Cravelhas reguladoras: um procedimento psicofísico direcionado à formação do violinista

Esta pesquisa propõe a consecução de meios processuais metodológicos com o intuito de aprimorar o aprendizado, desenvolvimento e prática do violinista, considerando a sua formação constante e propensa à circunstância performativa, quando compreendida pelo evento referente à execução musical perante a espectadores. Sugere, a investida, analogias ilustrativas do estado do músico performer definidas em etapas metaforizadas, cuja síntese, intitulada Cravelhas Reguladoras, se concebe como a ferramenta de relevância contínua na performance musical, porque engloba os demais elementos vinculados entre si e compreendidos na figura do Tetraedro. Nesse sentido, as Cravelhas Reguladoras vão ao encontro do objetivo geral da incursão, qual seja investigar os procedimentos voltados à mencionada busca por uma potência psicofísica em cena, integralizando o organismo do músico em suas propriedades psicofísicas. A metodologia mesclou três procedimentos principais: revisão de literatura abraçando a linguagem musical e teatral, fazendo uso do termo de psicofisicalidade e do conceito de “princípios recorrentes” de Eugenio Barba; autorrelato de experiência como violinista e como discente durante a disciplina de treinamento psicofísico intentado ao domínio da presentificação cênica; estudo de caso com entrevistas semiestruturadas com estudantes do curso de Bacharelado em Música de Belém do Pará com habilitação em violino. Nessa etapa de relatos, específicos pontos foram consideravelmente reveladores de condutas adversas diante do questionamento sobre a necessidade de um preparo do violinista, habilitando-o a uma performance musical destituída de bloqueios. A investigação tem o aporte teórico de David Roland (2001), Sonia Ray (2015), Barry Green (1987) e Eugenio Barba (1991).