Petrografia, geoquímica e geocronologia de rochas vulcano- plutônicas orosirianas do SE do Cráton Amazônico: um estudo da fronteira dos domínios Tapajós e Iriri-Xingu

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2020-06-16

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Universidade Federal do Pará

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SILVA, Amanda Suany Marinho da. Petrografia, geoquímica e geocronologia de rochas vulcano-plutônicas orosirianas do SE do Cráton Amazônico: um estudo da fronteira dos domínios Tapajós e Iriri-Xingu. Orientador: Moacir José Buenano Macambira. 2020. 109 f. Dissertação (Mestrado em Geologia e Geoquímica) – Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará. Belém, 2020. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/13484. Acesso em:.

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A parte central do Cráton Amazônico é configurada pelos domínios tectônicos Tapajós (DTJ) e Iriri-Xingu (DIX), que registram eventos vulcano-plutônicos do período Orosiriano. O limite entre os dois domínios foi proposto a partir de isótopos de Nd e é marcado pelo predomínio de fontes paleoproterozoicas juvenis ou com pouca participação da crosta arqueana para o DTJ, enquanto as rochas do DIX apresentam fontes crustais arqueanas. Contudo, a delimitação da fronteira entre esses domínios ainda é alvo de discussão devido à falta de dados isotópicos, de mudanças nos litotipos presentes e ausência de estruturas tectônicas que possam delinear esse contato. A área de estudo localiza-se na região limítrofe entre os DTJ e DIX, no município de Trairão, sudoeste do Pará, onde há ocorrência de associações vulcano-plutônicas de idade paleoproterozoica. O objetivo deste trabalho é aprimorar o entendimento do posicionamento tectônico e cronológico dessas rochas magmáticas, bem como melhor definir o limite entre o DTJ e DIX. Foram realizadas análises petrográficas e geoquímicas, e aplicadas as metodologias U-Pb em zircão por espectrometria de massa ICP-MS a laser ablation e Sm-Nd em rocha total por TIMS. Na área de estudo, as sequências vulcânicas são representadas pelas formações Moraes Almeida, Salustiano e Aruri. As unidades plutônicas correspondem às suítes Creporizão, Parauari (unidade granodiorítica e granítica) e Maloquinha. As rochas vulcânicas efusivas e vulcanoclásticas são riolitos, dacitos, andesitos, ignimbrito riolíticos e tufos. As rochas plutônicas são granodioritos, quartzomonzonitos, monzogranitos e sienogranitos. Os resultados geoquímicos apontaram que as rochas das suítes intrusivas Creporizão e Parauari (unidades granodiorítica e granítica) apresentam assinatura cálcio- alcalina de alto-K a shoshonítica, de caráter meta a peraluminoso, com enriquecimento em LILE (K, Rb, Ba e Sr), moderado fracionamento dos ETR pesados e fracas anomalias negativas de Eu*. Distintivamente, os granitoides da Suíte Intrusiva Maloquinha e as formações Salustiano e Moraes Almeida apresentam assinatura cálcio-alcalina de alto-K, caráter peraluminoso a peralcalino. Essas rochas apresentam enriquecimento em HFSE (Zr, Hf e Th), alto conteúdo de ETR e pronunciadas anomalias negativas de Eu*. Em diagramas de classificação de ambiente tectônico, os granitoides das suítes intrusivas Creporizão e Parauari (unidades granítica e granodiorítica), e as formações Salustiano e Aruri evidenciaram afinidades geoquímicas com granitoides cálcio-alcalinos relacionados a arco magmático, enquanto as rochas da Suíte Intrusiva Maloquinha e da Formação Moraes Almeida estão relacionadas a ambiente intraplaca. A datação U-Pb em zircão permitiu o reconhecimento das rochas plutônicas e vulcânicas mais antigas, pertencentes respectivamente, à Suíte Intrusiva Creporizão, com idade de cristaix lização de 1980±6 Ma e à unidade mapeada como Formação Salustiano, com idade de 1975±11 Ma. As rochas da Suíte Intrusiva Maloquinha foram geradas em 1880±9 Ma, tendo como correspondente vulcânico a Formação Moraes Almeida de 1877±14 Ma, coevas com as rochas plutônicas da Suíte Intrusiva Parauari (unidade granodiorítica) com idade de 1876±9 Ma, Suíte Intrusiva Parauari (unidade granítica), de 1867±15 Ma, e as rochas vulcânicas da Formação Aruri, geradas em 1867±7 Ma. As características geoquímicas aliadas aos dados geocronológicos permitiram definir uma evolução geodinâmica envolvendo um contexto relacionado a um ambiente de arco magmático de 1,98 Ga, que favoreceu a formação das rochas da Suíte Intrusiva Creporizão e Formação Salustiano, seguido por um ambiente extensional intraplaca (1,88 Ga), marcado pela coexistência das rochas tipos A e I das suítes intrusivas Maloquinha e Parauari (unidades granodiorítica e granítica) e formações Moraes Almeida e Aruri. Idades modelo Nd-TDM (2,31-2,64 Ga), com valores levemente a fortemente negativos de εNd(t) (-1,39 a -7,11), indicam magmas derivados da fusão de fontes crustais do Paleoproterozoico e Arqueano. Esses resultados permitiram delimitar um traçado NW-SE, que separa as rochas de idades modelo dominantemente paleoproterozoicas (<2,5 Ga) daquelas arqueanas (>2,5 Ga), pertencentes, respectivamente, aos DTJ e DIX.

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SILVA, Amanda Suany Marinho da. Petrografia, geoquímica e geocronologia de rochas vulcano-plutônicas orosirianas do SE do Cráton Amazônico: um estudo da fronteira dos domínios Tapajós e Iriri-Xingu. Orientador: Moacir José Buenano Macambira. 2020. 109 f. Dissertação (Mestrado em Geologia e Geoquímica) – Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará. Belém, 2020. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/13484. Acesso em:.