Incêndios, degradação e restauração biocultural de florestas sociais na Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns, oeste do Pará

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2023-06-30

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Universidade Federal do Pará
Museu Paraense Emílio Goeldi
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

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Acesso Aberto
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PEREIRA, Cássio Alves. Incêndios, degradação e restauração biocultural de florestas sociais na Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns, oeste do Pará. Orientadora: Ilma Célia Magalhães Vieira. 2023. 150 f. Tese (Doutorado em Ciências Ambientais) – Universidade Federal do Pará, Museu Paraense Emílio Goeldi, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Instituto de Geociências, Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais, Belém, 2023. Disponível em:https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/16988 . Acesso em:.

DOI

A Amazônia tem papel central na conservação da biodiversidade terrestre, na provisão de serviços ecossistêmicos de relevância global, como a regulação do clima, e é o habitat de milhares de comunidades tradicionais e populações indígenas. Apesar da sua importância socioambiental, as atividades humanas têm causado extensas transformações na floresta amazônica, e uma das maiores preocupações atuais, além do desmatamento (corte raso da floresta) é a degradação florestal causada pelo fogo. Esta tese aborda o tema da degradação causada por incêndios em florestas sociais habitadas por comunidades indígenas da Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns, na região de Santarém, oeste do Pará, considerada uma das regiões mais vulneráveis ao fogo da região amazônica. A pesquisa avaliou a percepção das comunidades indígenas sobre a degradação e as mudanças nas condições da floresta social causadas por incêndios florestais, examinou o efeito de dois incêndios consecutivos (2015 e 2017) na estrutura, composição e diversidade de espécies de árvores e palmeiras da floresta, e analisou a possibilidade de construir estratégias para evitar a degradação futura e recuperar as florestas sociais pela abordagem biocultural que integra a pesquisa e o saber tradicional das comunidades indígenas. Os resultados mostraram que os incêndios florestais consecutivos reduzem a biomassa da vegetação e conduzem à homogeneização taxonômica da floresta. As comunidades indígenas percebem a vulnerabilidade do seu território à ocorrência dos incêndios florestais, particularmente em épocas de seca severa. Além disso, elas reconhecem perdas sociais, econômicas e ambientais e estão dispostas a atuar no controle do avanço da degradação e na recuperação da floresta social. Por fim, é proposta uma agenda de pesquisa e ação focada em causas, impactos, gestão e mitigação de incêndios em florestas sociais que inclui iniciativas piloto de restauração biocultural, produzidas de forma conjunta com as comunidades. Essas iniciativas devem conter metas, abordagens e tecnologias capazes de capacitar econômica, social e politicamente e integrar a ação das comunidades indígenas, organizações não governamentais, órgãos públicos, academia e agências de pesquisa e o poder público a fim de ampliar a abordagem da restauração biocultural relacionada aos incêndios florestais na Amazônia e produzir conhecimento e lições globalmente relevantes.

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PEREIRA, Cássio Alves. Incêndios, degradação e restauração biocultural de florestas sociais na Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns, oeste do Pará. Orientadora: Ilma Célia Magalhães Vieira. 2023. 150 f. Tese (Doutorado em Ciências Ambientais) – Universidade Federal do Pará, Museu Paraense Emílio Goeldi, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Instituto de Geociências, Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais, Belém, 2023. Disponível em:https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/16988 . Acesso em:.