Diversidade, uso e manejo de quintais agroflorestais no distrito do carvão, Mazagão-AP, Brasil

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2010-01-18

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Universidade Federal do Pará

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SILVA, Raullyan Borja Lima e. Diversidade, uso e manejo de quintais agroflorestais no distrito do carvão, Mazagão-AP, Brasil. Orientadora: Ana Paula Vidal Bastos. 2010. 268 f. Tese (Doutorado em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido) - Núcleo de Altos Estudos Amazônicos, Universidade Federal do Pará, Belém, 2010. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/11107. Acesso em:.

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Os quintais agroflorestais são sistemas de produção localizados próximos às casas e muito presentes nos trópicos, formados por espécies agrícolas e florestais, podendo envolver também a criação de pequenos animais com o intuito de produção de alimentos para subsistência e geração de renda com importante função na conservação da biodiversidade. Com o objetivo de caracterizar do ponto de vista florístico e etnobotânico os quintais agroflorestais do Distrito do Carvão e sua organização interna, ressaltando sua composição, estrutura e função socioeconômica, destacando aspectos de manejo e usos, de maneira a levantar informações que contribuam para a conservação dos recursos naturais e seu uso racional para valorizar esta importante prática cultural, foram estudados 94 quintais agroflorestais no Distrito do Carvão, Mazagão-AP. No trabalho de campo usou-se o método etnográfico com as técnicas de observação participante, entrevistas formais e informais. A coleta do material botânico foi feita usando as técnicas usuais em botânica. A renda bruta mensal dos moradores é de 261,08 salários mínimos (SM) com média por domicílio de 2,53 SM e moda de 1SM. As práticas agrícolas colaboram com 30,82 SM que corresponde a 11,801% do total bruto. As doenças mais comuns nas famílias são gripe, malária e dores nas pernas e braços, e as plantas medicinais são usadas por parte da população na prevenção e cura de problemas de saúde. Os quintais investigados apresentaram tamanhos variados, bem como o número de espécies e espécimes, sendo o tamanho médio de 0,08 ha. Animais domésticos são criados para complementar alimentação e renda. Foram registradas 218 espécies incluídas em 69 famílias e 164 gêneros, tendo uma média de 20,90 espécies por quintal. As famílias com maior número de espécies foram: Lamiaceae, Solanaceae, Arecaceae, Asteraceae e Rutaceae. Os gêneros mais frequentes são representados por Citrus, Capsicum, Alternanthera, Justicia e Allium. As espécies mais frequentes foram: Mangifera indica L., Anacardium occidentale L., Citrus sinensis (L.) Osbeck, Euterpe oleracea Mart., Musa sp. e Cocos nucifera L. Com relação às categorias de uso a maioria das espécies é de uso múltiplo, com destaque para as de uso medicinal (169 espécies), alimentar (102 espécies), ornamental (71 espécies), místico (56 espécies) e para arborização (36 espécies). Os quintais estão arranjados basicamente em quatro estratos distintos e a mulher desempenha importante função na introdução e manutenção das espécies presentes neste ambiente, sendo que o manejo nessas práticas é simples e de baixo custo, uma vez que envolve práticas tradicionais de cultivo de plantas e a principal finalidade dos quintais no Distrito de Carvão é de promover a complementação alimentar das unidades familiares, com exceção de alguns poucos que vendem os excedentes. A composição florística e a distribuição das espécies nos quintais são determinadas por fatores externos e internos, como função e tamanho do quintal, bem como fatores socioeconômicos e culturais, além da influência direta da família que seleciona as espécies de acordo com suas necessidades. Estes locais poderiam ser mais bem aproveitados, a fim de aumentar à produtividade e aproveitamento da produção.

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SILVA, Raullyan Borja Lima e. Diversidade, uso e manejo de quintais agroflorestais no distrito do carvão, Mazagão-AP, Brasil. Orientadora: Ana Paula Vidal Bastos. 2010. 268 f. Tese (Doutorado em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido) - Núcleo de Altos Estudos Amazônicos, Universidade Federal do Pará, Belém, 2010. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/11107. Acesso em:.