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Dinâmica de transmissão da hanseníase em menores de 15 anos em área hiperendêmica na Região Norte do Brasil

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20-11-2014

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FRANCO, Mariane Cordeiro Alves. Dinâmica de transmissão da hanseníase em menores de 15 anos em área hiperendêmica na Região Norte do Brasil. 2014. 72 f. Tese (Doutorado) – Universidade Federal do Pará, Núcleo de Medicina Tropical, Belém, 2014. Programa de Pós-Graduação em Doenças Tropicais.

DOI

Hanseníase, doença infecciosa, potencialmente incapacitante e, embora curável, seu diagnóstico causa grande impacto psicossocial. No Pará, se mantém de forma endêmica e a ocorrência em menores de 15 anos é preocupante por ser seu melhor indicador de transmissibilidade. O objetivo foi descrever a dinâmica de transmissão da hanseníase em menores de 15 anos, em área hiperendêmica da região Norte do Brasil, considerando fatores de risco, territorialidade e a distribuição espacial e temporal da doença no período de 2003 a 2013. Estudo ecológico longitudinal e de série de casos, na Vila de Santo Antônio do Prata, no município de Igarapé Açu, Estado do Pará, com analise do padrão temporal dos casos de hanseníase, a partir da detecção de casos novos disponíveis no SINAN e arquivos dos serviços de saúde local, em menores de 15 anos notificados na série histórica de 2003 a 2013, com ênfase aos aspectos clínicos, epidemiológicos e geoestatísticos. Notificados 226 casos de hanseníase de todas as faixas etárias, sendo 15,92% (36 casos) em menores de 15 anos com queda no coeficiente de detecção na década estudada. No Pará houve redução discreta das notificações. No município de Igarapé Açu ocorreu aumento expressivo de casos novos nos anos de 2005, 2009 e 2011, em virtude campanhas nas escolas para diagnóstico. A faixa etária predominante foi de adolescentes, independente do sexo, confirmando o longo período de incubação da doença. As famílias possuem níveis de escolaridade e socioeconômico muito baixos. A alteração dermatológica que predominou no grupo foi a lesão única localizada em membros inferiores, de forma paucibacilar, com identificação de dois casos de MHV. As taxas de abandono de tratamento e recidivas são relevantes, assim como o índice de incapacidades apresenta-se entre os casos, demonstrando o diagnóstico tardio da doença. Quanto aos fatores de risco para a doença, consanguinidade e contato intradomiciliar, mostraram-se significativamente relevantes, sem diferenças entre si e também sem diferença na relação de parentesco. O tempo de contato foi importante, com média de 8.6 anos, e entre os casos de menores que tiveram contato intradomiciliar de um caso índice, observou-se alta taxa de ausência da segunda dose da vacina BCG. Os casos de hanseníase em menores de 15 anos quando geocodificados, anualmente, por área de ACS e relacionados com as formas PB e MB totais, apresentaram correlação direta com os casos multibacilares, confirmado pelo Índice de Moran positivo (0,71) e p valor com significância expressiva (0,019). A geoestatística confirmou que, com indicadores da epidemiologia clássica, os casos de hanseníase em menores de 15 anos estão intimamente relacionados com os casos multibacilares. Conclui-se que por ser a hanseníase uma doença que desafia a vigilância em saúde na região Norte e no Pará, recursos de geoestatística somam-se aos recursos da epidemiologia clássica, possibilitando conhecer melhor a dinâmica de transmissão e manutenção da doença em áreas hiperendêmicas. Para prevenção da doença em menores de 15 anos, nessas áreas, é necessário atuar firmemente na vigilância de contatos, nos consanguíneos e nos que moram próximos aos casos MB.

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