O Neógeno e Pleistoceno da Amazônia Central: Palinoestratigrafia, Paleoambiente e relação com os eventos evolutivos do Rio Amazonas

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2021-03-19

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Universidade Federal do Pará

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LIMA JÚNIOR, Walmir de Jesus Sousa. O Neógeno e Pleistoceno da Amazônia Central: Palinoestratigrafia, Paleoambiente e relação com os eventos evolutivos do Rio Amazonas. Orientador: Afonso César Rodrigues Nogueira; Coorientador: Carlos Alberto Jaramillo. 2021. 147 f. Tese (Doutorado em Geologia e Geoquímica) - Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2021. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/13503. Acesso em:.

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A análise de fácies baseada em afloramentos de uma sucessão neógena com 25 m de espessura foi realizada na porção oriental da Bacia do Solimões, Amazônia Central. A Formação Solimões, Mioceno, inclui depósitos de lago / depósito de inundação, canal fluvial sinuoso de carga em suspensão com rompimento de diques marginais em subdeltas e depósitos de planície de inundação / rompimento de dique marginal, confirmando o sistema de megapântanos Pebas-Solimões anteriormente interpretado. A Formação Içá, Pleistoceno Superior, recobre de forma erosiva a Formação Solimões e compreende fluxo de carga mista a carga de fundo para o sistema fluvial meandrante e depósitos de planície de inundação. A palinoestratigrafia da Formação Solimões foi realizada nesta sucessão exposta e em testemunho de sondagem (196-291 m), geralmente, de lamitos ricos em matéria orgânica. A ocorrência de fósseis exclusivamente continentais associados a fitoclastos e algas de água doce, como os Ovoidites, confirmam um ambiente de mega-pântanos restrito à Amazônia Ocidental. Monoporopollenites annuulatus e outras gramíneas indicam uma oscilação entre as fases arbustiva e arbórea associada a flutuações nos intervalos seco e úmido. As idades do Mioceno-Plioceno superior para a Formação Solimões obtidas a partir de zonas de amplitudes identificadas principalmente Crassoretitriletes vanraadshovenii, Echiperiporites akanthos, Echiperiporites stelae, Fenestrites spinosus, Psilastephanoporites tesseroporus, Grimsdalea magnaclavata e Alnipollenites verus. A primeira aparição de Alnipollenites verus foi modificada para o Mioceno. Palinomorfos retrabalhados encontrados nesta sucessão indicam processos autocíclicos relacionados à dinâmica ambiental, enquanto acritarcas indicam erosão de áreas de origem paleozoica. A tectônica andina afetou dramaticamente a Amazônia Central, causando o soerguimento progressivo da Bacia do Solimões, que gerou um subsequente surgimento e obliteração da sucessão de mega-pântanos Pebas-Solimões. Este evento de progradação foi amplificado pela queda expressiva do nível do mar no Tortoniano médio (11-8 Ma), concomitando com o surgimento do Rio Amazonas Andino. A discordância gerada resultou num hiato deposicional com bypass de ~ 9,5 Ma. Apenas no Pleistoceno Superior, a Bacia do Solimões cedeu, ocasionando a implantação de um sistema de meandros de carga mista a carga fundo que representa o reinício da sedimentação do rio Amazonas na Amazônia Central.

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LIMA JÚNIOR, Walmir de Jesus Sousa. O Neógeno e Pleistoceno da Amazônia Central: Palinoestratigrafia, Paleoambiente e relação com os eventos evolutivos do Rio Amazonas. Orientador: Afonso César Rodrigues Nogueira; Coorientador: Carlos Alberto Jaramillo. 2021. 147 f. Tese (Doutorado em Geologia e Geoquímica) - Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2021. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/13503. Acesso em:.