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https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/17409
Tipo: | Dissertação |
Fecha de publicación : | 14-mar-2025 |
Autor(es): | PEREIRA, NailanaThiely Salomão |
Primer Orientador: | STEINBRENNER, Rosane Maria Albino |
Título : | O futuro ancestral da comunicação política: análise e reflexões sobre as primeiras candidaturas indígenas para deputadas federais do Pará |
metadata.dc.description.sponsorship: | CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior |
Citación : | PEREIRA, Nailana Thiely Salomão. O futuro ancestral da comunicação política: análise e reflexões sobre as primeiras candidaturas indígenas para deputadas federais do Pará. Orientadora: Rosane Maria Albino Steinbrenner. 2025. 180 f. Dissertação (Mestrado em Comunicação, Cultura e Amazônia) - Instituto de Letras e Comunicação, Universidade Federal do Pará, Belém, 2025. Disponível em: https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/17409. Acesso em:. |
Resumen: | Nas últimas sete décadas, os povos indígenas começaram a eleger seus primeiros representantes para cargos eletivos e o crescimento desta participação em processos eleitorais no Brasil tem voltado o olhar de pesquisadores para reflexões sobre esta expansão enquanto fenômeno sociopolítico (Baniwa, 2003, 2006, 2010, 2022; De Paula, 2017, 2023; Harari, 2023; Jecupé, 1998; Lima, 2010, 2022; Oliveira, 1968; Oliveira, 1983; Pataxó, 2023; Terena, 2021; Tuxá, 2020; Verdum, 2004, 2023). A dimensão comunicacional, entretanto, atravessa esses estudos ainda de maneira incipiente. Poucas pesquisas exploraram a forma como os povos indígenas se envolvem com a comunicação político partidária, suas contribuições, o impacto das estratégias de campanha na mobilização eleitoral entre não-indígenas e indígenas e as barreiras culturais enfrentadas por esses grupos. Apesar da Constituição Federal de 1988 reconhecer as organizações sociais e culturais dos povos indígenas como base para cidadania diferenciada – noção que se explica, segundo Baniwa (2022), na medida em que povos indígenas têm direitos específicos, além daqueles extensivos ao restante de cidadãos brasileiros, a representatividade no Legislativo, Executivo e também no Judiciário, ainda é proporcionalmente incipiente para que indígenas participem politicamente de forma mais ativa nas decisões que dizem respeito a seus povos e ao país, como um todo. O direito à cidadania política diferenciada, e as lacunas de estudos sobre os desafios de comunicação político partidária de indígenas nas eleições brasileiras são o ponto de partida e justificativa deste estudo, que objetiva analisar a candidatura das duas primeiras indígenas a deputadas federais do estado do Pará, suas ontologias e reafirmações de si enquanto candidatas indígenas, buscando compreender as estratégias e os desafios de comunicação eleitoral, sobretudo frente às desigualdades estruturais do processo eleitoral no Brasil. Para isso, utilizamos o conceito de contracolonização de Nego Bispo (2015), os Estudos Críticos da Branquitude por Deivison Faustino (2017), Priscila Elisabete Da Silva (2017), W. E.B. DuBois (1920, 1935); Frantz Fanon (1952); Albert Memmi (1957), Steve Biko (1978) e Alberto Guerreiro Ramos (1957), Lourenço Cardoso (2017), Daniela Núñez Longhini (2022), Lia Schucman (2017), Bento, (2002) e a visão comunicacional de Paulo Freire (1976, 1981, 1986, 1987, 1994), através de uma investigação mista e em profundidade da campanha das candidatas, complementando as reflexões com teóricas(os) das resistências à colonialidade. Entre as diversas assimetrias (ontológicas, estruturais, financeiras, raciais), a necessidade de implantação de uma eleição especial e diferenciada para povos indígenas, com cadeiras reservadas no Parlamento, mostrou-se como proposta de urgente debate e implementação. |
Resumen : | In the last seven decades, indigenous peoples began to elect their first representatives for elected positions, and the growth of this participation in electoral processes in Brazil has drawn researchers' attention to reflections on this expansion as a sociopolitical phenomenon (Baniwa, 2003, 2006, 2010, 2022; De Paula, 2017, 2023; Harari, 2023; Jecupé, 1998; Lima, 2010, 2022; Oliveira, 1968; Oliveira, 1983; Pataxó, 2023; Terena, 2021; Tuxá, 2020; Verdum, 2004, 2023). The communicational dimension, however, still intersects these studies in an incipient manner. Few studies have explored how indigenous peoples engage with political party communication, their contributions, the impact of campaign strategies on electoral mobilization among both non-indigenous and indigenous people, and the cultural barriers faced by these groups. Despite the Federal Constitution of 1988 recognizing the social and cultural organizations of indigenous peoples as the basis for differentiated citizenship – a notion that is explained, according to Baniwa (2022), to the extent that indigenous peoples have specific rights, in addition to those extended to the rest of Brazilian citizens, representation in the Legislative, Executive, and Judiciary is still proportionally incipient for indigenous people to participate politically more actively in decisions that concern their peoples and the country, as a whole. The right to differentiated political citizenship, and the gaps in studies on the challenges of partisan political communication of indigenous people in Brazilian elections are the starting point and justification of this study, which aims to analyze the candidacy of the first two indigenous women for federal deputies in the state of Pará, their ontologies and reaffirmations of themselves as indigenous candidates, seeking to understand the strategies and challenges of electoral communication, especially in view of the structural inequalities of the electoral process in Brazil. For this, we use the concept of Countercolonization by Nego Bispo (2015), the Critical Studies of Whiteness by Deivison Faustino (2017), Priscila Elisabete Da Silva (2017), W. E.B. Du Bois (1920, 1935); Frantz Fanon (1952); Albert Memmi (1957), Steve Biko (1978) and Alberto Guerreiro Ramos (1957), Lourenço Cardoso (2017), Daniela Núñez Longhini (2022), Lia Schucman (2017), Bento, (2002) and the communicational vision of Paulo Freire (1976, 1981, 1986, 1987, 1994), through a mixed and in-depth investigation of the candidates' campaign, complementing the reflections with theorists of resistance to coloniality. Among the various asymmetries (ontological, structural, financial, racial), the need to implement a special and differentiated election for indigenous peoples, with reserved seats in Parliament, proved to be a proposal for urgent debate and implementation. |
Palabras clave : | Comunicação eleitoral Cidadania especial Indígenas mulheres Eleições Electoral communication Special citizenship Indigenous women Elections |
metadata.dc.subject.areadeconcentracao: | COMUNICAÇÃO |
metadata.dc.subject.linhadepesquisa: | PROCESSOS COMUNICACIONAIS E MIDIATIZAÇÃO NA AMAZÔNIA |
CNPq: | CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::COMUNICACAO |
País: | Brasil |
Editorial : | Universidade Federal do Pará |
Sigla da Instituição: | UFPA |
Instituto: | Instituto de Letras e Comunicação |
Programa: | Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Cultura e Amazônia |
metadata.dc.rights: | Acesso Aberto Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil |
metadata.dc.source.uri: | Disponível na internet via correio eletrônico: bibletras@ufpa.br |
Aparece en las colecciones: | Dissertações em Comunicação, Cultura e Amazônia (Mestrado) - PPGCOM/ILC |
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