Análise ecológica da ostracofauna (crustacea) e meiofauna bentônica associada como bioindicadores ambientais na ilha de Cotijuba, Belém (PA), Amazônia

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2025-02-27

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BRITO, Mauricio de Souza. Análise ecológica da ostracofauna (crustacea) e meiofauna bentônica associada como bioindicadores ambientais na ilha de Cotijuba, Orientadora: Ana Paula Linhares Pereira.2025. xv, 76 f. Dissertação (Mestrado em Oceanografia) - Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. Instituto de Geociências. Universidade Federal do Pará, Belém, 2025. Disponível em:https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/17471 . Acesso em:.

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A ocupação descontrolada de áreas de proteção ambiental (APA) em Belém-PA e candidatas à APA, como a ilha de Cotijuba, intensificou os impactos ambientais na região. Para mitigar esses efeitos, a Paleobiologia da Conservação integra dados históricos sobre a distribuição de fauna e flora, conectando passado, presente e futuro. Por sua vez, os ostracodes, pequenos crustáceos sensíveis a variações ambientais, que fazem parte da meiofauna bentônica, fornecem informações sobre mudanças nos ecossistemas por meio da análise de suas comunidades e carapaças, formadas a partir do carbonato de cálcio da água. Desta forma, o levantamento da ostracofauna e meiofauna associada na ilha de Cotijuba permitiu o uso desses grupos como bioindicadores. A pesquisa foi realizada nas estações chuvosa, transicional e menos chuvosa, em duas praias: Flexeira, menos impactada, e Farol, mais influenciada por atividades humanas. Durante as campanhas, foram feitas coletas de amostras superficiais nas zonas de inframaré, intermaré e supramaré, além de testemunhos sedimentares, medidas físico-químicas da água e perfis de praia. Os resultados mostraram a praia do Farol como reflexiva e a praia da Flexeira, dissipativa, além de parâmetros físico-químicos com baixa influência sobre os organismos. A meiofauna bentônica registrou 10 classes distintas: Oligochaeta, Polychaeta, Insecta (Diptera e Trichoptera), Malacostraca (Amphipoda), Arachnida, Ostracoda, Hydrozoa, Gastropoda, Bivalvia e Rhabditophora. Aproximadamente 84% dos espécimes são provenientes da praia da Flexeira, sendo essa proporção maior quando analisados somente os ostracodes (89%). Apesar da menor abundância na praia do Farol, foi observada uma grande quantidade de casulos de pupas de Trichoptera, conhecidos por sua sensibilidade à poluição e mudanças ambientais, indicando um ambiente relativamente saudável. Contudo, observou-se baixa abundância de ostracodes, que pode estar relacionada com fatores abióticos, como o tipo de praia e sedimentos grossos. Além disso, a abundância geral da meiofauna de Cotijuba também foi considerada baixa, mesmo sem indícios de intervenção antrópica significativa, o que indica relação do baixo número de espécimes com condições hidrodinâmicas que intensificam processos erosivos e deposicionais. Destaca-se o registro de uma nova espécie: Cyprideis cotijubensis sp. nov., como potencial bioindicador da ostracofauna recente em estuários fluviais na Amazônia. O projeto resultou também no livro digital “Cartilha Digital Preserva Amazônia”, voltado à conscientização sobre a conservação da Amazônia.

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BRITO, Mauricio de Souza. Análise ecológica da ostracofauna (crustacea) e meiofauna bentônica associada como bioindicadores ambientais na ilha de Cotijuba, Orientadora: Ana Paula Linhares Pereira.2025. xv, 76 f. Dissertação (Mestrado em Oceanografia) - Programa de Pós-Graduação em Oceanografia. Instituto de Geociências. Universidade Federal do Pará, Belém, 2025. Disponível em:https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/17471 . Acesso em:.