O processo de expansão urbana e seu impacto na cobertura vegetal de Macapá

A crescente população urbana tem gerado a necessidade de expansão das cidades, causando transformações no meio ambiente, capazes de criar um microclima próprio, podendo formar ilhas de calor. O presente trabalho teve por objetivo analisar o processo de expansão urbana no Distrito Sede de Macapá, Capital do Estado do Amapá, localizado na Amazônia brasileira e o impacto no quantitativo de cobertura vegetal. A metodologia aplicada se deu a partir da análise dos dados populacionais de 1960 a 2010, disponibilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e análise do crescimento da mancha urbana e seu impacto no quantitativo de cobertura vegetal no período de 1985 a 2015, utilizando a classificação supervisionada de Máxima Verossimilhança em imagens de satélite. Os resultados obtidos apontaram que de 1960 a 2010 o aumento populacional no Estado do Amapá ocorreu de modo a concentrar a maior parte da população em áreas urbanas, principalmente na Capital, pois abriga 59,47% da população estadual, sendo que 93% da população de Macapá reside no distrito sede. A análise das imagens de 1985 a 2015 demonstrou que a mancha urbana triplicou neste período, provocando a diminuição de 48,91% de cerrado e 17,13% de vegetação. Sendo que o período de maior perda se deu entre os anos 1985 e 1993. Confirmando assim que a cobertura vegetal do distrito sede de Macapá tem sido diretamente impactada pelo crescimento da cidade, o que tem provocado sua diminuição e consequentemente perda da qualidade ambiental relacionada aos fatores microclimáticos desempenhados pela vegetação urbana.