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Tipo: Dissertação
Data do documento: 18-Jun-2018
Autor(es): OLIVEIRA, Cristiane Helena Silva de
Afiliação do(s) Autor(es): PVMB - Pré Vestibular Municipal de Belém
Primeiro(a) Orientador(a): NEVES, Ivânia dos Santos
Título: Necropolítica linguística: silenciamento e resistência da língua Tenetehara nas aldeias do Guamá
Citar como: OLIVEIRA, Cristiane Helena Silva de. Necropolítica linguística: silenciamento e resistência da língua Tenetehara nas aldeias do Guamá. Orientadora: Ivânia dos Santos Neves.2018. 105 f. Dissertação (Mestrado em Letras) - Programa de Pós-Graduação em Letras, Instituto de Letras e Comunicação, Universidade Federal do Pará, Belém, 2018. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/12299. Acesso em: .
Resumo: Neste trabalho trazemos o conceito de Necropolítica do camaronês Achille Mbembe tangenciado para a linguística a fim de evidenciar silenciamentos linguísticos ocorridos com as sociedades indígenas brasileiras, mais especificamente os ocorridos com a sociedade indígena Tenetehara. Assim sendo, para nortear esta pesquisa trabalhamos com o objetivo de promover uma análise discursiva acerca das práticas de silenciamento linguístico vivenciadas pelos indígenas Tembé-Tenetehara. Este trabalho está dividido em três capítulos, no primeiro, buscamos apresentar as sujeitas e sujeitos da pesquisa e suas relações com sua língua e cultura, através de uma série de observações e memórias das pesquisas de campo realizadas desde 2015 e de autores como Geertz (2008), cujas reflexões sobre etnografia nos ajudam a fazer pesquisa de campo. Também tomamos como referência Galvão; Wagley (1961), Meira (2017), Gomes (2002), Neves; Cardoso (2015) e Valente (2017) que dedicaram suas pesquisas ao estudo das sociedades indígenas. No segundo, trouxemos algumas teorias da linguística e do discurso para discutir o poder que a língua pode exercer em uma comunidade, sociedade, povo ou população, a partir de Foucault (1996; 2008), Bagno (2007), Scherre (2005), Savedra; Lagares (2012) e Oliveira (2001). Com Fabian (2013) e Neves (2018) propusemos uma discussão sobre a noção de tempo ocidental e tempo cosmológico, a partir do cotejamento das narrativas de origem das línguas nas perspectivas do povo Makurap (Silva, 2003) e da Bíblia. A segunda divisão teórica trata especificamente das sociedades indígenas e de como os Tenetehara foram silenciados nas Aldeias do Guamá, para estas análises, nos fundamentamos em Neves; Carvalho (2014) e Mignolo (2008) e procuramos discutir o conceito de colonialismo. Barreto (1998) e Fiorin (2000) ilustram como a língua indígena tupi era vista dentro da literatura brasileira. Para finalizar, colocamos em discussão as formulações de Biopolítica propostas por Foucault (1988; 1996; 2000) e retomadas por Mbembe (2016), que analisam o poder do soberano, aniquilação dos corpos e Necropolítica. E, por fim, e como não deveria faltar, as vozes indígenas são representadas pelos próprios indígenas Krenac (1999), Smith (2016) e Tembé (2017). Os achados iniciais apontam que trazer o conceito de Necropolítica para uma discussão linguística é extremamente desafiador.
Resumen: En este trabajo traemos el concepto de Necropolítica del camerunés Achille Mbembe tangenciado para la lingüística a fin de evidenciar silenciamientos lingüísticos ocurridos con las sociedades indígenas brasileñas, más específicamente los ocurridos con la sociedad indígena Tenetehara. Así, para orientar esta investigación trabajamos con el objetivo de promover un análisis discursivo acerca de las prácticas de silenciamiento lingüístico vivenciadas por los indígenas Tembé-Tenetehara. Este trabajo está dividido en tres capítulos, en el primero buscamos presentar las sujetas y sujetos de la investigación y sus relaciones con su lengua y cultura, a través de una serie de observaciones y memorias de las investigaciones de campo realizadas desde 2015 y de autores como Geertz (2008) que con la antropología trae en su estudio una perspectiva innovadora sobre el "cómo" hacer investigación de campo. También tomamos como referencia Galvão; Wagley (1961), Meira (2017), Gomes (2002), Neves; Cardoso (2015) y Valente (2017) que dedicaron sus investigaciones y al estudio de las sociedades indígenas. En el segundo tramos las teorías de la lingüística y del discurso para discutir el poder que la lengua puede ejercer en una comunidad, sociedad, pueblo o población, a partir de Foucault (1996; 2008), Bagno (2007), Scherre (2005), Savedra; Lagares (2000) y Oliveira (2001). Con Fabian (2013) y Neves (2018) buscamos una pequeña discusión sobre la noción de tiempo occidental y tiempo cosmológico, siendo que la ilustración con las narrativas del origen de las lenguas fueron hechas a través de los recortes en los textos de Silva (2003) y la Biblia. La segunda división teórica trata específicamente de las sociedades indígenas y de cómo los Tenetehara fueron silenciados en las Aldeas del Guamá. Con Neves; Carvalho (2014) y Mignolo (2008) introducimos el concepto de colonialismo. Barreto (1998) y Fiorin (2000) ilustran cómo la lengua indígena tupí era vista dentro de la literatura brasileña. Foucault (1988, 1996, 2000) y Mbembe (2016) traen la discusión de Biopolítica, poder del soberano, aniquilación de los cuerpos y Necropolítica, respectivamente. Y, por fin, y como no debería faltar, las voces indígenas son representadas por los propios indígenas Krenac (1999), Smith (2016) y Tembé (2017). Los hallazgos iniciales apuntan que traer el concepto de Necropolítica para una discusión lingüística es extremadamente desafiante.
Palavras-chave: Língua índigena
Necropolítica linguística
Politica linguistica
Indios tenetehara
Área de Concentração: ESTUDOS LINGUÍSTICOS
Linha de Pesquisa: ANÁLISE, DESCRIÇÃO E DOCUMENTAÇÃO DAS LÍNGUAS NATURAIS
CNPq: CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICA::LINGUISTICA APLICADA
País: Brasil
Instituição: Universidade Federal do Pará
Sigla da Instituição: UFPA
Instituto: Instituto de Letras e Comunicação
Programa: Programa de Pós-Graduação em Letras
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
Fonte: 1 CD-ROM
Aparece nas coleções:Dissertações em Letras (Mestrado) - PPGL/ILC

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