fases iniciais dos peixes foram descritas e ilustradas, facilitando assim futuros estudos ictioplanctônicos para região. A temperatura superficial da água, potencial hidrogeniônico e oxigênio dissolvido não apresentaram diferenças significativas nas áreas estudadas. Os valores de salinidade não apresentaram diferença significativa entre as estações de coleta e marés, registrando apenas variação horizontal com aumento gradativo em direção à foz com valores máximos (12) e mínimos (0) para as subárea 1 e subárea 2, respectivamente. As maiores densidades de ovos foram registradas na subárea 1, em relação à subárea 2, com as maiores densidades para o período diurno (163,29 ovos/100m³) na subárea 1 e noturno (19,70 ovos/100m³) na subárea 2. As larvas foram distribuídas em 22 taxa representados por 13 famílias e 21 espécies, sendo os taxa dominantes: P. flavipinnis (46,29%), R. amazonica (19,75%), Engraulidae (10,70%), P. squamosissimus (7,55%), A. lineatus (5,19%), O. saurus (3,30%) e Gobiosoma sp. (2,15%), com elevada participação relativa dos Clupeiformes (76,75%). Quanto aos estágios de desenvolvimento, foi observada maior abundância de larvas em pré-flexão nas subáreas 1 e 2, sendo o estágio larval vitelino e pós-flexão os menos representativos. O período noturno apresentou as maiores densidade de larvas e número de taxa, evidenciando uma possível migração nictemeral do ictioplâncton. Apenas M. furnieri apresentou abundância significativamente maior nas amostras diurnas. A grande maioria dos taxa não apresentaram diferenças significativas entre as abundâncias diurnas e noturnas. Logo, a densidade de larvas e o número de taxa diferem entre o período diurno e noturno e entre maré. Portanto, as características morfológicas descritas no presente trabalho permitem uma adequada identificação das larvas, ampliando o conhecimento biológico das espécies estuarinas do litoral paraense, uma vez que as informações sobre larvas de peixes ainda são escassas, fazendo-se necessária uma intensificação nas pesquisas. Além disso, a compreensão da ecologia dos organismos, sobre tudo daqueles que apresentam seu ciclo de vida associado aos estuários, e as variações no transporte das larvas entre os períodos do dia e da noite e entre as marés são questões fundamentais para aprimorar o manejo e a conservação destes recursos renováveis.
