Desigualdade e interseccionalidade em domínios da atividade física e tempo de tela entre adolescentes de Belém

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2024-12-27

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Universidade Federal do Pará

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Acesso Aberto
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SILVA, Lucas Fernando Alves E. DESIGUALDADE E INTERSECCIONALIDADE EM DOMÍNIOS DA ATIVIDADE FÍSICA E TEMPO DE TELA ENTRE ADOLESCENTES DE BELÉM. Orientador: Alex Harley Crisp. 2024. 74 f. Dissertação (Mestrado em Ciências do Movimento Humano) - Programa de Pós-Graduação em Ciências do Movimento Humano, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Pará, Belém, 2024. Disponível em: https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/17399. Acesso em:.

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As iniquidades influenciam diversos aspectos da saúde, incluindo a prática de atividade física e os comportamentos sedentários entre adolescentes. Em Belém, essas disparidades podem ser agravadas pelas condições socioeconômicas e demográficas características da região Amazônica. Este estudo investigou desigualdades em diferentes domínios da atividade física e do tempo de tela entre adolescentes de Belém (PA), considerando o índice de bens, sexo e dependência administrativa da escola, além de explorar a interseccionalidade das vulnerabilidades em múltiplas dimensões. Foram analisados dados de 1.719 adolescentes (49% meninas, 58% de escolas públicas). Calculou-se a prevalência de atividades nos domínios de Educação Física escolar (≥ 1 dia/semana e ≥ 30 minutos), deslocamento ativo (≥ 5 dias/semana), tempo livre (≥ 60 minutos/dia) e tempo de tela (≥ 4 horas/dia). As desigualdades foram avaliadas utilizando o Slope Index of Inequality (SII) e diferenças absolutas, com intervalos de confiança de 95% (IC 95%) obtidos por bootstrap. Os determinantes incluíram o índice de bens (quintis), sexo, dependência administrativa da escola e o Jeopardy Index de risco múltiplo. Adolescentes do quarto quintil do índice de bens apresentaram maior prevalência de atividades de tempo livre (32,9%) e participação em aulas de Educação Física (39,9%), enquanto o deslocamento ativo foi mais frequente entre aqueles do primeiro quintil (58,7%). O excesso de tempo de tela foi mais prevalente entre meninas (57,0%) e estudantes de escolas privadas (72,3%), enquanto meninos (46,5%) e alunos de escolas públicas (54,4%) apresentaram maior prevalência de deslocamento ativo. A análise pelo Jeopardy Index revelou maior desigualdade no excesso de tempo de tela (66,2%) entre meninas de escolas privadas e maior nível socioeconômico, enquanto meninos do mesmo estrato apresentaram maior prevalência em atividades de lazer (44,4%). Por outro lado, estudantes com maior vulnerabilidade no Jeopardy Index apresentaram maior prevalência de transporte ativo (57,0%). A maior magnitude de desigualdade foi observada no transporte ativo (SII = 0,398; IC95%: 0,324 a 0,466) e no tempo de tela (SII = -0,328; IC95%: -0,405 a -0,258). Atividades de lazer (SII = -0,180; IC95%: - 0,244 a -0,110) e Educação Física (SII = -0,104; IC95%: -0,182 a -0,026) também apresentaram desigualdades significativas, mas com menor magnitude, desfavorecendo adolescentes mais vulneráveis. Conclui-se que as atividades físicas e o tempo de tela são afetados por diferentes camadas de desigualdade, sendo meninos de maior nível socioeconômico mais ativos em atividades de lazer e meninas mais expostas ao excesso de tela. Entre os mais vulneráveis, observa-se maior prevalência de deslocamento ativo, sugerindo uma possível necessidade em detrimento de escolha.

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SILVA, Lucas Fernando Alves E. DESIGUALDADE E INTERSECCIONALIDADE EM DOMÍNIOS DA ATIVIDADE FÍSICA E TEMPO DE TELA ENTRE ADOLESCENTES DE BELÉM. Orientador: Alex Harley Crisp. 2024. 74 f. Dissertação (Mestrado em Ciências do Movimento Humano) - Programa de Pós-Graduação em Ciências do Movimento Humano, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Pará, Belém, 2024. Disponível em: https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/17399. Acesso em:.