Conhecimento etnobotânico de moradores da comunidade quilombola Itaboca, município de Inhangapi, estado do Pará

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2019-07-03

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Universidade Federal do Pará

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Acesso Aberto
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SILVA, Sueli de Castro. Conhecimento etnobotânico de moradores da comunidade quilombola Itaboca, município de Inhangapi, estado do Pará. Orientador: Gustavo Góes Cavalcante. 2019. 64 f. Dissertação (Mestrado em Estudos Antrópicos na Amazônia) -- Campus Universitário de Castanhal, Universidade Federal do Pará, Castanhal, 2019. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/12524. Acesso em:.

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O conhecimento tradicional a respeito do uso de plantas medicinais em uma comunidade quilombola é o tema desta pesquisa, cujo objetivo principal é descrever o conhecimento etnobotânico de moradores da comunidade quilombola Itaboca, município de Inhangapi, região nordeste do estado do Pará, no contexto das relações socioculturais. O estudo foi desenvolvido a partir das abordagens metodológica qualitativa descritiva e quantitativa, com aplicação de questionários semiestruturados, entrevistas abertas e observação direta. Foram entrevistados 24 praticantes da medicina popular os quais foram selecionados por amostragem não aleatória, utilizando o método da bola de neve, indicadas por três pessoas da comunidade chamadas de sementes A, B e C. Foram entrevistados também, quatro representantes da comunidade por meio de entrevistas abertas. Os resultados revelam um conjunto de saberes e práticas com uso de plantas medicinais cultivadas pelas famílias. Contudo, em função da relação de parentesco, são as matriarcas e anciães da comunidade que concentram maior credibilidade para exercício da medicina popular, por apresentarem maiores conhecimentos e experiência empírica com plantas medicinais. Esses saberes interferem na organização social da comunidade, atravessando práticas de cura e modificando a paisagem do ambiente comunitário por meio de processos antrópicos de substituição da floral por espécies medicinais cultivadas nos quintais. No âmbito do conhecimento etnobotânico dos moradores de Itaboca, foram registradas 83 espécies, das quais 41 foram identificadas. As plantas mais citadas foram boldo (Plectranthus ornatus), hortelãzinho (Menta pulegium L.), erva-cidreira (Lippia alba (Mill).N.E.Br). O chá é a forma mais comum de preparação. O tratamento de complicações do aparelho digestivo é o mais indicado. Neste estudo, observou-se um sincretismo religioso de caráter curativo. A finalização do trabalho aponta para o risco de perdas culturais etnobotânicas decorrentes do pouco interesse das gerações mais jovens pela manutenção deste saber, o que requer políticas de incentivo a preservação de saberes culturais de populações tradicionais e leis efetivas que garantam reconhecimento e valorização do patrimônio cultural destas comunidades. Considera-se que os conhecimentos advindos desse universo, podem fornecer relevantes contribuições para a conservação das tradições culturais e biológicas de comunidade tradicionais, como também, prover subsídios teóricos/práticos aos debates culturais e pesquisas científicas laboratoriais na esfera acadêmica.

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SILVA, Sueli de Castro. Conhecimento etnobotânico de moradores da comunidade quilombola Itaboca, município de Inhangapi, estado do Pará. Orientador: Gustavo Góes Cavalcante. 2019. 64 f. Dissertação (Mestrado em Estudos Antrópicos na Amazônia) -- Campus Universitário de Castanhal, Universidade Federal do Pará, Castanhal, 2019. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/12524. Acesso em:.