Paleogeografia e paleoambiente de depósitos siliciclásticos da transição Mississipiano-Pensilvaniano da Bacia do Parnaíba.

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2019-05-17

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XAVIER, Mateus Fernandes da Silva. Paleogeografia e paleoambiente de depósitos siliciclásticos da transição Mississipiano-Pensilvaniano da Bacia do Parnaíba. Orientador: Afonso César Rodrigues Nogueira. 2019. 64 f. Dissertação (Mestrado em Geologia e Geoquímica) – Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2019. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/11721. Acesso em: .

DOI

A formação do supercontinente Pangeia na passagem do período Pensilvaniano para o Mississipiano gerou profundas mudanças na sedimentação e no comportamento das bacias sedimentares paleozoicas do Gondwana. Orogenias ocasionaram soerguimentos expressivos. Uma das orogenias que afetou a porção norte do Gondwana está relacionada a colisão do Gondwana com a Laurásia que gerou o evento Eo-Herciniano em 320 Ma. Atualmente, relaciona-se esta orogenia como a principal responsável pela discordância presente em várias bacias paleozoicas ao longo do Gondwana. Para testar a influência desta orogenia na configuração paleogeográfica e paleoambiental, foram estudados 7 perfis nas bordas sul, oeste e leste da Bacia do Parnaíba, onde foram descritas 19 fácies divididas em 3 associações de fácies: frente deltaica e plataforma influenciada por ondas de tempestades da Formação Poti e fluvial entrelaçado da Formação Piauí. O estudo usou a análise de fácies, petrografia para classificação dos arenitos e proveniência do ambiente tectônico, catodoluminescência de quartzo e análise de paleocorrentes. Os depósitos da Formação Poti são constituídos de barras de frente deltaica com lobos dominados pela fácies arenito com estratificação cruzada sigmoidal e no topo, depósitos de abandono deltaico e retrabalhamento marinho com predomínio de fácies originadas a partir de tempestades. Os depósitos fluviais entrelaçados foram divididos em 3 elementos arquiteturais para melhor entendimento de sua evolução. Os elementos arquiteturais de preenchimento de canais lateral e verticalmente amalgamados ocorrem na parte mais proximal desse sistema, onde apresentam uma alta energia e transporte por carga de leito (bed load). Os elementos de preenchimento de canal não amalgamado e depósitos de overbanks ocorrem nas partes mais intermediárias do sistema Piauí, onde a energia é menor quando comparado com regiões proximais, e o transporte dos sedimentos é realizado por carga mista (mixed load). Nessas regiões mais intermediárias há a preservação dos depósitos de overbanks. Dados de paleocorrentes e de proveniência apontam para um sistema fluvial que migra para NE-NW, onde o vetor principal é para Norte. Durante o Pensilvaniano, o sistema fluvial da Formação Piauí dominava o nordeste do Gondwana migrando em direção aos mares epicontinentais deste período, com áreas fonte ao sul da bacia do Parnaíba. Admite-se então, que a discordância no Carbonífero estaria relacionada principalmente a movimentos glacio-eustáticos relacionada ao primeiro pico de acumulação de gelo da Late Paleozoic Ice Age (LPIA) e o desenvolvimento do sistema fluvial da Formação Piauí estaria sendo suprido por águas de degelo, explicando assim o desenvolvimento de um sistema fluvial perene em meio a um sistema desértico.

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CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior

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XAVIER, Mateus Fernandes da Silva. Paleogeografia e paleoambiente de depósitos siliciclásticos da transição Mississipiano-Pensilvaniano da Bacia do Parnaíba. Orientador: Afonso César Rodrigues Nogueira. 2019. 64 f. Dissertação (Mestrado em Geologia e Geoquímica) – Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2019. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/11721. Acesso em: .