Evolução da porção Nordeste do Domínio Bacajá a partir de dados U-Pb e Lu-Hf em zircão e Sm-Nd em rocha total

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2019-12-29

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Universidade Federal do Pará

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Acesso Aberto
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MAGALHÃES,Lucas Baía. Evolução da porção Nordeste do Domínio Bacajá a partir de dados U-Pb e Lu-Hf em zircão e Sm-Nd em rocha total. Orientador: Moacir José Buenano Macambira. 2019. 70 f. Dissertação (Mestrado em Geologia e Geoquímica) – Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2019. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/13430. Acesso em:.

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A borda norte-nordeste do Cráton Amazônico é definida como uma extensa faixa paleoproterozoica cuja evolução (2,2 – 1,95 Ga) está relacionada principalmente ao Ciclo Transamazônico. No segmento meridional dessa faixa, no Escudo Brasil Central, está localizado o Domínio Bacajá, constituído por porções formadas no Arqueano e orógenos do Riaciano. Esse domínio é composto por granitoides e charnockitoides intrusivos, ortognaisses, granulitos, migmatitos e rochas supracrustais. Neste estudo, a partir da análise petrográfica, dados geocronológicos U-Pb e Lu-Hf em zircão e Sm-Nd em rocha total foi possível elaborar uma evolução da crosta continental dessa região do Neoarqueano ao Riaciano, destacando a relação dos terrenos arqueanos com os granitoides/charnockitóides correlacionados ao Ciclo Transamazônico. No norte da Folha Tucuruí (nordeste do Domínio Bacajá) foram descritos ortognaisses (Complexo Aruanã), que apresentam fortes feições de retrometamorfismo identificados em texturas típicas de alto grau metamórfico (texturas granoblástica/interlobada) pela associação a uma assembleia mineral hidratada de grau mais baixo com anfibólio (Anf) e biotita (Bt). Texturas coroníticas e pseudomorfos de ortopiroxênio (Opx) para Anf e Bt e a presença de antipertitas são também evidências que corroboram esse fenômeno. Os ortognaisses apresentam idade de 2630 ± 15 Ma, registro mais antigo obtido neste estudo, e representam fragmentos de uma crosta retrabalhada (ɛHf(t) apresenta valores subcondríticos = -0,3 a -1,7 e ɛNd(t)= -3,08 a -2,98), cujas idades modelo Hf-TDM C e Nd-TDM apontam que o material que deu origem a esse ortognaisse foi extraído do manto no Mesoarqueano (3,0-3,2 Ga). As suítes intrusivas riacianas são caracterizadas por uma associação de granitoides e charnockitoides maciços, textura granular hipidiomórfica bem definida, e rochas deformadas por efeitos de milonitização (zonas de cisalhamento), além de um enclave de ortogranulito riaciano, caracterizado por textura granoblástica poligonal. Essas rochas riacianas se colocaram no período de 2,12-2,09 Ga e 2,08-2,06 Ga e cristais do ortogranulito evidenciaram um evento metamórfico de alto grau ca. 2,09 Ga. Os zircões identificados do ortogranulito de 2,12 Ga são interpretados como relacionados a um arco magmático (estágio pré-colisional) na margem de um continente Neoarqueano. Além disso, os isótopos de Pb e Hf mostram que a rocha de 2,12 Ga se formou a partir de uma crosta acrescida no neoarqueano (ca. 2,6 Ga), que sofreu um evento metamórfico de 2,09 Ga de alto grau em um estágio descompressional. Por fim, as rochas ígneas de 2,08 a 2,06 do NE do Domínio Bacajá se formaram a partir da crosta continental acrescida durante o Neoarqueano (2,8-2,5 Ga) e que o evento magmático póscolisional do DB se estendeu até 2,06 Ga.

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MAGALHÃES,Lucas Baía. Evolução da porção Nordeste do Domínio Bacajá a partir de dados U-Pb e Lu-Hf em zircão e Sm-Nd em rocha total. Orientador: Moacir José Buenano Macambira. 2019. 70 f. Dissertação (Mestrado em Geologia e Geoquímica) – Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2019. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/13430. Acesso em:.