Análise de alternativas intermodais para escoar a produção de soja dos Estados do Pará e Tocantins

As projeções mundiais indicam o aumento da demanda por soja e, nesta conjuntura, países de dimensões continentais e solos favoráveis como o Brasil se destacam. Particularmente, os Estados da Região Norte do Brasil se mostram como possíveis novas fronteiras agrícolas dessa cultura. Entretanto, é preciso que sejam competitivos, para escoar sua produção; o que indica a necessidade de estudos das alternativas modais disponíveis para determinar aquelas de melhores resultados econômicos. Neste contexto, o presente trabalho realizou a análise de alternativas de rotas intermodais com o uso da programação linear, para a identificação de rota de solução ótima, em apoio à tomada de decisão no transporte de soja para exportação, tendo como caso a região situada nos Estados do Pará e Tocantins, próxima à hidrovia Araguaia-Tocantins. Dentro das categorias de modelos de programação linear, foi empregado o caso particular denominado de problema de transporte e transbordo. O modelo teve como objetivo minimizar os custos de transporte dos centros de produção ao porto exportador, através da infraestrutura atual e, sob diferentes cenários de alternativas intermodais formadas pelo projeto da Ferrovia Paraense S.A. e pela Hidrovia Araguaia-Tocantins, se considera o ano de 2019 e as projeções de produção para o ano de 2029. Os resultados mostraram que os cenários com transporte hidroviário trazem maior benefício para a região, atingindo uma economia de até 23%, além do mais, o complexo portuário de Vila do Conde expande sua zona de influência, assim, obtém aumento da quantidade exportada em até 1059,7%. Também, constata- se que o Estado do Pará é o que mais necessita de uma alternativa intermodal. Ademais, as rotas se configuraram em novas redes de transporte, diminuindo as distâncias percorridas no modal rodoviário para escoar a produção dos municípios, reduzindo o fluxo nas principais rodovias. Com isso, conclui-se que o transporte intermodal melhora a competitividade regional e favorece o desenvolvimento dos Estados.