O sistema fluvial Solimões-Amazonas durante o Quaternário

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2012-09-03

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Universidade Federal do Pará

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GONZÁLEZ ROZO, José Max. O sistema fluvial Solimões-Amazonas durante o Quaternário. Orientador: Afonso Cesar Rodrigues Nogueira. 2012. 128 fl. Tese (Doutorado em Geologia) - Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica. Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2012. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/14625. Acesso em:.

DOI

Um padrão predominantemente anastomosado tem sido descrito para o Rio Amazonas com incremento na estabilidade de montante à jusante. Um padrão meandrante com alguns trechos retilíneos tem sido descrito no alto Rio Amazonas, como também trechos meandrantes foram identificados no Rio Solimões no Brasil. Adicionalmente, características meandrantes na forma de barras em crescente e meandros abandonados têm sido identificadas em diferentes trechos anastomosados no Rio Amazonas. Estas características meandrantes são consideradas raras ou ausentes em sistemas anastomosados. Desta forma, o Rio Amazonas com características meandrantes é diferente de muitos outros rios anastomosados que possuem estabilidade lateral e ausência de canais meandrantes. A limitada informação do Rio Amazonas principalmente obtida a partir de sensoriamento remoto. A falta do estabelecimento de uma relação clara entre as características meandrantes e anastomosadas, bem como da determinação da extensão no tempo e espaço do desenvolvimento do padrão anastomosado, aliada a falta de dados de campo dificulta o entendimento das características deste sistema fluvial. Esta falta de informação ainda é maior quando consideramos características morfológicas e hidrológicas pretéritas do Rio Amazonas. Informações sobre o padrão de canal do Rio Amazonas durante o Pleistoceno são raras, com poucos trabalhos que sugerem um padrão meandrante de um único canal durante esta época. Diferentemente, uma ampla discussão sobre a origem do Rio Amazonas com um sistema transcontinental com fluxo para o leste tem sido desenvolvida nos últimos anos. A falta de consenso do tempo exato que este evento ocorreu e a falta de dados sedimentológicos da Amazônia Central somente aumentam esta discussão. Estudos sistemáticos são necessários para o entendimento: 1) da origem do sistema anastomosado do Rio Amazonas e o desenvolvimento de suas características meandrantes; 2) do comportamento do alto Amazonas em comparação com o padrão principalmente anastomosado do Rio Amazonas no Brasil; 3) das características do Rio Amazonas durante o Pleistoceno e as diferenças das condições atuais. Para alcançar este entendimento, o padrão atual do canal do Rio Amazonas foi estudado no trecho entre Manaus e a foz do Rio Madeira. Fácies, morfologia, mudanças no padrão do canal através da análise temporal por sensores remotos, além de datações por luminescência opticamente estimulada (LOE) foram analisadas. Foi determinado um padrão geral anastomosado com canais meandrantes secundários e barras em crescente, extensamente distribuídas e relacionadas principalmente à migração sub-recente e atual desses canais. Avulsão, formação de barras transversais e atalhos em corredeira são os mecanismos formadores do atual padrão anastomosado do sistema. Esse padrão principal anastomosado, e os canais meandrantes secundários têm coexistido há pelo menos 7.5 ± 0.85 ka. O trecho do Rio Amazonas na Colômbia foi estudado para definir com maior precisão, as diferenças do padrão de canal com o Rio Amazonas na área de Manaus, e também identificar condições para o desenvolvimento do padrão do canal atual. Morfologia, mudanças do canal através de análise temporal com o uso de sensores remotos e dados de vazão foram analisados. Foi encontrado um padrão meandrante de múltiplos canais neste trecho do rio, que corresponde a um padrão anabranching lateralmente ativo. Formação de barras transversais e atalhos em corredeira são os mecanismos formadores do padrão anabranching no sistema. Variações em descarga são responsáveis pela dinâmica de deposição e erosão, analisadas através de sensores remotos. A deposição Pleistocena é também estudada para definir desde quando a atual configuração do sistema Solimões-Amazonas tem estado presente, bem como, para entender as condições paleogeográficas anteriores ao Holoceno que levaram ao desenvolvimento do sistema fluvial atual. Afloramentos do Pleistoceno (Formação Içá) são muito restritos no Rio Amazonas entre o trecho colombiano, e a confluência com o Rio Madeira, com a área de Coari tendo as melhores exposições. Na área de Coari, fácies, argilominerais e minerais pesados, além de datações por luminescência opticamente estimulada (LOE) foram analisados. Foi encontrado um padrão meandrante principal estabelecido há pelo menos 133.8± 20.9 ka. Este sistema aparentemente foi desenvolvido como um padrão de múltiplos canais meandrantes, similar as condições atuais do Rio Amazonas no trecho colombiano.

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GONZÁLEZ ROZO, José Max. O sistema fluvial Solimões-Amazonas durante o Quaternário. Orientador: Afonso Cesar Rodrigues Nogueira. 2012. 128 fl. Tese (Doutorado em Geologia) - Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica. Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2012. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/14625. Acesso em:.